quinta-feira, 15 de outubro de 2020

«Grupo lembra, na carta a que a Lusa teve acesso, que três anos após o incêndio que devastou a quase totalidade do Pinhal de Leiria não foram levadas a cabo “quaisquer ações de relevo no terreno”»

Três anos depois, o Pinhal de Leiria continua pouco mais do que um monte de cinzas sem trabalhos de reflorestação em curso, para lá de ações pontuais pouco mais do que simbólicas, sem o investimento público necessário à sua regeneração e à manutenção do pinhal sobrevivente e sem um real compromisso do Estado na recuperação da área ardida”, escrevem. 
O grupo chama também a atenção para uma nova ameaça ao Pinhal de Leiria: “as espécies invasoras que impedem a regeneração natural, sufocando os pinheiros entretanto nascidos naturalmente, a falta de meios humanos e de investimento que garanta a boa manutenção e a regeneração daquela área natural”.

Rui Curado da Silva, via Diário as Beiras

«Discordo que a Serra da Boa Viagem seja tutelada pelo município.
... tendo em conta a visão estética e urbanística deste executivo que permitiu o multiplicar sem controlo das grandes superfícies comerciais à volta da Figueira, deixando impermeabilizar extensas áreas, algumas delas atravessadas pelos cursos de água com origem na própria Serra da Boa Viagem, sinceramente teria muito receio que essa tutela ainda pudesse resultar na abertura de um supermercado daquelas empresas que pagam impostos na Holanda em pleno Miradouro da Bandeira. Não. Discordo.»

COVID-19: nas três últimas semanas, registaram-se casos positivos e focos de contágios envolvendo várias escolas do concelho

Isoladas duas turmas da escola do Paião

Via Diário as Beiras 

Democracia: estamos a ficar longe...

"Não usar máscara na rua ou não ter app StayAway Covid na escola poderá dar multa até 500 euros.

A proposta do Governo deu entrada na Assembleia da República durante a noite desta quarta-feira e terá ainda de ser aprovada pelo Parlamento."


Vamos continuar a brincar ao faz de conta e fingir que ninguém percebe a diferença entre instalar uma app no telemóvel por livre e espontânea iniciativa e instalar uma app no telemóvel por decreto governamental...

Sinal de fraqueza...

Tentar desautorizar os críticos sempre foi a estratégia dos poderosos que se sentem em risco.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O estranho mundo do futebol

"SELEÇÃO PORTUGUESA ESTÁ A ENFRENTAR UM SURTO"...

Se aparecer um caso de COVID-19 num barco de pesca, a embarcação fica amarrada ao cais... 

Se um jogador de uma selecção estiver infectado, há jogo... 

O espectáulo não pode parar...

Costa e Marcelo: vão gozar com o catorze. Eu sou o quinze...

"O princípio que nunca houve, o mandato único que jamais existiu"

28 de Outubro de 2005: Presidente da República [Jorge Sampaio], sob proposta do Governo [de José Sócrates], nomeia Oliveira Martins como novo presidente do Tribunal de Contas.

20 de Novembro de 2009: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de José Sócrates], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.

13 de Novembro de 2013: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de Passos Coelho], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.

19 de Maio de 2016: Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], sob proposta do Governo [de António Costa], nomeia Vítor Caldeira como novo presidente do Tribunal de Contas.

4 de Outubro de 2020: Governo decide não reconduzir Vítor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas - proposta que o Presidente da República aceita.

6 de Outubro de 2020: António Costa justifica afastamento de Caldeira invocando o «princípio da não-renovação de mandatos em funções de natureza judiciária».

8 de Outubro de 2020: Marcelo Rebelo de Sousa justifica assim a decisão: «A revisão constitucional de 1997 estabeleceu um mandato único para o presidente do Tribunal de Contas».

Leitura complementar:

As sete críticas do Tribunal de Contas que não caíram bem em São Bento

De Pedro Sousa Carvalho, no Eco.

Por baixo do fato de gala, o corpo podre da democracia...

