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quarta-feira, 21 de março de 2007

Sábado, Parque Verde em debate na Figueira




O debate "Verde vs. Betão - Conflito de Interesses na Cidade", promovido pelo Movimento Parque Verde, decorre Sábado, pelas 15:30, no Casino da Figueira da Foz.

Do painel de oradores fazem parte o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, co-autor do projecto do parque das Abadias, na década de 60, Paulo Morais, ex-vice presidente e vereador do Urbanismo na Câmara Municipal do Porto, autor do livro "Mudar o Poder Local", Fernando Santo, Bastonário da Ordem dos Engenheiros e Jorge Carvalho, director do mestrado em Planeamento do Território e Ordenamento da Cidade, na Universidade de Aveiro.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Projecto de requalificação do projecto do Jardim Municipal: apresentação prevista para amanhã foi adiada...

Remodelado em 2005, o jardim municipal e a zona envolvente vão ser alvo de requalificação. O projecto foi apresentado na reunião de câmara realizada no passado dia 15 do corrente.
De acordo com o que foi apresentado, o arruamento do topo norte vai desaparecer e as obras no jardim municipal vão permitir abrir um corredor verde entre o rio e o parque das Abadias.
Mais pormenores via Diário as Beiras.
Para ler melhor, clicar na imagem

Segundo o Movimento Parque Verde, que esteve presente numa reunião com 5 (cinco) elementos, que se realizou no passado dia 18 do corrente, Carlos Monteiro, presidente da Câmara, informou na oportunidade  que "o projecto iria ser apresentado no dia 30 de Julho, às 15 horas, na sede do Município."
Estranhamente, porém, quando estava a direccionar as coisas no sentido de poder ir assistir à anunciada apresentação do projecto para o Jardim Municipal, via Isabel Maria Coimbra, do Movimento Parque Verde tomei conhecimento da informação abaixo, que é, no mínimo, surpreendente.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sabem porque é que ainda existem borboletas no Horto Municpal? Há perguntas que têm de continuar a ser formuladas... Pensar e lutar é fundamental para continuar a ser possível encontrar borboletas no Horto Municipal...

foto sacada daqui
Na reunião de câmara realizada ontem, o horto municipal foi tema de aceso debate. 
Já deixei aqui a intervenção do Luís Pena, meu Amigo e velho companheiro de lutas várias, há dezenas de anos. 
Luís Pena, ontem, teve uma prestação notável. Começou com uma intervenção, feita no decorrer do período destinado ao público e João Ataíde, e todos os vereadores da situção, e alguns da oposição, participaram na discussão do tema.
Depois, Luís Pena contextualizou a questão no decorrer do tempo, enaltecendo a participação dos cidadãos na defesa dos terrenos adjacentes ao parque de campismo municipal – o horto municipal e 18 mil metros quadrados, no topo norte – , em defesa do corredor verde da cidade, entre as Abadias e a Serra da Boa Viagem. Tudo começou não em 1997, como muitos pensam, mas em 1977. 

Desde aí, milhares de figueirenses  tiveram de se mobilizar de várias formas, também de petições, contra a construção no corredor verde da Abadias, contra o fim (que esteve anunciado...) e a favor da preservação do Horto Municipal.
Foram décadas de luta, repito desde 1977, até chegarmos a 2017 e na sequência da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), um presidente que caiu na Figueira em 2009, meramente por um acaso, considerar um espaço emblemático para gerações e gerações de figueirenses, o “enclave” do horto. Foi assim que lhe chamou João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz que, no entender de Luis Pena e de quem concorda com ele, ameaça o corredor verde.

