segunda-feira, 11 de julho de 2016

Um momento que marcou o Euro 2016

A ternura não é um sentimento.
Contudo, é um comportamento que se enquadrar num relação, ainda que fugaz, como foi o caso.
Como comportamento, a ternura é sem dúvida dos mais belos.
Ao mesmo tempo é, ainda, fácil de ser entendido pelo outro, até porque, como foi o caso, foi expresso por um acto concreto. 
Este puto marcou um golo, pelo menos, tão espectacular e eficaz como o golo do Éder!

Lembram-se do tempo da censura que cortava entrevistas, reportagens, notícias e encerrava jornais?..

Completam-se hoje 70 anos que o Diário de Coimbra retomou a sua publicação depois de ter sido suspenso por mais de um ano pela ditadura do Estado Novo. 
A censura do Estado Novo viu afrontas a Salazar num artigo do jornal Diário de Coimbra, mantendo-o encerrado por mais de um ano.
Tal aconteceu por causa de um artigo - “Max, artista de circo”
O jornal foi impedido de sair entre 7 de Julho de 1945 a 11 de Julho de 1946. 
A intenção era fazer desaparecer o jornal, que vinha publicando na coluna “A Cidade”, artigos sobre escassez de água, pão, batata ou peixe, assuntos que não interessavam ao regime salazarista. 

A industria do futebol...

Portugal ganhou a final do Euro.
Como era de prever, a maioria dos jornais generalistas e todos os desportivos, reservaram a primeira página para falar do jogo de Paris.
A excepção foi o Jornal de Notícias, com uma pequena nota de rodapé, para lembrar as medalhas de ontem no atletismo e a participação de Rui Costa na volta à França em bicicleta.
Ter havido ontem medalhas como nunca no atletismo (Portugal conquistou quatro medalhas neste Europeu de Amesterdão: às medalhas de ouro de Sara Moreira  e de bronze de Jéssica Augusto, na meia maratona, logo ao início da manhã, juntaram-se as medalha de ouro de Patrícia Mamona ao final da tarde, no triplo salto e de  Tsanko Arnaudov, que alcançou o bronze no lançamento do peso) e Rui Costa ter sido segundo na nona etapa da Volta a França em bicicleta, merecia outro destaque e outro registo na imprensa portuguesa de hoje.
Fica aqui o registo do resultado destes fantásticos desportistas portugueses, ontem, felizmente complementado pela alegria da vitória da noite de ontem em Paris.

Pena é que a imprensa portuguesa - generalista e da especialidade - não valorize o desporto português como deveria ser valorizado.
Mas a sociedade em que vivemos em Portugal é isto.
As mudanças sociais, culturais, políticas e económicas que marcaram as sociedades contemporâneas das últimas décadas tiveram um impacto significativo no futebol. 
Os grandes clubes têm vindo a sofrer profundas transformações. A crescente internacionalização e comercialização do futebol transformou os clubes com maior projecção em corporações transaccionais, processo para o qual contribuíram, entre outros agentes, as grandes companhias multinacionais. O papel dos grandes interesses na busca da maximização do lucro, a que se juntou os interesses financeiros dos media, das televisões e dos organismos que tutelam as competições nacionais e internacionais, acentuou-se nos últimos 15 anos, como reflexo do fortalecimento das políticas neoliberais nas sociedades contemporâneas.
Os adeptos, por seu turno, viram-se progressivamente relegados para o fundo de uma estrutura de poder, embora, ironicamente, sejam eles os responsáveis pela centralidade que o futebol ocupa na representação das culturas populares.

Sendo o futebol um palco privilegiado de afirmação de identidades locais, regionais e nacionais, facilmente se depreende que uma parte significativa dos adeptos se posiciona veementemente contra o emburguesamento e a comercialização da modalidade.
Face ao reforço das políticas comerciais e financeiras no futebol, o que alterou significativamente o quadro de relações que se estabelecem entre os aficionados e os clubes, os antigos adeptos passaram a ser tratados, pela máquina que industrializou o futebol,  por meros consumidores.
Será que o mercantilismo, também no futebol, deverá deve ser assumido como uma inevitabilidade histórica?

domingo, 10 de julho de 2016

De empate em empate, até à vitória final...

