terça-feira, 29 de julho de 2025

Atrasou-se... Mas, depois de da anos de luta, a ponte vai ser construída

 Chegou a estar prometida para 2020.

2 de janeiro de 2020, Carlos Monteiro então presidente de Câmara: "A ciclovia europeia Eurovelo será uma realidade em 2020, incluindo uma ponte sobre o Mondego, na zona do Alqueidão/Lares."

Dezembro de 2023: uma ponte apresentada há cerca de 5 anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, transformou-se em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento inicial de cerca 600/750 mil euros, passou-se para 3.6 milhões em dezembro de 2020.

Em Fevereiro de 2024, segundo a edição desse dia do DIÁRIO AS BEIRAS, a adjudicação da empreitada da ponte sobre o Rio Mondego entre Vila Verde e Alqueidão “continuava num impasse”.
Na altura, segundo o mesmo jornal, "o orçamento inicial do projeto original, pouco mais de um milhão de euros, não contemplava o estudo de arqueologia subaquática. Com esta adenda, tendo em conta os preços atuais e sem as alterações ao projeto que o executivo camarário pretende fazer, os custos dispararam para os quatro milhões de euros. O projeto alterado pelo anterior elenco governativo do concelho, com os preços atualizados, implicava um investimento de mais de seis milhões de euros. Sem contar com os acessos rodoviário e a instalação da iluminação, que poderiam fazer subir o valor global da construção para entre nove e 10 milhões de euros, segundo estimativas que executivo camarário vem apresentando. Demasiado dinheiro para o município, que, neste momento, apenas conta com o apoio de um milhão de euros do Fundo Ambiental."

Este ano, em Abril, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes esperava e desesperava: no dia 4 de Abril de 2025, num artigo de opinião publicado no Correio de Manhã, escrevia.
"Acabei de ter conhecimento de que um Tribunal Administrativo de Coimbra tinha decidido não levantar a suspensão da execução da obra de uma ponte que ligará duas margens do nosso concelho entre Alqueidão e Vila Verde. A luta por esta ponte vem desde o executivo camarário anterior, fiz tudo para resolver o assunto, para lá da mudança de governo. A decisão da juíza, comunicada ontem à tarde, foi a de que não tinha ficado provado que o levantamento da suspensão causasse menos prejuízos do que a sua manutenção. Juntámos cartas do presidente de um município vizinho comprovando o interesse também para esse município, e para juntas de freguesia desse município, Soure, da obra em causa.
Há décadas que as pessoas esperam por essa obra e a sua realização evitará meia hora diária de deslocação para muitas pessoas que trabalham em unidades industriais noutras zonas do concelho. Como pode um tribunal entender que o prejuízo de uma empresa é maior do que o de todas estas populações? O que pensar de uma posição dessas? Qualquer decisão que queiramos levar por diante, mais transformadora, tem que percorrer a estrada de Damasco."
O Município da Figueira da Foz recorreu da decisão do TAFC.

Passaram cerca de 8 anos e a primeira pedra deste empreendimento ainda está por lançar.
Todavia, as obras da nova ponte sobre o Mondego começaram ontem: os trabalhos iniciaram-se com as terraplanagens, na margem direita, em Lares.
A obra custa mais de sete milhões de euros, tendo um prazo de execução estimado em 441 dias, e será integralmente financiada pelo Fundo Ambiental, desonerando o município de encargos financeiros.
Portanto, se tudo correr como o previsto, teremos «uma ponte, apresentada há quase 8 anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, que se transformou em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento de cerca 750 mil euros, passou-se para mais de 7 milhões…»

"Os figueirenses, sobretudo as populações e autarcas das freguesias de Vila Verde e Alqueidão, há muito que só acreditam que a ponte será construída quando tiverem provas disso no terreno."