Como noticiado na imprensa, nomeadamente no jornal  As Beiras, a Foz Plaza está interessada em ampliar as instalações para a zona do horto municipal, que o PDM contempla como urbanizável, para captar lojas-âncora, prometendo criar cerca de dois mil postos de trabalho. O habitual.
A maioria socialista, porém, segundo já se sabia e ontem foi publicamente declarado, não teme que a área em questão  comprometa o corredor verde ou o parque de campismo. 
Para a maioria socilalista, o relevante é a hasta pública do terreno, que  poderá representar um encaixe de, no mínimo, de 1,5 milhões de euros, que, garantiu João Ataíde, "serão aplicados na várzea de Tavarede, para onde a autarquia quer transferir os serviços do horto e criar novas áreas de usufruto público"
Bom de ver mesmo, foi ter presenciado as intervenções dos  vereadores socialistas António Tavares e Carlos Monteiro, para justificarem a mudança de opinião, reportando-se aos tempos em que eram oposição. 
“Hoje, não me repugna que parte do horto seja para a ampliação do Foz Plaza, dependendo daquilo que se pretenda fazer”, afirmou António Tavares. 
“Não me oporei que aquela zona do horto possa levar uma dentada para uma zona comercial”, disse por seu lado, Carlos Monteiro.
Há contradições insanáveis!.. 
Teresa Machado, do PSD, que em 2007 votou contra a inclusão dos 18 mil metros quadrados no parque de campismo, com declaração de voto, por sua vez, numa intervenção sentida e emocionada realçou.
“Não sei porque houve uma necessidade absoluta para dois vereadores se justificarem”. E continuou:  “não mudei de opinião e não preciso de estar a justificar-me”. E advertiu: “nesta situação vai cometer-se um tremendo erro, se for permitido o aumento do espaço comercial, porque vai acontecer o mesmo que aconteceu com o Edifício O Trabalho!”
Claro que Luís Pena, e quem o tem acompanhado desde 1997 - alguns já estão nesta luta desde 1977 -  continuam preocupados, ainda para mais quando os argumentos apresentados pela maioria socialista são os apresentados ontem na reunião de câmara.
Portanto, senhor presidente Albino Ataíde: “acabe com o "enclave": os "enclaves" são sempre motivo de batalhas…”
Como diria o outro, a brincar a brincar "lixou" o macaco a mãe...
Os que continuam a defender o corredor verde sabem que, de “dentada” em “dentada”, aquela zona da cidade, autêntico "pulmão ao verde", a não ser travada esta pretensão desta maioria absoluta de Albino Ataíde, acabará por ser “devorada” pela gula do pato-bravismo do betão. 
E lá vão ser escorraçadas as borboletas do espaço do Horto Municipal!
Também, que se lixem as borboletas!.. Importante, é um encaixe de, no mínimo, de 1,5 milhões de euros...
A proposta é tentadora! 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Reconheça-se o mérito a quem o tem...


Segundo o que pode ser lido na notícia publicada no Diário as Beiras, a "Câmara da Figueira da Foz recuou no abate de árvores na Baixa, na sequência da reacção de munícipes e do movimento cívico Parque Verde". 
Deste modo, foram poupadas  várias dezenas de exemplares, alguns com problemas fitossanitários. A empreitada para a requalificação do parque arbóreo daquela zona da cidade incidia de forma relevante na rua Afonso Albuquerque.
Se não fosse a atenção cívica de cidadãos que residem ali e que nos chamaram para intervir, teria sido cometido mais um atropelo”, afirmou Luís Pena, um dos fundadores do movimento Parque Verde.
Para o activista, a requalificação do parque arbóreo da cidade “resolve-se de uma forma muito simples: auscultar os grupos que se interessam por determinadas áreas sem interesses associados, ouvir as pessoas”.
Grande vitória da cidadania: venceu contra a oposição da falta de sensibilidade ecologista da Câmara. Venceu a oposição das elites da Figueira. Venceu a comunicação social manhosa. Venceu o pessimismo e o comodismo dos tugas figueirenses. Venceu as vozes do apocalipse. Venceu a direita, a esquerda e o centro.
Só não conseguiu ir a tempo de vencer a postura e a forma de actuar de quem está no poder, que fez o que fez em Buarcos, ao freixo centenário e vai continuar a fazer. 
Falta convencer o eleitorado. Mas é só aí. 
De resto esmagou tudo e todos.
O programa segue dentro de momentos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Parque Verde pede cidade sustentável: fica o meu contributo

