quarta-feira, 10 de abril de 2024

Mais uma das marcelices de Marcelo?!..

"O primeiro Presidente da República depois do 25 de abril, António de Spínola, foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa no ano passado, sem que a Presidência da República tivesse divulgado o facto, noticia esta quarta-feira o 
Público.
Segundo o jornal, a condecoração póstuma de António de Spínola com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, a mais alta insígnia da Liberdade, foi feita a 5 de julho de 2023.
No mesmo dia, refere a mesma publicação, foi igualmente condecorado com a mesma discrição o sucessor de Spínola no cargo de Presidente da República, Francisco da Costa Gomes."

OS MÉTODOS DO IMPÉRIO — MÚSICA PARA CAMALEÕES E A UTILIDADE DO PAPEL HIGIÉNICO

«Os Estados Unidos repetem os seus métodos de poder imperial quer na Ucrânia, quer na Palestina. Os cientistas políticos e acompanhantes passam horas a explicar que é todo em nome dos valores do Ocidente — o que é verdade, sendo a mentira que esses valores sejam os da boa justiça e do mínimo respeito pelos direitos elementares dos seres humanos. A máquina de propaganda tem como objetivo fazer de nós cúmplices dos crimes e assim nos castrar o sentido critico.»

Anabela Tabaçó demitiu-se da presidência da assembleia geral da Ersuc dois dias após a sua eleição

Via Diário as Beiras: «O Município da Figueira da Foz deixou de pagar a parte correspondente ao forte aumento das tarifas dos resíduos sólidos urbanos, tendo ficado isolado na CIM-RC. Entretanto, os restantes municípios parceiros anunciaram que também ponderam fazer o mesmo, depois do acionista maioritário, detido pela Mota-Engil, ter aprovado a distribuição de dois milhões de euros de dividendos numa empresa “fortemente endividada”

"Em 2023, escalaram o Porto da Figueira da Foz três navios de cruzeiro, mais um do que em 2022, e um total de 285 passageiros."

 Via Diário as Beiras

Abençoado Passos Coelho por continuares tão teimoso...

A primeira Aliança Democrática (AD) existiu entre 1979 e 1983. Foi fundada por Francisco Sá Carneiro, Diogo Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles. 

O sonho de Sá Carneiro quando fez a AD, era ter “uma maioria, um Governo e um Presidente”. Tal, porém, só haveria de concretizar-se décadas mais tarde, com Passos Coelho em São Bento e Cavaco em Belém. 

Em 2024, a Aliança Democrática (AD) é uma coligação política de centro-direita, formada pelo Partido Social Democrata (PPD/PSD), pelo CDS – Partido Popular (CDS–PP) e pelo Partido Popular Monárquico (PPM).

Os protagonistas, Luís Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira, para pior, são muito diferentes. 

Montenegro terá o mesmo sonho de Sá Carneiro - ter “uma maioria, um Governo e um Presidente”.  Neste momento, porém, existe um Governo e um Presidente. Falta-lhe a maioria.

Tem um Governo frágil, entalado entre o PS e o Chega, obrigado a falar com ambos. Não basta prometer diálogo com “todos, todos, todos”. É preciso dar os passos certos para concretizar esse diálogo, com muito trabalho de bastidores e capacidade de abertura e flexibilidade. Pedro Nuno Santos, se o quisesse, podia explicar a Montenegro como isso se faz.

É neste cenário, que vindo de um silêncio prolongado, em cerca de um mês, Pedro Passos Coelho  surge duas vezes perante as luzes da ribalta das televisões.

Num País onde pouco se lê jornais, para causar impacto o segredo é aparecer na televisão.

Não me lembro de ver o lançamento de um livro com tanto tempo de antena oferecido. De repente, o assunto do momento passou a ser Passos Coelho. A entrevista dada por Pedro Nuno Santos à CNN (pode ser vista clicando aqui) foi completamente silenciada pelos comentadores políticos.

Ontem o assunto foi Passos Coelho. Os problemas que interessam verdadeiramente ao País - por exemplo, o orçamento retificativo, o aeroporto, Costa na Europa, enfim tudo em que pouco mais de uma hora Pedro Nuno Santos falou sobre o futuro, incluindo as críticas à direita, ficou silenciado.