Imagem: Diário As Beiras

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Trânsito condicionado na ponte também em Agosto

Foto: Pedro Agostinho Cruz
O trânsito na Ponte Edgar Cardoso estará condicionado de 3 a 6 de agosto, entre as 20H30 e as 06H30, para trabalhos de fresagem e levantamentos topográficos, informa a Infraestruturas de Portugal, empresa pública que está a realizar obras naquela travessia sobre o Mondego. O trânsito circulará de forma alternada, a 30 km/hora e com o auxílio da PSP. As obras nesta ponte da Figueira da Foz, já na fase final, custam cerca de 17 milhões de euros. Tiveram início em Outubrode 2022 e tinham um prazo de execução de 21 meses.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

O estado do sítio

Filipe Luís

"Dificilmente os senhores deputados se debruçarão sobre o caso do são-tomense Manuel dos Santos, que, no bairro do Talu de, em Loures, reuniu os materiais que apa nhou dos escombros da demolição da sua habitação precária, umas tábuas, uns ara mes, um cobertor, para construir um abrigo ainda mais débil, uma casa igual às dos dois mais novos dos três porquinhos, onde “dormiu bem”. Mas onde receia o “sopro” do socialista Ricardo “Lobão”, perdão, Leão, presidente da Câmara de Loures: “Antes quero viver numa barraca do que debaixo da ponte”, disse à Antena 1 este operário da construção civil que, embora apenas ganhe o salário mínimo, foi mandado “procurar casa”. Ele não procura casas, ele constrói-as para que outros as procurem. Sim, se todos resolverem construir uma barraca à espera de receber uma “casinha” da câmara, isto nunca mais acaba. Sim, é preciso reprimir a construção clandestina e impedir que regressemos ao tempo das barracas, que costumam alastrar como mancha de óleo. Mas isso faz-se a montante, prevenindo, não demolindo. Ou então, como apontou o socialista Miguel Prata Roque – que pediu a retirada da confiança política do PS a Ri cardo Leão… –, a câmara demolidora terá de arranjar um teto para as pessoas que desa loja. Se o seu presidente não for o lobo mau, claro. E este é, também, o estado da Nação."

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Estátuas de Mário Silva e a "A preguiça" vandalizadas


Sem estabelecer uma ligação entre os dois casos, a escultura “A preguiça” foi vandalizada poucos dias depois de o busto do pintor Mário Silva, instalado na praça da Praia do Cabedelo, também ter sido alvo de actos de vandalismo. A face foi pintada com várias cores e o tronco vestido com uma camisola. Na escultura “A preguiça”, além de ter sido partida a perna direita, foi colocada uma “meia” no pé da perna danifi cada.
Será que estamos numa sociedade sem valores ou referênciais, onde não existe tempo, inteligência e disponibilidade para contextualizar rigorosamente nada?
Será que estamos a caminhar para o vácuo completo e egoísta?...

terça-feira, 8 de julho de 2025

Biblioteca do jardim já está aberta ao público

[𝐁𝐢𝐛𝐥𝐢𝐨𝐭𝐞𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐫𝐝𝐢𝐦 – 𝐔𝐦 𝐯𝐞𝐫𝐚̃𝐨 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐭𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐧𝐜̧𝐚𝐬 𝐞 𝐣𝐨𝐯𝐞𝐧𝐬]

A biblioteca do Jardim Municipal da Figueira da Foz já se encontra aberta desde ontem.
Este equipamento municipal sazonal funciona até 30 de agosto, de segunda-feira a sexta-feira, das 10H00 às 13H00. Realiza actividades às 11H00 - a participação carece de inscrição com 24 horas de antecedência, presencialmente ou através do e-mail biblioteca.municipal@ cm-fi gfoz.pt.

Edição de 2025: «Serenatas do Mondego» destacam Carlos Paredes, Augusto Hilário e Zeca Afonso

A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto realiza de 9 de julho a 14 de agosto, sempre às 21h30, as já tradicionais «Serenatas do Mondego».