 Via Diário de Coimbra

Uma cidade saudável, tem de dar prioridade às pessoas, secundarizando os interesses económicos privados.
Depois de alguns anos de poder absoluto, a Figueira tem agora a oportunidade de desenvolvimento e de democracia.
As políticas executadas pelos sucessivos executivos camarários do PS desde 2009 não foram nesse sentido. Pelo contrário, estiveram muito longe de permitir um envolvimento democrático, afastando a política da cidadania. Os órgãos de poder na Figueira, nos últimos 12 anos,  desligaram-se da cidadania participativa.
Só que a democracia não existe apenas em dias de eleições.
O novo executivo que vai tomar posse amanhã tem de entender que é necessário  mudar de rumo. 
Uma mudança que tenha em conta a construção de futuro - para a Figueira e para os figueirenses.
Todos temos uma palavra a dizer para a construção de um concelho mais ecológico, mais solidário, mais democrático.
Como não tenho possibilidade de estar presente no encontro de amanhã do Movimento Parque Verde, deixo humildemente esta reflexão sobre aquilo que eu penso que seria uma cidade sustentável.
1) Ruptura com a Águas da Figueira  e criação de uma empresa municipal de águas e saneamento;
2) Requalificação da política urbana, combatendo a urbanização desenfreada e o abate de árvores que se verificou nos últimos anos;
3) Requalificação de casas degradadas, garantindo o acompanhamento dos processos de realojamento;
4)  Recuperação das casas devolutas, com o seu sucessivo lançamento no mercado de arrendamento a custos controlados;
5) Aumento da carga fiscal sobre as casas que permaneçam devolutas;
6) Garantia de acessibilidades para pessoas portadoras de deficiências físicas, garantindo a existência de rampas, elevadores e passeios onde necessário;
7) Instalação de corrimões nas escadas das ruas, de forma a ajudar pessoas com dificuldades de movimento;
8) Instalação de sinais sonoros para invisuais em todas as passadeiras;
9) Instalação de painéis fotovoltaicos em todos os edifícios públicos para que se garanta uma política ambientalmente sustentável e economicamente rentável a médio e longo prazo;
9) Recolha de óleos alimentares dos restaurantes do concelho para tratamento e utilização em veículos camarários como o biodiesel;
10) Criação de um plano municipal de hortas urbanas que possam ser utilizadas pelas/os munícipes, sendo a atribuição de talhões feita através um concurso acessível e transparente;
11) Implementação de um programa de hortas pedagógicas nas escolas;
12) Plantação de árvores de fruto em vez de árvores de folha onde for possível, começando pelas escolas e pelos jardins públicos;
13) Substituição da iluminação pública por tecnologia LED, o que poderá representar uma diminuição em 60% do consumo energético do município a longo prazo;
14) Recuperação, reutilização e optimização da água de rega e recolha das águas pluviais;
15) Implementação de sistemas de armazenamento das águas pluviais e de banho nas novas construções;
16) Incentivo de técnicas de compostagem, através da gestão correta dos resíduos orgânicos recolhidos;
17) Recusa do financiamento autárquico de espectáculos que envolvam o sofrimento ou a tortura de animais.
18) Limpeza das florestas do concelho, prevenindo a existência de fogos.

Fica esta contribuição. Se acharem que vale a pena reflectir, façam favor...

segunda-feira, 13 de março de 2017

PDM e agitação e propaganda..(III)

"Para além disso houve várias reuniões, que eu tenha conhecimento, em todas as Freguesias com a participação dos elementos do executivo e técnicos para que a população desse a conhecer os seus problemas. Por exemplo os casos colocados na Freguesia de Paião, 80% foram ultrapassados."
 paulo pinto


Quer dizer que foi «AVULSOS»?..  Por estatística 80% resolvido...
Para dizer que resolveram, PEGARAM NOS PROBLEMAS DOS 25 ANOS e RESOLVERAM 80%!..

Sabemos o que aconteceu no País e na Figueira.
No decorrer de anos e anos, mercê da especulação imobiliária e de um desordenamento do território que remunerou interesses bem colocados junto do poder político, foram sendo construídas selvas de betão ao redor e em zonas especificas da  cidade, nomeadamente nas frentes de mar.
O processo enriqueceu muita gente. 

Na Figueira, ainda faltou concretizar muita coisa, nomeadamente o célebre processo Alberto Gaspar (pelos vistos, chegou a oportunidade de valorizar os terrenos ... Só após os trabalhadores terem o processo fechado? Quem lucra com a mais valia?)
Temos os terrenos que incluem o campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala.
Inclui, ou não a Aldeia do Mar, a zona  assinalada na imagem acima?..

Sabemos o que se passou no País, em geral, e na Figueira...
O especulador conseguia a alteração ou a ultrapassagem do PDM... 
Ao conseguir transformar um terreno agrícola, ou industrial, ou com limites de construção, em altura, no local ideal para a construção "pato-bravista", fazia o preço multiplicar-se muitos por cento.
Depois era só repartir o bolo: beneficiava o autarca com dotes para conseguir operar a transformação, o construtor, o fornecedor de materiais de construção, a imobiliária, o banco que financiou as obras e as aquisições das belas habitações e etc. (e mais alguns...)
Quem perdeu?
Quase todos, os que hoje pagamos o restante da factura, nomeadamente a crise da banca.

Dir-me-ão: isso é passado.
Sinceramente, espero que sim.
Então que alguém responsável polticamente na Figueira responda com transparência cristalina a estas duas  simples questões: 
1. qual é a estratégia de desenvolvimento do Concelho?
2. com que instrumentos contam para executar essa estratégia?
Pergunto: a proposta de revisão de PDM DO PRESIDENTE ATAÍDE, actualmente em fase de discussão pública, responde a essas medidas?

Esta revisão do PDM tem objectivos económicos e políticos. 
Já em 2008, João Cardoso, então presidente da ACCIF, dava conta que “nos últimos 10 a 12 anos a freguesia de S. Julião, que abrange o centro da cidade, perdeu cerca de 20 por cento da população, com o aumento da habitação na periferia, situação que não pode continuar a manter-se”. E, sublinhou:  “é hora de mudar”...
E, curiosamente, ou talvez não, é isso que transparece, claramente, pelo pouco que se conhece desta proposta de revisão do presidente Ataíde do PDM. 


