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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Mesmo um anjinho, como eu, percebe que quem governa o concelho é João Ataíde e que a oposição é uma miséria...

Depois de dois mandatos a ignorar a importância que a autarquia poderia ter na promoção do desenvolvimento concelhio, quem gere a câmara figueirense tem agora um desafio para enfrentar.
Seria interessante que o senhor  presidente da autarquia, em vez de andar a cercear o debate político, com reuniões à porta fechada, por exemplo,  explicasse aos cidadãos figueirenses, como encara o futuro da cidade cujo desenvolvimento lhe cabe promover. 
Que ideias tem, com que recursos conta, o que pretende fazer?
Mas é também tempo para a oposição reflectir: como é possível que uma equipa tão incompetente consiga, oito anos depois de nada ter para apresentar de relevante e estrutural, além da bandeira da dívida, cuja história verdadeira, aliás, há-de um dia ser contada, ganhar as eleições  com uma maioria absolutíssima? 
Os abusos, os almoços, os jantares e a manipulação eleitoral da miséria económica e cultural não dá para explicar tudo.
A oposição perdeu,  porque também não foi suficientemente competente e os partidos devem reflectir sobre se escolheram bem os candidatos, se a forma como funcionam internamente é entendida pelos eleitores, se os seus modelos se adequam aos desejos da população. 
É bom e urgente que o façam, sob pena de dentro de quatro anos voltarem a perder...

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Como sou um activista político de sofá fica o meu obrigado à oposição... Quando os meus ganharem, acho que me passo para a Oposição...

NOTA DE IMPRENSA DOS VEREADORES DO PSD
REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ – 06/11/2017
PONTOS EM DESTAQUE
- O Vereador Carlos Tenreiro(PSD) fez saber que a agenda da reunião e respectiva documentação foi apresentada apenas com um dia útil de intervalo em relação ao dia da realização da reunião, o que condicionou, em muito, a sua preparação, pelo que, pediu que tal facto não voltasse a suceder o que mereceu a anuência do Presidente da CM;
- Ainda no momento da aprovação da ata da reunião de 25/10/2017, o Presidente da CMFF, em face da declaração de voto manifestado pelos vereadores do PSD em relação às reuniões de porta fechada convidou os vereadores do PS a pronunciarem-se acerca da razão porque votaram a favor daquela proposta, tendo todos os vereadores do PS(sem excepção) efectuado uma declaração pessoal manifestando a sua total concordância com aquela proposta;
- O Vereador Carlos Tenreiro(PSD) aproveitou o inicio da reunião declarando e fazendo constar para a acta o desconforto que sentia ao encontrar-se numa reunião de Câmara Municipal à porta fechada, num Município que durante décadas esteve associado a uma tradição de grande expressão democrática, de liberdade, de transparência e de proximidade com a sua população, onde todas as reuniões eram realizadas abertas ao publico, tendo aproveitado a ocasião para elogiar o exemplo da Câmara Municipal de Coimbra que no actual mandato determinou que as duas reuniões ordinárias mensais fossem de porta aberta com a possibilidade de intervenção do público;
- O Vereador Carlos Tenreiro(PSD) questionou acerca do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas tendo o Presidente da CM assegurado que o referido Plano encontra-se bem implementado, comprometendo-se a dar a conhecer o seu actual estado, bem como, o teor do relatório referente ao ano em curso;
- O Regimento da Câmara Municipal foi aprovado com os votos contra dos Vereadores do PSD pelo facto do seu art.4º determinar a realização duma reunião mensal à porta fechada;
- O Protocolo a celebrar entre o Município e a Genius y Meios para a realização do SUNSET RFM até 2020 foi aprovado por unanimidade, com a menção dos Vereadores do PSD em manifestarem o seu agrado pelo facto desse evento manter-se na cidade, tendo o Vereador Miguel Babo(PSD) alertado para a necessidade do reforço de questões relacionadas com a Segurança e Limpeza durante a sua realização;
- A PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO DO TARIFÁRIO PARA O ANO DE 2018 foi aprovada por unanimidade, verificados os pressupostos que estão subjacentes à actualização do tarifário, tendo por base o índice de inflação e o preenchimento duma série de itens contratualmente previstos, designadamente, o relatório do auditor e parecer favorável da entidade reguladora, a ERSAR;
. O Vereador Miguel Babo(PSD) recordou que a redução do preço do tarifário continua a ser uma bandeira do PSD e que o mesmo não deixará de ser reivindicado no próximo ano(2018) cumpridos que serão cinco anos após a ultima revisão contratual;
. O Vereador Carlos Tenreiro(PSD) sugeriu em complemento que ao ser auditado o contrato de concessão deveria ser convidada uma Associação de Consumidores a pronunciar-se, sugestão que foi rejeitada pelo Presidente da CM alegando não se mostrar necessário tal préstimo;
- O processo ARU CABEDELO – PROJETO DE PARCELAMENTO E REGRAS URBANÍSTICAS E ARQUITETÓNICAS – foi retirado da reunião para posterior análise;
- A adjudicação das obras de QUALIFICAÇÃO DA FRENTE MARÍTIMA DE BUARCOS - ADJUDICAÇÃO À FIRMA LUIS FRAZÃO-CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLIAS, S.A., e REQUALIFICAÇÃO URBANA DO CABEDELO - ADJUDICAÇÃO À FIRMA LUIS FRAZÃO-CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS, S.A., foram aprovadas com os votos contra do PSD tendo os Vereadores do PSD apresentado declaração de voto manifestando o seu desagrado com a génese do projecto, pelo que, em consciência, não podiam deixar de votar contra todos os actos que surjam no âmbito dessas obras;
- Os restantes pontos da agenda foram todos votados por unanimidade, tendo a Vereadora Ana Oliveira(PSD) a propósito da atribuição do subsídio à Assembleia Figueirense no valor de 5.000,00€ de apoio ao Torneio Internacional de Xadrez (e sem que fosse colocado em causa o interesse e prestigio do evento em causa) questionou o Presidente da CM acerca do critério da aprovação de apoios a este tipo de eventos. Respondeu o Presidente da CM que o apoio concedido é feito de acordo com vários factores, os quais, têm a haver, essencialmente, com o retorno que os mesmo proporcionam ao concelho. A referida proposta foi votada por unanimidade, tendo o Vereador Miguel Babo(PSD) optado por a não votar por estar associado à organização do referido evento.