Mas falemos então de Passos Coelho.

Não sei se lembram, pois já longe vão os tempos. Em Janeiro de 2015, com a chegada de Marcelo a Belém, a «pressão sobre Passos crescia. Aos que pediam consensos para realinhar ao centro, o Passos Coelho respondia: "social-democracia sempre"

Lia-se no Observador: «Críticos vão ao próximo congresso dizer tudo o que pensam. “A liderança de Pedro Passos Coelho está bem e recomenda-se“. A garantia era dada por Teresa Leal Coelho, então deputada social-democrata, ao jornal. 

A vitória de Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais veio pressionar o líder do PSD a reposicionar-se e a rever (ou não) a forma como lidará com o PS. Marcelo avisou que, se falhar o bom entendimento entre o PS e os partidos de esquerda, vai tentar convencer Passos a sentar-se à mesa com António Costa. Em teoria, tal colocaria o líder social-democrata numa posição delicada em relação ao partido – sobretudo em vésperas de congresso. A linha dura do PSD reconhece as boas intenções de Marcelo, mas deixa dois avisos: Passos está bem onde está e o PSD também.»

Olhando para os dados que estavam em cima da mesa, as expectativas de entendimento não eram as melhores, «sublinhava António Leitão Amaro, deputado social-democrata. “Não digo que os eventuais esforços do professor Marcelo” no sentido de aproximar os dois blocos, “estejam condenados ao fracasso”. Mas “não me parece” que o PS consiga fazer esse caminho, atira o ex-secretário de Estrado da Administração Local. E não é o único a pensar assim.»

O PSD considerava que "o PS tinha tinha assumido um plano e teria de o levar até ao fim. Têm de assumir as responsabilidades. Agora, de uma coisa estou certo: o Governo só vai durar até quando o PCP quiser”, dizia Sérgio Azevedo, também ele deputado do PSD, em declarações ao Observador.

O social-democrata reconhecia como legítima a vontade de Marcelo Rebelo de Sousa de pôr um travão à crispação que tomou o Parlamento. Mas o PSD não pode, simplesmente, dar a mão ao PS e caminharem, juntos, para o abismo.”Este Governo está a conduzir o país ao desastre. É certo que era urgente repor rendimentos – e era isso a que se propunha Pedro Passos Coelho. Mas não a este ritmo e, sobretudo, sem medidas compensatórias. Não há medidas compensatórias. Além disso, este Governo está a reverter tudo o que anterior [Executivo] tinha posto em prática. O PSD não pode simplesmente alinhar nisso“, atira Sérgio Azevedo, antes de acrescentar: “Não diria que o esforço de Marcelo Rebelo de Sousa esteja condenado ao fracasso, mas é difícil esperar que o PSD dê mais passos do que já tem dado“.

Durante a campanha presidencial, em entrevista à SIC, Marcelo Rebelo de Sousa chegou mesmo a dizer que faria “tudo por tudo” para que o Orçamento do Estado de 2016 (OE2016) passasse na Assembleia da República. E se à esquerda falhasse, tudo seria “tratado com a oposição”, leia-se PSD. No mesmo dia, no entanto, Marcelo acabaria por corrigir: se entre os partidos que apoiam o Governo socialista “não for possível” aprovar o OE2016, o então candidato presidencial esperava que houvesse “uma predisposição da oposição no todo ou em parte”.

Entre sociais-democratas, no entanto, essa possibilidade era longínqua. Aliás, Pedro Passos Coelho deixou-o claro, no dia em que o Governo PSD/CDS caiu no Parlamento. “Quando precisarem [PS] da nossa ajuda, demitam-se”. E, sendo Passos como é, não era provável que acrescentasse uma vírgula ao que disse. 

“Passos é muito teimoso”, lembrava na altura ao Observador, em off, fonte social-democrata.


Neste momento, citando o Diário de Notícias de hoje, "Passos Coelho agita PSD e Chega de olhos postos na corrida ao Palácio de Belém. Seis anos após renunciar ao seu mandato de deputado, sem nunca mais ser eleito para qualquer cargo, o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho agitou a direita com declarações vistas como um apelo ao seu partido para se entender com o Chega. E alimentaram especulações sobre a sua entrada na corrida às presidenciais de 2026."