"Isabel Damasceno foi eleita para a presidência da CCDRC, com 1.909 votos num universo de 2.836 eleitores. Na eleição, participaram 2.420 membros do colégio eleitoral, composto por autarcas dos 77 municípios da região Centro envolvidos no sufrágio. Segundo os resultados definitivos do ato eleitoral, revelados hoje pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), foram registados 416 votos brancos e 95 nulos. Presidente social-democrata da Câmara de Leiria, entre 1998 e 2009, a economista Isabel Damasceno Vieira de Campos Costa, de 64 anos, já liderava a CCDRC desde o início do ano, tendo sido então nomeada por despacho da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa."
Via Jornal de Notícias

Na hora em que os constrangimentos tácitos vêm à tona de água

"O PS e o BE aprovaram, ontem, na AssembleiaMunicipal da Figueira daFoz o contrato do empréstimo bancário, contraídopela câmara, para pagar aindemnização aos credores das obras de reabilitação do Paço de Maiorca"...

Há três novos rostos e zero surpresas nas presidências das CCDR

«O PCP criticou esta terça-feira o “logro” do processo de eleição indireta dos presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e ironizou com este processo de “democratização” que une PS e PSD para “impedir a regionalização”.»

"Eleições para as cinco comissões de coordenação realizaram-se esta terça-feira em todo o país. A CCDR alentejana era a única em que havia duas candidaturas. Ganhou o candidato socialista. 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Raiva, um filme que "procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida aqueles que viviam com menos do que pouco. " ...

A tragédia que atingiu a vida de António Dias Matos aconteceu no início dos anos 30 do século passado no Cantinho da Ribeira, um monte perto de Beja. A vida que acabou abatida pela GNR inspirou o livro Seara de Vento de Manuel da Fonseca e está, agora, nos grandes ecrãs no filme Raiva de Sérgio Tréfaut, que leva os espectadores ao Alentejo durante o Estado Novo e fala sobre as relações de poder e da pobreza vivida na altura. 
A obra-prima de Manuel da Fonseca foi publicada em 1958 e esteve interdita pelo Estado Novo até 1947. Exemplo máximo do neo-realismo português, o livro tem como base a luta entre ricos e pobres, entre quem possui terras e quem a trabalha - e centra-se no drama de uma família atingida pela miséria e pela injustiça. Agricultor e pai de sete filhos, António Dias Matos (que no livro se chama Palma) foi acusado de roubar um latifundiário e, consequentemente, deixou de ter quem lhe desse trabalho, numa sociedade onde as forças das famílias ricas, e da própria GNR, oprimiam violentamente os camponeses. Apesar dos protestos da filha, Matos dedica-se ao contrabando, decisão que molda o futuro de toda a família. A mulher é detida e forçada a confirmar a actividade ilegal a que o marido se dedicava, acabando por se suicidar. 
Depois de cumprir pena de prisão, o camponês vai a casa do latifundiário e mata-o, a ele e ao filho, com tiros de caçadeira. Refugia-se em casa, é cercado pela GNR, durante mais de dez horas, e acaba por ser abatido pelas autoridades. 
Filmado a preto e branco, Raiva procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida daqueles que viviam com menos do que pouco. "Filmar assim é um acto de resistência e um dever para com todos os que viveram assim, para que as suas vidas e as suas histórias não sejam totalmente apagadas", disse Tréfaut, em entrevista ao Observador, onde confessou que chegou a pensar chamar O Pão ao filme por todas as personagens terem fome.  
Gostaria de não ter razão neste meu desassossego. Há quem continue a tentar defender o que existia antes do 25 de Abril. Prefiro seguir o meu caminho. Pensar pela minha cabeça: pensar e saber dizer não. Nunca me irei conformar com este rotativismo reacionário que perdura desde 1976.

