segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Tudo está bem quando acaba bem...

Dez anos depois de ter chegado à presidência da União Europeia, Durão Barroso diz adeus a Bruxelas com uma pensão vitalícia no valor de cerca de 132 mil euros por ano. O ainda presidente da Comissão Europeia (cargo que deixa a 1 de novembro) regressa assim a Portugal com 11 mil euros por mês da reforma europeia, diz o jornal britânico ‘Daily Mail’
O dirigente português, de 58 anos, que vai abandonar a liderança da Comissão Europeia a 1 de novembro, vai receber ainda um subsídio de "transição" e "reintegração" que não pode ultrapassar os três anos. Segundo as regras comunitárias, a compensação varia entre 40% a 65% do salário anual do presidente da Comissão Europeia, no caso de Durão Barroso, de cerca de 306 mil euros. Feitas as contas, o subsídio de "transição" vai variar entre 122 mil euros e 200 mil euros por cada ano. No mínimo, Durão Barroso recebe um subsídio no valor de 367 mil euros no total dos três anos. Esta verba é diminuída ou eliminada em função do cargo que venha a desempenhar no futuro. Mas as compensações de Bruxelas não se ficam por aqui. Além da pensão vitalícia e do subsídio, Durão Barroso recebe ainda um salário extra, de 25 mil euros, mais despesas de deslocação. 
O ex-primeiro-ministro já disse que o futuro "a Deus pertence. Provavelmente, vou continuar a intervir na vida pública e seguir as questões europeias e internacionais", disse Durão Barroso em entrevista. O ex-presidente da Comissão Europeia deixou, no entanto, uma garantia: "De fora e seguramente está a hipótese de um regresso à vida política activa". Ainda não se sabe qual será o caminho do político português, mas o próprio admite que "não está mal de convites"

Via Correio da Manhã

domingo, 26 de outubro de 2014

Também no futebol, saiam os homens e entrem as máquinas...

Porque hoje é domingo, vou falar de futebol e recordar o que se passou  na passada 3ª. feira.
Vou recordar a derrota do Sporting perante o Schalke 04...
O Sporting marcou 2 golos em inferioridade numérica e bateu-se sempre com categoria. 
Foi lastimável e lamentável, portanto, perder um jogo daquela maneira. 
Numa sociedade de valores e de verdade, seria normal existirem garantias electrónicas - ou mesmo pós desafio (jurídicas, eventualmente...), que pudessem repor a verdade do jogo. 
Foi  uma tremenda injustiça que a melhor equipa tenha saído com uma derrota imerecida! 
Quanto a mim é a hora: saiam os homens e entrem as máquinas! 
É preciso denunciar a corrupção. 
«Foi a máfia russa no seu melhor». 
Mesmo que os resultados sejam inexpressivos, há que tentar acabar com a impunidade... 
Contudo, apesar de tudo, os sportinguistas sabem reconhecer o mérito...

O sonho lindo...

"A união ouropeia", constituiu uma agradável surpresa ao abrir o computador nesta magnífica manhã domingueira de verão de S. Martinho um pouco antecipado. Espero que cliquem aqui, para ler a postagem de Fernando Campos na integra. Entretanto fica um cheirinho, para abrir o apetite. 
"É cada vez mais evidente que a “união europeia” foi um sonho lindo que acabou. Isto parece bastante óbvio, excepto talvez para alguma classe política e empresarial portuguesa (as do arco-do-poder); curiosamente as mesmas que em 1961 também “não se aperceberam” do fim inexorável da era colonial. Na realidade, para a classe dirigente nacional, a união europeia nunca passou de uma nova “árvore das patacas” que substituiria a colonial." Depois de ler, pensei em: chorar (mas, não há nada mais triste que chorar com razão...); rir (mas, não conheço nada mais alegre que rir ao ponto de chorar...); na morte (... mas, todos sabemos, que o mais apropriado para um cadáver é um caixão...). 
Entretanto, aconteceu-me uma urgência e, por motivos mais que óbvios, tenho que abreviar (nada é mais urgente que a vontade que, neste momento, me está assolar - ir passear...). 
Bom domingo e não esqueçam...
"O sonho lindo do oásis de paz, cooperação e livre circulação revelou-se um pesadelo: um novo triunfo dos porcos cuja narrativa da inevitabilidade repete ad nauseam (para consolo das almas cínicas ou resignadas) que haverá sempre uns mais iguais que outros e mainada."

Campos de Maiorca

foto de Carlos Fidalgo

sábado, 25 de outubro de 2014

A piada deste sábado, ou uma enorme lata que é um retrato nos dias do fim?...