Montenegro, neste momento tem “uma minoria, um Governo e um Presidente”

Com a deriva de Passos Coelho para a direita, em 9 de março de 2026, se Passos Coelho for o candidato presidencial apoiado pelo PSD, Montenegro, se anda for primeiro-ministro, arrisca-se a ficar apenas com “uma minoria e um Governo”...

terça-feira, 9 de abril de 2024

Neves

"Uma velha glória do cavaquismo, antigo assessor de Cavaco. O abominável João César das Neves escreveu um livro, em 2016, garantindo que Portugal estava à beira de entrar em derrocada financeira por causa de coisas". 

"... participa no livro reacionário a que Passos Coelho deu caução política. Neves tem a virtude de nos mostrar como está tudo ligado no neoliberalismo inevitavelmente autoritário: da violência laboral à violência doméstica, da exploração à opressão, da mentira à ocultação. Tem também a virtude de nos mostrar as monstruosidades intelectuais e morais que uma certa interpretação da economia convencional produz. Lembro que César das Neves foi um dos dezassete economistas do cortejo fúnebre da economia portuguesa promovido pelo PSD.

Em primeiro lugar, o Salário Mínimo Nacional (SMN) é visto como uma interferência malsã, destruidora de emprego, no “mercado de trabalho”, como se as relações laborais fossem uma ordem espontânea, onde tudo corre bem para todos, no melhor dos mundos. Não são e não corre. Na realidade, um SMN em atualização constante gera procura adicional de que dependem outros rendimentos, estimulando a economia. 

Nos inquéritos do Instituto Nacional de Estatística, os empresários dizem sistematicamente que as “expetativas de vendas” são a principal determinante do investimento, e não os impostos ou os custos laborais. Não é aliás por acaso que o aumento do poder de compra do SMN esteve associado à criação de tanto emprego, para lá de ser um instrumento de combate à pobreza laboral e logo de defesa da família.

Em segundo lugar, a economia neoclássica, com o seu utilitarismo, incluindo o pressuposto das preferências individuais ditas exógenas, implicitamente autodeterminadas, tem servido bem para naturalizar e racionalizar todas as relações humanas, mesmo as que são objetivamente mais opressoras e/ou exploradoras: se elas não se queixavam, qual era o problema? Elas lutaram, claro, mas isso é toda uma história rasurada por estes reacionários. 

Seja como for, não é por acaso que Amartya Sen, o mais feminista dos prémios em “memória de Alfred Nobel” de Economia, criticou o utilitarismo e reabilitou a tradição crítica da economia política, defendendo que as “preferências” individuais tendem a ser “adaptativas”, partindo, entre outros, dos seus estudos sobre a situação das mulheres na Índia: 

“As pessoas carenciadas tendem a acomodar-se às suas privações por causa da mera necessidade de sobrevivência e podem, como resultado, não ter a coragem de exigir qualquer mudança radical e ajustar mesmo os seus desejos e expectativas ao que, sem ambições, veem como alcançável.” 

Sim, este Neves é um economista abominável. Não, não é caso único. É uma cultura; uma incultura neoclássica com implicações neoliberais, na realidade."
Fonte. Para ler melhor clicar na imagem.

Devido a obras

Via Diário as Beiras

Era a cereja no topo do bolo para o Chega: Ventura sugere Passos Coelho para candidato a Presidente da República...

