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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Resultados das autárquicas 2025 na Figueira da Foz

Câmara Municipal: Maioria absoluta para Santana Lopes: elege 6 vereadores. PS elege apenas 2. Chega consegue um mandato.


Assembleia Municipal: sem surpresa a vitória da lista liderada por José Duarte Pereira.

FreguesiasChega surpreende em Maiorca. PS em perda,  consegue vitórias em algumas (Bom Sucesso, Quiaios, Santana, Vila Verde) a norte do Mondego e uma a sul (Marinha das Ondas). 

Excelente resultado de Luís Medina e Silva em Brenha.

sábado, 5 de julho de 2025

O concelho da Figueira está preparada para receber as autocaravanas?

Houve uma “explosão do autocaravanismo e Portugal sofreu uma invasão, mas não se está a conseguir adaptar”.
O que se passa em Portugal, acontece na Figueira.
Onde é que estão as estações de serviço e áreas de acolhimento?
As estruturas não têm de ter “custos exorbitantes”, bastam coisas “básicas” para garantir a manutenção.
Na Figueira, a solução passa, segundo mostraram os «os associados da ACIFF que responderam a uma consulta, por uma larga maioria»,  por «uma preferência para uma deslocalização do parqueamento destas viaturas para uma zona mais periférica da cidade da Figueira da Foz».
Que o mesmo é dizer, levar as caravanas para Sâo Pedro, Costa de Lavos ou Quiaios.
É sempre o mesmo: o que não interessa à cidade, manda-se para as Aldeias.
Recordo o sempre actual Manuel Luís Pata, numa das inúmeras e enriquecedoras conversas de café que ao longo da minha vida tive com ele: “A Figueira nasceu numa paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. A única obra do homem de que deveríamos ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..”
Imagem: Diário As Beiras
Para ver melhor clicar em cima

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Bandeira Azul e Bandeira Praia Acessível

Imagem: Campeão das Províncias 
"A cerimónia simbólica de hastear da Bandeira Azul e da Bandeira Praia Acessível realiza-se hoje, pelas 11H30, na Praia da Leirosa. 
O concelho da Figueira da Foz foi este ano contemplado com a Bandeira Azul nas praias de Quiaios, Murtinheira, Cabo Mondego, Tamargueira, Buarcos, Figueira da Foz (Relógio), Cabedelo, Cova-Gala, Cova-Gala Hospi tal, Costa de Lavos e Leirosa. Por sua vez, a Bandeira de Praia Acessível foi atribuída às praias de Buarcos, Relógio, Tamargueira, Quiaios, Cabe delo e Leirosa."

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Variante de Quiaios: "o projeto de execução e o lançamento do concurso público para a construção da variante serão votados a 9 de Abril em reunião de câmara"

"A adjudicação da construção da Variante de Quiaios, com quatro quilómetros de extensão, deverá ser efetuada até ao verão, adiantou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, ao DIÁRIO AS BEIRAS. Isto se não forem colocados (mais) obstáculos.

Entretanto, o projeto de execução e o lançamento do concurso público para a construção da variante serão votados na reunião de câmara do dia 9 deste mês.

Ao longo de várias décadas, diversos presidentes da autarquia figueirense reconheceram a necessidade de se construir uma variante entre a sede da freguesia e a Praia de Quiaios, através da floresta." 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

"Para melhor, está bem, para pior já basta assim..."

A desagregação da freguesia de Buarcos e São Julião vai voltar a dividir a localidade da Serra da Boa Viagem. 
Os residentes ouvidos pelo DIÁRIO AS BEIRAS estão contra o regresso ao passado.
Até 2013, ano da última reforma administrativa, a povoação da Serra da Boa Viagem estava repartida por quatro freguesias – Buarcos, Quiaios, Tavarede e Brenha –, mas o núcleo habitacional concentrava-se nas duas primeiras, restando para as outras duas praticamente só propriedades rústicas.
Entretanto, como consequência da constituição de Buarcos e São Julião, a zona residencial da Serra da Boa Viagem foi integralmente incluída nesta nova freguesia. Por sua vez, Quiaios ficou com a zona do farol do Cabo Mondego, que até 2013 pertencia a Buarcos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A montanha pariu um rato: "das quatro freguesias do concelho da Figueira da Foz agregadas em 2012, apenas foi aprovada a desagregação de Ferreira-a-Nova e Santana"...

