Ontem, Marcelo Rebelo de Sousa, filiado no PSD, professor universitário, conselheiro de Estado, comentarista politico, entre muitas outras coisas que já foi, é e ainda vai ser, no seu habitual espaço na TVI, apelou a que esses ditos cavaquistas se calem a bem do país.
“O que eu peço a esses cavaquistas, que eu não sei quem são, anónimos, é que desamparem a loja, o tempo deles passou, calem-se, desapareçam, reformem-se, brinquem com o que quiserem, mas não com o país”, defendeu o antigo líder do PSD.
Modéstia à parte, para que Marcelo não tenha de continuar a mandar recados via TVI, vou dar-lhe uma ajudinha sobre quem são os "Cavaquistas Anónimos"...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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