Vejamos um pormenor. 
A zona em redor do Parque de Campismo Municipal.
A prioridade racional, ao que julgo saber, deveria passar por "selar" em zona verde, pelo limite das estradas existentes, para num futuro próximo continuar a existir a hipótese de alargar o parque... 
Com esta proposta, não é isso, claramente o que vai acontecer:  o parque vai ficar asfixiado com prédios...
Portanto, caros leitores, a sociedade civil tem de exigir explicações aos políticos em tempo útil: isto é, no período em que o processo está em discussaõ pública. 
O Movimento Parque Verde ainda existe?

Ou seja: agora.
Os políticos, em especial o presidente da câmara, neste caso João Ataíde,  têm responsabilidades e têm a obrigação política e ética, de dar a cara e esclarecer as opções que tomam nesta matéria.
Mas, pelo caminho que as coisas estão a tomar, é claro que os políticos deste executivo de maioria absoluta socialista estão a seguir o caminho contrário: vão refugiar-se nos técnicos e nos pareceres de organismos externos!
Fazem lembrar aqueles imbecis que todos conhecemos, que não sabem usar mais do que um ou dois por cento das funcionalidades que têm no telemóvel, mas correm a comprar outro,  assim que é anunciado um mais moderno e com mais funcionalidades que, claro, nunca usarão...

PROPOSTA DO PDM ( PASMEM-SE DISTO MESMO ) PRESIDENTE ATAIDE: PARA VER MELHOR AS IMAGENS, BASTA CLICAR EM CIMA.

sábado, 27 de janeiro de 2007

qualquer dia...


enquanto o governo central concretiza a política da direita (o desmantelamento do estado social, é o exemplo mais acabado), cavaco faz o discurso da coesão social.

o povo, no país e na figueira, cada mais endividado, diverte-se, alegre e despreocupado, a olhar as montras dos centros comerciais!...

hão-de ainda passar ainda muitos anos até que acorde...

o governo, cavaco, a câmara e os políticos em geral, com este povo, todos podem dormir descansados.

o gerente, entretanto, já tem a moradia quase pronta...

na figueira, no parque verde, qualquer dia, está pronto mais um andar de luxo...

resta a memória do que poderia ter sido, se os figueirenses tivessem lutado verdadeiramente por isso, o parque verde...

com árvores, pessoas a correr, miúdos de bicicleta, velhotes a dormitar em bancos, turistas descalços deitados na relva, música no coreto, namorados abraçados...

quinta-feira, 2 de março de 2023

A Revisão do PDM de 2017...

Já que o não fizeram em devido tempo, que tal deixarem-se de politiquices e passarem a preocupar-se com coisas importantes para o concelho?

"Será correta a betonização crescente da Várzea de Tavarede com a instalação destas superfícies comerciais? E o que dizer da ocupação de parte do corredor verde das Abadias com um Aldi? E quais as consequências em termos de trânsito rodoviário? E a impermeabilização crescente dos solos? E o quebrar da harmonia do verde contínuo da paisagem? Serão isto tudo questões menores? Nas cidades e países civilizados estas superfícies comerciais, habitualmente, são instaladas fora do aglomerado urbano.
Na Figueira da Foz, a revisão do PDM de 2017 tornou-se num elemento facilitador para a sua instalação à la carte dentro da cidade.
Isto não é construir cidade, antes pelo contrário, estamos a descaracterizá-la e a destruí-la a pouco e pouco."
Luís Pena, advogado.

Em 5 de Abril de 2017, fiz a publicação abaixo no OUTRA MARGEM

Passados quase 6 anos, via Movimento Parque Verde, tive conhecimento do seguinte.
"Mais uma Machadada no Corredor Verde na Figueira da Foz, mais uma Herança da Actividade Moto - Serra, com PDM - Plano Director Municipal - à maneira em 2017  para Interesses Não Verdes."

Pelos vistos, o PDM é mesmo uma questão importante. Por isso mesmo, antes da revisão de 2017, durante meses, o blogue OUTRA MARGEM colocou, a quem de direito e à consideração da opinião pública, diversas questões que considerou pertinentes para a melhoria do documento que foi aprovado em Junho de 2017.
Tal como acontece em 2023, na política figueirense andava então muito ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM. 
Porque aqui no OUTRA MARGEM o que continua a interessar é tentar contribuir para o esclarecimento e para a compreensão histórica dos factos, tentando evitar, tanto quanto possível, a politiquice, recordemos.
Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Todos sabemos, que as cidades portuguesas evidenciam ainda uma vulnerabilidade excessiva aos fenómenos climáticos extremos, como o demonstram os importantes prejuízos materiais e humanos que resultam sempre que ocorrem situações de pluviosidade intensa.
Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.
O PDM abrange todo o território municipal, enquanto os PU abrangem áreas urbanas e urbanizáveis e, também, áreas não urbanizáveis intermédias ou envolventes daquelas. Os PP têm como área de intervenção, em princípio, subáreas do PDM e dos PU.
O PDM é, pois, um instrumento de planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e de programação das realizações e investimentos municipais.
Tal como disse em tempos a ex-vereadora Ana Carvalho (minuto 14 do vídeo): "o PDM também foi feito à medida. Claro que sim...".

