domingo, 26 de maio de 2019

Ainda tem duas horas: VÁ VOTAR!

Hoje, com um pequeno acto ditado pela nossa humilde inteligência podemos contribuir para uma  grande obra: a preservação do direito ao voto, que o mesmo é dizer, para a defesa da democracia.
Todos os dias, neste em especial, em que o sol nasceu esplendoroso para nos roubar a vontade, temos de acreditar que conseguiremos mudar o que está mal.
Sabemos que a Europa não passa de um embuste disfarçado. É por isso que pouco me importa o que dizem. Sei, de fonte segura, que a realidade vai muito além do que se pode encontrar num dia claro, cheio de certezas aleatórias e lugares comuns.
Por isso fui votar... Hoje, em especial, votar é um dever...
Seremos felizes quando conseguirmos olhar o mundo sem esperar  compreensão ou reconhecimento.
Temos de privilegiar o desassossego. Só ele nos  impede de sorver a simplicidade.
Não podemos ceder à ignorância e entregar-nos à preguiça da satisfação do óbvio.
É  na busca desmedida que evoluímos.

Viva o desporto e viva a Figueira da Foz, para todos!...

Bom domingo

sábado, 25 de maio de 2019

Se tudo correr bem, lá para os 120 anos vou publicar poesia...(3)

Sobrestimar ou subestimar? 
Há impossíveis?
Quanto aos impossíveis, os nossos, os dos outros, são todos auto-limitados.
É, apenas, questão de tempo, de ciência, de experiência e de percepção. 
Palavra da salvação...

No fundo foi isto: ridículo...

O secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, que foi presidente da câmara até Abril passado, não poupou, ontem, elogios à autarquia de que esteve à frente cerca de 10 anos!..
O seminário, organizado pela APA no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) debateu o tema ACircularidade no Sector daConstrução – Boas Práticas na Gestão de Resíduosde Construção e Demolição.
João Ataíde, actual secretário de Estado do Ambiente, até Abril e durante quase quase 10 anos presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, defendeu que, no concelho, apesar de “muito ter sido feito, ainda há muito a fazer”. Nomeadamente, segundo disse aos jornalistas, "há que evitar que os pinhais continuem a ser depósitos de entulho clandestinos"
Carlos Monteiro, presidente da câmara há pouco mais de um mês, de harmonia com o DIÁRIOAS BEIRAS, defende "que devem ser agravadas as coimas e incrementada a fiscalização do transporte e deposição de Resíduos de Construção e Demolição ilegais."

Nota de rodapé.

"O que é o ridículo? 
Renunciar voluntariamente à nossa liberdade: esta é a definição do ridículo. (...) 
Aquele que é livre pode ser louco, estúpido, repelente e sofrer precisamente porque é livre, mas não é ridículo. 
Tem dimensão como um ser." 

Philip Roth, no livro Animal Moribundo. Publicações Dom Quixote, 2006. Tradução de Fernanda Pinto Rodrigues. 131 págs.

É só para desejar um bom sábado...

Autarca condenado em perda de mandato nomeado pela AMP para Administrador da Metro do Porto

"António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, foi condenado em perda de mandato autárquico, no passado mês de Abril, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto. Tal condenação não impediu, porém, que tivesse sido hoje indicado pelo presidente da Área Metropolitana do Porto para os órgãos sociais da Metro do Porto, como administrador não executivo.
Tal como foi escrito há cerca de um mês, o presidente da empresa Metro do Porto será Tiago Braga, engenheiro cuja maior proeza curricular foi ter sido chefe de gabinete do actual presidente da Câmara de Gaia."

Via Aventar

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Se tudo correr bem, lá para os 120 anos vou publicar poesia... (2)

Quem é que não gostaria de ser um poeta reconhecido?
Camões, depois de morto, é. E tão querido!
A palavra leva a melhor sobre o bocejo.
Na poesia, até leva a melhor sobre o desejo.
Não se é o poeta por acidente,
é-se o poeta por se ser inteligente...
Há quem, desde miúdo, quer ser polícia, médico ou carpinteiro.
Ninguém, de certeza absoluta, 
quer ser poeta como quer ser engenheiro.
Ninguém quer ser poeta, como ninguém quer ser puta.
Poeta e puta, sem frustações,
são duas tristes profissões.
A poesia é uma existência, 
reconhece-se que existe se tem consistência.
A poesia é como uma mulher matreira,
integral, única, toda e inteira,
para quem a vida é a única carreira.

