domingo, 24 de janeiro de 2016

Já sabemos quem vai ganhar: a abstenção...

Gostaria que alguém me explicasse porque é que num país europeu ainda votamos com um papel e uma esferográfica (que ainda por cima pode ser gamada por algum pilante...).
Gostaria que alguém me explicasse porque é que num país europeu ainda votamos num local único.
O sistema, que é o mesmo do século passado, tal como existe, está montado para favorecer a abstenção. 
É incompreensível que se exija a alguém que pague para votar!
Que tenha de fazer uma viagem, que tenha de mudar os compromissos de trabalho...
É incompreensível que ainda seja assim em 2016.
A esferográfica foi uma ideia genial, mas já foi há muito tempo...
Estamos na era do computador.

Grande despiste...

Ler notícia aqui.

Esclarecimento

Quando vou votar nunca me esqueço de levar a minha caneta.
Nunca toco naquela que lá foi colocada pelos membros da mesa...
Nunca se sabe quem pegou nela antes...

Pensamento para hoje

Ser contra algo, é o maior - hoje, em Portugal, o único - promotor de união entre as pessoas...

Bom domingo

Gosto que esta coisa tenho tido fim e, finalmente, acabado...

Hoje, 24 de Janeiro de 2016, termina a célebre rodagem do Citroën BX do Professor Aníbal Cavaco Silva que se iniciou no dia 19 de Maio de 1985 na Figueira da Foz.
Neste aspecto, creio que podemos estar "tranquilos que não teremos outro líder político, com esta justificação para o início de uma vida política tão longa, porque os novos carros estão dispensados das  «velhas» rodagens."

Em tempo.

"Hoje o famoso Citroën BX, com mais de 25 anos, é considerado um automóvel clássico, com toda a certeza com muitas centenas de milhares de quilómetros. 
Do mesmo modo Cavaco Silva tornou-se o maior clássico da vida política portuguesa apesar de, passados mais de 30 anos, continuar a negar ser político. Após uma passagem fugaz pelo ministério das finanças, nos anos de 1980, foi presidente do PSD e primeiro-ministro entre 1985 e 1995 e presidente da República, entre 2006 e 2016. 
E assim se conta a vida do cidadão com mais anos no exercício de altos cargos na história da política portuguesa, após o 25 de Abril que, por mero acaso, teve como responsável a rodagem de um carro novo."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O meu voto para domingo

Domingo, vamos novamente a votos. Desta vez, para escolher o sucessor de Cavaco Silva.
Neste momento, todos temos a noção de que o nosso futuro próximo não vai ser fácil. 
A pressão dos directórios europeus já nos fez pagar o BANIF e prepara uma batalha de imposição do seu orçamento, cujas consequências ainda são difíceis de prever. 
Neste contexto, o futuro Presidente da República fará sempre parte dessa batalha, seja seguindo a estratégia de quem manda na UE, seja na defesa do direito soberano de ser o país, e o seu povo, a decidir as suas principais opções estratégicas.
Depois da campanha não me parece haver grandes dúvidas que dos dez candidatos, apenas três, escolheram a segunda opção: Sampaio da Nóvoa, Marisa Matias e Edgar Silva.
Na primeira volta, todos os votos, em um destes três candidatos, são úteis para impedir a eleição à primeira do "catavento"
Quem não quer o "prof. martelo", podia votar na Marisa, que é verdadeira, espontânea, simpática, bonita, culta, de esquerda, mas que tal como Edgar Silva, que não é espontâneo, mas é simpático, culto, verdadeiro e de esquerda, não faria nunca o pleno, numa segunda volta, se ficasse em segundo lugar na votação. 
Quem não quer o "prof. martelo", podia votar nesta primeira volta num destes 3 candidatos, votando depois, contra o "catavento", no candidato que passasse à segunda volta. 
Ora, acontece, que tendo apenas um voto, considero que no contexto em que se realizam estas eleições - à segunda volta (se a houver...) só um passa para defrontar o "prof. martelo" - tenho de  VOTAR SAMPAIO DA NÓVOA.

Choses da política local...

A minha vida é uma miséria. 
Um dia destes, no sítio mais ermo e mais longe que possam imaginar, mandei aquilo a que se costuma chamar um peido de antologia
Pensava eu que as hipóteses de estar alguém por perto eram nulas. 
Mas estava enganado.
Apareceu alguém... 
Fuck my life. 

Para quem, independentemente de quem estiver no poder, olha livre e seriamente para a política figueirense, o enquadramento actual, deixa-lhe pouca margem de optimismo e de manobra.
Resta fazer o mesmo de sempre:  tentar cumprir  a  missão. 
Isto, é: tentar  defender os interesses de todos nós, que tão maltratados temos sido...

