"Há quase 20 anos, por questões profissionais, que tenho assistido a sessões solenes que marcam este ou aquele aniversário nesta ou naquela coletividade, nesta ou naquela instituição.
Com raríssimas excepções, o modelo é precisamente o mesmo! Começa-se sempre tarde, canta-se o hino, lê-se o expediente e lá se entra no extenso caminho dos discursos.
Muitos discursos!
Fala toda a gente, em representação de tudo o que é instituição.
Uma seca!"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 2 de dezembro de 2012
O dr. Gil pode ficar descansado: não falhou, comentar a actualidade figueirense é um acto falhado, porque a actualidade figueirense é, ela própria, um acto falhado...
Dr. Joaquim Gil, Director de O Figueirense |
“Quero
também aqui expressar gratidão àqueles que, por aí, me foram interpelando, uns
cumprimentando-me pelo jornal e pelos editoriais, outros cumprimentando-me
pelos “editoriais muito bem escritos”, que é como quem dizia não gostar assim
tanto do conteúdo deles.
Não
posso esquecer aquele grupo de leitores fieis que perscrutavam, sempre nos meus
escritos, uma agenda secreta, fantasmas vários de sentido oposicionista, eu sei
lá… mas, curiosamente, um a um, sempre sozinhos e afastados do grupo, vinham
ter comigo sugerindo “Oh, Gil, escreva sobre isto ou sobre aquilo!”.
Como
imaginam os leitores eu também retirei algum gozo – é este o termo certo,
certíssimo! – do exercício da direção de O Figueirense.
Por
fim, uma nota de especial carinho para aqueles que tenho como os meus mais
fieis leitores, pois que nos últimos três anos não passou uma sexta feira sem
que logo pelas nove da manhã não estivessem a devorar ferozmente “o quadradito”
que encima a pág. 2 de O Figueirense. Para, de seguida, percorrerem os gabinetes
do edifício público que transitoriamente ocupam, fazendo a interpretação
autêntica das maléficas intenções subjacentes aos meus editoriais.
Tenho
pena, pois agora têm, pelo menos, onze longos e penosos meses de ociosas manhãs
de sexta feira.
Termino
declarando ter a noção perfeita de que gente há que não gostou dos meus
escritos.
Esses
terão que ter a paciência por mais um mês, depois do que suspirarão de alívio:
Vêem-se livres de mim!”
sábado, 1 de dezembro de 2012
À atenção do Miguel Almeida e restantes incondicionais de Santana na Figueira…
Segundo o Expresso, na edição de hoje, Santana, o actual provedor da Misericórdia de Lisboa, “está mais recatado,
não quer saber das eleições autárquicas e há mais de um ano que não o vêem nos
jogos do Sporting. Resistir a analisar a
actualidade política é a sua forma de ser solidário com o Governo.”
Abreviando…
Miguel Almeida e todos os incondicionais de Santana na Figueira tenham calma...
Aproxima-se um jantar de homenagem, o que é sempre um excelente momento para as devidas reposições…
Achados&Caricaturas - “obrigado Fernando Campos pela dádiva que partilhas connosco”
Como estava previsto, ontem, plas 18.30h, no Tubo d’Ensaio d’Artes, Figueira da Foz, foi inaugurada a exposição Achados & Caricaturas, do Fernando
Campos.
Estiveram presentes dezenas
de admiradores, que puderam apreciar 50
caricaturas, retratos políticos sucintos,
sintéticos, de alguns rostos da classe dirigente e de alguns amigos, 7 Achados,
7, composições com objects trouvés, vagamente escultóricas porque
tridimensionais e ainda dois quase-ready-made, cúmulo artístico das recentes elucubrações do Artista no domínio do
pensamento mais puramente conceptual, que são outros tantos “comentários à
contemporaneidade”.
Como escreveu Osvaldo
Macedo de Sousa, investigador, produtor cultural e grande divulgador e
dignificador do humor gráfico, “Fernando Campos é um homem de poucas palavras e
de poucos traços. Não é por timidez mas porque é um artista de essências, de
contenção. Dissecando fisionomias, abstratizando vivências, sintetizando
cumplicidades, Fernando viaja no campo da irreverência caricatural como um dos
mais ousados artistas nacionais.
