segunda-feira, 7 de março de 2022

A cidade que fomos: a verdade histórica é esta - PRAIA DA SARDINHA

Nota de rodapé.
Via DO LARGO Á PRAÇA, uma publicação de DEZEMBRO DE 2007, que teve o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz.  

Numa nota enviada ao Palhetas, em Novembro de 2016, o distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual, Sua Exa. o Dr. António Tavares, na altura também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e que já era vereador desde 2009, tenta justificar o que não tem justificação - o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra, respondeu o seguinte: «Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.»
E não é que desconheciam mesmo!..
A Figueira merece...
As autoridades figueirenses, nomeadamente o vereador da cultura em 2016, soube OUTRA MARGEM, em rigoroso exclusivo, acabaram por congratular-se com o erro histórico de terem perpetuado no bronze, como "cais da sardinha", um local que teve, nos finais da década 50 do século passado, uma "praia", que funcionou como "lota de sardinha", pois assim evitou-se uma discussão na Figueira sobre indumentária de praia e as autoridades tinham muito mais do que fazer do que andar a abordar senhoras em biquíni numa zona nobre da nossa cidade.
O excesso de roupa poderia, eventualmente,  ofender os  nudistas que viessem a frequentar a "praia da sardinha", como sabemos um local de excelência da nossa cidade.
Aliás, que se saiba -  mas, na Figueira nunca sabemos onde está a verdade histórica!.. - as compradoras de peixe na "antiga praia da sardinha", não usavam biquini no exercício do seu trabalha quotidiano...
Depois da polémica em torno do nome do local, mais uma polémica em torno da indumentária a usar naquele local seria excessivo para uma pequena cidade de província como é a Figueira, pelo que acabou por ser criativo e extremamente útil ter tido a subtileza, a argúcia e a cartomancia, enfim, capacidade criativa de prever baptizar como "cais", um local que foi "praia".
Ouvida pelo OUTRA MARGEM, a única compradora de peixe da antiga "praia" onde funcionou uma "lota da sardinha", ainda viva, também se congratulou e recordou que, "na altura, não lhe permitiram usar biquini na «praia» e ninguém se importou".

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