Sabemos o que sucedeu em Outubro de 2012, porquê e para quê. Conhecemos as consequências — e as causas — da agregação de freguesias, ocorrida por imposição da troika. Para que a assistência financeira externa entregasse o dinheiro necessário, tínhamos de diminuir o número de autarquias locais. Não havendo qualquer vontade — ou coragem — de suprimir municípios, as freguesias foram as vítimas escolhidas. Se analisarmos a Lei n.º 22/2012 e o que dela resultou, percebemos bem a ligeireza que presidiu a todo o processo e, sobretudo, o desrespeito completo pelas populações residentes. Foi dada a palavra às assembleias de freguesia e às assembleias municipais, mas nada do que disseram foi tido em conta. A sentença estava previamente redigida e a execução determinada. 

Mestres como somos nas artes do engano, aproveitámos uma singularidade nacional: a existência de dois níveis de poder local. Ludibriámos a troika — e lixámos o mexilhão nacional, o mais desprotegido dos mexilhões: as pobres freguesias, nomeadamente as de "territórios de baixa densidade". 
Em 12 de outubro de 2012, Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS, impôs às freguesias figueirenses, não uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Recordemos o que se passou então.
A Assembleia Municipal votou o novo mapa das freguesias.
Foi aprovada a proposta conjunta apresentada pelo PSD, Figueira 100%,  Presidente da junta de freguesia de S. Pedro (Carlos Simão) e Presidente da junta de Lavos (José Elísio).
A  extinção das Freguesias de S. Julião, Brenha, Borda do Campo e Santana foi aprovada com os votos contra do PS, da CDU e da presidente da junta de freguesia de Santana (PSD).
O presidente da junta de freguesia de Tavarede (PS) absteve-se.
Ficou assim a votação: 22 votos a favor; 19 contra; e 1 abstenção.
Resultado:
BUARCOS  AGREGOU S. JULIÃO;
ALHADAS AGREGOU BRENHA;
PAIÃO AGREGOU BORDA DO CAMPO;
FERREIRA A NOVA AGREGOU SANTANA.

Nessa altura, na Figueira da Foz, na reforma administrativa feita para troika ver, foram extintas quatro. Das 18 então existentes, sobraram  14. 
Buarcos e São Julião fundiram-se. Ficou uma freguesia enorme: tem mais de 20 mil habitantes, o que representa cerca de um terço da população do concelho.
Em Julho de 2012, pensava o que penso hoje.
Antes do mais, a meu ver, convém  esclarecer que aquilo que o  governo de então impôs às freguesias, não foi uma reforma político-administrativa, mas  um conjunto de alterações avulsas, coerciva e apressadamente gizadas, feita  à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Desde já, um ponto prévio.
Não sou  defensor  de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural  reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias,  só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em finais de 2024, creio que continua a não ser estultícia apontar que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não é coisa pouca).
Verificou-se, isso sim, que o governo impôs um conjunto de alterações no referencial autárquico desajustado ao caso concreto português,  no geral, e à Figueira, em particular.

Agora, como era de esperar a montanhia pariu um ratinho.
Das quatro freguesias do concelho da Figueira da Foz agregadas em 2012, apenas foi aprovada a desagregação de Ferreira-a-Nova e Santana. Segundo o Jornal de Notícias, Buarcos e São Julião, Paião e Borda do Campo vão continuar juntas. Por sua vez, o território da antiga freguesia de Brenha continuará a fazer parte das freguesias de Alhadas e de Quiaios. Todas as assembleias de freguesia – Buarcos e São Julião, Paião, Ferreira-a-Nova, Alhadas e Quiaios – bem como a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, votaram a favor da desagregação das quatro freguesias. Contudo, a Comissão Parlamentar de Poder Local e Coesão Territorial apenas terá viabilizado o processo de Ferreira-a-Nova. A nova reorganização administrativa será votada em janeiro, na Assembleia da República. 
“Só sei a notícia do jornal. Estranhei, e continuo a estranhar, o que está na notícia, porque, da nossa parte, o processo foi bem instruído”, afiançou a presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Rosa Batista, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.

sábado, 14 de dezembro de 2024

Memória colectiva

Presumo que isto terá sido dito por Mário Soares.
"Na vida, as pessoas que se safam são como os gatos: fazem e tapam logo."