Figueira da Foz, 7 de Novembro de 2017

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Muito obrigado pela atenção que este espaço merece por parte de quem de direito...

Depois do alerta, as coisas ficaram no seu lugar...
Graças a Deus, graças a Deus...
E quando é que acabam com as reuniões à porta fechada?
Vá lá: é só um pequeno esforço...
E só têm a ganhar com isso...
Até Coimbra já arrepiou caminho...

Câmara da Figueira: reuniões secretas e ordem de trabalhos secreta?... Não sabemos porque razão, mas isto não está a começar bem…


Ao tentar consultar a Agenda, no site da câmara, não consegui saber a Ordem de Trabalhos da reunião a realizar na próxima segunda-feira…
Será que as reuniões camarárias, na Figueira, além de serem secretas, têm a Ordem de Trabalhos também secreta?..
O nosso mundo secreto nasceu no momento em que tivemos consciência de nós próprios. Criamos no nosso interior um estado de confidência.
A nível pessoal, todos escondemos coisas, disfarçamos sentimentos, esconjuramos medos, envergonhamo-nos de certos pensamentos e chegamos ao ponto de não nos aceitarmos..
Somos os nossos maiores críticos no nosso pequeno mundo pessoal e secreto.
Será que a Câmara Municipal da Figueira da Foz já chegou aí?..

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O mandato que ontem começou é aquele que pode marcar a diferença?..

Para já, nota-se, que esta oposição está a fazer o seu caminho… 

1- Proposta apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal para que das duas reuniões mensais ordinárias, uma seja realizada à porta fechada, a qual foi aprovada com os votos favoráveis do PS e votos contrários do PSD;- A lei impõe que pelo menos uma reunião da Câmara Municipal seja pública, deixando antever que as demais serão também públicas caso nada seja proposto em contrário.
- No concelho da Figueira da Foz desde o 25 de Abril, há cerca de 40 anos, que vinha vigorando a tradição democrática das reuniões camarárias serem, todas elas, abertas ao público.
- A proposta agora aprovada de reunião à porta fechada parte da iniciativa do PS (e vai contra uma longa tradição de natureza democrática instituída no concelho), um partido politico conhecido por ter sempre lutado pelos princípios da liberdade e da transparência.
- Aliás, em face da proposta apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal, foi curioso observar o comportamento dos Srs Vereadores do PS, todos eles, remetidos a um profundo silêncio, limitando-se a votar favoravelmente, sem conseguirem, contudo, esconder o embaraço e desconforto que tal medida causa em termos políticos.
- Entendem os Vereadores do PSD que a presente medida não só não possui qualquer efeito útil(no ultimo mandato não se conheceu nenhuma matéria que fosse debatida que merecesse tal postura de secretismo), como se mostra, inclusivamente, de extrema desconsideração para a comunicação social que fica impedida de assistir e relatar os trabalhos naquelas reuniões e, desse modo, veicular a noticia junto da comunidade.
- O que pretende o Presidente da Câmara Municipal esconder do olhar do público?
- Por todo o exposto, os Vereadores do PSD votaram contra tal proposta, manifestando o seu veemente repúdio ao carácter secreto que se pretende dar aquelas reuniões e que vai contra aos mais basilares princípios de gestão de proximidade que se pretende assegurar entre as autarquias e a comunidade.

2- Distribuição de pelouros com quatro Vereadores a tempo inteiro e um a meio tempo, proposta aprovada com os votos favoráveis do PS, dois votos contrários e uma abstenção do PSD;
- O Presidente da Câmara Municipal a partir de ontem, passou a contar com quatro Vereadores a tempo inteiro (mais um do que no mandato anterior) e um a meio tempo.
- Questionado pelos Vereadores do PSD acerca do impacto financeiro nas contas do Município em resultado do acréscimo de encargos, respondeu o Presidente da Câmara Municipal que tal facto não pesa muito nas contas.
- Restará perceber se o aumento da presente despesa não se revelará impedimento para num futuro próximo a Câmara Municipal vir fundamentar a rejeição de iniciativas essenciais para o concelho por falta de meios financeiros. 
- Regista-se ainda o facto do Presidente da Câmara Municipal ter justificado também a necessidade daquele alargamento porque ele próprio não dispor de muito tempo visto estar cada vez mais ocupado com as suas funções na C.I.M.(!?)
- Ficará ainda por esclarecer se os pelouros do Turismo e da Cultura(áreas de importância vital para o concelho) deviam permanecer confiados ao Presidente da Câmara Municipal, considerando o facto de reconhecer que o seu tempo, cada vez mais, vai sendo absorvido pela C.I.M….

