António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
«Grupo lembra, na carta a que a Lusa teve acesso, que três anos após o incêndio que devastou a quase totalidade do Pinhal de Leiria não foram levadas a cabo “quaisquer ações de relevo no terreno”»
Rui Curado da Silva, via Diário as Beiras
Democracia: estamos a ficar longe...
"Não usar máscara na rua ou não ter app StayAway Covid na escola poderá dar multa até 500 euros.
Vamos continuar a brincar ao faz de conta e fingir que ninguém percebe a diferença entre instalar uma app no telemóvel por livre e espontânea iniciativa e instalar uma app no telemóvel por decreto governamental...
Sinal de fraqueza...
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
O estranho mundo do futebol
"SELEÇÃO PORTUGUESA ESTÁ A ENFRENTAR UM SURTO"...
Se aparecer um caso de COVID-19 num barco de pesca, a embarcação fica amarrada ao cais...
Se um jogador de uma selecção estiver infectado, há jogo...
Costa e Marcelo: vão gozar com o catorze. Eu sou o quinze...
"O princípio que nunca houve, o mandato único que jamais existiu"
28 de Outubro de 2005: Presidente da República [Jorge Sampaio], sob proposta do Governo [de José Sócrates], nomeia Oliveira Martins como novo presidente do Tribunal de Contas.
20 de Novembro de 2009: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de José Sócrates], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.
13 de Novembro de 2013: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de Passos Coelho], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.
19 de Maio de 2016: Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], sob proposta do Governo [de António Costa], nomeia Vítor Caldeira como novo presidente do Tribunal de Contas.
4 de Outubro de 2020: Governo decide não reconduzir Vítor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas - proposta que o Presidente da República aceita.
6 de Outubro de 2020: António Costa justifica afastamento de Caldeira invocando o «princípio da não-renovação de mandatos em funções de natureza judiciária».
8 de Outubro de 2020: Marcelo Rebelo de Sousa justifica assim a decisão: «A revisão constitucional de 1997 estabeleceu um mandato único para o presidente do Tribunal de Contas».
Leitura complementar:
As sete críticas do Tribunal de Contas que não caíram bem em São Bento.
De Pedro Sousa Carvalho, no Eco.
Por baixo do fato de gala, o corpo podre da democracia...
Via Jornal de Notícias |
Há três novos rostos e zero surpresas nas presidências das CCDR
"Eleições para as cinco comissões de coordenação realizaram-se esta terça-feira em todo o país. A CCDR alentejana era a única em que havia duas candidaturas. Ganhou o candidato socialista.
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Raiva, um filme que "procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida aqueles que viviam com menos do que pouco. " ...
Cabedelo: escolas de surf mudam de sítio
A entrevista do "safardana" Barreto
Via João Soares:
"Vi agora a entrevista de António Barreto no novo programa de Fátima Campos Ferreira. Acabou de cometer uma imensa grosseria com a memoria do meu pai. Infelizmente já cá não está para se defender. Mas eu não a deixo passar. Ele António Barreto é que, para além de insuportavelmente vaidoso e egocêntrico, é um mentiroso. Mentiu descaradamente e redondamente. Com uma deselegância que diz muito sobre o seu carácter."
Muda-se o tempo, muda-se a verdade...
"A direita que nos idos da troika depois de ter cortado o 13.º mês permitiu a diluição do subsídio de férias em 12 vezes para que as pessoas não sentissem o rombo no orçamento no final do mês é a direita que agora diz que a mexida na taxa de retenção mensal do IRS pelas mesmas razões é uma trafulhice socialista."
Serra da Boa Viagem
João Vaz, via Diário as Beiras:
"A Serra da Boa Viagem faz parte de um contínuo ecológico e deve ser gerida como parte de um todo. Municipalizar a Serra não faz muito sentido, porque iria levar a uma gestão fragmentada e provavelmente sem a necessária visão de conjunto. Nota-se ainda na atitude diversos vereadores da Câmara a tentação de instrumentalizar a Serra em seu benefício político, desrespeitando o seu carácter ecológico. Inclusivamente na parte da Serra onde houve uma gestão territorial da Câmara, zona urbanizada e acessos, observa-se um certo caos e falta de qualidade da infraestrutura. Arruamentos sem passeios, casas e anexos de génese ilegal, cérceas desencontradas, iluminação de caminhos onde não passa ninguém, deposição de lixo, etc., um rol de erros urbanísticos que desvalorizaram a Serra e a cidade.
O objetivo da gestão da Serra da Boa Viagem deve ser a criação de uma área de fomento da biodiversidade e da beleza paisagística. E sempre que possível também um lugar de encontro entre as pessoas e a natureza, num compromisso delicado. Neste âmbito os especialistas defendem uma pedonalização maior da Serra, retirando até alguns troços de estrada e descolonizando a paisagem, tornando-a mais próxima do “original”. No mesmo sentido é necessário retirar espécies infestantes (acácias) e propensas a incêndios (eucaliptos, pinheiros), agindo de forma proactiva num quadro de alterações climáticas.
Dito isto, uma palavra de apreço para o trabalho do vereador Miguel Pereira, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, muito ativo na reflorestação da Serra, pondo em prática um programa de replantio assertivo, com a colaboração ativa dos munícipes e voluntários. Oxalá este seu entusiamo se contagie a outros atores políticos."