Sei do que falo. Na Figueira, há muito, que quem tem opinião e a manifesta, não é bem quisto pelos "instalados" de vários matizes. Quem tem memória, é encarado mais do que um perigo, como um inimigo. 

É certo, não o nego, que quem nos trata mal, apesar de todo o distanciamento e isenção de análise, que procuramos sempre ter, não fique imune quando analisamos a sua actividade como detentor de um cargo político cuja acção colide e tem reflexos na vida das pessoas.

Santana, com o atrevimento que sempre o caracterizou, teve períodos em que afrontou os poderosos media, mesmo sabendo que estes lhe fariam - como fizeram - a vida num inferno.

Os tempos entretanto mudaram e hoje as chamadas "redes sociais" desempenham esse papel - e, pior ainda, sem regulação de qualquer espécie.

Se no passado, a combinação de tudo isto resultou num verdadeiro poder não sufragado e, sobretudo, não legitimado dos media - ou de quem manda neles - para vender sabonetes, presidentes ou destruir candidatos, o que resultava numa manipulação, agora, as coisas estão ao nível de verdadeiros assassinatos de carácter, em certas páginas do facebook e outras "redes".

Segundo o que li hoje, "faz hoje vinte e sete anos, a primeira vitória de Santana Lopes na Figueira da Foz, pelo PPD/PSD. 

Era Presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa.

Tinha sido escolhido pelas concelhias de Cascais e de Sintra para ser candidato no respetivo concelho. O então Presidente da Distrital de Lisboa, JPP, vetou Santana. 

Paulo Pereira Coelho, então Presidente da Distrital de Coimbra, desafiou-o para ser candidato à Figueira da Foz. Os TSDs de Coimbra, liderados por Zé Beto Pereira Coelho, convidaram-no para uma sessão em Quiaios para insistirem com ele. Foi nessa noite, dando uma volta, sozinho, pelas ruas da bonita Quiaios, que decidiu."

Há 27 anos, Santana Lopes arredou do poder um PS depauperado e desgastado por cerca de duas décadas de poder autocrático. Em 2021, pelas mesmas razões e motivos, cerca de duas décadas depois P Santana Lopes repetiu a dose e, hoje, é, de novo, presidente da câmara da Figueira da Foz.

O futuro, o seu, o dos futuros candidatos (em especial do PS) e da Figueira, a dez meses das próximas autárquicas, permanece uma incógnita.

Entretanto, convém ir avivando a memória colectiva, que não é só a recordação de receitas de arroz doce da avó, nem apenas homenagear figuras consensuais ou pendurar recordações nos feriados nacionais. 

A memória colectiva fornece identidade social e é um elemento que narra a história das cidades. Neste caso, da Figueira da Foz...

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

"VARIANTE DE QUIAIOS. FINALMENTE."

 Imagem: montagem a partir daqui

Nota de rodapé.

A variante de Quiaios, apesar da traição em 2020, uma aspiração com dezenas de anos, pode arrancar neste mandato.

«A variante que ligará Quiaios à Praia de Quiaios terá cerca de quatro quilómetros e é uma antiga aspiração dos autarcas e da população quiaense. 
A Junta de Freguesia de Quiaios, doou uma área de 8,5 hectares de terreno à Câmara Municipal para viabilizar a construção da variante rodoviária que sirva a localidade.
A informação de que a escritura de doação foi realizada na manhã de ontem, sexta-feira, foi avançada pelo presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, em reunião ordinária.
O autarca explicou que o terreno doado vai servir para efectuar uma permuta com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), procedimento fundamental para viabilizar a construção da variante a Quiaios.
A futura variante terá uma extensão de cerca de quatro quilómetros e deverá usar o traçado correspondente a um aceiro que já existe, dentro de uma área que é propriedade do ICNF.
“É uma estrada fundamental para garantir o ordenamento da circulação em Quiaios e para aliviar aquela localidade do congestionamento que tem actualmente”, sustentou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz estimou que a futura variante possa representar um investimento na ordem dos dois milhões de euros e esteja lançada e em execução ainda neste mandato.
Apesar do projecto de obra ainda não estar definido, Santana Lopes adiantou que a via terá uma faixa de circulação para cada lado e ciclovia. “Será uma estrada tão eco quanto possível”, sublinhou. A futura via vai ligar a localidade de Quiaios à praia com o mesmo nome.»