Divulgando fados de Coimbra, a cancão de Coimbra e fados de Lisboa, as Serenatas do Mondego são um cartaz do verão figueirense e uma forma de animação da Baixa da cidade e divulgação do seu património edificado.
As Serenatas têm todas entrada livre.
Este ano são prestados vários tributos, destacando-se as evocações dos 100 anos do nascimento do guitarrista Carlos Paredes; um tributo ao fadista viseense Augusto Hilário, figura primeira do fado de Coimbra; e um tributo a Zeca Afonso, estando assegurada a presença do seu viola de acompanhamento em várias gravações, o médico Rui Pato.
As «Serenatas do Mondego» têm o apoio institucional da Câmara Municipal da Figueira da Foz e da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião.
Programa (para ver melhor clicar na imagem).

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Quem comenta em televisão devia ter cuidado com as mentiras do Chega...

Imigrantes têm prioridade no acesso às creches?

Via REVISTA SÁBADO

"Rumores têm circulado  nas redes sociais. Saiba o que diz a portaria que regulamenta os critérios de admissão e priorização no acesso às creches.


É nas redes sociais que a teoria de que os "imigrantes têm prioridade no acesso às creches" se tem vindo a espalhar. Apesar da falta de vagas nas creches ser hoje um problema bastante contestado pelos pais, tendo já colocado alguns no desemprego, a verdade é que estes rumores surgiram pelo menos em 2024. Desde então que têm sido defendidos por algumas pessoas. Aconteceu no caso da deputada do Chega, Rita Matias.

"Eles não sabem o que é estar numa sala de espera horas e horas e horas e ter de ver pessoas de outras nacionalidades passarem à frente, porque isto acontece", afirmou em março deste ano durante uma entrevista à empresa Brasil Paralelo.

Mas afinal, os imigrantes passam ou não à frente do português no acesso à creche? À SÁBADO, a presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP) esclarece: "Não é verdade. Diz-se muitas coisas nas redes sociais e à conta disso gera-se um ódio contra os imigrantes."

Segundo Susana Baptista, apesar de existir uma lista de prioridades, "nem os desempregados" estão incluídos na mesma. "As prioridades aplicam-se, por exemplo, a crianças que já frequentavam o estabelecimento, a crianças que se encontram em situação económica mais baixa, com deficiência ou que tenham irmãos no estabelecimento. Ao todo são 10 critérios e nenhum deles contou com os desempregados."

Vejamos, então, o que diz a portaria 198/2022 de 27 de julho que regulamenta os critérios de admissão e prioridade no acesso às creches.

"A admissão nas vagas das respostas sociais creche, creche familiar e amas do ISS, I. P., são preenchidas consoante a lista de prioridades.

  1. Crianças que frequentaram a creche no ano anterior.
  2. Crianças com deficiência/incapacidade.
  3. Crianças filhos de mães e pais estudantes menores, ou beneficiários de assistência pessoal no âmbito do Apoio à Vida Independente ou reconhecido como cuidador informal principal, ou crianças em situação de acolhimento ou em casa abrigo.
  4. Crianças com irmãos, que comprovadamente pertençam ao mesmo agregado familiar, que frequentam a resposta social.
  5. Crianças beneficiárias da prestação social Garantia para a Infância e/ou com abono de família para crianças e jovens (1.º e 2.º escalões), cujos encarregados de educação residam, comprovadamente, na área de influência da resposta social.
  6. Crianças beneficiárias da prestação social Garantia para a Infância e/ou com abono de família para crianças e jovens (1.º e 2.º escalões), cujos encarregados de educação desenvolvam a atividade profissional, comprovadamente, na área de influência da resposta social.
  7. Crianças em agregados monoparentais ou famílias numerosas, cujos encarregados de educação residam, comprovadamente, na área de influência da resposta social.
  8. Crianças cujos encarregados de educação residam, comprovadamente, na área de influência da resposta social.
  9. Crianças em agregados monoparentais ou famílias numerosas cujos encarregados de educação desenvolvam a atividade profissional, comprovadamente, na área de influência da resposta social.
  10. Crianças cujos encarregados de educação desenvolvam a atividade profissional, comprovadamente, na área de influência da resposta social."