domingo, 30 de abril de 2017

Vamos então continuar a discutir o PDM... (42)

Mário Menezes Paiva. Foto sacada daqui
"A verdade da aldrabice!
A real assembleia...
Mais uma vez a manipulação aldrabica do PSD local esteve ao seu mais alto nível.
Ontem esse partido político, que há 10 anos queria vender o parque de campismo, queria vender 18 mil metros quadrados dos terrenos adjacentes do Parque de campismo e pasmem-se (os mais esquecidos) até o estádio José Bento estava na calha para a grande debandada ao serviço de quais agentes que apenas queriam a construção de "pequenos cogumelos de 18 andares". Nessa altura, para esse partido, não havia razão de ser o nosso estimado corredor verde.
Ontem, apresentaram uma moção (mal elaborada e penso que também mal pensada porque entrava em prefeita contradição) que propunha a passagem do horto municipal para o parque de campismo e alterar a sua classificação para zona verde.
Contrasenso este ja que passando o mesmo para zona verde deixa de ser possível construir o que quer que seja, nem mesmo umas casas de banho para os campistas ou mesmo uns quaisquer bungalows.
Mais, este executivo tem investido no parque de campismo como nenhum outro, em pouco mais de dois anos mais de 1 milhão de euros...por isso, tentar passar a ideia de que sobrepõe interesses ao ambiente e sustentabilidade é, mais uma vez, demagogia.
Foi essa a moção que foi reprovada, a moção que não faz qualquer sentido, até porque o próprio PSD quando se aprecebeu desse erro, tentou alterar aquela brilhante moção...
Para já fico por aqui... Mas em breve terei oportunidade de esclarecer mais algumas verdades da aldrabice..."

Acabei de citar o deputado municipal do PS, Mário Menezes Paiva
Se há deputado, na bancada do PS, na Assembleia Municipal da Figueira que, neste momento, tem o condão, raro, de conseguir congregar os  membros das mais diferentes sensibilidades do PS figueirense, esse vulto é, seguramente, Mário Menezes Paiva 
Entre os seus méritos,  sublinho, neste caso concreto, a isenção, a ética e a total ausência de interesses, para além dos que advêm da defesa da  causa pública.
Depois, neste texto, mostrou toda a sua erudição que lhe adveio, certamente, da leitura dos clássicos. Fez-me recordar algo que li há muitos anos. Passo a citar Lenine: "Os comunistas devem preparar-se para usar todo o tipo de estratagemas para evitar e esconder a verdade (...) A parte prática da política comunista é a de incitar um inimigo contra o outro (...) não corrigir seus erros, mas romper as hostes inimigas, evocando as piores suspeitas e pensamentos entre eles."
Tudo isto, na discussão do PDM/2017, é interessante e prazenteiro, não se dera a coincidência de que o que vem a seguir à aprovação deste PDM, poder encaixar, que nem uma luva, acidentalmente, claro, nas preocupações de gestão corrente e de navegação à vista, do actual executivo camarário figueirense.
Eventualmente, Mário Menezes Paiva, pode ter muitos defeitos. Putativamente, pode não ter algumas qualidades.
Neste caso concreto, porém, não pode é ser acusado de falta de isenção, seriedade, dignidade e independência. Além disso, presumo, é um homem de Boa-Fé. 
É que que andam por aí uns líricos que ainda se preocupam em saber, vejam lá a estultícia - "porque é que ainda existem borboletas no Horto Municpal?" 
Senhor deputado municipal, pensar e lutar para si, um homem prático e de negócios, é fundamental, não para continuar a ser possível encontrar borboletas no Horto Municipal, mas sim para betonizar, criar emprego, criar áeras de restauração e outras, trazer gente ao local, enfim, desenvolver o negócio.
Parbéns, pois, pela sua frontalidade Mário Menezes Paiva.
Vamos então, todos, continuar a discutir o PDM.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Não notam qualquer coisa de estranho na mercearia figueirense?.. (IV)

Portugueses gastam 47 milhões por dia nos hipermercados

Nota de rodapé.
Os nossos comentadores merecem ser citados...
"A Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está completamente betonizada com grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI e agora o LIDL. 
A Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola mas já cozinhados entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos … o vil metal…
Nesta zona Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi igualmente proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 deste executivo camarário (tal como, propôs igualmente Santana Lopes) cujo a sua implementação foi nula ao contrário da vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção do Pingo Doce, do AKI e LIDL no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…
Também Duarte Silva em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor …
Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012 que sepultou a freguesia de São Julião (cuja a acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… tão rural que detém a maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais:
Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo; Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI e agora o LIDL…
Mercearias e Lojas Figueirinhas sempre ao dispor de… alguns e destes muitos são somente banhistas de alforge…
Defender a Figueira só se for nos reles centímetros dos seus bolsos…"

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A propósito do Freixo centenário: não notam qualquer coisa estranha no ar da Figueira?..