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Trânsito, estacionamento e lugares deprimentes... (4)

O Diário as Beiras, na sequência da série em curso na Figueira, "Trânsito, estacionamento e lugares deprimentes...", dá hoje conta do "bode expiatório" encontrado por um quase inanimado Partido Socialista figueirense para "uma manobra de diversão", curiosamente a 3 dias da realização de um acto interno - eleições para a concelhia -, acusando a Presidente de Junta de “não ter mão” no seu executivo e esse ser o mal que assola Buarcos e São Julião desde há dezenas de anos, a maior dos quais tendo precisamente o PS como decisor político autarquico - na Câmara e Freguesia.

Porém, desgraçadamente para Partido Socialista/Secção de Buarcos, o problema da 5 de Outubro, o pretexto encontrado para o ataque politiqueiro à Presidente de Junta de Buarcos e São Julião, tem muitos anos e foi agravado com as obras de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos, realizadas por um executivo presidido pelo Parttido Socalista.

Vejamos:

1. Em Agsoto de 2020, Teotótino Cavaco, "considerava a rua 5 de outubro, em Buarcos, uma das varandas privilegiadas do concelho da Figueira, um daqueles espaços que nos convida a agradecer a criação de Deus, a desfrutar da envolvência natural, mas também a refletir na permanente ação humana de transformação do espaço, nalguns casos bem conseguida, mas noutros desgraçadamente infeliz, quando não atentatória.
Duas das razões pelas quais me opus terminantemente ao desenho das intermináveis obras, apresentadas como a 1.ª fase de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos (e que já custaram mais de 1,5 milhões de euros) são a falta de estacionamento e a não consideração de aquele espaço tem de continuar a permitir uma ligação fluida entre a Figueira e o cabo Mondego (e a praia de Quiaios, desejavelmente).
Mas manda quem pode, e assim a rua 5 de outubro tornou-se num desordenado parque de estacionamento, não cumprindo eficientemente as suas principais finalidades, a de proporcionar acesso a quem lá vive e/ou trabalha, e a de permitir descansados passeios a pé ou de bicicleta.
Defendo, portanto, que a Câmara deve exercer a sua autoridade administrativa, não para proibir a circulação de viaturas na rua 5 de outubro, mas sim para a limitar, de modo a ficar apenas permitido o acesso aos moradores, aos cidadãos com mobilidade reduzida, aos serviços municipais e de urgência, aos táxis e aos serviços de cargas e descargas, estes em período claramente definido. Mas não é preciso pintar a rua!…"

2. David Monteiro, em Agosto de 2020, na altura membro do executivo da autarquia de Baurcos e São Julião, eleito pelo PS,  opinava: "a Rua 5 de Outubro é um bom exemplo de um património único. Com um potencial turístico, bastante diferenciado daquela que é a nossa concorrência nacional. Aquela que em tempo fora parte da ligação entre a Figueira da Foz e o Cabo Mondego, é hoje uma “varanda” privilegiada para observar o mar e o nosso magnífico areal. Aquando da requalificação daquele espaço, houve várias opções tomadas que são bastante questionáveis".

