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domingo, 12 de março de 2017

Parque de Campismo/Horto Municipal = Zona Verde (II)

Vamos recuar a 19 de janeiro de 2007.
"Estando em curso a revisão do Plano Director Municipal e Plano de Urbanização do concelho da Figueira da Foz, o Movimento "Parque Verde" vem apelar a todos os cidadãos que subscrevam a petição para "Alteração da classificação no Plano de Urbanização do espaço correspondente ao Horto Municipal e Parque de Campismo".
"Que todos juntos consigamos salvar o último pulmão da cidade!"
Com a aprovação do PDM actualmente actualmente em discussão pública, o Parque de Campismo vai ficar asfixiado!"

A lógica era deixar a mancha verde conforme a foto do movimento PARQUE VERDE! 
MAS: POR ONDE ESTÁ ESSA MALTA?..

Nota de rodapé.
Recordo, também, um comunicado do Movimento Parque Verde, datado de 20/11/2008.
Plano de Urbanização da Figueira da Foz:
E as pessoas?


Para ver a análise e propostas do Movimento Parque Verde, clicar aqui.
Este Plano de Urbanização é um sério risco para a qualidade de vida dos figueirenses. É autista, porque ignora a realidade social e económica. É ambientalmente insustentável, porque continua a trocar verde por betão. É castrador, porque promove o empobrecimento da cidade e dos seus habitantes, aumentando a dependência da especulação imobiliária. Alguém, entre técnicos e políticos, se esqueceu de pensar nas pessoas, na sua qualidade de vida e numa ideia efectiva de cidade, enquanto espaço de vivência e de fruição. O ordenamento da cidade depende não só da vontade de técnicos e de políticos, mas também do contributo dos cidadãos. 
Depois de dez anos de discussões internas, o executivo Municipal propõe-se agora, com estranha emergência, aprovar um Plano de cidade cheio de truques e ambiguidades. Aliás, como os próprios técnicos da Câmara referiram nas sessões públicas, esta “versão final” do PU contém ainda “gralhas”e “lapsos” há muito identificados que não foram corrigidos. Ou seja, os cidadãos foram chamados a pronunciar-se sobre um plano mal acabado, cuja versão final já não poderá ser discutida.
Mas vamos ao que o PU defende. Para esta Câmara Municipal, o poder económico e o lobby imobiliário é mais importante do que as legítimas aspirações dos cidadãos. Não se percebe que um concelho com cerca de 19.000 fogos excedentários, segundo números do passado mês de Abril, tenha como estratégia de cidade para os próximos 10 anos apostar em mais construção. Aliás, a Figueira da Foz, desde há vários anos, que é muito excedentária em oferta de habitação. Bastará vermos as várias urbanizações recentemente construídas…. Não podemos ignorar a realidade! O recente Plano Estratégico da Habitação (2008-2013), faz um claro apelo aos municípios para que reduzam a construção nova e apostem mais na reabilitação dos fogos degradados.
O próprio presidente da Câmara Municipal, António Duarte Silva, admitiu na sessão pública realizada em São Pedro que «nos próximos 100 anos não seriam necessárias mais construções novas na Figueira da Foz».
Ora a única medida global e estratégica deste plano diz respeito à diminuição, em larga escala, das zonas verdes urbanas, aumentando os índices de construção permitidos. Para este executivo, o Plano de Urbanização é uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente, alienando património municipal e, pior, hipotecando a qualidade de vida dos figueirenses. Importa lembrar que, nos últimos dez anos, a recolha de IMI por parte desta autarquia aumentou cerca 400%, mas nem por isso aumentou o investimento estruturante ou diminuiu a dívida autárquica. Em termos práticos, esta Câmara faz depender os grandes investimentos na zona urbana de contrapartidas a entregar a privados, que podem passar pela venda de espaço público. Não existe, neste plano, qualquer contextualização e interligação das cinco freguesias que o integram. Mais, o volume de ambiguidades é tão grande, que podemos mesmo questionar se os técnicos de licenciamento camarário terão sido ouvidos neste processo.
Por tudo isto, e pelos exemplos flagrantes que veremos a seguir, o Movimento Parque Verde defende a não votação do actual documento na Assembleia Municipal.
Nesta perspectiva, deverá a Câmara promover, dentro de um ano, uma nova discussão Pública do Plano de Urbanização da Figueira da Foz – revisto e expurgado dos erros técnicos e tácticos detectados. O documento a apresentar nessa altura já deverá integrar as sugestões agora apresentadas pelos cidadãos, enquadrando-as na nova realidade económica e social em que vivemos.

Movimento Parque Verde

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Parque verde ou retail park?