Ontem, dia de reunião de câmara, a título excepcional, meti folga e fui degustar, com Amigos, um belo bacalhau, ali para os lados da Tocha.
Por conseguinte, neste momento, ainda não sei nada do que se passou na sessão camarária, a não ser o que  li nesta postagem, assinada por IMC, que passo a citar:


REUNIÃO DA CMFF DE 31/10/2019


"Quanto ao freixo centenário o Presidente Monteiro disse que a CMFF não enviou resposta nem acusou a recepção do e-mail remetido pelo MPV - (onde foram sugeridas soluções para: a preservação da árvore, podendo ser consultado o Professor Jorge Paiva como nome reconhecido na área ; recuperação do muro de suporte do Páteo de Santo António ; requalificação do espaço envol
vente que contém património histórico e natural de importância relevante) - por considerar que o Movimento Parque Verde " perdeu a oportunidade" de participação na resolução do problema (Não Abater o Freixo) quando a autarquia solicitou que colaborassem, podendo este Movimento indicar empresas, ou alguém "credível" que sugerisse solução viável, no contexto de, eventualmente, a CMFF poder preservar o Freixo.
Digamos que o Sr Presidente e respectivo executivo socialista democraticamente eleitos, sabem pouco de democracia, negando sem fundamento aceitável uma resposta ao MPV e recusando a participação cívica de um grupo de cidadãos interessados. Alegadamente, a CMFF exige o impossível, tal como pedir um caderno de encargos ao MPV, como se o Movimento fosse uma empresa que trabalhe por ajuste directo para o Município , ou como se o MPV fosse um órgão de decisão camarária, em substituição de funções dos membros executivos que foram eleitos para resolver este e outros problemas da cidade e concelho.
O Sr Presidente, pessoa que tem mostrado pouca sensibilidade ambiental e pouca capacidade de escuta, acrescentou que, ainda que não seja decisão definitiva e conclusiva da equipa que gere o concelho, está a ponderar uma poda ao Freixo, repetindo que, se tiver que abater o Freixo (parecer do ICNF, suponho) este será mesmo cortado.
Depreende-se assim que a solução prevista pela CMFF é o abate da árvore centenária, é manter o desleixo no Páteo de Santo António, não valorizando o património cultural aí existente, é fazer mais obras na cidade (no Jardim no valor de 1200000 anulando uma rua importante ) ainda que se mostrem incapazes de terminar o que têm iniciado.
O objectivo desta não resposta ao MPV é mostrar quem manda, duma forma algo desprezível, numa sociedade que se deseja democrática.
Tem piada criticarem as novas forças políticas de direita no parlamento e agirem como déspotas e ditadores."


Numa democracia representativa, quem tem de exercer o poder é quem tem legitimidade eleitoral. Do meu ponto de vista, porém, quem tem o poder deveria agir na governação do concelho de harmonia com o programa e com as ideias com que se apresentou ao eleitorado.

Isso, contudo, não deveria ser impeditivo de ouvir a oposição e os movimentos cívicos, como é o caso do Parque Verde.
Neste caso concreto, na minha opinião, dizer que não foram sugeridas alternativas, não passa de um objectivo de quem está na política com artimanhas, valendo-se de engenhocas e artifícios, para colocar em prática o poder absoluto, embora querendo passar  a imagem que gosta da democracia e de dar atenção aos outros. No fundo, o que ele não quer é que o macem pois não está para dar ouvidos a ninguém.
Na Figueira, as pessoas têm de perceber, de uma vez por todas, que o que existe - e isso agravou-se de Abril do corrente ano para cá - é uma "democracia musculada" onde vereadores e deputados municipais eleitos pela oposição não passam de figuras decorativas.

Na Figueira, anda qualquer coisa estranha no ar.
Para já, quem se meter com este PS, leva.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Candidatura de Carlos Monteiro à presidência da Câmara renova promessas de 2019: piscina coberta, pavilhão polidesportivo e parque verde!..