Querida,
viver é fixe.
Este poema vale bem um ano de vida,
o resto, que se lixe.

Fazer a obrigação...

Crónica de hoje no Diário as Beiras

A eleição dos desconhecidos.

"O primeiro número do Expresso, saído em Janeiro de 1973, informava que 63% dos portugueses nunca tinham votado. Era a demonstração cabal de como os portugueses encaravam a farsa que eram as eleições no Estado Novo. Agora, nas vésperas de uma eleição para o Parlamento Europeu, o Expresso informa que 69% dos portugueses não sabem o nome de nenhum eurodeputado. É a demonstração cabal de como os nossos eurodeputados andam afastados dos eleitores. Na verdade, a esmagadora maioria limita-se a fazer campanha aqui no burgo de cinco em cinco anos, para depois rumarem a Bruxelas para um longo mandato, durante o qual não se ouve falar deles. Deve ser por isso que nesta campanha só se falou de política nacional. A política europeia está longe e, se ninguém sequer conhece as personagens, como é que pode perceber o enredo da história? Depois admirem-se com a abstenção."
 por Luís Menezes Leitão via Delito de Opinião

Estátua, piscina de marés, passadiços, piscina coberta...

"O presidente da Junta de Buarcos e São Julião, José Esteves, "não desiste de instalar uma estátua do infante D. Pedro na vila de Buarcos", desiderato que o acompanha desde o primeiro mandato (2009 – 2013). 
O projecto só não avançou porque, "na altura, assim como no segundo mandato, o autarca não conseguiu reunir consenso político sobre o assunto". ´
A maqueta que chegou a estar exposta era de uma estátua que teria cinco metros de altura. “[A estátua do infante D. Pedro] é uma ideia da qual ainda não desistimos. Mas temos de concretizá-la em sintonia com a câmara da Figueira da Foz. É um assunto para, no seu devido tempo, ter pernas para andar. O ideal seria avançar com ela ainda durante este mandato”
José Esteves, "também não desiste da piscina de marés que há muito ambiciona ver construída entre a Tamargueira e o Cabo Mondego."
Entretanto, "propôs a instalação de passadiços turísticos no Cabo Mondego." 
Todavia, "do sonho à realidade, o caminho pode ser longo ou interminável, já que a viabilidade daquelas propostas depende da participação financeira da câmara e da autorização de vários organismos públicos".
Questionado acerca da piscina oceânica e dos passadiços, no programa de entrevistas Dez&10, "o presidente da câmara, conhecendo a importância das propostas de José Esteves, ressalvou que não são projetos prioritários." 
A prioridade da autarquia, no que a mergulhos diz respeito, esclareceu Carlos Monteiro, "é a construção de uma piscina municipal coberta na sede do concelho, equipamento reclamado há décadas."

Via Diário as Beiras

É penoso e embaraça cumprir o papel de figueirense realista e desiludido, que não se entusiasma com o que não existe. 
Consola-me saber, porém, que o desespero da triste realidade, pelo menos, é um sentimento seleto. Exige sofisticação. Não é para todos. 
Já a felicidade dos contentinhos, a meu ver, é um sentimento pobre. Tem mesmo, parece-me, qualquer coisa de fácil e vulgar. Está ao alcance de toda a gente. 
Na Figueira, parece, toda a gente é bestialmente feliz. Toda a gente vive num concelho maravilhoso. 
Não conheço muita gente como eu: infeliz e preocupada.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Se tudo correr bem, lá para os 120 anos vou começar a publicar poesia...

O tempo passa sem glória. 
O corpo envelhece.
A grande estrela, o sol, arrefece.
A terra aquece.
O corpo entorpece.
Quanto à memória?
Esquece...

A Festa da Sardinha da Malta do Viso realiza-se com mão-de-obra voluntária...

NÃO HÁ FESTA COMO ESTA.

Há na  Festa da Sardinha da Malta do Viso uma autenticidade e entrega incomparáveis. Quem já por lá passou  entende o que estou a dizer. Aqui sim, deve dizer-se «Não há festa como esta» (com a devida vénia aos organizadores da Festa do Avante pelo slogan emprestado).
Será que Ricardo Silva pensa que esta iniciativa é a "Festa do Avante da Figueira"?

Presidente da câmara, há um mês no cargo, no Dez & 10 "falou sobre as obras, projectos e estratégia da autarquia"...