Na foto da esquerda, vê-se uma placa com mais de 20 anos naquele local. Foi lá colocada na primeira passagem do Dr. Santana Lopes como presidente de Câmara da Figueira da Foz. 
Em 2009,  passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense. 
Aos poucos,  as superfícies comerciais começaram a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: do último espaço que restava à Figueira para um verdadeiro parque verde.

A Drª. Mafalda Azenha, autora da crónica, que via Diário as Beiras publicamos à direita, entre outubro de 2017 e outubro de 2021, foi Vereadora Executiva  da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
Antes, tinha sido Deputada da Assembleia de Freguesia de Tavarede, Figueira da Foz, entre 2009-2013 e 2013-2017 e  Deputada da Assembleia Municipal da Figueira da Foz entre 2009-2013 e 2013-2017.

Em 2022, a Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está betonizada com uma bomba de gasolina e grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI,  LIDL e o Continente.

Recorde-se, porém, que a Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas, ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola, mas já cozinhados, na altura, entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos…

Nesta zona da Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 (tal como, anteriormente, propôs Santana Lopes na primeira passagem pela Figueira).

Em vez de zona verde, cuja implementação foi nula, os governantes figueirenses, ao contrário do prometido, tiveram foi vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção da bomba de gasolina, do Pingo Doce, do AKI LIDL e Continente, no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…

Duarte Silva, recorde-se, em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor…

Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012, que sepultou a freguesia de São Julião (cuja acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… 
Tão rural que detém as maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais!
A saber: Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo. Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI , o LIDL e o Continente com 40 mil m2 de impermeabilização de solos."!

A revisão do PDM de 2017, feita à pressa antes das eleições desse ano, atacou os corredores verdes.
O corredor verde das Abadias foi posto em causa ao permitir a construção de todo o gaveto que vai desde a frente do Pavilhão Galamba Marques até quase à frente do Centro Escolar, betonizando o corredor das Abadias.
Esse executivo municipal pretendeu alienar o Horto Municipal a uma superfície comercial, não tendo em conta que a construção neste espaço e consequente impermeabilização do solo acarretava problemas noutros pontos da cidade.
Essa revisão do PDM não levou em conta que os terrenos a norte e nascente do Parque de Campismo já deveriam fazer parte integrante do Parque (tal como decidido em reunião de câmara de 19/11/2007). A revisão do PDM de 2017, permitiu que continuassem como zona de construção.
No Corredor Verde da Várzea de Tavarede esse PDM validou o ataque às zonas verdes ao permitir a construção em toda a lateral da Avenida Dom João Alves, reduzindo em cerca de um terço a Várzea, pondo em causa até outros projectos municipais, como são as Hortas Urbanas.
 
As  eleições autárquicas têm mostrado o nível em que se encontra a política figueirense.
Acho que chegámos àquele ponto em que é impossível continuarmos a rir da desgraça concelhia. 
A desgraça é que já se ri de nós. 
E  fá-lo descaradamente. 
Até onde mais podemos ir mais?
De parque verde a retail park?...

terça-feira, 23 de maio de 2017

Um comunicado do MOVIMENTO PARQUE VERDE, que deve ser lido com atenção, pois é importante que saibamos quais são as nossas metas, que nos conheçamos, que tenhamos interiorizado aquilo que é verdadeiramente importante para nós e para a cidade que amamos

O Movimento Parque Verde é um movimento de Cidadania, com 20 anos de existência, que tem no seu pressuposto a defesa dos espaços verdes na zona urbana da Figueira da Foz;
É um movimento supra-partidário que só tem como único interesse o bem-estar da sociedade em que se insere, batendo-se, por isso, pela defesa dos corredores verdes delineados pelo Plano Garret e pelos Arquitectos Alberto Pessoa e Ribeiro Telles;
Esta defesa intransigente levou este movimento a manifestar-se contra várias tentativas de alienação do Parque de Campismo Municipal, do Horto Municipal e de tudo o que ponha em causa os Corredores Verdes acima mencionados;
O PDM que está neste momento em discussão faz, de novo, tábua rasa destas premissas e ataca os corredores verdes;
O corredor verde das Abadias é posto em causa ao permitir a construção de todo o gaveto que vai desde a frente do Pavilhão Galamba Marques até quase à frente do Centro Escolar, betonizando o corredor das Abadias;
Este executivo municipal pretende alienar o Horto Municipal a uma superfície comercial, não tendo em conta que a construção neste espaço e consequente impermeabilização do solo acarretará problemas noutros pontos da cidade;
Este PDM não leva em conta que os terrenos a norte e nascente do Parque de Campismo já deveriam fazer parte integrante do Parque (tal como decidido em reunião de câmara de 19/11/2007), no entanto este PDM mantém-nos como zona de construção;
No Corredor Verde da Várzea de Tavarede este PDM volta a atacar as zonas verdes ao permitir a construção em toda a lateral da Avenida Dom João Alves, reduzindo em cerca de um terço a Várzea, pondo em causa até outros projectos municipais, como são as Hortas Urbanas. Para além disso, este PDM propõe 2 tipos de classificação de zonamento verde, para uma zona única, que é a Várzea;
Pelas questões acima expostas o Movimento Parque Verde vem por este meio exigir:

1. A alteração para zona verde do gaveto desde o Pavilhão Galamba Marques até ao Centro Escolar;

2. A anexação do Horto Municipal e dos terrenos sitos a Norte e Nascente do Parque de Campismo ao mesmo;

3. A alteração para zona verde de toda a lateral da Av. Dom João Alves e a alteração de toda a Várzea de Tavarede numa só tipologia de zona verde.

Pelo futuro da Figueira da Foz e pela defesa das gerações vindouras!

Figueira da Foz, 23 de Maio de 2017


MOVIMENTO PARQUE VERDE

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Movimento Cívico figueirense Parque Verde cria carta de princípios

"O Movimento Parque Verde, reuniu, discutiu e decidiu.
Final de tarde agradável em que prevaleceu a democracia participativa.
Obrigado a todos os que estiveram presentes e aos ausentes que, de uma forma ou de outra, não puderam comparecer.
Foi bonito! Vamos continuar..."

Segundo o Diário as Beiras, o Movimento Cívico Parque Verde, criado há cerca de 20 anos para defender os corredores verdes da cidade da Figueira da Foz definidos pelo Plano Garrett e pelos arquitectos Alberto Pessoa e Ribeiro Telles (Abadias, Várzea de Tavarede e Vale do Galante), apresentou e debateu, ontem, a sua carta de princípios.
Luís Pena, porta-voz do movimento e um dos seus fundadores, disse ao jornal que o Parque Verde continuará a ser um movimento cívico informal. Isto é, por ora, não será constituído formalmente.
“Este modelo tem funcionado bem, sem ser constituída uma associação. Debatemos esse assunto, mas chegámos à conclusão que é melhor continuar assim”
Por acaso, como tive ontem oportunidade de dizer ao Luís Pena, não penso assim. Respeito o passado do Parque Verde, mas entendo que neste momento e nesta fase da vida figueirense, o Parque Verde se quer ter uma palavra a dizer em termos de intervenção efectiva e cívica na gestão da "coisa pública" tem de assumir. O que se passou com a gestão do processo de Buarcos, deveria constituir matéria de reflexão. A  Câmara, fez que recuou, mas acabou por fazer tudo o que queria. Essa é que acabou por ser essa, como diria o Eça...

sábado, 18 de março de 2017

Parque de Campismo/Horto Municipal = Zona Verde (III)... Um coreto lembra música...

"Estando em curso a revisão do Plano Director Municipal e Plano de Urbanização do concelho da Figueira da Foz, o Movimento "Parque Verde" vem apelar a todos os cidadãos que subscrevam a petição para "Alteração da classificação no Plano de Urbanização do espaço correspondente ao Horto Municipal e Parque de Campismo".
"Que todos juntos consigamos salvar o último pulmão da cidade!"