Figueira da Foz, 26 de Outubro de 2017

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Agora que estão reunidas todas as condições, Senhor Presidente todas as reuniões à porta fechada. Já!

Citando AS Beiras de hoje.
"O juiz desembargador, que em 2009 deixou a magistratura para se aventurar na vida autárquica, infligiu a segunda derrota pesada ao principal partido da oposição – o PSD. Nestas eleições, sentenciou-lhe um expressivo 6-3, reforçando o seu executivo com mais um vereador. 
Por outro lado, o PS deixou a CDU, que apresentou a autarca veterana Silvina Queiroz, longe do sonho de voltar a sentar-se na mesa das reuniões de câmara - em 2013, a coligação liderada pelo PCP esteve a um punhado de votos de conseguir o desiderato, tendo António Baião como cabeça de lista. 
Carlos Tenreiro, candidato do PSD, deverá ter passado a noite com insónias, pois viu o seu partido perder um vereador e ficar sem uma das duas freguesias que ostentavam a cor laranja – perdeu Maiorca e conservou Moinhos da Gândara. Se Tenreiro ficou com insónias, Manuel Domingues, líder da Concelhia do PSD, deve ter tido pesadelos, ouvindo vozes a sugerirem-lhe que retire ilações políticas dos resultados e que se retire da presidência. Adivinham-se, portanto, que os próximos dias serão amargos para a laranja que já foi mecânica. Quanto aos restantes candidatos à Câmara da Figueira da Foz, eles obtiveram resultados residuais". 

Portanto, Senhor Presidente todas as reuniões à porta fechada. Já!
É, apenas, mais uma porta fechada. 
Simplesmente isso? Ou mais mais do que isso? 
A primeira ideia que me invade é a de poder absoluto... 
De seguida, surge-me uma outra - que é a de proibição. 
Com alguma bondade vislumbro a ideia de segurança, mas não me consigo libertar das duas primeiras...
Depois, o Presidente fala, mas não diz nada. 
Presidente, o Senhor é que tem razão: na Figueira o povo é sereno.
No pasa nada... 

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O "vosso" compromisso, é para manter depois de outubro de 2017?

Presidência aberta, todos os sábados a partir das 11h, venha ter connosco. 
Figueira, O NOSSO COMPROMISSO.
Isto depois, de 4 anos, quatro, de reuniões camarárias à porta fechada!..
Depois, admiram-se de as pessoas comparecerem cada vez em menor número aos actos eleitorais... 

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Na Figueira, quase 246 anos depois do seu nascimento, continua a ser oportuno recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e da consciência cívica...

Hoje, na sua habitual crónica das segundas-feiras no jornal AS BEIRAS, Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, fala de Manuel Fernandes Tomaz.


"A morte de Manuel Fernandes Tomaz, a 19 de novembro de 1822, impediu-o de continuar a sua luta em prol de um Portugal mais justo, mais livre, mais elevado, mas também o preservou de assistir à incapacidade dos seus contemporâneos em aplicar as bases da Declaração dos Direitos do Homem, fundamento principal da “sua” Constituição de 1822. Manuel Fernandes Tomaz é reconhecido como o honrado e austero liberal que libertou o nosso País do jugo estrangeiro, liderando uma revolução “que se fez por aclamação, porque ninguém a ela naquele tempo se opôs e foi universalmente recebida e festejada como a restauradora da pública felicidade”, de acordo com José Liberato Freire de Carvalho, e iniciando, com a Constituição de 1822, “a organização jurídica da democracia”, segundo Joaquim de Carvalho. Quase 195 anos após a sua morte, será desapropriado ou demagógico chamar-lhe “o mais ilustre de todos os fi gueirenses”? Nós, como sociedade democrática - a qual está, assim, por imperativo ideológico, baseada em valores (como o da tolerância, da cooperação, do compromisso, por exemplo, conforme nos mostrou Fernandes Tomaz) -, todos juntos, não conseguiremos trabalhar com o intuito de, em 2020, por ocasião do duplo centenário da Revolução-mãe, centrarmos na Figueira da Foz, terra natal de Manuel Fernandes Tomaz, as comemorações nacionais desta épica efeméride?"

"Conseguiremos?", é a pergunta de Teotónio Cavaco.
Pois, eu não sei e tenho muitas dúvidas.
Entretanto, há muita trabalho pela frente.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia. 
Contudo, isto,  da democracia,  tem muito que se lhe diga.
Quase 246 anos depois do seu nascimento, como entender e aceitar que tivessem sido impostas e realizadas, por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias à porta fechada?..
Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal. 
Um destes é a maioria absoluta...Tenham juízo, portanto, no próximo dia 1 de outubro...

Por obra e graça do senhor que ocupa o cargo de presidente da câmara de uma cidade com tradições democráticas e aos vereadores que aprovaram a novidade, pós 25 de Abril de 1974, recordo que na Figueira a primeira reunião de Câmara, em cada mês, ficou vedada à presença de público e imprensa.
Lembro ao eleitorado figueirenses que quem se deixa chicotear, merece-o...
Noto, com preocupação,  que na Figueira a Liberdade foi ameaçada e a cidade de Manuel Fernandes Tomaz, PATRIARCA DA LIBERDADE,o mais ilustre de todos os figueirenses, não soube  lutar por Ela. Na minha opinião, a começar pela maioria dos eleitos nas últimas eleições. O que não me admira, pois “A QUALIDADE DOS NOSSOS POLÍTICOS É O REFLEXO DO PADRÃO ÉTICO DOS ELEITORES”.
Recordar Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» é uma obrigação de todos nós.
Porém, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas por José Guedes Correia. Jornal O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]

A Figueira é uma terra cruel.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para, postumamente, reconhecerem o devido valor a Manuel Fernandes Tomaz...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Um dia, o presidente Ataíde vai perceber que o pecado capital da "sua" maioria foi "tentar asfixiar uma pessoa" para "poupar oxigénio"...