Além desta portaria confirmar a inexistência de uma priorização de imigrantes, a mesma informação foi também confirmada pelo Ministério da Educação em entrevista ao Observador. "A nacionalidade do aluno não é critério nas matrículas dos alunos e em nenhum dos artigos da legislação em vigor está expresso que as crianças e os alunos vindos do exterior têm prioridade sobre os restantes."

Notícias do Portugal profundo: a desertificação do interior

No próximo dia 12 de Outubro, o país vai a eleições novamente, desta vez para eleger os órgãos das freguesias e dos municípios.

"Morreu o não é não"...


Via Entre as brumas da memória. Para ler clicar na imagem.

Cerimónias de celebração do 73.º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP) terminaram ontem

 Via Diário as Beiras

domingo, 6 de julho de 2025

Morreu o artista plástico Filinto Viana

"É com profunda tristeza que a Magenta – Associação dos Artistas pela Arte comunica o falecimento de Filinto Viana, artista plástico, sócio e membro fnduador da Associação."

O funeral realiza-se hoje, do Centro Funerário Oliveira, a partir das 10H30, para o Cemitério Oriental, às 14H30.

Isto foi só medíocre

"Abertura oficial da época balnear em Ferreira-a-Nova!
João Paulo Correia Rodrigues, Ricardo Pereira e José Jorge estiveram presentes na reabertura da piscina da freguesia, num momento de celebração e proximidade com a população."
Não tenho nada contra o optimismo.
Aliás, genericamente, considero-me um optimista minimamente informado, que o mesmo é dizer - um pessimista.
Podem considerar os optimistas, que  tudo tem solução, desde que haja boa vontade - numa palavra, porque sim - que o  mesmo é dizer, por milagre ou passe de mágica.
Este acto escusado e gratuito, para quem o quis deliberadamente praticar, a meu ver, foi atirar-se para fora de pé, e é irresponsável, e demonstra falta de saber estar em democracia. Se quiserem, talvez mesmo falta de sentido de Estado, luta sem regras pelo (vão) poder, disputa pelo protagonismo mediático... 
Na opinião de Pedro Santana Lopes, lamentável.
O número está feito. O problema não é de pessoas, mas das instituições políticas - neste caso o PS -, que promovem a escolha da mediocridade para os representar nos lugares políticos. Na Figueira, o problema não é de hoje - nem de ontem.

Para quem gosta de história

(para ler melhor clicar na imagem)

À atenção dos Vereadores da Cultura e da Toponímia: em nome do rigor histórico - Praia da Sardinha e não Cais da Sardinha

Como escreveu um dia José Saramago: "a finitude é o destino de tudo".
Existem coisas do passado, que nos trazem à  memória (sempre as memórias) afectos que  pensávamos que seriam indestrutíveis.
Este é um deles. A Praia da Sardinha existiu. Ela só desaparece com o desassoreamento do rio. Durante décadas, a lota foi em frente ao Feteira, na Praia da Sardinha.
Entretanto, continua a prevalecer a falta de conhecimento da verdadeira história da cidade, por parte de quem esteve à frente dos destinos da Figueira durante anos!..
Desconhecer, para um político, não é grave. Mas, não ter a curiosidade de saber de verdades fundamentais para as nossas vidas, aflige-me...
Numa nota enviada ao Palhetas, em Novembro de 2016, o distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual, Sua Exa. o Dr. António Tavares, na altura também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e que já era vereador desde 2009, tenta justificar o que não tem justificação - o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra, respondeu o seguinte: «Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.»
E não é que desconheciam mesmo!..
A Figueira merece...
Entretanto, a Figueira é uma cidade que continua  a perder recantos e encantos.
Reponham a memória e a verdade histórica: Praia da Sardinha, se faz favor…
A verdade histórica é esta - PRAIA DA SARDINHA e não CAIS DA SARDINHA.
A nossa cidade tem encantos e recantos que merecem ficar na história com verdade e com rigor!..
O que nos ensina a moral desta história? ...aquilo que já sabíamos: que os eruditos e intelectuais que passam pelo poder na Figueira, não nos ensinam nada...

sábado, 5 de julho de 2025

Na Figueira, a "silly season" já se nota em Julho...