Com a aprovação do PDM actualmente actualmente em discussão pública, o Parque de Campismo vai ficar asfixiado!"
Vamos viajar no tempo e recordar as posições de então de certos actores políticos hoje no poder executivo..
Acta nº 22 da Reunião Ordinária de 19-11-2007  
PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ - PROPOSTA DE REPOSIÇÃO DO EQUILIBRIO FINANCEIRO DO CONTRATO
Foi presente informação, datada de 12 de Novembro de 2007, oriunda do Departamento de Urbanismo, que a seguir se transcreve:-------------------------- 
“Pelo Gabinete RISCO foi proposto o seguinte calendário relativo à conclusão do processo de revisão do PU da Figueira da Foz:----------------------------------- 
- 8 de Janeiro de 2008: Reunião de apresentação da proposta corrigida de acordo com recomendações já emitidas pela CCDRC ao executivo;-------------------------- 
- 22 de Janeiro de 2008: Prazo para análise e apresentação de eventuais comentários ao Sr. Presidente;-------------------------------------------------- 
- 7 de Abril de 2008: Reunião de Câmara para abertura do período de discussão pública;------------------------------------------------------------------------ 
- 17 de Abril de 2008: Sessão pública de esclarecimento;------------------------ 
- 28 de Maio de 2008: Final da discussão pública;------------------------------- 
- 16 de Junho de 2008: Reunião de Câmara para submissão da proposta de PU da Figueira da Foz à Assembleia Municipal para aprovação”.------------------------- 
Pelos Vereadores do Partido Socialista foi presente, para apreciação, a inclusão na área e perímetro do Parque de Campismo de um terreno sito nos Condados, Freguesia de Tavarede, com a área de 18.144 m2. --------------------------------- 
O Vereador António Tavares interveio dizendo que, como é do conhecimento dos Vereadores, já foi presente em reunião de Câmara, para aprovação, o lançamento  de hasta pública para a venda do terreno supra mencionado tendo, na altura, deliberado a sua retirada, por entender que o terreno poderia merecer outro aproveitamento que não o de ser vendido para construção.------------------------ 
Entendem que o Parque de Campismo representa, neste momento, um valor inestimável em termos de património arbóreo da cidade e complementa, como é de todos conhecido, o que designam por “corredor verde”, que começa junto ao rio perto do Jardim Municipal e que se prolonga até ao topo da Serra da Boa Viagem
Infelizmente, do seu ponto de vista, este dito “corredor verde” encontra-se já obstruído em alguns locais, mas julgam que podem sempre actuar no sentido de poder mantê-lo em termos de património ecológico.------------------------------- 
Apontou que aquele terreno, situado no topo do Parque de Campismo, surge como o prolongamento natural do mesmo e verificam que toda aquela zona, à direita do Parque de Campismo, está a ser impermeabilizada” com loteamentos e a ser alvo de construção, e que se traduz no terreno que, em tempos, ia ser vendido para construção. Da última vez em que foi submetido à hasta pública, pareceu-lhes natural que pudesse vir a integrar a área e o perímetro do citado parque prevendo, naturalmente, que hoje ainda seria um Parque de Campismo, o que não podem prever para o futuro. No entanto, é entendimento dos Vereadores do Partido Socialista, apesar de não saberem quem é que no futuro vai estar no Executivo, que, de momento, mesmo que o Parque de Campismo venha a ser desactivado enquanto tal, deverá manter-se como o parque verde da cidade, no sentido do prolongamento do “corredor verde” que constitui as Abadias.----------------------------------- 
Havendo pouco mais a acrescentar em relação a este assunto, entendem que a Câmara deveria deliberar no sentido de incluir este terreno na área de perímetro do parque, de forma a poder salvaguardá-lo, e, assim, evitar uma maior “impermeabilização” de toda a encosta.------------------------------------------ 
O Presidente tomou a palavra dizendo que, como teve oportunidade de falar com o Vereador e de ter respondido aos Munícipes que mostraram preocupação relativamente a este assunto, está em curso uma revisão do Plano de Urbanização, e que vão fazer todo o possível para cumprir o calendário que agora apresentaram e que é do conhecimento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, como uma instância fundamental no andamento desta revisão.-------------- 
Julga que é do conhecimento público que, ao contrário daquilo que está hoje definido no Plano Urbanização em vigor, os terrenos do Parque de Campismo estão classificados de urbanizáveis e na revisão em que neste momento estão a trabalhar, propuseram que deixe de ser um espaço urbanizável e que passe a ser um espaço para equipamentos, ligado ao campismo e que possa ser adequado aos parâmetros exigidos pela legislação específica em vigor para os Parques de Campismo, nomeadamente para uma amplificação com a categoria de quatro estrelas. 