Miguel Almeida, o senhor desta foto, foi, a meu ver,
o verdadeiro motivo que precipitou João Ataíde para
 a armadilha das reuniões à porta fechada. Os figueirenses
nunca vão acreditar e, muito menos  "entender que, nos dias
de hoje, os municípios vivem num ambiente de
concorrência entre si, e o momento em que alguns assuntos
estratégicos podem ser tornados públicos, deve ser
detalhadamente estudado e programado”
.
Assim como os figueirenses não percebem como
 é possível, no dia 24 de agosto de cada ano, que
"um senhor, bem engravatado e  cheio de sentimento,
vá  prestar homenagem ao patriarca da liberdade
 Manuel Fernandes Tomás e, em outubro, proíba os jornalistas
de assistirem e fazerem o seu trabalho numa reunião de câmara!"
Na Figueira,  cada vez mais se verifica o afastamento dos cidadãos da vida e da coisa pública.
Aliás, para sermos mais precisos e em abono da verdade, os gestores da coisa pública é que se encarregaram de afastar os cidadãos.

Em nome  do pragmatismo, a maioria absoluta conquistada por João Ataíde, em 2013, acreditou no sonho que todos aceitariam a suspensão da democracia, em nome do bem do concelho.

Foi assim: a segunda-feira, dia 4 de novembro de 2013, passou a ser uma data histórica na Figueira da Foz - foi o dia, desde que vivemos em democracia, em que, na nossa cidade, se realizou a primeira reunião da câmara à porta fechada.
Tal, registe-se, ficou a dever-se a uma imposição da maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro de 2013.
Tamanho desencanto magoa muitos figueirenses  - mas, ainda mais do que o desencanto, principalmente a crescente consciência dele... 

Mas, se a política, enquadrada nos partidos, desapareceu da vida figueirense, sublinhe-se que toda a revolução começou sempre por ser individual, e está a acontecer no íntimo de muitos de nós, em cada minuto dos dias que passam.

Para as pessoas, as leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade, são como o oxigénio. As leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade - que foi o que a maioria absoluta de João Ataíde efectivamente fez... - mudam a qualidade e a pureza do oxigénio que permite que as pessoas respirem e vivam...
E as pessoas, nem que seja apenas por uma questão de sobrevivência,  hão-de acabar por reagir, pois as pessoas não conseguem respirar com facilidade um oxigénio sem qualidade e altamente poluído.

É pelo pensamento que sempre começa a revolução.
Um dia,  os figueirenses,  vão acordar. 
Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Somos complicados mas giros... A rebelião inconsciente e anárquica que transportamos dentro de nós, agrada-me. Mas, quando é que começamos a dirigir o espírito contestatário, adequadamente e no momento próprio, contra o Poder?

Conheço quem gostaria de ter vivido noutra época e noutra latitude. 
Não sou desses. Desde logo, porque  valorizo acima de quase tudo o prazer de ser livre.
Daí, hoje, sentir-me feliz por em 25 de Abril de 1974, ter vinte anos, idade que já me permitiu ver a libertação do meu país.
Deste modo, os meus 62 anos de idade são uma riqueza pessoal e o tesouro mais valioso do meu sentir o que é ser português e figueirense: ter vivido 42 deles em Liberdade. 

Antes de Abril de 1974, isto era um filme a preto e branco.
Depois, vivi a Festa. As pessoas manifestavam-se, falavam, participavam e riam. As ruas encheram-se de gente,  gente que arrastava mais mais gente cheia de esperança na Democracia.
Havia alegria no ar. Música que cantava a recém-nascida liberdade deste meu país e desta minha cidade. O sussurro deu lugar ao grito. Pelo ar ecoavam gritos de Liberdade de palavras agitadas e imensas bandeiras coloridas. 
E vieram à luz do dia mais palavras, palavras não novas, mas existentes até então escondidas no segredo da clandestinidade e que se passaram a pronunciar alto. 
Palavras simples, lindas e belas como Liberdade e Igualdade. Palavras horríveis e feias como fascismo e repressão. 
Todas elas, finalmente,  permitidas de gritar à luz do sol. 
No meu país e na minha cidade já não havia palavras proibidas.

Quarenta e dois anos depois do 25 de Abril, alguns ainda vivemos Liberdade. Outros, apenas, em liberdade. Mas, todos com medo.
O tempo que vivemos, de austeridade imposta, é a própria antecâmara do medo. Medo de não ter trabalho. Medo de falar e perder o lugar do sustento (há mais quinhentos na fila, dispostos a trabalharem cada vez por menor salário). Medo de não ter acesso à saúde e à farmácia. Medo de se ter que trabalhar (os que puderem) até morrer. Medo da usurpação das reformas. Medo da ausência de esperança para os nossos. Medo da opinião opressiva e única. Medo da ausência de alternativa política. Medo de uma Europa que deixou de privilegiar o social e de ser integradora. Medo de um futuro similar a um passado que se pensou ter ficado definitivamente para trás. Medo de uma liberdade que é cada vez mais formal. Medo desta liberdade do medinho e do respeitinho, que não é a Liberdade.
Em outubro de 2016, também na Figueira, Abril murchou. Até já temos reuniões de câmara realizadas à porta fechada!
Mas, se este é um já um Abril distante, no tempo, daquele Abril de 74, Abril, aquele Abril de 1974, continua sempre perto do meu sentir e do meu viver.