Ontem em Lisboa, Passos Coelho voltou a ligar imigração a segurança.
André Ventura veio logo destacar o discurso do antigo primeiro-ministro como sendo “mais próximo até do Chega do que do actual PSD”.
Foi na apresentaçãp do livro Identidade e Família, na livraria Buchholz, em Lisboa, que Pasos Coelho recuperou o tema da imigração associado a problemas de segurança, que em fevereiro tinha provocado algumas críticas ao antigo governante. “Eu sei que há pessoas muito sensíveis e que acham que um ex-primeiro-ministro não pode misturar, na mesma frase, imigração e segurança, apesar de uma parte significativa das políticas públicas que tratam das questões da imigração estarem no sistema de segurança interna”, afirmou Passos Coelho, acrescentando  que “a imigração não se reduz a problemas de segurança, mas há problemas de segurança que têm de ser calculados”. Apesar dos alertas deixados para a imigração, o ex-governante apelou a que não se confundisse “isto com qualquer noção de que os imigrantes não são bem-vindos”, lembrando que Portugal “é ele próprio uma sociedade em resultado de uma miscigenação muito forte”.
Entre a audiência de Pedro Passos Coelho estavam várias figuras da direita, como o ministro da Defesa, Nuno Melo, os deputados do Chega André Ventura, Diogo Pacheco de Amorim e Rita Matias, para além dos autores dos textos que compõem o livro e que é uma apologia ao conceito de família natural, de acordo com o coordenador da obra, o antigo ministro do Trabalho António Bagão Félix.
No final da apresentação, depois de uma manifestação que juntou no local cerca de 15 activistas pelo “transfeminismo”, que desmobilizaram ao fim de poucos minutos, André Ventura classificou o discurso de Passos Coelho como “mais próximo até do Chega do que do atual PSD”. “Acho que este discurso marcou um bom momento para essa convergência, talvez até permita um candidato presidencial”, disse Ventura, deixando uma pergunta retórica: “Porque não o Pedro Passos Coelho?”

Manuel Rascão Marques e João Traveira, convidado principal e especial, respetivamente, são os entrevistados desta semana

 Dez & 10

"O convidado principal do segundo episódio desta 6.ª temporada é o atual líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, Manuel Rascão Marques. O convidado especial é o realizador e surfista figueirense, João Traveira. Com um e com outro vamos falar de ondas mais ou menos direitas. Que dirá o deputado municipal sobre o impacto da onda de direita que atravessa o país nas autárquicas do próximo ano? E para João Traveira porque será tão pouco explorada a onda direita mais comprida da Europa que corre em Buarcos?"

Adriano Correia de Oliveira faz anos hoje

"Adriano Correia de Oliveira é um dos que tem lugar vitalício na sua playlist musical da luta pela Liberdade (que ele praticou com generosidade) e da Liberdade conquistada (para o que contribuiu – e muito!)".

A Justiça nas mãos dos ricos


Ana Moreno

"À justa, lá conseguiu a direita subir ao poder para revigorar as furadas receitas neoliberais que, por via dos serviçais mídia e de um dedo indicador apontado para o INTA (There is no Alternative), continua a propagar o afamado “trickle-down effect” – o mesmo que, comprovadamente, vem aumentando a concentração da riqueza e a desigualdade no mundo inteiro.

Aquilo que o PS (que finge ser de esquerda) já vinha praticando há 8 anos, que levou a aumentos de PIB e a maior pobreza, será agora aplicado a fundo e descaradamente. Lucros privados, custos públicos, privatizações, Portugal vendido ao desbarato, o mercado em roda livre.

Logicamente, a escolha dos membros do governo faz jus ao que aí vem. Mas mesmo assim, custa a encaixar esta ministra da Justiça, uma advogada especialista em imobiliário no mega escritório fundado pelo seu pai, onde trabalhou 25 anos.

Na pasta da Justiça- a tal que é sonegada aos portugueses, já por via da morosidade – temos pois Rita Alarcão Júdice, filha e colaboradora de José Miguel Júdice, advogado e árbitro, inclusive em casos ISDS – ou seja, de arbitragem internacional. Para quem não saiba, o mecanismo ISDS é a alavanca a que só as multinacionais têm direito e que só por elas pode ser usado para processar Estados. Para quem não saiba, o ISDS providencia aos investidores estrangeiros uma “justiça” de tapete vermelho, para seu exclusivo uso. Para quem não saiba, essa “justiça” está acima das nacionais e refere-se unicamente a direitos especiais dos investidores (como “as suas legítimas expectativas de negócio”), consagrados em tratados internacionais de investimento e comércio; para quem não saiba, o ISDS restringe o direito dos governos a regulamentarem em nome do interesse público. Para quem não saiba, esta “justiça” não tem lugar perante tribunais institucionais; todo o processo está nas mãos de três advogados, um de acusação, outro de defesa e um terceiro que faz de ”juiz” e é escolhido pelos outros dois. Para quem não saiba, estas 3 pessoas podem rodar de função nos diferentes casos ISDS, abrindo a porta a conflitos de interesse; para quem não saiba, as indemnizações resultantes destes casos – e a serem pagas pelos contribuintes do país contra o qual o processo é intentado – são milionárias, e os próprios processos podem custar muitos milhares; para quem não saiba, está a decorrer um processo ISDS contra Portugal devido ao caso BES – ao abrigo de um acordo bilateral que Portugal assinou com as Maurícias em 1997, apesar de os queixantes serem dois fundos americanos; para quem não saiba, segundo o jornal Dinheiro Vivo, a acusação está nas mãos das firmas de advogados Fietta e PLMJ (da qual Júdice é fundador e os ex-governantes Pedro Siza Vieira (PS), e Nuno Morais Sarmento (PSD) são sócios.