Disse que é isto que está proposto e é o que pretendem defender e que será depois, na altura, submetido à consideração da Câmara. Haverá, posteriormente, uma discussão pública.---------------------------------------------------------- 
Na sua opinião, se começam a considerar, casuisticamente, esta ou aquela resposta, fatalmente vão ainda complicar e atrasar mais um procedimento que todos reconhecem estar muito atrasado. Disse que a sua proposta quanto a isto é que este assunto seja discutido na altura da discussão do Plano de Urbanização.- 
O Vereador António Tavares disse que compreende as razões aduzidas pelo Presidente quando lhes anuncia que na revisão que está a ser feita do Plano de Urbanização, de acordo com a proposta da Câmara, o Parque de Campismo passará a ser para equipamentos ligados ao campismo. Lembrou, no entanto, que já tentaram vender o Parque de Campismo duas vezes e as hastas públicas ficaram desertas e que depois disso veio uma terceira vez à Câmara para ser vendido. Na sua opinião a Câmara pretende que este terreno deve ser para juntar à construção do loteamento daquela zona e que o terreno, neste momento, só não está na mão de privados, a ser urbanizado, porque não apareceu ninguém para o comprar.--------- 
O Presidente referiu que da última vez que trouxeram este assunto à reunião de Câmara havia interessados no terreno e retiraram essa possibilidade.------------ 
O Vereador António Tavares respondeu que isso aconteceu a pedido dos Vereadores do Partido Socialista.---------------------------------------------------------- 
O Presidente concordou e disse que nessa altura o Vereador Victor Sarmento quis apresentar a presente proposta. Pensa que não deve ser, neste momento, discutido porque acha que não é a oportunidade certa para o fazer. Se na altura o retirou foi porque foi sensível aos argumentos que os Vereadores do Partido Socialista apresentaram, mas não está de acordo que se discuta e se defina, desde já, a finalidade última dentro do Plano de Urbanização, porque haverá certamente muitas outras questões que vão colocar e que a Câmara irá colocar e é nessa altura que isto deve ser atribuído.--------------------------------------------- 
O Vereador António Tavares disse que os Vereadores do Partido Socialista têm uma posição contrária. Entendem que depois das sucessivas tentativas de venda do terreno, a forma de o salvaguardar é haver uma deliberação camarária que  assegure que o terreno não seja vendido ou, de certa forma, que o terreno passe para o perímetro e área do Parque de Campismo, conforme a proposta que apresentam. Na sua opinião a questão é esta e é muito límpida: ou concordam que aquele terreno deve ser salvaguardado e deve integrar a área verde do Parque de Campismo, e nesse sentido tomam esta posição, ou não a querem tomar, sendo que o que estão a demonstrar é que, de facto, querem salvaguardar o terreno de eventuais futuras alienações. Julga que este é um compromisso político do qual os Vereadores do Partido Socialista não têm qualquer pejo em o negar.----------- 
O Vereador Victor Sarmento disse  que gostava que o Presidente, o Vereador Lídio Lopes e a Vereadora Teresa Machado reconsiderassem e se associassem a este movimento de preservação no “corredor verde” desde o rio até à Serra da Boa Viagem que é um movimento supra partidário, independente, que engloba vários sectores da sociedade civil e que em nada prejudica o desenvolvimento urbanístico da Figueira da Foz. Antes pelo contrário, cria condições para que ele tenha um desenvolvimento mais harmonioso, e que se acabe de vez com a selvajaria que tem havido nos últimos anos em termos urbanísticos na Cidade da Figueira da Foz e, de alguma forma, pôr um pouco de ordem no movimento anárquico de construção.------------------------------------- 
Julga que têm agora, aqui, uma oportunidade única de mostrarem, na prática, como são coerentes com o que às vezes defendem em determinados momentos e em determinados ambientes. Não basta dizer-se que se está de acordo, é preciso passar à prática, consubstanciar propostas concretas, de apoio prático a determinadas medidas e uma delas, será a de preservar este espaço.-------------- 
Repetiu que, se estão de acordo com isto, devem votar todos em consonância, porque, senão, estão-se a enganar uns aos outros e estão, principalmente, a enganar os munícipes.----------------------------------------------------------- 
A Câmara, após discussão do assunto, deliberou, com cinco votos a favor dos Vereadores Pereira Coelho, Víctor Sarmento, Paz Cardoso, António Tavares e Mário Paiva e quatro votos contra do Presidente e dos Vereadores Lídio Lopes, Teresa Machado e José Elísio, aprovar a inclusão do terreno sito nos Condados, Freguesia de Tavarede, com o número de inventário 30.109, com a área de 18.144 m2, na área e perímetro do Parque de Campismo. ---------------------------------- 