Uma pequena nota: sem aquele de Abril de 1974,  por exemplo, seria impensável ler no jornal que "ao que se sabe, a Figueira possui uma alta taxa de desemprego, sobretudo quando comparada com os outros concelhos do distrito", ou ter acesso à praga de um blogue como este!..
É um pequeno detalhe para sublinhar que, de tudo aquilo que aquele Abril de 1974 nos trouxe, o mais importante foi a Liberdade.
Ter a noção disto, é importante para se compreender muita coisa que se passa, no tempo que passa, na Figueira da Foz.
Que falta que faz Eça, que criticou, há mais de cem anos, a sociedade elitista, hipócrita, injusta e medíocre em que viveu...

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pronto: sou eu que tenho de me habituar a isto, com a naturalidade com que também não estou habituado a ser convidado para os banquetes, para os beberetes, para as conversas entre autarcas, empreendedores e construtores civis, e por aí fora... Poder assistir a todas as reuniões de câmara, até parecia batota!..

"Os socialistas do executivo camarário e a coligação Somos Figueira, liderada pelo PSD, submetem hoje a votos, na reunião de câmara, duas propostas para a criação de incentivos ao investimento e criação de postos de trabalho, destinados à instalação de novas empresas e à expansão da actividade daquelas que já se encontram a laborar no concelho.
Este assunto chegou a estar agendado para a sessão da passada segunda-feira, mas a maioria retirou o ponto da agenda, para, deste modo, poder ser debatido com a presença de público e jornalistas."
Via As Beiras

Nota de rodapé.
Uma porradoria de anos depois de ter acabado a censura,  muito depois de ter caído o mito da virgindade até ao casamento, muitos anos depois do Pato com Laranja ter sido escândalo e, sobretudo, depois da Internet ter disponibilizado pornografia à vontade e à borla, para quem quiser, quando quiser e onde quiser, como aceitar e entender que, na passada segunda-feira, se tenha realizado uma reunião de câmara à porta fechada.
Tirando este pequeno pormenor, publicado no Diário de Coimbra de sábado passado, uma semana depois, ninguém sabe o que lá se passou!..
Esta, pelos vistos, foi mesmo à porta fechada... 

Eu sei que todo o homem é, por definição um pouco pateta, mas quer-me parecer que uma  coisa destas está um tudo nada fora de tempo.
Eu sei que a temperatura ainda está elevada, que ainda é tempo de modorra, de descanso, de contemplação. Mas, nos dias de hoje, em que os meios de comunicação são tantos e tão variados, oito dias depois, tirando, presumo, os 9 políticos e os assessores que estiveram presentes, mais ninguém sabe nada sobre o que foi deliberado naquela sessão de câmara, é obra!..

Pronto, sou eu que tenho de me habituar a isto, com a naturalidade com que também estou habituado a não ser convidado para os banquetes, para os beberetes, para as conversas entre autarcas, empreendedores (leia bem, por favor: autarcas vírgula empreendedores, pois autarcas empreendedores é outra coisa...) e construtores civis, e por aí fora. Poder assistir a todas as reuniões de câmara,  até parecia batota!..
As temperaturas altas puxam para que se faça pouco ou nada! 
Eu entendo tudo isso, pois sou um apreciador da calma, da ausência de stress, de contemplar de forma longa e  sorridente as cartas que me couberam em sorte para mais uma partida de sueca!..
Há uma frugalidade própria deste tempo ainda de Verão, que não deixa de ser sedutora. 
Contudo, há coisas que acontecem na Figueira que, pelo menos para mim, continuam a ser estupidamente irónicas...

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

É para isto que servem as reuniões "à porta fechada"?..


Imagem sacada daqui
A acreditar naquilo que está escrito no Edital 197/2013, neste mês de setembro já se deve ter realizado uma reunião de câmara -  das tais realizadas à porta fechada. 
Alguém sabe o que lá se passou?..
Tenho andado a tentar saber alguma coisa e nada: nem nos jornais locais, nem na net!.. Nada.
Esta, pelos vistos, foi mesmo à porta fechada...

Perante isto, a primeira ideia que me invade é a de propriedade. 
Mas, que eu saiba, aquilo que se passa na Figueira não é propriedade dos 9 vereadores camarários...
De seguida surge-me uma outra ideia,  que é a de proibição - que conduz ao segredo...

Será que para Ataíde e seus compagnons de route , o segredo consiste em esconder as fontes onde o cidadão comum pode obter a informação do que se passa na sua cidade?..
Há coisas que acontecem na Figueira que, pelo menos para mim, são estupidamente irónicas.
Ou melhor, é assim que eu apenas as quero continuar a ver...
A transparência, na Figueira, não é uma "coisa" muito irónica?..

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A ausência do direito e dever do exercício da cidadania, é o maior problema da Figueira da Foz... (II)

De um órgão de informação espera-se que seja isento e objectivo. 
Isto, é básico no jornalismo informativo. 