ABERTURA DA ÉPOCA BALNEAR DA PISCINA MUNICIPAL DE FERREIRA-A-NOVA aconteceu ontem. Ficou assim inaugurada a "silly season" 2025 na Figueira, ano de eleições autárquicas...
A chamada "silly season", pesadelo dos jornalistas que encaram  a profissão a sério, costuma ocorrer no mês mais ocioso do ano - Agosto -  em que parece que tudo pára e nada de relevante acontece. Agosto ainda tarda uns dias. Mas, a "silly season" na Figueira já se nota em Julho.
As notícias que nos chegam têm o carácter leve e inconsequente da "silly season"... Na sua irrelevância, as notícias da "silly season" tranquilizam-me. Não digo em relação ao País, mas à Figueira.
O saldo vai ser apurado em Setembro/Outubro próximo futuro.
Imagem (para ver melhor clicar em cima) via P Santana Lopes e Suzana Monteiro

Quarenta anos de Freguesia de São Pedro

São Pedro passou a freguesia há quase 40 anos.
Porém, a luta já vinha de trás.
Em 1974, os habitante destas povoações apresentaram uma petição ao Ministro da Administração Interna solicitando a criação de uma nova Freguesia, fazendo, assim, eco de velhas aspirações anteriores ao 25 de Abril.
A 11 de Julho de 1985, em reunião plenária, a Assembleia da República decretou a criação da atual freguesia de São Pedro. O primeiro executivo eleito honrou para sempre a data na toponímia da Aldeia, dando o nome da Avenida 12 de Julho à antiga 109, uma vez que a publicação em Diário da República aconteceu em 12 de Junho de 1985.
O primeiro executivo tomou posse em 5 de Janeiro de 1986.
Os povoados da Cova e da Gala pertenceram, administrativamente, à freguesia de Lavos, até ao ano de 1985.
Palheiros da Cova-Gala
Embora muitos diferentes, por respeito ao passado e ao sentir dos descendentes dos ílhavos que fundaram, primeiro a Cova e, cerca de 40 anos depois, a Gala, a Cova e Gala continuam a ser a Aldeia. 
Para mim - e certamente para muito mais gente -, a Cova Gala não estão mortas.
A Gala, continua, logo ali, remate da Ponte dos Arcos, para quem vem do norte.
Fica na outra margem do lado sul da foz do Mondego. 
E, como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios.

Já não é só uma aldeia de pescadores. Mas ainda tem pescadores.
Ao fundo, na direção do poente - e antes das dunas, que a separam do areal da praia, junta-se cada vez mais intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que tem o nome de Cova. 
Os dois lugares estão ao mesmo nível – o das águas do mar - e formam a Aldeia e base da freguesia de São Pedro, que tem ainda o Cabedelo e a Morraceira.
Do lado norte, é a cidade - e essa, sim, vem registada nos mapas de terra e nas cartas de mar – chama-se Figueira da Foz. 

A Cova e Gala, porém, continua a ser a nossa raiz. Têm origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770. De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência.

"Decorria o ano de 1791, quando Manuel Pereira se deslocou a Lavos, com a sua mulher Luísa dos Santos e alguns familiares, para batizar seu filho Luís, que nascera havia quatro dias, no lugar da Cova.
O dia quinze desse mês prometia ser quente, mas a viagem, a pé, de três quilómetros, do lugar da Cova, primeiro pelas areias das dunas e cabeços, depois pela estrada que ladeava o rio até à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Lavos, decorreu alegre e folgada. Chegada a hora aprazada, o padre cura, Tomás da Costa, batizou solenemente o recém-nascido Luís, cujos familiares eram de Ílhavo.
Este foi o primeiro batismo cujo assento regista um nascimento no lugar da Cova e, como tal, o reconhecimento da existência do povoado.
Anos antes, provavelmente entre 1750 e 1770, um grupo de pescadores, naturais de Ílhavo, constroem palhoças feitas de junco ao abrigo do maior médão a Sul da foz do Rio Mondego.