Foto sacada daqui
«Carlos Monteiro garantiu que a primeira fase da requalificação da frente marítima de Buarcos ficará concluída até 15 de junho. “Há um pequeno melhoramento que vai ser feito entre as rotundas do Continente e do Farol, que é necessário para facilitar os acessos ao Centro de Saúde, e esperamos que também fique concluído até 15 de junho”, acrescentou. Acerca das críticas à empreitada de Buarcos, o autarca defendeu que “é um incómodo” sempre que há obras”. Mas, acrescentou: “No caso concreto, tenho a firme convicção que vai ficar muito melhor e que vamos todos desfrutar daquele espaço”

Asfalto na “Enforca cães” 

Mantendo a conversa nas obras de requalificação que estão a decorrer na cidade, mas atravessando a foz do Mondego, o autarca disse que não acredita que o movimento cívico SOS Cabedelo consiga parar as obras. E explicou porquê: “Nunca avançamos na ilegalidade, conscientemente. E temos a firme convicção que não há qualquer ilegalidade”
De obra em obra, o presidente da câmara afiançou que “em breve” será colocado asfalto na estrada “Enforca cães”, provisoriamente interditada por razões de segurança. Em paralelo, mas mais perto do mar, será aberta uma via pedonal e ciclável, para ligar o concelho, pelo norte e pelo sul, ao resto do país, através de uma via europeia para peões e ciclistas. Incluída naquele via pedonal e ciclável, a autarquia pretende que na ponte que vai ser construída entre Vila Verde e Alqueidão possam também circular viaturas ligeiras. “Com esta ponte e a ligação da “Enforna cães”, estamos a unir mais o concelho”, defendeu Carlos Monteiro. 

Coreto no jardim municipal 

Entretanto, o jardim municipal vai entrar em obras. Além do prometido coreto, terá um espaço de bebidas e biblioteca, na zona do parque infantil. Por outro lado, anunciou ainda o edil, o jardim da Quinta das Olaias será aberto ao público e haverá um corredor verde entre aquele espaço municipal e as Abadias. Por outro lado, Carlos Monteiro revelou que a autarquia poderá analisar uma solução que permita criar uma parceria com o Coliseu Figueirense, tendo em vista a cobertura e a remodelação da praça de touros. No entanto, defendeu, isso não implicará a desistência do Anel das Artes, que, afinal, também poderá levar cobertura. Entretanto, contudo, a construção do espaço multiusos foi adiada, sem data definida para ser iniciada. 

Três milhões para o Paço de Maiorca 

“Em breve”, também deverá ser resolvido o dossiê do Paço de Maiorca. As obras de reconversão do imóvel histórico em unidade hoteleira de charme, ao abrigo de uma falhada parceria público-privada, encontram-se paradas há vários anos. A solução passa por a autarquia pagar três milhões de euros à banca, podendo ter de concluir o projecto, se não houver um privado interessado em fazer as obras e explorar o negócio. Sendo certo, contudo, que a atividade será concessionada a privados.»

Nota de rodapé.
Carlos Monteiro, basta ler o que está acima, que foi retirado da edição de hoje do Diário as Beiras, assumiu-se definitivamente como um político profissional e ambicioso. Só que Carlos Monteiro, presidente de Câmara, para já, é um produto do acaso. Claro que é apenas um começo. Uma coisa é certa, porém: em 2021, se a ambição ganhar eleições, Monteiro arrasa os outros candidatos.
Vejamos: 

Promessas

Promessa, é uma palavra afirmativa, dirigida a outros, no sentido de se cumprir algo. O verbo prometer, significa, por outro lado, obrigar-se verbalmente ou por escrito, a fazer ou dar alguma coisa. Por exemplo, neste caso concreto, Carlos Monteiro prometeu, esta terça-feira, concretizar "em breve" o que João Ataíde não conseguiu realizar em 10 anos. "Sem dar por ela", Monteiro passou um atestado de incompetência política ao seu antecessor.

Propaganda.

Propaganda, é o acto ou efeito de propagar. Pode ser uma doutrina ou uma ideia qualquer. Uma mentira também. Um desejo inalcançável. Uma aldrabice, por suposto. Por exemplo, fazer passar a ideia de que um partido político, em véspera de eleições, tem como objectivo concreto e realizável, concretizar tudo isto. Mensagem subliminar: isto "em breve" está no papo. Se votarem em nós...

Aldrabice política.

