"As Finanças descobriram o filão Feteira: a Junta de Freguesia de Vieira de Leiria foi notificada a pagar quase 4 milhões de euros de imposto por conta da herança... que ainda não existe!.."
Na revista "Visão", "vem um trabalho defunto... perdão, de fundo, sobre o defunto Lúcio Tomé Feteira. Aí ficamos a saber que o indivíduo não passou nunca de um reles bandido que definiu logo o que iria ser toda a sua vida de empresário aventureiro, começando a actividade empresarial com um roubo. Nunca mais parou!"
Lá mais para o final do tal artigo da "Visão", há uma passagem que deixou a rir com vontade o Samuel... e logo numa dependência da casa que raramente o vê rir... a não ser quando olha para o grande espelho... coisa que evita o mais possível. "Nela se conta que, numa altura em que o "decepcionado" e ressabiado Feteira - que brevemente viria a participar em romagens saudosas e inflamadas ao túmulo de Salazar - já vociferava muito e publicamente contra o 25 de Abril, contra a «canalha comunista» e contra «esse assassino Cunhal»... ainda, em cartas, se referia ao amigo de longa data, feito nos tempos da tal "oposição", o seu amigo Mário Soares, como «O nosso Mário»".
Já o escrevi em tempos e repito-o: Deus está em toda a parte, Mário Soares já esteve!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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