Como escreveu um dia numa parede da Figueira um anarca do meu tempo: "se um gajo dá um peido é mal educado, mas uma fábrica a fazer merda é progresso..."
Ainda bem que, em tempos, joguei Subbuteo...
Isso, fez de mim um entendido em tédio...
Continuação de feliz ano novo para todos. Especialmente, com a minha benção, para os figueirinhas...

Acabou-se o cimento?..

Ainda há pouco, quando estavam no poder, a química entre os dois era fabulosa...

Palavras que me estão a guiar agora...

foto António Agostinho
"A AREIA QUE ME TENTARAM MANDAR PARA OS OLHOS, FAZ MUITA FALTA NAS DUNAS DE S. PEDRO".
Pedro Agostinho Cruz, 8 de junho de 2015

Marcelo, o dissimulado: não obrigado!..

"Marcelo Rebelo de Sousa, é público, foi declarado apoiante de Pedro Passos Coelho, Durão Barroso, Cavaco Silva e demais destacadas personalidades do PSD. Ele próprio é um destacado militante laranjinha. Mas, para fugir a uma segunda volta eleitoral, procurou reescrever o seu passado, por actos tais como o afastamento do líder do PSD da sua campanha, pela sua afirmação supra partidária e pela camuflagem da sua vida partidária.
Mas Rebelo de Sousa é, simplesmente, quem sempre foi. Uma destacada personalidade do PSD, que sempre defendeu o seu partido. Os militantes partidários não perdem o direito de se candidatarem por o serem. Mas se procuram esconder a sua natureza, não se queixem de ser apontados por tal. Num contexto onde os políticos, tão despudoradamente, têm um discurso em campanha e uma acção muito diferente no exercício dos cargos, votar em quem se apresenta dissimulado é o primeiro passo para se ter aquilo que não se antecipou. Por isso, não votarei em Marcelo Rebelo de Sousa."
Com a devida vénia, faço minhas as palavras de j. manuel cordeiro.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vai-te embora melga!..

Assunção Cristas "acha" que restituir os direitos aos cidadãos, ou devolver parte do que lhes foi roubado pelo governo anterior, é destruir o laborioso trabalho de quatro anos e meio. 
Manda mas é acertar o relógio do CDS...

As "freirinhas" e o edifício que é um Trabalho!.

foto António Agostinho
Esta paisagem desoladora, no coração da Figueira, não é uma questão semântica: é a continuação da demonstração do que tem sido o poder político na Figueira: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta: "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Acabei de citar o vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
Como em tempos escrevi aqui"A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério..."

Que enorme socialista ao serviço de Marcelo!..

Maria de Belém salientou que não assenta a campanha "em demagogias e populismos", e lançou um repto em tom de resposta à candidata do Bloco de Esquerda, que a criticou por causa desta polémica das subvenções vitalícias: "Eu estou disponível para confrontar a minha folha de vencimento como deputada, com a folha de vencimento da eurodeputada Marisa Matias."
Via TSF

Em tempo
Esta excelente, ilustre, alta, subliminar e excelsa figura de estado,  não poderia ter prolongado o luto mais dois dias?..
Se esta criatura, por qualquer ironia do destino, fosse à segunda volta - o que não acredito - o meu voto seria anulado...
Só cá faltava mais esta...
"Todos temos direito a salário digno, escusamos é de ter privilégios".

Reconhecer o erro

     

Quando duas pessoas chocam acidentalmente, duas atitudes podem ser tomadas. 
Ou se pede desculpa e sorrimos... 
Ou, por outro lado, não sabemos lidar com o problema e metemos os pés pelas mãos... 
São duas atitudes diferentes perante um acontecimento que, objectivamente, não é culpa dos envolvidos. 
Sabemos que há quem se culpe a si e há quem culpe os outros. 
Sabemos, também, que há quem seja naturalmente educado, empático e correcto e quem seja naturalmente mal educado, bruto e hostil com os outros. 
Sabemos, que há quem considere que quem pede desculpa mostra sinais de fraqueza.
Sabemos, também, que quem não pede desculpa, pensa que mostra sinais de liderança e domínio. 
Todos sabemos muita coisa. 
Eu prefiro viver numa Aldeia em que as pessoas acabam por reconhecer o erro, do que viver numa Aldeia em que duas pessoas se zangam e hostilizam por causa de uma coisa que, objectivamente, não é culpa delas...

A sul da Cova: Presidente da junta teme que o mar chegue às casas

Desde o final do ano passado e início deste, que o mar não tem dado sossego às gentes da freguesia de S. Pedro. 
«As condições do mar e atmosféricas pioraram a situação, originando estragos na protecção dunar» efectuada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), diz hoje o presidente da junta de S. Pedro ao Diário de Coimbra, «muito preocupado» com as investidas, mesmo em frente ao complexo habitacional, uma vez que as águas têm “engolido” boa parte das areias que serviam de protecção. «A seguir ao quinto molhe tem havido destruição e já efectuei duas exposições à APA na tentativa de resolver o problema», disse António Salgueiro, frisando que, se o mar chegar às casas «é uma catástrofe».
Tal como ficou aqui dito, não vou escrever nada de novo - ficam as fotos.
Apenas porque tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar, o turismo já faliu - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...