Infelizmente, o campo onde
Fernando semeia a sua criatividade caricatural não tem sido a imprensa clássica
mas a Web, na sua página ttp://ositiodosdesenhos.blogspot.pt/”.
Sobre a exposição hoje
inaugurada e que pode ser vista no decorrer do presente mês de dezembro no Tubo d’Ensaio d’Artes , na Rua do Pinhal, 1A na Figueira da Foz, pode ver
clicando aqui um vídeo da autoria do fotojornalista Pedro Agostinho Cruz.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Publicidade ao jantar comemorativo dos 15 anos de vitória de Santana Lopes...
Há 15 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz.
Estou em crer, que esta vitória de Pedro
Santana Lopes, mudou o rumo da sua própria vida, mas mudou de forma ainda mais
marcante, a nossa vida, enquanto figueirenses
e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da
autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
15 depois, fruto não só da gestão
autárquica no decorrer desses seus 4 anos de mandato, mas também dos 8
seguintes, da responsabilidade do falecido eng. Duarte Silva, igualmente eleito em
listas do PSD, a Figueira da Foz vive num aflitivo sufoco financeiro, com um
passivo de mais de 90 milhões de euros.
Os seus admiradores dizem que Santana
Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais
entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela
Figueira.
Claro que seria estultícia negar que, em
4 anos, alguma coisa foi feita e, principalmente, que foi gasto muito dinheiro, mas
daí a que, como alguns proclamam, que tenha desenvolvido a Figueira para lá do
inimaginável constitui, a meu ver, um completo e despropositado exagero, que
até deve ser incomódo para o próprio Pedro Santana Lopes…
O problema dos dias que passam aqui pela Figueira, é que sobrou a dívida
astronómica da autarquia figueirense, para a qual Santana Lopes contribuiu de forma
bastante significativa, cuja factura terá de ser paga ao longo de décadas.
Todos sabemos, porque todos os dias
disso somos lembrados, que o endividamento é um dos principais problemas do
País, em geral. E da Figueira, em particular. E, aqui pela Figueira, Santana é
um dos principais culpados.
Uma notícia positiva...
Finalmente...
Embora com muitas dezenas de anos de atraso, a ONU deu um grande passo a favor da Palestina.
Reconhecido o Estado, agora há que fazer sair as forças de ocupação.
Embora com muitas dezenas de anos de atraso, a ONU deu um grande passo a favor da Palestina.
Reconhecido o Estado, agora há que fazer sair as forças de ocupação.
E se o ridículo matasse?..
Ontem, dia 30 de
Novembro de 2012, na Assembleia da República, vindo precisamente
da bancada do partido fundado em 19 de Julho de 1974, com base em nomes de família que vêm desde 28
de Maio de 1926, no decorrer do debate sobre a nova lei dos estivadores,
aprovada pelo PSD, CDS e PS.
Já nem se
enxergam!..
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Com o PPD/PSD figueirense é tudo à grande!..
Dando seguimento ao programa de visitas às Freguesias por
parte da Comissão Política do PPD/PSD, esta estrutura estará, este sábado, dia
1, na Freguesia de Maiorca, onde reunirá com o presidente da junta, Filipe
Dias, para se inteirar dos problemas e carências da freguesia, bem como as suas
potencialidades.
Uma visita à maior e mais moderna exploração agrícola da
freguesia; um encontro com o maior produtor de arroz de Maiorca e com o
proprietário de uma empresa local integram o programa.
Via O Figueirense
Portugal - presente e futuro próximo...
Via
(baixinho para que ninguém nos ouça)
(baixinho para que ninguém nos ouça)
A economia paralela começa onde acaba a moral do Estado.
Ninguém tenha dúvidas de que os portugueses, perante a imoralidade e o
confisco, saberão defender-se.