Aldrabice, em bom português, é uma patranha. Uma trapaça. Política, se referida a um objectivo político. Na propaganda política,  o dirigente  partidário apresenta publicamente tudo isto como uma promessa. Se não conseguir o objectivo, uma vez tomado o poder de o poder fazer, e se tal for por incompetência política, a aldrabice ressalta à vista de todos, como uma promessa incumprida. E nem é preciso ter feito a quarta classe antiga. Basta ter frequentado qualquer curso das Novas Oportunidades... Carlos Monteiro vai ter dois anos duros pela frente. A fasquia está elevada. E o estado de graça não dura para sempre.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

"Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada"

O momento de Carlos Monteiro? (2)

Quem é Carlos Monteiro?

"... mais importante que saber quem é ou quem foi, importa perguntar quem será Carlos Monteiro. Poderá vir a ser o melhor presidente dos últimos 40 anos. Se souber ouvir e comunicar com os figueirenses. Se souber ser corajoso nas decisões difíceis. Se souber ser mais gestor que político. Se souber ser exigente dentro de portas. Se souber distinguir prioridades. Se souber assumir erros. Se souber para onde vai. E se souber para onde nos leva.
Carlos Monteiro, ou quem entretanto chegar ao leme, ao contrário dos seus antecessores, poderá ficar na história. Mas mais do que saber – e ainda não sabemos se sabe – é preciso querer. Resta saber se quer. Para não ser apenas mais um."


Nota de rodapé sacada daqui.
"Quando João Ataíde deixou a Figueira e partiu para Portugal, ficou a certeza de que o óbvio ficaria visível: não podia servir para Portugal o que não servia para a Figueira.
Para o seu lugar, avançou Carlos Monteiro. Politicamente, antes de 2009, de 2001 a 2005, foi membro da Assembleia de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz.  E, de 2005 a 2009, foi membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz. 
Com a ascenção de Carlos Monteiro a presidente, o provincianismo figueirinhas delirou com a ideia de ser um dos seus a limpar o que foi feito por  quem realmente mandou na Figueira, entre outubro de 2009 e abril de 2019.
O resultado de pôr quem não serviu para a freguesia de S. Julião a lidar com um concelho como a Figueira ficará, a meu ver, nos dois próximos anos, cada vez mais visível.
Com a ida de Ataíde para Lisboa, Monteiro teve o seu momento de deslumbramento. A notícia deixou-o eufórico. Tem, segundo ele, motivos para sorrir a bem sorrir: ganhou o dia, senão uma nova vida política. Foi um daqueles momentos raros, um golpe de sorte (também pode ser de azar...) que acontecem por vezes às pessoas e também aos políticos. Daqueles momentos que fazem tudo ganhar objectivo e sentido - toda a espera, toda a paciência, os sapos engolidos e todo o trabalho, finalmente,  a valerem a pena. 
Falta, porém, Monteiro sentir-se validado pelos votantes do concelho. O verdadeiro objectivo do medíocre percurso político de Monteiro, ser aceite por uma sociedade figueirense que sempre o rejeitou.  A derradeira meta é vencer essa rejeição.
Há uma razão que orienta os passos dos políticos. E depois há sempre a razão por detrás da razão. Medo ou coragem. Tudo na vida política passa por aí." 

Carlos "Simpatia" do PS... (simpatia não é ilação para nada...)

Via Pedro Agostinho Cruz

"2ª edição do Dez & 10 terminou ontem com o "Mister Simpatia". Desculpem! Com o presidente do Município da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.
Os figueirenses podem estar descansados: obras de Buarcos e Praças, passadiços na Serra da Boa Viagem/Quiaios, estrada de ligação a Quiaios - "enforca cães", jardim municipal, coreto do jardim, Lagoas (...) será tudo resolvido "em breve", palavra do novo presidente da CMFF."


Nota de rodapé
Aos  visitantes, que pensam que isto é uma grande coisa, com blilhantes críticas, com farpas e bitaites à governação do concelho, ficam as minhas desculpas se se sentirem defraudados...
Deparam com um canastrão, que não escreve nada de especial, mas que ainda assim, dizem ter a desfaçatez de se tomar por especial. Um velho que tem problemas comuns, dúvidas existenciais e também das outras, das banais. Que, porém, não tem medo da solidão e é viciado e tem fascínio pelas cores do mar. Alguém que, apesar da já avançada idade, ainda não sabe muito bem o que quer da vida, mas que um dia há-de lá chegar. Mas, acima de tudo, alguém que continua a ser uma mescla de ideias, fracassos e emoções.
A todos os quanto passam por aqui, seja por engano ou por vontade, o meu sincero "Bem-vindos".
"Mi casa es su casa." Obrigadinho a todos.

