António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 31 de março de 2010
Parabéns doutor António Tavares
Sabíamos, que um regulamento municipal de apoio ao associativismo, era uma preocupação de há muitos e muitos anos do cidadão António Tavares.
Sabemos, agora, que por iniciativa do actual Vereador da Cultura e das Colectividades, doutor António Tavares, uma proposta de regulamento municipal de apoio ao associativismo, “foi aprovada na reunião de câmara por maioria e com a oposição a enaltecer a postura do vereador das colectividades.”
Sabíamos, que com o “sim” ao documento, António Tavares daria “um suspiro de alívio, um uff”, como diria, por se tratar de uma matéria que defende há muito, mesmo antes de 2005, quando chegou a vereador da oposição.
Sabemos, que “é melhor ter um regulamento, mesmo que ainda não seja a perfeição, do que não ter nenhum”, pois está-se a lidar com uma situação delicada, “que é atribuição de dinheiros públicos, para os quais são precisas regras transparentes e definidas”.
Sabemos, “que um regulamento pode permitir que os dirigentes possam saber com o que contam”, pois um documento com regras definidas e transparentes, facilita “uma concertação sobre uma política de associativismo concelhia”, pois, espera-se, permite “decidir com base em regras escritas e transparentes”e não, como aconteceu até aqui, na base do amiguismo e dos interesses politiqueiros e partidários.
Sabemos, que foi dado um passo importante com a aprovação do regulamento de apoio ao associativismo na Figueira da Foz: "rigor, transparência, critérios objectivos, equidade e alguma regulação, são de aplaudir".
Mas também sabemos que isso não é tudo, e que o mais difícil está para vir: a implementação de regras e critérios transparentes num terreno minado e cheio de vícios.
Para já, parabéns ao Vereador da Cultura e das Colectividades, doutor António Tavares.
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