"Temos um nível de transparência como nunca existiu em 40 anos"... 

- Passos Coelho!..

Gostei de ler e recomendo...


"O valor da boa-fé numa sociedade que se pretende civilizada". 


JOSÉ PACHECO PEREIRA

Um tema cheio de actualidade

Em tempo.
Esta crónica, oportuna e actual, do eng. João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, fez-me lembrar o que se passa, desde que tenho memória, na Avenida 12 de Julho, na Gala, um belo exemplo da falta de respeito pelos limites de velocidade, como podem comprovar neste post que publicámos em 17 de novembro de 2008
O senhor presidente da Câmara, dr. João Ataíde, na campanha para as autárquicas de 2013, foi alertado para o problema por um morador, na sessão que então se realizou no Clube Mocidade Covense. 
Prometeu fazer alguma coisa. 
Já passou mais de um ano. Entretanto, já mudámos de presidente de junta, e nada aconteceu: a velocidade e as ultrapassagem continuam a ser uma constante na Avenida 12 de Julho, o que coloca, sobretudo, em risco peões e ciclistas. 
Os semáforos, que em consequência de uma tempestade, estiveram inactivos vários meses, estão reparados, mas, como pode ser facilmente comprovado, se muitos cumprem e respeitam, muitos continuam a não ligar...
O actual presidente da junta, saído das intercalares de 19 do corrente, também morador na Avenida 12 de julho conhece muito bem a gravidade deste problema. 

Miradouro do cabo Mondego

Um espaço deslumbrante ganho pela Figueira recentemente e onde se provou que para fazer obra não é preciso muito dinheiro...

Ver fotos aqui.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Silêncios

João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã.

“ Manuel Valls, primeiro-ministro de Hollande, gostaria de remover a palavra «socialista» do nome do partido. Valls assume-se como um «pragmático», ou seja, como alguém que quer arrumar a casa com os espíritos mais «moderados». O PS francês, compreensivelmente, entrou em apoplexia. E o português?
Ainda não há reacções. Aliás, não haver reacção parece ser a nova filosofia da era costista.
Depois das chuvas que devoraram Lisboa, o edil foi lesto a declarar «não haver solução» para o caos. E no Parlamento, em plena discussão sobre a dívida pública, foi a vez de Vieira da Silva afirmar que «não há respostas simples» para lidar com a dita, motivo pelo qual não ofereceu nenhuma.
Se a coisa continua neste tom, o PS português ainda acaba por adoptar novo nome. «Partido Silencioso» seria uma hipótese: é mais fiel ao novo espírito do clube e não implica mudança de sigla.”
Será que todo este silêncio não é para permitir a pausa adequada a reanalisar e a elaborar a síntese, não sendo, apenas, uma simples ausência de sentido?..
Vamos ser optimistas e pensar que estão apenas a preparar a palavra que há-de ser dita... 

Já vamos nos dedos!..

Bruno Dias, deputado do PCP:  "Privatizar a TAP não é vender um anel, é cortar um dedo"...

A Aldeia também é assim...

A Aldeia dos blogues não é, como se diz por aí, um retrato fiel do mundo fora internet. 
É pior, muito pior. 
É um mundo onde há nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia. Onde pessoas habitualmente controladas pelos travões sociais, podem esquecê-los e agir como se fossem donas do mundo. 
É uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual. 
A coberto do anonimato, alguma gente, é capaz de actos e afirmações que nunca faria pessoalmente, seja por covardia, seja por medo de represálias... Ao longo da minha já longa vida, nunca fui de carneiradas, não era agora que ia passar a ser...

O país anda estranho, irrequieto, tenso, maldizente... Mas, estará preparado para o pior?..

"O PS vai abster-se na votação do projecto de resolução do BE sobre a reestruturação da dívida, apesar de não concordar com o ponto em que se fala de iniciar processo de “negociação”. A iniciativa do Bloco faz eco do Manifesto dos 74, assinado por pelo menos quatro membros da bancada, incluindo o líder parlamentar Eduardo Ferro Rodrigues. Quanto à iniciativa do PCP para a renegociação da dívida, o sentido de voto vai ser o chumbo."

A erosão na orla costeira figueirense

A crónica de Rui Curado da Silva, ontem publicada no jornal AS Beiras, deu origem a uma resposta nada superficial do deputado do PCP Miguel Tiago...
Pelo interesse do tema  em debate - a erosão na orla costeira figueirense - publicamos a crónica do investigador Rui Curado da Silva e a resposta do deputado do PCP Miguel Tiago. 