O que todos nós, simples mortais, não sabemos, é o montante exigido a Portugal pelos fundos de investimento: estes casos são, muitas vezes, secretos. Mas uma coisa sabemos, já estamos todos a pagar os altos custos da “defesa de Portugal”.

A nova ministra até pode ser altamente qualificada e até pode vir a fazer um bom trabalho nesse bicho de sete cabeças que é a Justiça em Portugal. Dê-se-lhe o benefício da dúvida. Mas uma coisa é certa: é conivente com uma “justiça” toda especial para os ricos e poderosos, os tribunais VIP , e fez carreira a ajudar os ricaços a fazerem negócios imobiliários. A arraia miúda que continue na bicha para ter acesso à Justiça e para viver numa sociedade mais justa. Imagino que muitos considerem isto muito normal, mas é esta normalidade que está a estoirar a humanidade. Os efeitos estão à vista."

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Deriva para a direita em curso...

"Vibravam todos, nos blogues, Twitter e Facebook, com as proezas do Tea Party nos States, foram todos captados como técnicos e especialistas para os gabinetes dos ministros e secretários de Estado do governo da troika, saíram alguns para o Ilusão Liberal, continuam outros na minagem e tomada de poder no partido a partir de dentro. O percurso é a papel químico." 
«Textos falam da imposição de uma "ideologia de género" como "modelo de pensamento único", de "disforia de género associada a várias patologias psiquiátricas", de "senhoras, alegadamente tiranizadas, que nunca se queixavam" e do "direito à resistência" face à transformação do aborto e da eutanásia em direitos"».
«Passos Coelho apresenta um 'manifesto' contra “os adversários da família”, “a ideologia de género” e “a cultura de morte”
Imagem via Expresso

Cerimónia da entrega de prémios de mérito desportivo promovida pelo Município decorreu no CAE

Via Diário as Beiras

Comemorações do Dia do Museólogo realizam-se na Figueira

 Via Diário as Beiras

Variante de Quiaios: Presidente da Junta de Quiaios embora com algumas reservas confia que "Pedro Santana Lopes vai cumprir as promessas que fez sobre esta matéria”

 A Variante de Quiaios pode arrancar no mandato do actual executtivo. Terá cerca de quatro quilómetros e é uma antiga aspiração dos autarcas e da população quiaense. 

Para o efeito, a Junta de Freguesia de Quiaios, doou uma área de 8,5 hectares de terreno à Câmara Municipal para viabilizar a construção da variante rodoviária que sirva a localidade.
A informação de que a escritura de doação foi realizada na manhã da passada quinta-feira, foi avançada pelo presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, em reunião ordinária que se realizou no passado dia 5 do corrente.
Na oportunidade, Santana Lopes explicou que o terreno doado vai servir para efectuar uma permuta com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), procedimento fundamental para viabilizar a construção da variante a Quiaios.
A futura variante terá uma extensão de cerca de quatro quilómetros e deverá usar o traçado correspondente a um aceiro que já existe, dentro de uma área que é propriedade do ICNF.
“É uma estrada fundamental para garantir o ordenamento da circulação em Quiaios e para aliviar aquela localidade do congestionamento que tem actualmente”, sustentou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz estimou que a futura variante possa representar um investimento na ordem dos dois milhões de euros e esteja lançada e em execução ainda neste mandato.
Apesar do projecto de obra ainda não estar definido, Santana Lopes adiantou que a via terá uma faixa de circulação para cada lado e ciclovia. “Será uma estrada tão eco quanto possível”, sublinhou. A futura via vai ligar a localidade de Quiaios à praia com o mesmo nome.
Na edição de hoje do Diário as Beiras, Ricardo Santos, presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, embora colocando algumas reservas sobre o desfecho de um processo que ao longo de mais de 20 anos teve mais recuos do que avanços, sublinha: “confiamos no executivo da câmara municipal para levar este objectivo a bom porto. Confio que o doutor Pedro Santana Lopes vai cumprir as promessas que fez sobre esta matéria”.