3. João Vaz, antigo vereador não executivo eleito numa lista do Partido Socialista, igualmente em Agosto de 2020.
"A rua 5 de Outubro em Buarcos deveria ser a via mais elegante, bonita e funcional da cidade. Tem a melhor vista para o mar e a praia. Surge de um longo diálogo histórico entre a proteção da terra perante as investidas do mar. Ou seja, aquela zona social de Buarcos tem todas as condições para singrar e fazer nome na costa Atlântica portuguesa. Contudo, a realidade e a “vivência do espaço urbano” ficam muito aquém das expetativas. Porquê? Simplesmente o desenho da via, a forma como se lida com a presença dos carros é incompetente. Entre o estacionamento ilegal e a circulação indevida, os carros manifestamente degradam o espaço.
A Câmara Municipal tem responsabilidade neste estado de coisas. Há muita inércia no controlo do tráfego, poucas medidas (ou nenhumas) eficazes na sua regulação. Há vários exemplos de centros históricos em que se retirou espaço ao automóvel, e se devolveu as ruas às pessoas com espaços pedonais agradáveis de grande qualidade urbanística, e onde o comércio local prospera."
4. Silvina Queiroz, deputada Municipal eleita pela CDU, datada de Agosto de 2020, considerava a "Rua 5 de Outubro em Buarcos: um puzzle de várias peças, três modos de ordenamento. De leste para oeste o primeiro troço, a partir do final da R. Rancho das Cantarinhas até à rotunda, tem sentido duplo. Aqui a via é interrompida e substituída por calçada. Uns metros além recomeça e até à confluência com a Capitão Guerra tem trânsito no sentido oriente ocidente, não permitindo o acesso a esta artéria; é um beco de limitada utilidade, só acesso a estacionamento.
O facto está a matar os poucos comerciantes instalados, por escassez de clientes. A partir deste local a rua é interrompida de novo, voltando a “acontecer” depois. Até à parte elevada das muralhas são apenas autorizadas cargas e descargas entre as 7 e as 16, por 20 minutos, a fim de abastecer o comércio e com acesso a garagens. Na última parte, em direcção ao Tamargueira, as viaturas circulam em ambos os sentidos nos trezentos metros.
Alterações? A população deveria ter uma palavra. Habitam ali muitos idosos que se a rua for fechada ficarão sem acesso motorizado às habitações, com as dificuldades associadas. Como trazer compras, como deslocar-se à baixa da vila? Com o trânsito proibido nem um táxi poderão chamar. No restante da rua: uma confusão. Junto às muralhas, manter-se-ia certamente o que hoje se “exige”. Sendo uma zona eminentemente turística, não me parece mal que não passem por ali constantemente automóveis, por razões de segurança e saúde. Com esplanadas de restaurantes, desagradável será comer sardinhas “sabendo” a combustível!
E as famílias agradecerão ter as suas crianças, sempre buliçosas e imprevisíveis, protegidas do perigo. Mas com este troço fechado como se procede à ligação com o miolo do casario? Ao abrigo do “excepto residentes” que poderia ser a norma? Depois da “interrupção” a situação manter-se-ia obrigatoriamente igual, a menos que se emendassem os erros cometidos. Impensável não haver acesso ao estacionamento junto ao Caras Direitas, impossível impedir o trânsito da Rancho das Cantarinhas! Será que a rua não é bem isto e o Google Maps está desactualizado? Julgo que não!"
Nota de rodapé.
Eu sei que ter memória na Figueira não interessa a ninguém. 
Especialmente aos artistas que pululam os Partidos Políticos...

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Inauguração de praceta em Quiaios foi adiada

Na edição de ontem, o Diário as Beiras, informava que a Junta de Freguesia de Quiaios «vai inaugurar, no próximo dia 26 (domingo), às 15H30, uma praceta na rua Direita, em homenagem aos presidentes da junta de freguesia eleitos nos 50 anos do poder local democrático.»
Em declarações publicadas ao mesmo jornal, edição de hoje, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, «afiançou que as obras realizadas pela junta de freguesia na praceta “não foram autorizadas pelo município”.
Ainda assim, o edil clarificou que, “tendo em conta o objeto da empreitada realizada na praceta”, foram desenvolvidas diligências entre Santana Lopes e o presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, Ricardo Santos, para o assunto “ser resolvido brevemente”. No entanto, o presidente da câmara revelou que terão que ser feitas “alterações por questões de segurança rodoviária e dos peões”, sendo a data da inauguração alterada.
Contactado ontem pelo Diário as Beiras, Ricardo Santos, presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, explicou os motivos do adiamento. “O senhor presidente da câmara não pode estar presente e, por isso, resolvemos conciliar agendas”.
A nova data para a inauguração do espaço ainda não está definida.
A nova praceta resulta da demolição de uma casa e de uma garagem à entrada da rua Direita para facilitar as manobras dos autocarros que aí circulam. 
A localização, junto à Igreja Paroquial de Quiaios “justificou a sua transformação num pequeno espaço público de lazer que, através de painéis de azulejos, perpetua imagens que preservam a memória coletiva da freguesia”, escreveu a Junta de Freguesia de Quiaios na rede social Facebook
A intervenção custou 22 mil euros.