"Rui Curado Silva, investigador, investigou o Jornal Expresso e atribui-me palavras que eu não usei, tomando por boas as distorções que o referido jornal faz de um debate no meu mural de facebook. Não sei ao certo, por desconhecer, que investiga Rui Curado Silva, nem costumo invocar ignorância sobre os temas para fazer debates políticos. Penso mesmo que a acusação de desconhecimento feita de cátedra não revela outra coisa senão soberba e incapacidade de fazer os debates de forma frontal.

Apesar de ser geólogo e ter dedicado parte importante da minha vida a estudar o planeta - atmosfera, geosfera, biosfera - não utilizarei o diploma para explicar ao Investigador Rui Silva que o debate científico em torno dos factores antropogénicos que influem sobre o clima é aceso e intenso e que o que critico com severidade - tal como o meu partido - não é o conceito ou a velocidade com que se verificam alterações climáticas, mas as falsas soluções de mercantilização da atmosfera que o capitalismo nos tem imposto a pretexto da salvação do planeta.

Sobre os dados da subida do mar, julgo que o debate é interessante mas absolutamente irrelevante para o caso em questão, caso sobre o qual Rui Silva pretende atribuir-me "lágrimas de crocodilo" (palavras do próprio). O ritmo da subida do nível do mar é variável ao longo da história do planeta, tal como são os níveis do mar e tem relações com inúmeros factores, mas para o caso da visita que realizei em representação do Grupo Parlamentar do PCP à Figueira da Foz e às praias da Freguesia de São Pedro, tal medida (nível do mar) e tais factoes, são assuntos independentes do fenómeno que o PCP ali foi abordar. Não sei se o Investigador terá sequer investigado quais os factores e causas que estão a provocar o recuo da linha costeira nas praias a sul da Foz do Mondego antes de as atribuir às alterações climáticas. Em causa, no caso concreto, o recuo deve-se especificamente a uma intervenção antrópica, nomeadamente a construção do molhe norte na foz do Mondego.

O Investigador terá, porventura, assimilado de forma cristalizada as premissas do aquecimento global, mas isso não pode implicar que tente esconder as verdadeiras causas do que ali se passa, porque o assunto é sério demais para ser simplificado. A construção do molhe norte implica um crescimento anómalo da largura do areal a um ritmo de 20 a 40 m por ano, impedindo a deriva sedimentar para sul, não permitindo assim a deposição de sedimentos para alimentação dos areais das praias a sul da Foz. Ora, esta causa - talvez não tão romântica quanto a das alterações climáticas e da subida do nível do mar - é a evidente causa do que ali se passa e sobre ela, não só não deixei de referir (ao contrário do que afirma Rui Silva) como não deixou o PCP de intervir na Assembleia da República apresentando uma pergunta ao Governo sobre que medidas tomará o executivo para corrigir o desequilíbrio provocado na deriva sedimentar costeira na região centro do país.

É verdade que o PCP não entende que o mercado de licenças de emissões de gases com efeito estufa venha resolver os problemas ambientais. Essa posição do PCP é suportada pela realidade que demonstra que, apesar do mercado de licenças, as emissões têm tido tendência crescente. E é verdade que o PCP tem uma perspectiva não primitivista sobre o desenvolvimento económico e social, não defendendo que o processo produtivo seja incompatível com a Natureza e, ao contrário de algumas tendências, não defende que devamos regredir para as formas de existência quase primitivas, afirmando a necessidade de desenvolvimento das tecnologias produtivas e da posse colectiva dos meios produção como forma de integrar economia e ecologia. Colocando a produção ao serviço dos povos e não ao serviço dos lucros accionistas, a natureza é necessariamente salvaguardada, porque enquanto que os accionistas vivem da sua destruição, os povos vivem da sua preservação e exploração sustentada.

Nunca saberei se Rui Silva é daquelas pessoas que muitas vezes usam o facto de PCP e Verdes terem posições semelhantes em muitas matérias, para acusar os Verdes de serem um satélite do PCP. Se é, entrou em contradição com o que diz neste "artigo" de opinião. Se não é, revela afinal uma concepção de coligação no mínimo estranha, ao insinuar que o papel do Partido Ecologista "Os verdes" é menorizado por não ter sobre alterações climáticas exactamente o mesmo posicionamento que o PCP. Ora, dois partidos diferentes não são dois partidos iguais e isso enriquece a coligação, orgulha os seus activistas e honra os seus eleitores.

