Logo a seguir à divulgação dos resultados, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Lídio Lopes considerava-se o novo presidente da Comissão Política Concelhia do PSD:
“tenho a certeza absoluta que o nosso partido ao país não vai dar a imagem de que isto é um campeonato de sueca ganho à melhor de cinco".
Ora aqui está uma bela medida para tentar resolver a contenda. A sueca é um dos ex-libris do homem. Homem que é homem joga à sueca.
Homem à séria joga à sueca no tasco, mas, neste caso, as mesas terão de ser devidamente reforçadas com vigas, para evitar que o homem, no ímpeto e no êxtase do trunfanço, não a mande pelos ares.
É, igualmente, recomendável um ambiente obscurecido, cujo foco de luz não deverá passar de uma lâmpada incandescente (sem candeeiro, claro), mas, mesmo assim, colocada nunca a menos de dois metros acima da mesa...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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