No passado sábado, a Concelhia da Figueira da Foz do PS aprovou, com 45 votos a favor e dois contra, Carlos Monteiro como cabeça de lista do partido à câmara.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS (edição papel de hoje), Carlos Monteiro afirmou que o seu programa eleitoral dará prioridade à captação de novos residentes e fixação de pessoas no concelho, através da ampliação da Zona Industrial, ao turismo e à qualidade de vida dos figueirenses. Propõe-se, ainda, melhorar as vias de comunicação e o acesso à internet e apostar na mobilidade sustentável. Por outro lado, o candidato do PS pretende construir o parque verde da cidade e uma piscina coberta na zona urbana, esta, frisou, “em estreita articulação com o Ginásio Clube Figueirense”. Mais anida:  “se se revelar necessário, depois da piscina, será construído um pavilhão polidesportivo”
Diário as Beiras, 14 de Abril de 2020

Nada de novo. Continua a ser tudo tão previsível... O presidente da câmara, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO AS BEIRAS, a 14 de Abril de 2020, a propósito do seu primeiro ano no cargo, avançou prioridades para os projetos da autarquia. 
"Não desistiu da piscina coberta". Mas esta é a segunda prioridade da lista de investimentos. A primeira, "é a requalificação do Estádio Municipal José Bento Pessoa, actualmente em curso". Depois, "há a piscina e  um pavilhão desportivo. Que poderá ser multiusos".  

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Movimento Parque Verde vai falar sobre Plano de Urbanização da Figueira da Foz


O Movimento Parque Verde vai dar uma Conferência de Imprensa subordinada ao tema "Plano de Urbanização da Figueira da Foz - Discussão Pública".
O encontro com os profissionais da Comunicação Social terá lugar, hoje, quinta-feira, pelas 15h30, no Café Cais.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A "mercearia" figueirense vai continua a crescer?!..

Segundo a edição de hoje do jornal AS BEIRAS, "confirma-se que o Continente pretende construir um centro comercial na várzea de Tavarede, com cerca de cinco mil metros quadrados.

No ano passado, a Figueira da Foz assistiu à abertura de duas novas superfícies comerciais de média dimensão – um supermercado (Lidl) e uma loja de bricolagem (Aki), jardinagem e artigos para o lar, ambas próximas da várzea de Tavarede.
Em 2009, recorde-se, esta zona passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense
Aos poucos,  as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A "mercearia" figueirense continua a crescer!..

Foto sacada daqui
No ano em curso, a Figueira da Foz assistiu à abertura de duas novas superfícies comerciais de média dimensão – um supermercado (Lidl) e uma loja de bricolagem (Aki), jardinagem e artigos para o lar, ambas próximas da várzea de Tavarede.
Em 2009, recorde-se, esta zona passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense
Aos poucos,  as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.

Entretanto, avançam as obras de um novo supermercado, junto à piscina do Ginásio (Minipreço). Em Buarcos, em frente ao centro de saúde, decorrem trabalhos de terraplanagem para um espaço comercial com supermercado (do Grupo Sonae). Na Baixa da cidade, na rua da República, também progridem as obras para mais um supermercado (do Grupo Sonae). Em todos os casos, como se comprova, são espaços comerciais de conhecidos grupos nacionais e internacionais, tal como as restantes oito médias e grandes superfícies existentes na cidade. 

O comércio tradicional sente-se ameaçado.
Só o Pingo Doce tem três lojas na cidade. Por sua vez, o Lidl tem duas, o Jumbo uma, o Intermarché uma e o E.Leclerc uma. 
Perante a vaga de novas superfícies, têm-se levantado vozes contra, fazendo coro com os comerciantes locais. Os contestatários questionam a equação sobre os postos de trabalho gerados pelos recém-chegados e os que se perdem com o encerramento de espaços comerciais pré-existentes. 
Na opinião pública e publicada figueirense debate-se, também, o impacte urbanístico e ambiental que as novas superfícies produzem nas zonas onde se instalam. 
Por sua vez, a autarquia tem respondido que, ao licenciá-las, limita-se a cumprir a lei.

O investimento privado na nossa cidade é bem-vindo e necessário. Cria postos de trabalho, aumenta a oferta de produtos e a concorrência estimula a melhoria da prestação dos serviços”, defende hoje em dclarações publicadas pelo jornal AS Beiras,  Nuno Lopes, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o sector do comércio. “Enquanto defensora do comércio de proximidade, a ACIFF defende que estes investimentos deviam ser realizados na Baixa da cidade, contribuindo para o desenvolvimento do seu tecido empresarial e repovoamento das zonas históricas”.
No seu ponto de vista,  “a instalação de grandes superfícies na periferia origina a dispersão dos consumidores, não contribuindo para o aumento da habitabilidade dos centros urbanos, que, na nossa opinião, passa por uma aposta clara na revitalização do comércio e recuperação imobiliária”. 