«Abril, Memórias Mil»

MEDITAÇÃO NA PASTELARIA

«(...) E, entretanto, estão prestes a passar 50 anos. Um dia, a festa acabada há muito – porque não há festa que sempre dure – o meu pai contava-me que se cruzara com três pides ao balcão do café perto de casa. E eu perguntei: “E o pai, o que fez?” E ele respondeu: “Ora, o que fiz? Estou velho. O que querias tu que fizesse? Eu era um, eles eram três. Vim-me embora e não paguei a bica.”»

Pensamento da semana

Traduzido do alemão:

Em Novembro de 2023, o Supremo Tribunal [deste país] classificou o Movimento Internacional LGBT de extremista. Já quase ninguém se atreve a assumir publicamente ser gay ou lésbica. Entretanto, a Polícia apontou o seu foco a festas particulares de pessoas LGBT. Em fins de Fevereiro, foram controlados, em diferentes regiões do país, vários destes eventos. As acções decorreram todas de maneira semelhante: de repente, agentes mascarados invadem o local da festa, convidados e empregados são obrigados a deitarem-se no chão, sobre a barriga, algumas pessoas são presas».

Podemos pensar tratar-se de um anúncio de um filme encomendado para a campanha eleitoral de Donald Trump. Mas não, é realidade. No decorrer do artigo, diz-se ainda que os agentes, muitas vezes, agridem as pessoas, as obrigam a estar até quatro horas deitadas sobre o chão frio, ou as humilham com perguntas do género: “mostra lá, então, se és menino ou menina”.

Ao ler estas linhas, muita gente pensará: “Num país desses é que eu gostaria de viver. Bom para as famílias, bom para as crianças, bom para as pessoas de bem. Palmas para o Presidente desse país, que os tem no sítio."

Se eu disser que se trata da Rússia e de Putin, quantos mudam de ideias?"

Cristina Torrão, via Delito de Opinião

domingo, 7 de abril de 2024

Da série, grandes primeiras páginas


Via Diário de Notícias

"No seu livro diz também que o 25 de Novembro de 1975 não é exatamente a história simples que hoje se conta. Mas há duas figuras, dois triunfadores do 25 de Novembro, por quem confessa grande admiração, que são o general Ramalho Eanes e Mário Soares. São dois fundadores da democracia essenciais? 
Não, nenhum deles é fundador de democracia nenhuma. A democracia é um processo que, aqui em Portugal, vai percorrendo várias etapas até chegar àquilo que é o modelo da democracia liberal, que existe na Europa apenas a partir da Segunda Guerra Mundial. Nós estamos hoje a falar de democracia, mas nunca vivemos numa democracia tão alargada quanto a que existiu desde o 25 de Abril até ao 25 de Novembro. Aquilo que vai limitar e enquadrar e meter em redil partidário a democracia é o 25 de Novembro. 
A democracia foi mais efetiva no período revolucionário? 
Absolutamente. O que é que acontece? A democracia mete medo aos democratas formais, isto é, àqueles que modelam os sistemas de representatividade, que é o que existe. Nós vivemos numa democracia de representação indireta, e indireta a níveis altíssimos. Por exemplo, o procurador-geral da República tem uma legitimidade em quarto ou quinto grau. Desde que eu elejo um deputado até chegar à representatividade do procurador-geral da República vão cinco ou seis passos. 
Mas no caso do Presidente da República, até elegemos por voto direto. 
Sim, e por isso é um órgão de soberania. Como a outra figura institucional de democracia direta, que é a Assembleia da República, também é órgão de soberania. Mas quase tudo é indireto."