António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 2 de maio de 2014
DIA 28 VÃO SER REVELADOS ALGUNS DOS SILÊNCIOS DESTE MURAL, em "Estórias Esquecidas".
A inauguração da Exposição de Fotografia: Mural de Mário Belém - CAE será no dia 28 de Maio, pelas 18.30, na Sala Afonso Cruz, no CAE - Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou... (II)
Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro do ano passado e colocou, na prática, o hospital dentro de um parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Afinal, eram tempos divertidos... Depois de uma pequena interrupção por motivos alheios à vontade dos beneficiados (ai 25 de Abril de 1974, ai, ai!..) o programa seguiu logo que possível...
"No melhor período económico do Estado Novo, entre 1946 e 1973, emigraram dois milhões de pessoas, fugindo à miséria gerada por uma economia baseada em salários artificialmente baixos que concentrava a riqueza nas chamadas “quarenta
famílias”. A corrupção era omnipresente, com Salazar participando e/ou impedindo a sua investigação, perante inúmeras cartas de protesto de Marcelo Caetano e do Cardeal Cerejeira."
Rui Curado da Silva, investigador hoje no jornal AS BEIRAS.
Rui Curado da Silva, investigador hoje no jornal AS BEIRAS.
Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou...
foto Foz do Mondego Rádio |
Contudo, a fuga para a frente (a chamada moção de «conforto» à autarquia apresentada pelo PS sobre a Gestão e Exploração do Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz pela Figueira Parques aprovada pela maioria PS...) foi apenas uma alínea da sabedoria.
Atenção: neste caso, foi a maioria figueirense PS, que votou a favor de mais um encargo que agravou os custos com a saúde dos utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Fica a fotografia para mais tarde recordar.
Atenção: neste caso, foi a maioria figueirense PS, que votou a favor de mais um encargo que agravou os custos com a saúde dos utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Fica a fotografia para mais tarde recordar.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
A Figueira, de vez em quando, tem necessidade de ouvir homens que não saibam mentir como os outros...
foto Pedro Agostinho Cruz |
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje no jornal AS BEIRAS.
A valsinha das medalhas, ou o esplendor da promiscuidade...
Via Delito de Opinião:
"Quando um Presidente da República, tendo feito o discurso que fez no dia 25 de Abril pp., em seis condecorações que resolve atribuir se permite entregar cinco aos correligionários do seu partido político e antigos colaboradores, incluindo ao seu ex-director de campanha, é legítimo que os portugueses possam dele esperar que antes do final do mandato seja suficientemente justo para também condecorar a mulher que o atura, a filha, o genro, o resto da família, e todos os militantes da sua agremiação que tenham as quotas em dia.
Há muito que eu tinha a percepção de que o Infante D. Henrique e mais algumas figuras gradas da nossa História levavam tratos de polé. Nunca pensei que um Presidente da República lhes faltasse ao respeito desta forma tão descarada e ostensiva. E que os humilhasse tanto. E com eles ao resto da nação."
Adeus Abril
25 de Abril, Lisboa 2014. Foto de Alfredo Cunha |
Na
Figueira aconteceu.
Na cidade, porém, a nível de jornais, rádio e televisão, parece-me que ninguém deu por nada.
Na cidade, porém, a nível de jornais, rádio e televisão, parece-me que ninguém deu por nada.
Daqui
a 10 anos, os sobreviventes festejarão de novo a data apesar do reumático.
A pergunta “onde é que você estava no 25 de Abril?” fará cada vez menos sentido e haverá cada vez mais gente a baralhar 1974 com 1794, ano em que Robespierre mandou guilhotinar Danton, para morrer ele próprio de cabeça decepada pouco tempo depois, episódio que ainda hoje contribuirá em muito para fundamentar a ideia de que a natureza humana é mesmo do piorio.
Por cá, tivemos o Salgueiro Maia mas, ainda assim, há quem ache que nunca fiando...
“O caso do Salgueiro Maia é um caso comovente, para nós portugueses e para nós sociedade foi um bem ele ter morrido. É muito cru dizer isto, para a família e para ele é uma infelicidade, mas nós precisávamos de um puro. (...) Se ele continuasse a viver não sei se aguentaria isso. Não é possível tanta aspiração de beleza e de pureza numa figura viva”, resumiu cruamente Lídia Jorge, naquilo que poderá ser interpretado como uma defesa do axioma “um herói bom é um herói morto”.
O tempo, esse grande escultor, aproximará ainda mais o 25 de Abril do 5 de Outubro, mandando para o galheiro da História as declarações pomposas de Luís Montenegro (que, aliás, tinha um ano e usava fraldas no 25 de Abril): “Isto não é o 5 de Outubro na Praça do Município”, justificando assim o inconseguimento de não deixarem falar os militares de Abril na Assembleia da República, e eu se fosse militar também me chateava, pá e mandava o Luís Montenegro mudar de fraldas (citando naturalmente Eça...), já que a ingratidão é uma coisa muito feia e esta coisa do “25 de Abril é de todos”, como disse o ministro da Defesa, pode cair muito bem num salão 40 anos depois, mas o facto é que alguém teve de dar o corpo ao manifesto que não se foi lá por geração espontânea nem por obra e graça de nenhum soft power sagrado.