Entretanto, ao que foi possível apurar pelo jornal AS BEIRAS, a Zara já não deverá instalar-se na Baixa, ao contrário do que foi avançado. 
Até agora, não houve contactos formais e, ao que tudo indica, aquela loja-âncora não vai mesmo ostentar o seu símbolo na cidade, pelo menos nos próximos tempos... 
Neste momento,  na Figueira, se há sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia...
Não esquecer: dois dos portugueses mais ricos, são merceeiros...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Carta da Martinha Lacerda sobre a memória do verde



Olá, cá estou eu, mais a minha tia, novamente às voltinhas com o “portatil”.
Tou a ficar perita, tou a tomar-lhe o jeito!... Oh, larila!...

Tomei-lhe o gosto, pronto. E, como sei, que a minha última carta agradou ao pessoal jovem, desta vez venho falar de um assunto que vos interessa sobremaneira: o verde.
Não é que cá a Martinha seja do Sporting, nada disso. Como sabem, sou do Cova-Gala... o que até nos permite, a mim e às outras velhotas cá do “hotel”, de 15 em 15 dias, dar uma espreitada para o campo da bola e arregalar os olhos a partir daqui, do geriátrico.... é diversão... da boa... e é de borla.

Bom, agora que o tempo tem estado “direitinho”, fui um destes dias até ao Parque de Merendas comer uma bucha e dar uma olhada, pois tinha visto aqui no OUTRA MARGEM umas fotos que não me deixaram muito tranquila...
O que vi, ao vivo (in loco, como dizem agora vocês...), deixou-me desolada...
Foi, então, que me lembrei que tinha uma fotografia tirada lá, há uns tempos atrás. Aproveitei a ida e tirei outro retracto. Aqui ficam os dois: vejam a diferença.
O verde tá a ir-se... Pouco a pouco, mas ...
Nesta Terra, como se calhar em todo o País, o sonho de quem passa pelo poder, é deixar “obra feita”.
Só que, infelizmente, só obra de betão, porque para outras coisas, outros feitos e outras obras, como por exemplo, obras sociais, cultura, desporto, os covagalenses não têm muita memória.
E, nós, os velhotes, que presentemente quase não temos pra onde ir... andamos nervorsos, inquietos ... tensos... Vingamo-nos nos anti-depressivos ou nas rendinhas...
Ah, mas para não perder o fio à meada, estava cá a Martinha a falar que o betão é visível e enche o olho... Seja uma rotunda ou uma estátua. Ou uma estátua com uma rotunda.

Ah, mas por falar em memória...Foi então que dei por mim a puxar por esta cabeça já um tanto ou quanto encanecida e desmiolada.... Claro que tive de fazer um esforço. Grande: 85 anos, são mesmo 85 anos!...
E reflecti, não muito para não queimar o último neurónio: porque será que certas imagens do nosso passado se gravam na memória e constantemente vêm à tona como se tivessem um significado especial?...
E não foi que me lembrei do meu defunto e dos momentos que passámos ali naquele outrora verde de pinhal?... cá com uns esconderijos!!!...
E ...se fomos lá tão felizes !... Ai que saudades, ai, ai do meu crido Joãozinho...Ai, Ai Joãozinho crido!... como me lembro de ti...
Como me lembro do Verão de 1939 e de como nos amámos apaixonadamente no tempo da nossa adolescência, mesmo em cima da fresquidão daquele musgo fofo e cheiroso!... E a moçoila esbelta, loira, rosto oval, olhos verde-esmeralda, a beleza da Terra... que eu então era!...

Mas, o tempo passou e o que, nessa época, foi alegria, excitação, entusiasmo, tornou-se aborrecimento e desânimo, nos dias de hoje!...
Desculpem lá, mas o que tem valido para me distrair, são as espreitadas aos jogos do Cova-Gala, aos domingos, e agora estas cartitas que aqui vou deixando...
Ah, mas voltando “à vaca fria”: o verde que está a desaparecer do Parque das Merendas... Bem, a falar verdade, meus cridos, a Martinha pôs-se a pensar e descobriu que a partir do momento em que pomos perguntas para as quais não encontramos resposta, caímos sem perdão sob a alçada dos dois poderes que mais eficientemente nos torturam: o medo e a dúvida.
Por tradição cada Terra tem o seu tolinho. A nossa tem mais.
E certificados. Ora, ora... Nisso somos mesmo riquinhos...

Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda




terça-feira, 21 de maio de 2019

A memória dos tempos figueirenses... (2)

Pintura sem título II

"Restava-nos a Várzea para Parque Verde, anunciado em belos cartazes, um espaço de verdadeira “verdolândia”
A visão foi-se esbatendo com o tempo. Ao longo do último mandato e meio de João Ataíde (2013-2019) instalaram-se lá três grandes superfícies, e uma em Buarcos. 
O “extinto futuro parque verde” não passa de uma pintura sem título!" 

Para ler a crónica completa, clicar aqui.