António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
A camada fina de verniz a estalar...
Na reunião de Câmara ontem realizada, segundo os jornais Diário de Coimbra e As Beiras , a questão dos apoios às colectividades fez vir à tona de água o mau estar existente entre os vereadores da maioria, José Elísio e Lídio Lopes, "visível desde as últimas eleições para a concelhia social-democrata e que se têm agravado."
A coisa azedou e, ao que parece, perante a “passividade" do presidente da Câmara para esta troca de “galhardetes” dos seus vereadores, valeu a intervenção de Vítor Sarmento, "que chamou à atenção que as colectividades não devem «ser usadas como joguetes de interesses, particulares ou políticos..."
Disse Vitor Sarmento: "os apoios devem ser dados pelo interesse cultural ou desportivo que elas representam".
Pois é, mas a falta de critério na atribuição de subsídios dá pano para mangas!...
A coisa azedou e, ao que parece, perante a “passividade" do presidente da Câmara para esta troca de “galhardetes” dos seus vereadores, valeu a intervenção de Vítor Sarmento, "que chamou à atenção que as colectividades não devem «ser usadas como joguetes de interesses, particulares ou políticos..."
Disse Vitor Sarmento: "os apoios devem ser dados pelo interesse cultural ou desportivo que elas representam".
Pois é, mas a falta de critério na atribuição de subsídios dá pano para mangas!...
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
domingo, 2 de novembro de 2008
Grupo Desportivo Cova-Gala
Seniores:
Jogo interrompido a seis minutos do fim, quando o Cova-Gala vencia por 3 – 1, devido a uma infelicidade de um jogador da equipa da margem sul do Mondego.
Futsal feminino:
S.Tomé 23 / Cova-Gala 0
Escolas:
Tocha 3 / Cova-Gala 0
Jogo interrompido a seis minutos do fim, quando o Cova-Gala vencia por 3 – 1, devido a uma infelicidade de um jogador da equipa da margem sul do Mondego.
Futsal feminino:
S.Tomé 23 / Cova-Gala 0
Escolas:
Tocha 3 / Cova-Gala 0
Nós, covagalenses, temos tão pouco...
Em nome da modernidade, a velha Ponte dos Arcos foi recentemente demolida sem apelo nem agravo.
Em nome da modernidade, a Capela de S. Pedro (o monumento mais valioso e emblemático da Cova e Gala, património colectivo das populações das duas povoações, pois, segundo documentos que o investigador covagalense João Pereira Mano estudou, a Capela de S. Pedro original tinha sido edificada em 1820) foi completamente adulterada em 2000 e 2001.
Em nome da modernidade, As Alminhas, um raro vestígio do nosso passado, ainda intacto, encontra-se no estado que a foto mostra, por culpa de nós todos, no geral, mas da EDP, em particular.
Será que somos uma terra de alarves e não temos civilização para fazer respeitar a memória espiritual do que nos foi legado e era um património vivo daquilo que fomos?
Será que somos uma terra de lepes, canalha de mão estendida a quem encheram os bolsos sem antes ensinarem a mastigar de boca fechada?
O resultado é esta vileza: deixar demolir a velha Ponte dos Arcos, não ter preservado a velha Capela e permitir As Alminhas no estado que a foto documenta.
Já imaginaram o que seria arrasar a casa de Dickens em Londres, onde ele só viveu escassos meses? (está lá, para ser visitada)
Destruir a casa de Balzac em Paris, onde o homem viveu com um nome falso, e mesmo assim não se livrava dos credores? (também lá está)
Arrasar as ruínas de Conimbriga, que foi habitada entre o séc. IX a.c. e Sécs. VII-VIII da nossa era, para construir uma auto-estrada ou um bloco de apartamentos? (estão lá e preservadas)
Mas o pior, muito pior para nós covagalenses, periféricos e provincianos, é que eles, ingleses e franceses têm tanto, e tantas casas, de Dickens, de Balzac, de Thackeray... E, por esse país fora, há tantos e tantos vestígios da passagem dos romanos pela península ibérica...
E, nós covagalenses, temos tão pouco...
sábado, 1 de novembro de 2008
Uma é nova. A outra era velha
Quando se compara qualquer coisa, neste caso, a velha Ponte dos Arcos com a nova Ponte dos Arcos, por uma questão de honestidade intelectual, convém enquadrar as coisas correctamente.
Em muitos aspectos, a história da construção das pontes diz bem o que é o País.
O processo da construção desta nova Ponte dos Arcos (para sermos suaves, apenas diremos que "houve um ligeiro desfasamento em relação às estimativas iniciais, nomeadamente ao nível dos prazos"), diz bem o que é o País.
Se a nova Ponte dos Arcos, com as suas 4 vias, deu outra velocidade ao trânsito, também não se pode esquecer que a velha Ponte dos Arcos foi uma bela ponte para a sua época.
Como a "memória curta" é uma doença nacional, fica este resgisto deste "velho do restelo".
Se a nova Ponte dos Arcos, com as suas 4 vias, deu outra velocidade ao trânsito, também não se pode esquecer que a velha Ponte dos Arcos foi uma bela ponte para a sua época.
Como a "memória curta" é uma doença nacional, fica este resgisto deste "velho do restelo".
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