Tal como tinha sido aqui previsto, voltámos aos empates, para ganhar a final!..
Imagem sacada daqui

Vamos lá cambada: sem medos...



Peço desculpa ao futebol, mas... (III)

....  Patrícia Mamona subiu ao trono europeu conquistando a medalha de ouro no triplo salto. O ouro foi garantido à última tentativa, com uma marca de 14,58 metros.

Peço desculpa ao futebol, mas... (II)

A liberdade que há no capitalismo é a do cão preso de dia e solto à noite (Agostinho da Silva)

“Em vez de responder pelo crime da guerra do Iraque, Barroso recicla-se no gangsterismo financeiro global”, escreveu Jorge Costa (que não foi convidado para a administração da CGD), dirigente e deputado do Bloco de Esquerda.
Ao ler isto, Lloyds disse: porreiro, é isso mesmo. Agora dizem mal do Barroso, já não dizem mal de nós.

Nota de rodapé.
"Realmente… confesso não saber bem o que é mais triste.
Se as justificações esfarrapadas de Durão Barroso para ter aceite o emprego meio corrupto de venda de contactos e pagamento de favores a troco de quase meio milhão de euros POR MÊS para o maior grupo de vampiros do planeta…
Se o facto embaraçoso de ver que o tipo já nem distingue o verbo TER do verbo SER… e os troca quando dá entrevistas."
Samuel Quedas 

GARRETT MCNAMARA VAI ESTAR HOJE NO CABEDELO


Por iniciativa da Câmara Municipal da Figueira da Foz, o big wave charger havaiano, que há alguns anos vive entre o Havai e a Nazaré, local onde tem surfado algumas das maiores ondas do mundo, visita a Figueira da Foz hoje, domingo, dia 10.  
Garrett vai estar na Praia do Cabedelo pelas 15 horas.

É hoje: só falta empatar com a França...


Nunca foi tão fácil fazer prognósticos antes do jogo.
Vamos lá voltar aos empates para ganhar a final!.. 

sábado, 9 de julho de 2016

É preciso tão pouco para se ser feliz...

Algum dinheiro (não muito...), amor (quanto mais melhor...), umas sardinhas assadas  na brasa (q.b.), uma saladinha (com pimentos assados...), bom tintol (muito e do bom...) para acompanhar - e uma motorizada Sachs. 
Para quê emigrar, para ir “trabalhar para a Goldman Sachs”?..

Antes a solidão que um ajuntamento de chatos...

Há diferença em, por opção, viver só e estar só.
Estar-se só, não é sinónimo de solidão. 
Para mim, funciona como aquele espaço que criamos para nos podermos sentir a nós e nos encontrarmos nesse isolamento necessário.
Isso pode ser tudo, menos solidão.
Citando Jean-Paul Sartre: "Se você sente solidão quando está a sós... então está em má companhia." 

Solidão é outra coisa.
É um dia de tristeza em que a saudade nos assalta. É um dia em que tudo, mesmo o mais pequeno pormenor,  pode magoar.
A solidão faz doer. 
É algo que não se vê mas que corrói.

Contudo, a pior solidão é aquela em que no meio de uma enorme multidão, sem sabermos bem porquê, nos sentimos sós.
Pior do que a solidão, só um ajuntamento de chatos.
Isto é, alguém que nos priva da solidão sem ser companhia.
Para mim, a solidão é preocupante. Porém, o isolamento, é algo necessário.

Nota de rodapé.
"O outro lado do sunset!" - A Praia do Cabedelo. Foto de Ana Oliveira

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"RFM - Telefonema – O SOMNII é só batuques"!..

Um telefonema do Nilton para a Câmara Municipal da Foz!
Clicar aqui para ouvir...
Hilariante, simplesmente hilariante...