sábado, 11 de maio de 2024

Figueira da Foz perde 4 praias qualidade de Ouro

Portugal tem 440 praias com Bandeira Azul em 2024
Existem 20 praias na Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra classificadas com o “Galardão de Ouro” da Quercus–Associação Nacional de Conservação da Natureza. Em relação a 2023, a CIM Região de Coimbra tem menos duas praias com a distinção máxima da Associação Quercus. Há cinco zonas balneares estreantes e 15 que repetem o galardão recebido em 2023. Entre as novidades nas praias de interior, nota para Côja, em Arganil, a Louçainha, em Penela, Ereira, em Montemoro-Velho e Senhora da Piedade, na Lousã. 
No concelho da Figueira da Foz, que continua a ser o município da CIM Região de Coimbra com mais praias na lista (tem seis praias costeiras com a classificação “Ouro”), a grande novidade é a entrada do Cabedelo Sul (praia costeira) na listagem elaborada pela Quercus. 
Em relação à perda da Bandeira Azul, todas as situações, em relação ao ano passado, tiveram em conta a qualidade da água. No que a saídas diz respeito, a Figueira da Foz, “perdeu” a distinção atribuída em quatro praias: Cova Gala, Costa de Lavos, Figueira da Foz e Quiaios. Também Cantanhede, que tem duas praias de interior e uma costeira com o galardão de ouro, tem menos duas referências na lista devido à saída das praias fluviais de Sete Fontes (praia interior) e Palheirão (praia costeira). Fora da lista ficou também a Praia Fluvial de Palheiros e Zorro. A saída deixa o concelho de Coimbra sem qualquer praia com “Qualidade de Ouro” da Quercus. “Em 2024, foram distinguidas menos 38 praias do que em 2023. Das 356 praias galardoadas, 291 são costeiras, 55 interiores e 10 de transição”, revela a Quercus.
A atribuição da classificação é feita com base em critérios centrados na qualidade da água das praias. Um dos critérios é a “qualidade da água “excelente” na classificação anual das cinco épocas balneares anteriores à última (neste caso, entre 2018 e 2022)”
A listagem completa, bem como os critérios de avaliação podem ser consultados aqui.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Variante de Quiaios: Presidente da Junta de Quiaios embora com algumas reservas confia que "Pedro Santana Lopes vai cumprir as promessas que fez sobre esta matéria”

 A Variante de Quiaios pode arrancar no mandato do actual executtivo. Terá cerca de quatro quilómetros e é uma antiga aspiração dos autarcas e da população quiaense. 

Para o efeito, a Junta de Freguesia de Quiaios, doou uma área de 8,5 hectares de terreno à Câmara Municipal para viabilizar a construção da variante rodoviária que sirva a localidade.
A informação de que a escritura de doação foi realizada na manhã da passada quinta-feira, foi avançada pelo presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, em reunião ordinária que se realizou no passado dia 5 do corrente.
Na oportunidade, Santana Lopes explicou que o terreno doado vai servir para efectuar uma permuta com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), procedimento fundamental para viabilizar a construção da variante a Quiaios.
A futura variante terá uma extensão de cerca de quatro quilómetros e deverá usar o traçado correspondente a um aceiro que já existe, dentro de uma área que é propriedade do ICNF.
“É uma estrada fundamental para garantir o ordenamento da circulação em Quiaios e para aliviar aquela localidade do congestionamento que tem actualmente”, sustentou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz estimou que a futura variante possa representar um investimento na ordem dos dois milhões de euros e esteja lançada e em execução ainda neste mandato.
Apesar do projecto de obra ainda não estar definido, Santana Lopes adiantou que a via terá uma faixa de circulação para cada lado e ciclovia. “Será uma estrada tão eco quanto possível”, sublinhou. A futura via vai ligar a localidade de Quiaios à praia com o mesmo nome.
Na edição de hoje do Diário as Beiras, Ricardo Santos, presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, embora colocando algumas reservas sobre o desfecho de um processo que ao longo de mais de 20 anos teve mais recuos do que avanços, sublinha: “confiamos no executivo da câmara municipal para levar este objectivo a bom porto. Confio que o doutor Pedro Santana Lopes vai cumprir as promessas que fez sobre esta matéria”.