Mas, o que se passa na Figueira? 
Como todos sabemos, os media estão condicionados. Divulgam aquilo que os poderes – politico e económico - pretendem, ou lhes interessa, e ocultam as vozes incómodas ao sistema.
Toda a gente sabe isto, mas é uma verdade "ignorada"... 

Faz falta numa Figueira, que se quer democrática e progressista, um projecto independente de informação humanista, que fale do concelho que realmente somos. Que fale dos problemas das empresas e dos trabalhadores, das associações patronais e dos sindicatos, da saúde, da educação, da segurança social pública, dos pequenos comerciantes que vivem cada vez com mais dificuldades, mas que continuam a sonhar e a lutar, das colectividades. Enfim, da vida real. 

Todos sabemos o mundo em que gravitam e funcionam os políticos figueirenses do chamado arco do poder.
Passam o tempo a divertir-se em jogos que apenas parecem visar um objectivo: “lixar-se” uns aos outros. 

Exemplo disso foi o caso das reuniões de câmara à porta fechada, que do meu ponto de vista, apenas teve como objectivo “lixar” o Miguel Almeida ao tirar-lhe protagonismo mediático... 
Quase que imagino o comentário, do presidente da câmara e da sua entourage, - vereadores da maioria e assessores - depois da concretização da jogada. Devem, entre o contentinho e o divertido, ter dito algo parecido com isto: “já lixámos o Miguel”

Falta, na Figueira, um projecto informativo que fosse a voz dos que, todos os dias,  lutam e constroem a nossa terra. Falta, na Figueira, uma voz que ultrapasse as fronteiras da Avenida Saraiva de Carvalho, do Casino, do Cae, do pequeno mundo da caridadezinha dos rotários e dos lions...
Falta, na nossa cidade, um projecto que dê protagonismo a um concelho que se chama Figueira da Foz e que tem vozes novas, irreverentes e incómodas.
Falta, na Figueira da Foz, como quase sempre faltou, um órgão de informação independente de todos os poderes.

Registo as três excepções de que tenho conhecimento: A Voz da Justiça, barca nova e A Linha do Oeste.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A ausência do direito e dever do exercício da cidadania, é o maior problema da Figueira da Foz...

Manuel Luís Pata, tem 92 anos... Jorge Tocha Coelho, está com 87...
E, eu próprio, já não me ando a sentir nada bem!

Nota de rodapé.
Os exemplos de cidadania figueirense que registei, nas pessoas de Manuel Luís Pata e Jorge Tocha Coelho, não são poucos ambiciosos. 
Não se circunscrevem à efectiva possibilidade de participação política activa, mas  à cidadania que se reflecte numa procura de justiça social e no sentimento de que é possível responsabilizar politicamente os eleitos. 
A realidade, no entanto, demonstra-nos que a responsabilidade política não funciona e que a justiça social não existe. 
A cidadania que desejo é aquela que, para além dos direitos inerentes a um sistema democrático, assegure aos cidadãos que o seu voto conta - na responsabilização dos políticos que erraram por acções, inacções ou ausências.
Para ser cidadão não basta querer, é preciso que as leis o permitam. 
Porém, as leis, como sabemos, são feitas pelos eleitos. 
Se os eleitos não o permitem (exemplo disso, são as reuniões camarárias à porta fechada impostas pela maioria absoluta do presidente Ataide...), estamos perante um totalitarismo democrático, isto é, olhamos para os políticos como uma corporação que não serve a Figueira, nem os seus cidadãos, mas apenas os interesses da sua entourage
A história já nos mostrou onde é que isto acaba... 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

24 de Agosto: neste dia, na Figueira, associamos a palavra Liberdade

Logo, mais uma vez, vai cumprir-se a tradição: vai realizar-se a tradicional homenagem a Manuel Fernandes Thomaz, uma oportunidade para os figueirenses reflectirem sobre os valores do político nascido na Figueira da Foz em 1771, a quem chamam o “Patriarca da Liberdade”
À deposição de uma coroa de flores no seu túmulo, situado junto ao monumento que lhe é dedicado, na praça 8 de Maio, seguem-se as intervenções.

A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia. 
245 anos depois do seu nascimento, como entender e aceitar, que políticos que aprovaram reuniões camarárias realizadas à porta fechada, o que nos faz sentir nostálgicos da Liberdade, logo mais encham a boca de "liberdade", isto é, da "sua liberdade", numa cerimónia que pretende homenagear AQUELE QUE É CONSIDERADO O PATRIARCA DA LIBERDADE?..

Na Figueira,  sempre foi proibido questionar convenções.
Quem o faz é imediatamente alvo de campanhas de ostracização.
Se algo ameaça a postura convencional, então é porque é extremista, ou marginal, ou pior.
Assim, não é de surpreender que – talvez na Figueira mais do que em qualquer outra cidade - os génios sejam todos póstumos.

É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
FOI O O QUE ACONTECEU A MANUEL FERNANDES THOMAZ, PATRIARCA DA LIBERDADE.

A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra, apesar deste executivo camarário de maioria absoluta PS, aberta e disponível para a democracia.
245 anos depois registe-se o facto de um jornal regional o ter escolhido para PROTAGONISTA DO DIA.
Hoje, é um dia óptimo para recordar Manuel Fernandes Thomaz, "O Patriarca da Liberdade".

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A gente sabe que Ataíde não tem nada para esconder... Portanto, porque é que o "rei" insiste em continuar a ir nu?..

"Na Figueira, foram admitidas este ano para triagem técnica quinze propostas para uma verba de trezentos mil euros, as quais serão sujeitas a posterior votação pública para figurar no orçamento municipal de 2017.

Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.

As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.

Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.

E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"

Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.  
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.

A gente sabe que Ataíde não tem nada para esconder... Portanto, porque é que o insiste em continuar a ir nu?..

"Na Figueira, foram admitidas este ano para triagem técnica quinze propostas para uma verba de trezentos mil euros, as quais serão sujeitas a posterior votação pública para figurar no orçamento municipal de 2017.

Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.

As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.

Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.

E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"

Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.  
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

João Portugal, presidente da concelhia do PS e vereador socialista apoia a "título pessoal" a recandidatura de João Ataíde!..

A Figueira anda muito mal servida de políticos. Este João Portugal, é disso mais um triste e lamentável exemplo, a juntar a tantos outros.
Um político não é isto: um fulano que apenas se preocupa com sua vidinha...
Um político luta, estrebucha, erra, acerta, ouve, discute, enfim, faz política. 
A gente olha em volta e vê política. 
Não podemos evitar essa fatalidade. 
Mas podemos evitar que seja uma fatalidade. 
A política não é o porreirismo que a imagem acima mostra: provoca reacções, ódios e paixões. 
Se provoca a indiferença é negativo. 
Negativo para a política, negativo para a democracia e negativo para a Figueira.
A política é um conflito saudável. 
É poder discordar do outro para poder respeitá-lo. 
Na política o que não se respeita, combate-se. 
A Liberdade passa por aí...
Isto, é o grau zero da política seja onde for. Também na Figueira.

Sou de um tempo em que a política servia para fazer avançar o concelho.
42 e dois anos depois do 25 de Abril de 1974, gostaria de poder acreditar que em democracia, os figueirenses já deveriam saber que os cidadãos podiam colaborar na discussão do seu futuro. 
Alguns dos que tiveram a possibilidade de viver o Abril de 1974, ainda gostariam de poder acreditar na possibilidade de viver numa cidade em que houvesse Liberdade e democracia. 
É também por causa disso que não aceitam reuniões de câmara à porta fechada.

Nos anos que se seguiram a Abril de 1974, a política ganhou estatuto e dignidade no dia a dia dos figueirenses. 
Mas, nos dias que passam, aqui pela Figueira, estamos a rodar no sentido contrário. 
Parece que, afinal, a possibilidade de contribuirmos para o exercício da política está acima das possibilidades do cidadão figueirense - seja, ou não, político profissional... 
De políticos profissionais, como João Portugal, apenas resta a expectativa de uma  representação lamentável que lhe permita permanecer na crista da onda, isto é, na sombra e à pala de políticos de conjuntura. 
São os novos palhaços...
Quem teve a felicidade de viver na Figueira, nos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, sabe que ser político não é para todos...
Os políticos, como qualquer um de nós, vão acabar por morrer um dia. 
Mas, na Figueira, muito poucos políticos terão vivido uma vida...

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Não é assim que se comemora e dignifica o 25 de Abril - o verdadeiro, o de 1974.

Todos temos o direito à burrice...
O problema é que alguns abusam...
Esclareço, desde já, que gosto de burros - naturalmente, dos animais de quatro patas. 
Aliás, adoro todos os bichos com quem consigo criar empatia. 
Nos burros, aprecio o  egocentrismo que gostam de exibir,  que passa por alguma indiferença, sublinhe-se, quase que astuta, que nos leva a nós, burros, a chamar-lhes burros! 

Ainda hoje de manhã tive de me confrontar com a burrice humana.
A sessão da Assembleia Municipal que se realizou para comemorar o 25 de Abril, foi marcada para o pequeno Auditório do CAE.
Com lugares marcados para os convidados, vereadores camarários, membros da Assembleia Municipal, jornalistas, banda, coro, sobraram para aí uma dúzia de lugares para o Povo.
Resultado, o Povo velho, novo, doente, resistente, possante, débil, frágil, só teve duas alternativas: ou aguentou estoicamente em pé toda a sessão, virou costas e ou suportou parte...
O caricato da questão é que, como a minha foto, apesar da sua péssima qualidade demonstra, é que havia vários lugares reservados por ocupar, pois alguns dos convidados com direito a tratamento vip primaram pela ausência!..

Mesmo assim, ainda aguentei Joaquim de Sousa, o orador oficial, e os representantes do BE, PCP e PSD. Quando começou a usar da palavra o representante do PS, como não podia tomar xanax - estava de pé há mais de uma hora -, com muita pena minha, bati em retirada. Perdi, certamente, "um grande discurso", repito, "um grande discurso!", do presidente da Câmara da Figueira da Foz sobre a data gloriosa do 25 de Abril.

Entendamos: na Figueira, o 25 de Abril não está em causa. 
O que está em causa, com este executivo,  é o retrocesso dos valores de Abril. Em nome de um economicismo balofo, que, nos mínimos pormenores, se sobrepõe às pessoas,  está-se a descaracterizar tudo o que de positivo foi sendo feito - e muito foi -  ao longo destes anos.
Marcar, por exemplo, uma sessão comemorativa do DIA DA LIBERDADE e não contar com o Povo, simples e sem privilégios, não dignifica a data nem os valores que ditaram a necessidade da sua ocorrência.