Nota de rodapé.
Na Figueira acabaram os pessimistas!
Alguém se queixa do barulho quando a sorte lhe bate à porta?

Irra: este mundo é mesmo uma merda.



Nota de rodapé. 
A diferença
"Num daqueles jantares de Washington em que é suposto que o Presidente faça de comediante, Obama antecipava com gozo maquiavélico o tempo em que iria “trabalhar para a Goldman Sachs”. Para ele, essa possibilidade pertencia ao campo da anedota. Não sei se me faço entender."

O sentido da vida, é a preocupação com aqueles de quem gostamos. No fundo, essa é a nossa vida...

Na sessão da Assembleia Municipal, realizada no passado dia 29 de abril, preocupado com o que se estava a passar com o então anunciado encerramento do posto médico da Cova Gala - na altura tinha o fim anunciado e o encerramento formalizado -  fiz uma uma intervenção que, do meu ponto de vista, lamentavelmente, não foi escutada nem pelo senhor presidente da câmara nem pelo senhor vice-presidente, que é, ao mesmo tempo, vereador do pelouro da saúde.
Na sequência da minha intervenção gerou-se alguma celeuma em torno das ausências acima mencionadas, o que não era de todo, a minha intenção nem o meu objectivo.
O meu objectivo e a minha preocupação, era - e continua a ser - simplesmente este.
Neste momento, o posto médico da Cova Gala, depois do recuo que se verificou na intenção de encerramento para 2 de maio passado, está a funcionar apenas até às 13 horas.
Olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, no futuro - isto é,  para além de Novembro de 2017, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Como cidadão, tenho o direito de tentar saber a estratégia que a Câmara da Figueira tem definida no que concerne à política de saúde definida para o concelho. 
No passado dia 28 de junho, realizou-se nova sessão da Assembleia Municipal.
Como não tinha obtido resposta à minha preocupação - que se mantém - tentei inscrever-me para poder usar da palavra, cumprindo as regras impostas aos cidadãos.
Porém, não consegui usar da palavra na sessão da Assembleia Municipal realizada a 28 de junho passado. 
Na altura, interpelei o senhor presidente da Assembleia Municipal, que me informou que não estava inscrito.

Algo de estranho se terá passado, como demonstro pela documentação acima.
Ontem, recebi a carta que publico abaixo.

A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Mais uma vez: obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Coitadinhos deles: ainda na sombra!..

Microcredibilidade, uma crónica de Rui Curado da Silva.

Os franceses estão tramados...

... pois, vão ser sancionados pela Alemanha por um défice de 2 a 0!..

Cidadania é isto...

Foto António Agostinho
Por amável convite do Carlos Romeira, tive o prazer de participar esta tarde, num animado debate, que decorreu numa viagem de comboio entre a Figueira da Foz e Coimbra, sobre transportes.
Citando António Durão, "falámos de tuk-tuk's, horários, plataformas multi-modais, horários (ajustamentos e desajustamentos), da economia dos transportes, das alternativas e da falta delas, da gestão (ou falta dela) em algumas das componentes associadas à mobilidade, na falta de alternativas para pessoas portadoras de deficiência física, da falta de uma verdadeira rede (e pensada como tal) modal de transportes, transversal ao concelho... e de muito mais.
Uma viagem da Figueira da Foz a Coimbra com 10 opiniões diferentes".
Nascemos completos e, do meu ponto de vista, é assim devemos também viver. 
A coluna vertebral permite que caminhemos de forma erecta. 
Usar a coluna para andarmos levantados, fazendo frente a quem quer que a não utilizemos para esse fim, é um dever de cidadania.
Continuando a citar António Durão, "para ter soluções temos que conhecer os problemas."

No país do futebol, os media continuam delirantes...

Nota de rodapé.
Ontem,  Dulce Félix sagrou-se vice-campeã nos 10.000 metros do Campeonato da Europa de atletismo, que se está a disputar em Amesterdão.