Só haverá espanto com a diminuição de receitas para quem
nunca entendeu a sabedoria deste povo milenar.
O talento para dar entrevistas sem interesse...
Ontem, a novidade do reality show de Coelho, foi continuar a dizer tudo aquilo que já sabíamos: nomeadamente, conseguiu mostrar que Paulo Portas é um actor vulgar, que tem um papel banal neste melodrama...
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Isto da democracia tem muito que se lhe diga…
Os programas de "debate" onde não há contraditório
- todos dizem o mesmo, com uma ou outra variação de pormenor - são a prova
evidente de que existe uma enorme distância entre a "democracia"
televisiva e a democracia real.
Força nisso...
Seis presidentes de junta do concelho apresentam hoje, ao início da tarde, uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Coimbra que pede a impugnação da Assembleia Municipal da Figueira da Foz (AMFF) do dia 8 de outubro.
Lembre-se que foi naquela sessão que o PSD, o Movimento Figueira 100% e os presidentes independentes das juntas de S. Pedro e Lavos anunciaram uma proposta conjunta para a reorganização administrativa.
Porém, aquele ponto foi suspenso, tendo sido retomado no dia 12 seguinte, apesar da oposição das restantes bancadas.
Os subscritores da providência cautelar recorrem, agora, à justiça para tentarem travar a eficácia da proposta aprovada na segunda sessão da AMFF que resultou na extinção de quatro freguesias – S. Julião, Santana, Brenha e Borda do Campo.
Via AS BEIRAS
A vingança serve-se fria: em janeiro do próximo ano, na altura de receber o salário, é que vão sentir o que é pimenta no cu…
E pronto, lá passou o orçamento para credores e outros
clientes verem, com o voto daqueles poucos portugueses que nem imaginam como é
a vida verdadeira dos outros portugueses todos, a quem dedicaram um caderno de
encargos para o Estado que a realidade se encarregará de mostrar irrealizável.
Do alto da sua altaneira retórica, investido pela missão suprema dos salvadores
das pátrias falidas, o mestre-de-obras está satisfeito: mais uma vitória contra
essa gente de coração maioritariamente socialista [e não disse PS], habituada a
viver com o que constantemente deve, como se isso fosse muito natural, como se
a boa vida fosse alguma vez para todos. Tomem e embrulhem. Já se tinham acabado
os empregos, os filhinhos todos a estudar para doutores, os carrinhos novos de
tantos em tantos anos e as férias nos brasis – agora acabou-se também tudo o
resto. É assim, de vez em quando há um mundo que se acaba. Tomem e embrulhem
este mundo novo que vos damos. E agora virem-se.
E a visão daquelas pessoas no parlamento da República (e
disse República), a votar disciplinadamente contra o povo, será inesquecível
para muitos. Carrascos, sim, como dizia uma senhora para a tevê, pais
refundadores mauzões a sovar os filhos e a mandá-los para a morte, ou então
para a pátria exógena de onde eles próprios vieram pela mão dos pais, com guia
de marcha rápida, a trote da descolonização do Soares. Carrascos sim, cheios de
raiva antiga no esquecimento, e ali chegados graças ao Sócrates dos
computadores para todos e das escolas novas de que não precisávamos – e graças,
também, aos CDSs das coligações com todos e a essa imensa maioria de
abstencionistas que não querem saber da política.
E no final, Gaspar a passar a mão pelo pêlo dos dirigentes
do PS: cuidado com os radicais da vossa paróquia que a gente ainda tem uns
assuntos para resolver juntos. E depois o inaceitável e habitual compromisso
cobarde do rapaz Seguro: isso da Constituição é com o senhor presidente.
Figurinha triste…
Em linguagem popular, fazer como fez João Almeida, deputado do CDS/PP, o senhorito da foto ao lado (votar e favor e depois mandar umas “bocas” contra o que se votou antes), é não ter tomates…
Quando se come à mão de
alguém, é aconselhável que não se morda a mão de quem lhe dá comer...
Ou, então, terá de assumir também passar fome – que, isso, também é atitude de gente séria e crescida.
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