Chegou a estar prometida para 2020.
2 de janeiro de 2020, Carlos Monteiro então presidente de Câmara: "A ciclovia europeia Eurovelo será uma realidade em 2020, incluindo uma ponte sobre o Mondego, na zona do Alqueidão/Lares."Dezembro de 2023: uma ponte apresentada há cerca de 5 anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, transformou-se em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento inicial de cerca 600/750 mil euros, passou-se para 3.6 milhões em dezembro de 2020.
Em Fevereiro de 2024, segundo a edição desse dia do DIÁRIO AS BEIRAS, a adjudicação da empreitada da ponte sobre o Rio Mondego entre Vila Verde e Alqueidão “continuava num impasse”.
Na altura, segundo o mesmo jornal, "o orçamento inicial do projeto original, pouco mais de um milhão de euros, não contemplava o estudo de arqueologia subaquática. Com esta adenda, tendo em conta os preços atuais e sem as alterações ao projeto que o executivo camarário pretende fazer, os custos dispararam para os quatro milhões de euros. O projeto alterado pelo anterior elenco governativo do concelho, com os preços atualizados, implicava um investimento de mais de seis milhões de euros. Sem contar com os acessos rodoviário e a instalação da iluminação, que poderiam fazer subir o valor global da construção para entre nove e 10 milhões de euros, segundo estimativas que executivo camarário vem apresentando. Demasiado dinheiro para o município, que, neste momento, apenas conta com o apoio de um milhão de euros do Fundo Ambiental."
Este ano, em Abril, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes esperava e desesperava: no dia 4 de Abril de 2025, num artigo de opinião publicado no Correio de Manhã, escrevia.
"Acabei de ter conhecimento de que um Tribunal Administrativo de Coimbra tinha decidido não levantar a suspensão da execução da obra de uma ponte que ligará duas margens do nosso concelho entre Alqueidão e Vila Verde. A luta por esta ponte vem desde o executivo camarário anterior, fiz tudo para resolver o assunto, para lá da mudança de governo. A decisão da juíza, comunicada ontem à tarde, foi a de que não tinha ficado provado que o levantamento da suspensão causasse menos prejuízos do que a sua manutenção. Juntámos cartas do presidente de um município vizinho comprovando o interesse também para esse município, e para juntas de freguesia desse município, Soure, da obra em causa.
Há décadas que as pessoas esperam por essa obra e a sua realização evitará meia hora diária de deslocação para muitas pessoas que trabalham em unidades industriais noutras zonas do concelho. Como pode um tribunal entender que o prejuízo de uma empresa é maior do que o de todas estas populações? O que pensar de uma posição dessas? Qualquer decisão que queiramos levar por diante, mais transformadora, tem que percorrer a estrada de Damasco."
O Município da Figueira da Foz recorreu da decisão do TAFC.
Passaram cerca de 8 anos e a primeira pedra deste empreendimento ainda está por lançar.
Todavia, as obras da nova ponte sobre o Mondego começaram ontem: os trabalhos iniciaram-se com as terraplanagens, na margem direita, em Lares.
A obra custa mais de sete milhões de euros, tendo um prazo de execução estimado em 441 dias, e será integralmente financiada pelo Fundo Ambiental, desonerando o município de encargos financeiros.
Portanto, se tudo correr como o previsto, teremos «uma ponte, apresentada há quase 8 anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, que se transformou em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento de cerca 750 mil euros, passou-se para mais de 7 milhões…»
"Os figueirenses, sobretudo as populações e autarcas das freguesias de Vila Verde e Alqueidão, há muito que só acreditam que a ponte será construída quando tiverem provas disso no terreno."
Imagem: Diário As Beiras


