A propósito, desejem-me sorte e as melhoras...

Em 1973, quando comecei a trabalhar oficialmente (trabalhar já trabalhava há alguns anos...), a pagar impostos e a descontar para a segurança social, a lei previa, salvo erro, que teria direito a aposentar-me ao fim de 30 anos de trabalho. 
Se a matemática não é uma batata, deveria ter direito à reforma há doze anos, quando tinha 50.
Neste momento da minha vida, com uma carreira contributiva de 43 anos e com 62 de vida, ainda estou à espera de ser reformado. 
Espero, por isso, que o Tribunal Constitucional tenha em conta as legítimas expectativas que criei e que, defendendo o princípio da protecção da confiança, impeça o Estado de me forçar à violência de me vir a sentir penalizado. 
Ah: já agora, se não for pedir muito, aproveito para solicitar o reembolso dos cortes feitos no subsídio de desemprego, que deram cabo das legítimas expectativas que criei para a minha vida nos últimos três anos...
Que eu saiba, sempre fui um bom e cumpridor cidadão e bom português, merecedor, igualmente, de ser defendido no legítimo princípio de protecção de confiança...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Reposição das subvenções vitalícias: o seu a seu dono...

Por acaso, mas deve ter sido apenas por mero acaso, "a ideia original foi de Passos Coelho"!.. 
A ideia de repor as subvenções vitalícias dos ex-políticos partiu do anterior Governo, em novembro de 2014. 
Passos e Marques Guedes insistiram, contra a direcção da bancada do PSD. 
O CDS preparava-se para votar contra. 
Pressionado, Passos recuou e deixou cair a ideia - e assim manteve a condição de recursos para as subvenções vitalícias. 
Foi esse recuo que levou um grupo de 30 deputados (21 do PS e 9 do PSD) a apresentar a queixa ao Tribunal Constitucional que agora os juízes decidiram. 
Para ler a história do que aconteceu, antes dessa queixa, clique aqui.

Na Aldeia dos índios da meia praia...

foto António Agostinho
Aguardo os vossos comentários a esta foto. Hoje, não me apetece comentar!..

Pobre Aldeia

"Em Janeiro de 1975 chegou à Câmara uma carta de um pescador figueirense, residente nos Estados Unidos que, “em nome de todos os emigrantes que nasceram e pertencem à Cova e Gala” solicita ao Presidente que desencadeie “providências de protecção da nossa praia e da nossa terra”… ”para que se evite uma grande catástrofe”
A preocupação não se continha na necessidade de proteger a zona sul dos avanços do mar mas estendia-se “à nossa cidade da Figueira da Foz”. Visava sobretudo a segurança das suas “casinhas, que tanto custaram a ganhar” mas, tratando-se de homens do mar, conhecedores do seu comportamento, pode inferir-se o seu desassossego com a situação da barra, posto que, menos de vinte anos antes ali tinham ficado dezoito pescadores, além do histórico trágico. 
Não adivinhava que, quarenta anos depois, se poderiam contar mais alguns naufrágios, o último dos quais levou a vida de cinco pescadores em outubro passado e que a sua terra continuava a ser ameaçada pelo avanço do mar. Recentemente o ministro do ambiente, em dezembro, e a ministra do mar, a semana passada, anunciaram que vão ser estudadas medidas para resolver problemas do litoral e, principalmente da segurança na barra da Figueira, criando um grupo de trabalho que envolverá os serviços do ministério do mar e a autarquia local. 
Vale a pena criar as condições para que se evitem outros avisos convocando quem melhor conhece o mar: os pescadores."

Esta crónica, hoje publicada pelo eng. Daniel dos Santos, no jornal AS BEIRAS, é elucidativa: qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência
Pobre concelho, este,  que, quarenta anos depois, tem esta Aldeia à beira mar, com ar de Aldeia de um município de terceiro mundo.
Suja, desmazelada, abandonada, carenciada: numa palavra, pobre
A vida por aqui é uma miséria.
Por aqui, somos tão pobres, tão pobres, que, por vezes, tenho a sensação que quando perdemos a carteira, enriquecemos...
Vale pelo sítios onde se pode comer e pelas abandonadas praias...
Quanto ao resto, estamos conversados.
Até o hospital nos colocaram dentro de um parque de estacionamento pago e com problemas de operacionalidade à espera de serem avaliados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil!..