A propósito do agradecimento do Dr. Miguel Mattos Chaves

O Dr. Miguel Mattos Chaves fez um agradecimento público aos participantes na  “TERTÚLIA FIGUEIRENSE”, realizada no passado dia 15 de Maio, em que "estiveram 46 pessoas pessoas, de todas as tendências políticas." Registo o facto do Dr. Miguel Mattos Chaves ter acentuado o seguinte:  "ainda há Figueirenses que se interessam pelas sua Cidade e que não se limitam a dizer mal de tudo e de todos. Pessoas que, independentemente das suas legitimas Tendências Políticas, procuram Soluções para os problemas e questões que afectam o Concelho."
Como é óbvio, agradeço o convite e a oportunidade de falar publicamente de problemas reais do território do nosso concelho. Gostei deste e de todos os debates livres, de preferência com vozes dissonantes. É a falar que a gente se entende. Aceitei porque sou do tempo em que os debates eram proibidos na Figueira. Haja debates e, já agora, que deles saiam algumas ideias.

O areal da praia da Figueira é um problema que remonta à definição da barra da Figueira, tal como ela é hoje, com a construção dos molhes, o que ocorreu no final da década de 50, princípio dos anos 60 do século passado.
Li um dia que "que os homens não aprendem muito com as lições da História. E esta, acaba por ser a mais importante de todas as lições que a História tem para nos ensinar"…
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado e feito, apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, a que a realidade infelizmente deu razão: a "Barra da Figueira da Foz  é  uma Armadilha Mortal para os Pescadores",  nos últimos anos morreram 11 pessoas. Cerca de 9 anos depois de concluída a obra, a barra  da Figueira, para os barcos de pesca que a demandam, está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa – e por aí adiante até à Nazaré. A meu ver, há uma ideia simples que é preciso ter em conta. Não é a Figueira que se tem de aproximar do mar. É o contrário: é o mar que se tem de aproximar da Figueira. Para isso é preciso retirar a areia a mais que existe na Figueira e distribui-la por onde é necessária: as praias a sul do estuário do Mondego. E tão necessária ela é até à Nazaré. Isto, embora sendo uma ideia simples, não está ainda entendida por quem manda.
O poder autárquico figueirense, com a execução das chamadas obras de requalificação do areal de 2015, demonstrou bem o seu posicionamente nesta questão do que fazer com o areal da praia da Figuiera da Foz... 
E tão avisados que foram...  Manuel Luís Pata, o meu saudoso Amigo, em devido tempo, fartou-se de avisar. Porém, ninguém o ouviu. Temos as consequências...
A Praia da Figueira não é um problema dos que habitam na cidade. É um problema territorial de todo o concelho e mais além.
É positivo o contributo dado aos figueirenses pelos promotores destas Tertúlias: estamos num momento em que é importante "discutir pública e livremente, com todos, os assuntos da Figueira."

Para a história da oposição na Figueira

Imagem sacada do Diário as Beiras
Há muitos anos que a oposição na Figueira é uma ficção democrática.
A opinião pública despreza-a. O poder ignora-a. E o concelho lembra-se dela, em momentos particulares, quando se quer vingar do poder  que, mais uma vez, o enganou. Até lá, a oposição vegeta, entregue a meia dúzia de entusiastas que se arrastam pela paisagem, sem meios, sem apoios e sem vozes “autorizadas”,  que se dignem dar a cara por uma alternativa credível.
Na Figueira está a acontecer o normal: ao contrário do que a expressão indica, o líder da oposição, no presente Carlos Tenreiro, não é um líder, é uma figura ornamental do regime, uma sombra esbatida do presidente de câmara, com um estatuto diminuído e um raio de acção diminuto.
Num concelho pequeno, onde as oportunidades são escassas, o líder da oposição, ainda por cima sem a cofiança política do partido de que é militante, prefere ter boas relações com o poder a corporizar ou a dar apoio a uma oposição que tem apenas a oferecer um futuro remoto e nada prometedor.
O resto, as diferenças ideológicas e as alternativas políticas, não existe. O resultado salta à vista: um discurso estudado e cuidadoso que não assusta o poder e nem o compromete. Perante isto e para concluir,  tenho sérias dúvidas de que a oposição, apesar das condições adversas, faça melhor nos próximos dois anos.
O presdente Carlos Monteiro tem a passadeira vermelha estendida para ganhar as autárquicas de 2021. Basta manter-se no registo actual: a mediocridade da política concelhia que temos.