A pergunta “onde é que você estava no 25 de Abril?” fará cada vez menos sentido e haverá cada vez mais gente a baralhar 1974 com 1794, ano em que Robespierre mandou guilhotinar Danton, para morrer ele próprio de cabeça decepada pouco tempo depois, episódio que ainda hoje contribuirá em muito para fundamentar a ideia de que a natureza humana é mesmo do piorio.
Por cá, tivemos o Salgueiro Maia mas, ainda assim, há quem ache que nunca fiando...
“O caso do Salgueiro Maia é um caso comovente, para nós portugueses e para nós sociedade foi um bem ele ter morrido. É muito cru dizer isto, para a família e para ele é uma infelicidade, mas nós precisávamos de um puro. (...) Se ele continuasse a viver não sei se aguentaria isso. Não é possível tanta aspiração de beleza e de pureza numa figura viva”, resumiu cruamente Lídia Jorge, naquilo que poderá ser interpretado como uma defesa do axioma “um herói bom é um herói morto”.
O tempo, esse grande escultor, aproximará ainda mais o 25 de Abril do 5 de Outubro, mandando para o galheiro da História as declarações pomposas de Luís Montenegro (que, aliás, tinha um ano e usava fraldas no 25 de Abril): “Isto não é o 5 de Outubro na Praça do Município”, justificando assim o inconseguimento de não deixarem falar os militares de Abril na Assembleia da República, e eu se fosse militar também me chateava, pá e mandava o Luís Montenegro mudar de fraldas (citando naturalmente Eça...), já que a ingratidão é uma coisa muito feia e esta coisa do “25 de Abril é de todos”, como disse o ministro da Defesa, pode cair muito bem num salão 40 anos depois, mas o facto é que alguém teve de dar o corpo ao manifesto que não se foi lá por geração espontânea nem por obra e graça de nenhum soft power sagrado.
Mais um que vai comer uma grande posta de pescada que lhe permitirá continuar a dar os consequentes arrotos...
Percurso político e académico compensam falta de experiência empresarial de Frasquilho, conclui CRESAP...
Estupidez é o que continua a haver mais...
Jorge Coelho diz que PS tem de ganhar eleições “custe o que custar”!..
terça-feira, 29 de abril de 2014
“Somos todos macacos”...
E somos todos espontâneos?
Afinal, há uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves comer a banana racista que lhe atiraram...
Afinal, há uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves comer a banana racista que lhe atiraram...
"partidos"
As transformações sociais nunca foram feitas pelos indivíduos, por
mais brilhantes e cultos que eles sejam.
As
transformações sociais foram sempre feitas pelas massas populares.
Sem a
participação das massas, nunca houve revolução.
É
por isso, que uma das tarefas de quem pretende contribuir para a
transformação da sociedade em que se insere, deveria passar por
tentar contribuir para elevar nível da consciência cultural
dos seus pares.
Se
pretendemos contribuir para transformar a sociedade em que nos
inserimos em algo melhor, temos de tentar compreender as suas
características na actualidade - nomeadamente o seu “carácter
capitalista dependente” - e o papel que desempenhou o neo
liberalismo na actual situação figueirense, e não inscrever-se à
pressa como militante do partido do poder para manter a todo custo o
cargo e as mordomias.
No cansaço que é a vida, desistir é sempre uma opção.
No cansaço que é a vida, desistir é sempre uma opção.
Os
figueirense podem parecer alheios a tudo quanto por cá se tem
passado, mas não estão.
As
almas do poder que não fiquem descansadas: há vida no meio do
povo figueirense.
"Precisamos de denunciar a captura de poderes autárquicos e serviços municipais ou estatais por interesse privados especulativos e opacos..."
A propósito das recentes
notícias de abertura do TITANIC, talvez não
seja desapropriado lembrar o que pensa a arquitecta Helena Roseta acerca do monstro.
“A história do Plano de Pormenor do Vale de Galante reúne tudo o que não deve ser feito no ordenamento do território. A espiral de trapalhadas e multiplicações de valor sucessivas, a partir de um terreno municipal destinado inicialmente a um equipamento desportivo – tanto quanto sei, uma piscina – para acabar, depois de sucessivas decisões precipitadas ou pouco claras, num aparthotel com 16 pisos e 6 torres com mais de 200 fogos, é um escândalo nacional que não pode passar impune.”
Para continuar a ler, clicar aqui.
seja desapropriado lembrar o que pensa a arquitecta Helena Roseta acerca do monstro.
“A história do Plano de Pormenor do Vale de Galante reúne tudo o que não deve ser feito no ordenamento do território. A espiral de trapalhadas e multiplicações de valor sucessivas, a partir de um terreno municipal destinado inicialmente a um equipamento desportivo – tanto quanto sei, uma piscina – para acabar, depois de sucessivas decisões precipitadas ou pouco claras, num aparthotel com 16 pisos e 6 torres com mais de 200 fogos, é um escândalo nacional que não pode passar impune.”
Para continuar a ler, clicar aqui.
Subscrever:
Mensagens (Atom)