O 25 de Abril aconteceu para isto mesmo: para se dizer o que se  entende e não sofrer nada com isso
Antes do 25 de Abril, não era assim. Quem diz o contrário, nunca teve nada para dizer, ou então disse o que o poder gosta de ouvir. Tipo: "a política é para os políticos" ou "deixem-nos governar". 
Os ditadores não proíbem apenas o que se diz, ou escreve, tentam proibir o direito que o Povo tem à informação e ao conhecimento...
Os ditadores proíbem tudo o que podem. Sobretudo, aquilo que se chegar ao conhecimento do Povo, pode colocar em risco os privilégios dos que proíbem

O que os políticos actualmente no poder na Figueira defendem é excessivamente mau.
Daí, o controle sobre os órgãos de informação e as reuniões de Câmara à porta fechada.
Muito próximo do que defendiam os fascistas depostos em 25 de Abril de 1974... 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo...

Há 9 anos e muitos meses, que andamos por aqui a dar notícias da Aldeia.
Tanto tempo depois, para desgosto de alguns, ainda por cá andamos...
Olhando para trás, modestamente, penso que este espaço, contribuiu para trazer à colação muitos problemas desta Aldeia, esquecida de gentes e poderes, da qual, não se costumava  dizer muito...

Para preocupação de alguns, Outra Margem adquiriu estatuto intervencionista, ao denunciar questões importantes para a Aldeia, para a cidade e até para o concelho, como, por exemplo, o "caso da erosão costeira a sul do Mondego", o "caso da falta de segurança da nossa barra", o "caso Alberto Gaspar", o "caso do Hospital que foi colocado dentro de um parque de estacionamento", o "caso de uma câmara de maioria absoluta socialista, que decidiu fazer reuniões de câmaras à porta fechada", etc.

Este espaço, protestou e lutou em nome do autor e, certamente, veiculando e dando voz ao protesto de muitos que não sabem como o fazer, contra o descalabro e a má governação a que estamos sujeitos.
Sem falsa modéstia, este espaço acabou a contribuir por integrar a Aldeia  na propalada globalização, sendo, desde há anos, um elo de ligação e uma fonte diária de notícias para muitos daqueles que, para conseguir sobreviver, tiveram de emigrar e estão espalhados por vários cantos do mundo...

Enquanto português, pagador de impostos e eleitor, há muito que desacreditei dos  políticos que tenho conhecido. 
A esses, a meu ver, resta apelar a algum bom senso que ainda possam ter...
Nos últimos anos, reduziram o emprego, a instrução, a saúde, a competência, a capacidade de criar, a riqueza, a iniciativa privada, a vontade de viver e  investir num país falido, enquanto fomos vendo  aumentar impostos, reduzir apoios sociais, salários e pensões.

Dos políticos locais, apenas espero que na próxima campanha política, os candidatos nos falem de forma clara dos projectos que têm para o Concelho e  para cada uma das freguesias que o compõem. É, apenas, isto que espero. 
Por mim, estão dispensados de passar cá pela Aldeia, com discursos políticos e promessas que se vão repetindo, campanha eleitoral após campanha eleitoral.
É o que menos me interessa. Quero compromissos claros e exequíveis. Quero gente que esteja ao nosso lado e na primeira linha a dar a cara pelos interesses da Aldeia e que lute connosco pela defesa da nossa terra sem calculismos políticos. 
Uma sugestão aos presidentes da junta: podem começar por lutar para mudar a realidade que são os orçamentos ridículos atribuídos anualmente para as freguesias.

A minha visão da sociedade e a minha maneira de estar na vida, não concebe ou admite, que para enganar terceiros e colher benefícios eleitorais, se gastem milhares de euros em equipamentos culturais e, passados anos, por falta de planeamento sustentado, funcionem como "tascas".
É por isso, sem querer impor a ninguém esta minha visão e esta minha maneira de estar na vida,  que não me calarei e não deixarei de protestar contra hipocrisias e oportunismos políticos.
É a democracia que me permite ter opinião. Exactamente, a mesma democracia que, por ironia do destino,  permite ao Cavaco ser presidente da República, ao dr. Costa ser primeiro-ministro, ao dr. Ataíde ser presidente da CM, ao António Salgueiro ser presidente da junta, curiosamente num país, num concelho e numa Aldeia, onde essa mesma democracia possibilita aos cidadãos eleger quem melhor lhes poderia responder aos seus anseios e aspirações...

Quanto ao que faço da minha vida, se escrevo em blogues, como em tempos escrevi em jornais, como em tempos fiz parte dos corpos directivos das Colectividades, fui membro de um executivo da junta de S. Pedro, andei a dar banho à minhoca, isso, os críticos deveriam saber que são assuntos da esfera da minha vida privada. 
Ninguém obriga ninguém a candidatar-se ao exercício de cargos políticos.

O que faço do meu tempo é comigo. 
Assim como é comigo viver onde quero viver, pelo que dispenso imposições, sugestões ou conselhos para me mudar, se me não sentir bem na Aldeia.
Fruto do trabalho, dos meus progenitores e meu, consegui garantir, há muito, os meios para que tal fosse possível nos quase 62 anos da minha vida. Quando a Aldeia que é a minha terra natal, não reunir condições para que aqui habite, com a qualidade de vida mínima que qualquer cidadão deve exigir, saberei mudar-me, sem que seja empurrado. 

O problema de fundo, para alguns, é que cada vez mais cidadãos da Aldeia, aspiram igualmente a uma Aldeia mais digna, mais desenvolvida, mais capaz de garantir habitabilidade, qualidade de vida e emprego aos seus filhos, coisa que até ao presente, não foi conseguida. 
As reminiscências de um caciquismo serôdio, velho de quase 30 anos, não afugentam ninguém.
Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo.
Amanhã, a luta continua...