Lá ao fundo, a Norte, vislumbrava-se a vila de Buarcos e, mais perto e já bela, a recém nascida vila de Figueira da Foz. Era a promessa segura, com o Mondego ao lado e as terras de Lavos estendidas a Sul, do bom escoamento das pescas.
Como e porque se estabeleceram assim, na cava de uma duna, logo de cova foi apelidada.
O povoado de Gala, por seu turno, começa a tomar forma quando, vários anos após se terem instalado na Cova, alguns pescadores se deslocaram para Nascente e ergueram aí pequenas barracas ribeirinhas para recolha de redes e apetrechos de pesca. Foram-se erguendo, também à beira do rio, grandes armazéns de madeira para salgar, conservar e comercializar a sardinha proveniente das artes da Cova."

Na obra, "As Freguesias de S. Pedro, Lavos, S. Julião e Buarcos" o ilustre galense, Capitão João Pereira Mano regista que a Cova e a Gala estão, desde a sua origem, cultural e socialmente ligadas ao mar e o seu povo sempre viveu de forma intensa os dramas e glórias que o mar, na sua imensidão, proporciona. Disso são exemplo a ajuda prestada ao desembarque das tropas de Wellesley no Cabedelo, que contribuiu para pôr cobro às Invasões Francesas e aos naufrágios de bateiras no rio, de traineiras na safra da sardinha, ou ainda, de barcos de pesca à linha e mais tarde de arrasto, na longínqua pesca do bacalhau. Assim se perde no limbo do tempo a ligação ao mar e ao rio deste povo que deu origem ao povoado da Cova.
Desde as artes usadas no mar da Cova D’Oiro, passando pelas artes utilizadas no rio, pela Pesca do Bacalhau, pelo Cabo Branco, pela Marinha Mercante, pela Pesca da Sardinha, pelo Arrasto, pela Pesca Artesanal, a todas elas aderiu o homem de Cova e da Gala, ao longo do seu percurso. Também não se pode esquecer o elevado número de naturais da Cova-Gala que, ao longo dos tempos, se foram radicando nos Estados Unidos, como emigrantes e ligados às pescas na sua maior parte.

A denominação Cova-Gala atribuída à população destes dois lugares, não surge por acaso. Trata-se de um uso, já com alguns anos, dos seus habitantes que, acompanhando o percurso do progresso e as suas incidências no avançar das duas povoações ao encontro uma da outra, unindo o que outrora era separado por uma fina faixa de areia, cabeços e valados.
Ao contrário do que aconteceu durante muitos e muitos anos, a Cova e a Gala vivem numa "fraterna união".
É isto a verdadeira História da Cova e Gala. A que nos foi legada por João Pereira Mano.
"É isto a verdadeira História de Portugal".

O concelho da Figueira está preparada para receber as autocaravanas?

Houve uma “explosão do autocaravanismo e Portugal sofreu uma invasão, mas não se está a conseguir adaptar”.
O que se passa em Portugal, acontece na Figueira.
Onde é que estão as estações de serviço e áreas de acolhimento?
As estruturas não têm de ter “custos exorbitantes”, bastam coisas “básicas” para garantir a manutenção.
Na Figueira, a solução passa, segundo mostraram os «os associados da ACIFF que responderam a uma consulta, por uma larga maioria»,  por «uma preferência para uma deslocalização do parqueamento destas viaturas para uma zona mais periférica da cidade da Figueira da Foz».
Que o mesmo é dizer, levar as caravanas para Sâo Pedro, Costa de Lavos ou Quiaios.
É sempre o mesmo: o que não interessa à cidade, manda-se para as Aldeias.
Recordo o sempre actual Manuel Luís Pata, numa das inúmeras e enriquecedoras conversas de café que ao longo da minha vida tive com ele: “A Figueira nasceu numa paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. A única obra do homem de que deveríamos ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..”
Imagem: Diário As Beiras
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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cerimónita emotiva de dor e luto