Cabedelo: escolas de surf mudam de sítio

Via Diário as Beiras
"As escolas de surf do Cabedelo vão mudar de sítio, durante o período das obras de requalificação que estão a decorrer naquela zona de praia. A mudança de lugar foi debatida, hoje, numa reunião entre os proprietários e a câmara municipal. 
A vice-presidente do executivo camarário, Ana Carvalho, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que existem vários espaços sob a tutela portuária onde as escolas podem instalar-se temporariamente. Por outro lado, acrescentou, a autarquia tem um terreno, situado fora da zona das obras mas próximo da praia, que poderá servir como alternativa. 
Quando as obras terminarem, a autarquia lançará uma hasta pública para a concessão de novos espaços destinados às escolas de surf, dando prioridade aos atuais concessionários. Neste momento, decorre a primeira fase da intervenção no Cabedelo, destinada à infraestruturação, construção de uma nova via rodoviária, estacionamento e zonas de fruição públicas. Entretanto, o Tribunal de Contas aprovou o lançamento da segunda parte dos trabalhos, que consiste no reforço do cordão dunar e na requalificação do parque de campismo."

DIRIGENTES DE IPSS ABSOLVIDOS

Via Diário as Beiras. Edição de 13.10.2020

Estranho...

Via Diário as Beiras

Dirigentes de IPSS da Figueira em tribunal por peculato e falsificação

Via Diário as Beiras. Edição de 12.10.20

A entrevista do "safardana" Barreto

Via João Soares:

"Vi agora a entrevista de António Barreto no novo programa de Fátima Campos Ferreira. Acabou de cometer uma imensa grosseria com a memoria do meu pai. Infelizmente já cá não está para se defender. Mas eu não a deixo passar. Ele António Barreto é que, para além de insuportavelmente vaidoso e egocêntrico, é um mentiroso. Mentiu descaradamente e redondamente. Com uma deselegância que diz muito sobre o seu carácter."

Muda-se o tempo, muda-se a verdade...

Os intrujas 

"A direita que nos idos da troika depois de ter cortado o 13.º mês permitiu a diluição do subsídio de férias em 12 vezes para que as pessoas não sentissem o rombo no orçamento no final do mês é a direita que agora diz que a mexida na taxa de retenção mensal do IRS pelas mesmas razões é uma trafulhice socialista."

Serra da Boa Viagem

 João Vaz, via Diário as Beiras:

"A Serra da Boa Viagem faz parte de um contínuo ecológico e deve ser gerida como parte de um todo. Municipalizar a Serra não faz muito sentido, porque iria levar a uma gestão fragmentada e provavelmente sem a necessária visão de conjunto. Nota-se ainda na atitude diversos vereadores da Câmara a tentação de instrumentalizar a Serra em seu benefício político, desrespeitando o seu carácter ecológico. Inclusivamente na parte da Serra onde houve uma gestão territorial da Câmara, zona urbanizada e acessos, observa-se um certo caos e falta de qualidade da infraestrutura. Arruamentos sem passeios, casas e anexos de génese ilegal, cérceas desencontradas, iluminação de caminhos onde não passa ninguém, deposição de lixo, etc., um rol de erros urbanísticos que desvalorizaram a Serra e a cidade. 

O objetivo da gestão da Serra da Boa Viagem deve ser a criação de uma área de fomento da biodiversidade e da beleza paisagística. E sempre que possível também um lugar de encontro entre as pessoas e a natureza, num compromisso delicado. Neste âmbito os especialistas defendem uma pedonalização maior da Serra, retirando até alguns troços de estrada e descolonizando a paisagem, tornando-a mais próxima do “original”. No mesmo sentido é necessário retirar espécies infestantes (acácias) e propensas a incêndios (eucaliptos, pinheiros), agindo de forma proactiva num quadro de alterações climáticas. 

Dito isto, uma palavra de apreço para o trabalho do vereador Miguel Pereira, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, muito ativo na reflorestação da Serra, pondo em prática um programa de replantio assertivo, com a colaboração ativa dos munícipes e voluntários. Oxalá este seu entusiamo se contagie a outros atores políticos."