Nota de rodapé.
Passados quase oito anos de poder - quase tanto tempo, como o que esteve o falecido Duarte Silva - o que tem António Tavares a dizer em defesa da sua honra política e da coerência da sua palavra, depois de os seus mandatos como vereador executivo terem contribuido substancialmente para que a "Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, estar completamente betonizada com grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI e, mais recentemente, o LIDL"?

quinta-feira, 21 de março de 2019

Parque Verde plantou 3 árvores


A propósito do Dia da Árvore O Movimento Parque Verde emitiu o seguinte comunicado:
1. O Movimento Parque Verde veio hoje assinalar o dia Mundial da Floresta com a plantação simbólica de 3 árvores no Parque Florestal Rotário Manuel Alberto Rei. Este movimento entende ser contra natura a existência de um estaleiro, neste parque, para stock de inertes e parqueamento de máquinas. Haverá, certamente, outros locais mais apropriados para o efeito.
2. As árvores têm sido objecto de maus tratos na Figueira da Foz, veja-se o massacre ocorrido em Buarcos, aquando da execução de um pretenso projecto de requalificação urbanística o qual em nada contribuirá para a descarbonização nem para benefício da população.
3. Por outro lado, constatámos o corte/abate de várias árvores frondosas na Av. Joaquim de Carvalho e a podas desnecessárias e absolutamente mutiladoras, em vários pontos da cidade que continuam a verificar-se em Março.
4. Se a autarquia tem o compromisso de contribuir para amenizar as alterações climáticas através da descarbonização, como se explicam estas acções? São as árvores com a respectiva folhagem que absorvem o dióxido de carbono do ar no próprio processo de crescimento. Não há melhor eficácia a descarbonizar.
5. Falta mais arborização no Parque das Abadias, seriamente afectado com a tempestade Leslie, sendo um atentado contra a sua beleza e harmonia paisagística a projectada instalação de mais uma superfície comercial nas suas imediações.
6. Por outro lado, não se compreende que as árvores que, por falta de rega, secaram na praia ainda não foram prontamente replantadas. Deverá haver garantia contratual para o efeito no âmbito do respectivo contrato de empreitada.
7. Assistimos com muita preocupação à progressiva betonização da Várzea de Tavarede, sem qualquer respeito pelas condicionantes legais inscritas em sede de PDM e APA (Agência Portuguesa do Ambiente) relativamente às linhas de água ali existentes, nem pela biodiversidade, seriamente comprometida pela opção do “plantio” de superfícies comerciais.
8. Ocorre perguntar onde fica o prometido Parque Verde Urbano?
9. Consideramos que junto às rodovias urbanas da cidade, em vez da propagação de placards publicitários de tamanho considerável, com reduzida distância entre eles, deveriam ter sido plantadas novas espécies arbóreas mais coerentes com uma política de sustentabilidade ambiental.
10. Defendemos, há muitos anos, que a Figueira da Foz - cidade com o nome de árvore – situada na Costa de Prata, poderá valer mais do que ouro, quando optar por práticas mais ecológicas em prol da garantia, no presente e no futuro, de um autêntico património arbóreo/biológico, suporte de uma vida saudável para toda a população.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Decisões tomadas em reunião de Câmara realizada ontem

Expansão do Parque das Abadias, para Norte, foi aprovada com os votos da FAP e do PSD
A vereação do PS absteve-se.
O documento vai ser votado na sessão do dia 15 deste mês da Assembleia Municipal.
O protocolo entre o Município da Figueira da Foz e a produtora dos festivais RFM Somnii e BR Fest, a MOT, foi aprovado por unanimidade.
Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, «a expansão do Parque das Abadias, para Norte, poderá arrancar “muito em breve”. Foi o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, quem o disse, ontem, aos jornalistas, no final da reunião de câmara. Trata-se de uma área de 11,3 hectares, incluindo 5,5 hectares de zonas verdes. Nos restantes hectares, alguns proprietários dos terrenos abrangidos poderão construir, mas sujeitos a diversas restrições. 
A expansão do parque terá dois troços, o primeiro até aos terrenos situados em frente ao Ginásio Clube Figueirense e o segundo até à Serra da Boa Viagem. 
Em vez de seguir o caminho das expropriações, o executivo camarário da Figueira da Foz optou pela constituição de uma Unidade Operativa de Planeamento e Gestão. Deste modo, a autarquia negociou com os 12 proprietários das 19 parcelas de terrenos e isentou o município de pagar aos privados pelos terrenos que serão utilizados na expansão do parque. 
Naquela modalidade, os proprietários que podem urbanizar os seus terrenos pagarão aos que não podem construir nas áreas que cederam. Esta solução entre privados envolve valores de cerca de 800 mil euros. 
O município ainda não definiu o orçamento para a expansão do parque, uma vez que, neste momento, ainda decorre a elaboração dos projetos. Santana Lopes defendeu que o prolongamento do Parque das Abadias “será algo muito importante para a cidade e enquadra-se nos objetivos da Europa Verde”. E acrescentou: “É uma obra a que damos importância, e espero que possa arrancar muito em breve”.
Em setembro passado, numa entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, Santana Lopes tinha admitido que a expansão das Abadias deverá pôr em causa a execução do projeto do Parque Verde, na Várzea de Tavarede. Este processo foi herdado dos mandatos do PS. Indagado sobre se mantém o projeto, o autarca sustentou que a sua execução implica um suporte financeiro “muito pesado” - estão em causa entre cinco e seis milhões de euros. 
No entanto, parte da área verde deverá ser incluída na regeneração da entrada da cidade. 
“O parque urbano que vamos fazer é continuar o parque das Abadias, que é um parque verde urbano excecional. Aquele [a Várzea] tem outras componentes: divisão de propriedades, solo agrícola… Não se justifica. Falei com o professor Sidónio Pardal [paisagista e autor do projeto] e sei o que ele me diz sobre os custos do projeto, que é interessante, mas é muito pesado em termos financeiros”, frisou Santana Lopes, na entrevista de Setembo do corrente ano.
Voltando à reunião de ontem (imagem via DIÁRIO AS BEIRAS).