Via Munícipio da Figueira da Foz
«Foi numa cerimónia bastante emotiva, que no dia 3 de julho, foi inaugurado, ao final da tarde, na Av. do Mar, na Praia da Leirosa, um memorial de homenagem aos seis pescadores – Joel Reboca (Regalheiras de Lavos); José Manuel Garcia (Buarcos); Jorge Evangelista (São Julião); Filipe Mesquita Julião (Bizorreiro do Paião) e Eugénio Pata Russo, José Alberto Conceição Jacinto (Praia da Leirosa) -, falecidos no naufrágio da embarcação Virgem Dolorosa.

 A cerimónia, à qual assistiram familiares, amigos, autarcas e representantes de diversas entidades civis e militares, contou, para além da bênção do memorial pelo padre Paulo Silvestre, com a leitura, por Carla Veríssimo que, em nome da Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves, que teve duas técnicas embarcadas na Virgem Dolorosa até à véspera do naufrágio, endereçou as condolências às famílias e efetuou a leitura de um poema dedicado aos pescadores.»

49º. FestiMaiorca realiza-se de 14 a 24 do corrente mês

Via Diário as Beiras 


BANDA DE MÚSICA DA FORÇA AÉREA

A banda de música da Força Aérea Portuguesa realiza esta noite, pelas 21H30, um concerto em Alqueidão. Ontem, atuou em Carvalhais de Lavos e amanhã tem lugar um concerto no CAE
Os espetáculos integram as comemorações dos 73 anos daquele ramo das Forças Armadas, que decorrem na Figueira da Foz até este domingo.

APA alertada para comporta do Pranto e Canal do Mondego

Via Diário as Beiras

"O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) foi esta semana abordado por agricultores e outros afetados pela rotura da comporta Maria Mata, no Rio Pranto, na freguesia do Alqueidão, no sul do concelho da Figueira da Foz, e pela presidente da Junta de Alqueidão, Clarisse Oliveira. Em declarações aos jornalistas, Pimenta Machado adiantou que o concurso público para a empreitada de reparação da comporta deverá ser lançado até ao final deste mês. O orçamento é de cerca de dois milhões de euros. A obra terá um prazo de execução de 12 meses.

A falta de manutenção do canal, ao longo de cinco quilómetros, tem permitido a acumulação excessiva de vegetação, o que poderá vir a provocar, a médio, longo prazo, constrangimentos na captação de água. O presidente da APA garantiu que vai analisar a exposição feita pela Águas da Figueira, visando um trabalho conjunto da concessionária de água e saneamento do concelho da Figueira da Foz com o município figueirense, a APA e a central de ciclo combinado da EDP instalada em Lares."

Santana Lopes: “Isto era uma faca espetada no coração da Figueira”

Segundo publicação do Município figueirense, a inauguração da reabilitação do Edifício O Trabalho, agora Edifício Bellevue, realizou-se ontem e deixou satisfeito Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara da Figueira da Foz, que participou na cerimónia.

“Isto era uma faca espetada no coração da Figueira, aqui no centro, e ao mesmo tempo é um exemplo para alguns, não investidores, mas especuladores, nem que seja às vezes com o destino das comunidades” frisou o presidente da autarquia, para quem o dia é foi de “festa para a Figueira da Foz”, festa realizada de “modo discreto”, e a ser ver “bem”, pois advogou “que na vida é bonito assim, deixar os factos falarem por si, sem se fazer muito alarido.”

Paul Henri Schelfhout, presidente da Finangeste, agradeceu todo o apoio e colaboração dos serviços municipais, desde “a boa receção quando se entra na câmara, ao gabinete do senhor presidente”.
O empresário salientou que “as coisas têm corrido bem” e que “foi um prazer investir na Figueira”, sublinhando que o edifício Bellevue é “já o terceiro investimento da empresa no concelho” e que “abre portas para os próximos.”