Nunca saberei se Rui Silva quis propositadamente ilibar o Governo das responsabilidades que tem na deposição anómala de sedimentos a norte do molhe e na erosão anómala nas praias a sul. Nunca saberei se Rui Silva é a favor ou contra as soluções que a SOS Cabedelo e a Associação de Body Board da Foz do Mondego apresentam para o caso. Nunca saberei se Rui Silva se deu ao trabalho de estudar deriva sedimentar e dinâmica costeira. Mas já fiquei a saber que o objectivo do "artigo" que escreveu nunca foi salvar a costa, nem explicar as causas do fenómeno sério que ali se verifica e nunca passou do mais básico e primário objectivo: mistificar e iludir o leitor sobre as posições do PCP."

Ontem na Figueira: "Jerónimo de Sousa culpa PS por falta de coligações à esquerda"


foto Pedro Agostinho Cruz
"Porque é que o PS, em vez de se entender com o PCP, sempre, mas sempre se entendeu com a direita? Não foi o PCP que empurrou o PS para a direita, foi o PS que assumiu uma política de direita ao longo destes 38 anos", disse Jerónimo de Sousa, num comício na Figueira da Foz.
Aos que dizem que a esquerda "é incapaz de fazer acordos", o líder comunista respondeu: "O problema são os anos da politica de direita do PS, que hoje permanece e com a qual não querem romper".
Via Revista Visão

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Finalmente, aparece alguém coerente...

Somos pobres, mas uns mais pobres que outros...

Nos últimos 12 meses, o Banco de Portugal adquiriu 11 BMW7 Mercedes, 2 Lexus e 1 Volkswagen Sharan.  

(Fonte: Má Despesa Pública)

O povo...

Como disse uma vez o outro - o povo aguenta.
Ai aguenta aguenta...
O povo, que paga o que não pode pagar...
O povo que aguenta.
Ai aguenta aguenta...
A tristeza - a sua.
E a palermice - a sua...
E a de outros...

A gente que somos...

Como é natural, as conversas desconcertantes sobre as eleições do passado domingo na Aldeia continuam...
Os partidos já emitiram as suas opiniões sobre os resultados, conforme tomaram conhecimento através deste espaço...

Entretanto, passaram 4 dias e tenho ainda algumas dificuldades em compreender o modo de pensar da maioria dos poucos covagalenses que se dignaram ir votar nas intercalares do passado domingo.
Há muito que deixei de ferver em pouca água. Limito-me, por isso, nos locais públicos que frequento na Aldeia, a ouvir mais do que falar.
Toda a gente diz muita coisa, sobretudo dá palpites - que os políticos são péssimos, que são todos o mesmo, que a sua preocupação com o povo português é conversa fiada...
Mas, quando alguém aborda a questão da eventual substituição desta gente, que se anda a perpetuar no poder há mais de 40 anos, por outra gente, rapidamente vê a gente que somos.

É fácil colocar quase todos a concordar no seguinte: a falta de qualidade desta gente.
As dúvidas surgem, porém, logo a seguir: mas, se não forem eles, quem colocamos lá?..
Os covagalenses, tal como presumo os portugueses do resto do País, gostavam de mudar, mas a vontade de mudar depressa se transforma em receio.
Daí ao conformismo, é apenas um pequeno passo...
No passado domingo, confrontada com a responsabilidade de escolher uma alternativa, a gente que gosta de dar palpites, preferiu encontrar razões para não mudar nada e manter tudo como dantes...
É este o bom e velho espírito de covagalense e português!

Na segunda-feira, na Figueira, fui confrontado por Amigos com os resultados em S. Pedro, no dia anterior.
Argumentei com o óbvio: lembrei que a porcaria de governo que temos não surgiu por obra e graça do Espírito Santo (bom, também deve ter ajudado...), que fomos nós, o povo, quem escolheu esta gente que nos governa.
Portanto, a responsabilidade é nossa...
E, como a Aldeia também é Portugal, ninguém acreditava na possibilidade de deitar tudo fora e começar de novo – a começar pelo PS, que, com esta gente, já sabe o que o espera...

Jerónimo de Sousa na Figueira

A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP realiza, hoje, dia 23 de outubro, pelas 21 horas e 30 minutos, no Auditório do Sítio das Artes (antiga Universidade Internacional), um comício onde estará presente o Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

País de ingénuos!..

Notícia do jornal Público: "Ministério do Emprego não encontra processos da ONG de Passos Coelho"...
Depois de lida a notícia e chegados até aqui é preciso escrever ainda muita coisa?
É ainda preciso dissertar sobre o país pequenino, da pequenina gente, dos grandes negócios, das grandes tramas e da pequena informação?..
Claro, era ( e vai continuar a ser...) preciso falar de famílias, de interesses, de negócios...

Mas, hoje, já tenho a minha dose e não estou para  virado...
Como vimos no domingo passado na Aldeia, os únicos com poder de demitir esta gente, em dia de eleições, preferem ficar em casa...