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

De parque verde a retail park...

Na foto da direita, vê-se uma placa que está naquele local há mais de 15 anos
Foi colocada, ainda, quando o presidente da Câmara da Figueira da Foz, era Pedro Miguel de Santana Lopes
O vereador do trânsito, na altura, recorde-se, era o actual vereador da oposição e candidato do Movimento Somos Figueira, Miguel Almeida .
Em 2009,  passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
Neste outono do ano da graça de 2016, começa a desenhar-se o futuro retail park figueirense
Aos poucos,  as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.
Já na entrevista dada à Figueira TV, em 30 de junho passado, o Dr Joaquim de Sousa alertava para a valorização dos terrenos da Santa Casa e para o seu fim...
Afinal como é?...
Onde estão as forças vivas da cidade!.. Nomeadamente, os movimentos da defesa do "verde".
Este executivo camarário já só engana quem quer ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização, continua a ser o que sempre foi: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente,  hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.
E onde ficam as pessoas senhor presidente e restantes vereadores do executivo figueirense?..

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Aprovado mais um novo supermercado na Várzea e bombas de abastecimento de combustíves em Buarcos??!!..

A Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está completamente betonizada com grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI e o LIDL. Mas vem aí mais...
A Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas, ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola mas já cozinhados, na altura, entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos … 
Nesta zona da Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi igualmente proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 deste executivo camarário (tal como, propôs igualmente Santana Lopes).
Em vez de zona verde, cuja implementação foi nula, os governantes figueirenses, ao contrário do prometido, tiveram foi  vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção do Pingo Doce, do AKI e LIDL no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…
Duarte Silva, recorde-se, em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor …
Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012 que sepultou a freguesia de São Julião (cuja acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… Tão rural que detém as maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais!
A saber: Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo. Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI , o LIDL… 
E agora isto, um furo jornalístico: segundo informação que nos chegou, já foi aprovado o novo "Mega Continente com shopping para a Várzea. São 40 mil m2 de impermeabilização de solos."!
Registe-se: agora, com o novo PDM pode-se construir mais. Com o novo PDM passou de 9 para 16 mil metros o índice de construção.

E, já agora, mais esta notícia em primeira mão: na zona do Modelo de Buarcos, já compraram o terreno ao lado, para instalar umas bombas de gasolina.
E assim vamos indo: como escrevemos há um ano, de parque verde a retail park...
Este executivo camarário já só engana quem quer ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização e o PDM, continuam a ser o que sempre foram: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente,  hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Lisboa é Lisboa! Figueira é Figueira!

Via jornal Público.
"Em 2020, a Praça de Espanha perde carros e ganha árvores. Obras de novo parque urbano arrancam este ano e a câmara prevê terminá-los a tempo da Capital Verde Europeia, que se assinala em 2020. Antes disso haverá mudanças várias.
Quando hoje se sai da estação do metro na Praça de Espanha, a primeira coisa que se vê à frente são vias de trânsito e, atrás, um parque de estacionamento e terminal rodoviário. Daqui a pouco mais de um ano, promete a câmara de Lisboa, a paisagem será radicalmente diferente. Essa saída de metro estará no centro de um extenso parque urbano que ali vai nascer e, em vez de estrada, o que se vai ver é uma ponte pedonal, uma clareira relvada e um riacho.
"


Aqui, é o contrário: "De parque verde a retail park..."
No ano da graça de 2016, já com 7 anos de gestão do Alcaide  Ataíde, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense.
Aos poucos,  as superfícies comerciais passaram a ocupar um espaço que, sublinhe-se, era o último local que restava à Figueira para um verdadeiro parque verde. E tem vindo a ser liquidado.
Este executivo camarário, que teve uma maioria absolutíssima, só enganou quem quis ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização, continua a ser o que sempre foi: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente,  hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.
Parabéns figueirenses...

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

A união faz a força: “o município deliberou reunir todos os dados tidos como pertinentes, accionando os devidos procedimentos para uma resposta clara e objectiva, reiterando a disponibilidade para nesta fase reunir com o Movimento Parque Verde”

Um homem isolado é um alvo fácil. No meio da multidão passa despercebido. É princípio de defesa presente no cardume! O peixe no cardume tem mais facilidade de iludir o predador. É a força imensa do fraco perante o forte: a sua união!

"Tendo por base o previsto abate de algumas árvores junto ao Mercado de Buarcos, em espaço de requalificação urbanística, o Movimento Parque Verde traçou hoje um resumo das medidas tomadas a fim de suspender ou anular esta decisão camarária.
Recordando pedidos de reunião urgente (com últimas datas de 3 e 27 de setembro), adianta Luís Pena, do MPV, que “nada foi aprazado connosco até à presente data, no entanto, as obras continuam a bom ritmo”.
Desta forma, foi hoje anunciado, “seguirá queixa para a Provedoria de Justiça para que, de futuro, situações como esta não se voltem a repetir”.
O município da Figueira da Foz, através do Gabinete do Presidente, mostra abertura em reunir com o Movimento: “o município deliberou reunir todos os dados tidos como pertinentes, accionando os devidos procedimentos para uma resposta clara e objectiva, reiterando a disponibilidade para nesta fase reunir com o Movimento Parque Verde”."

Via Figueira na Hora

Vai seguir queixa para a Provedoria de Justiça...


 
1.   O Movimento Parque Verde é um movimento de Cidadania, com mais de 20 anos de existência, que tem no seu pressuposto a defesa dos espaços verdes na zona urbana da Figueira da Foz;
2.   É um movimento supra-partidário que só tem como único interesse o bem-estar da sociedade em que se insere, batendo-se, por isso, pela defesa dos corredores verdes delineados pelo Plano Garret e pelos Arq. Alberto Pessoa e Ribeiro Telles;
3.   No passado dia 14 de Agosto, fomos alertados da marcação de árvores saudáveis com uma cruz vermelha, na zona ribeirinha de Buarcos, alvo de intervenção por parte desta autarquia, assinalando o seu abate.
4.   Em conversa com os trabalhadores fomos informados que o abate se daria no dia 16 de manhã, sendo que dia 15 foi feriado, era impossível a marcação de reunião com o Sr. Presidente da Câmara, daí a necessidade imperiosa de termos marcado uma concentração no local para impedir o abate;
5.   Aquando da reunião de câmara, realizada a 30 de Agosto último, foi afirmado pelo senhor Presidente que só se procederia ao abate de 10 árvores…
6.   Após esta informação, tornada pública nessa reunião, o Movimento Parque Verde, no dia imediato, ou seja, em 31/08/2018, requereu uma reunião técnica urgente com a seguinte finalidade:
- Indicação precisa das 10 árvores que tencionavam abater.

- Quais os locais, as espécies e número de árvores a plantar. 

7.   Em virtude da não resposta ao nosso pedido de reunião urgente, em 3 de Setembro, reiterámos o pedido.
8.   Em 4 de Setembro, fomos informados que o Arq. Ricardo Vieira de Melo se encontrava a desenvolver as alterações resultantes dos acertos no projecto e que, após recepção das mesmas seria marcada uma reunião com este Movimento.
9.   Dado terem decorrido mais de 3 semanas sem qualquer notícia, nem marcação de reunião, em 27 de Setembro transacto, foi reiterado novo pedido de reunião.
10. Porém, nada foi aprazado connosco até à presente data, no entanto, como podem observar, as obras continuam a bom ritmo, o que nos faz depreender que não existe vontade de reunir com este Movimento que, conta com um passado de independência, coerência cívica e cultura democrática.
11. Por tal facto, vimo-nos obrigados a dar esta conferência de imprensa servindo a mesma para informar que seguirá queixa para a Provedoria de Justiça para que, de futuro, situações como esta não se voltem a repetir nesta cidade com um passado de fraternidade democrática onde reinou sempre o diálogo.
12. Porque as árvores não falam e não votam, têm aqui – neste Movimento - a sua Voz!  

Buarcos, 3 de Outubro de 2018

MOVIMENTO PARQUE VERDE

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Conferência de imprensa do Movimento Parque Verde

"A Figueira, que sempre foi uma cidade privilegiada pela Democracia, vê-se agora privada desse bem essencial à vida político-social. Pena que assim seja, pena que o executivo socialista, não aplique as regras da Democracia, pelas quais o partido se rege. Como Figueirense, sinto-me envergonhado. Sinto pena de ver um presidente de Câmara, com pouco ou nenhum dom da palavra. Aborrecido a falar, sem interesse, quase por favor! A Figueira merecia muito melhor!"  - João Paulo Simões. Comentário colocado numa postagem de Luís Pena, sobre a recusa de audição ao Movimento Parque Verde.
O Movimento Parque Verde, grupo cívico que defende as áreas verdes e arborizadas da zona urbana da Figueira da Foz, vem comunicar que irá levar a cabo uma conferência de imprensa, amanhã, Quarta-Feira, dia 3, pelas 12h 30m, junto ao Mercado de Buarcos, local onde estão em risco de serem abatidas árvores de grande porte, com mais de 50 anos.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Comunicação do Movimento Parque Verde, lido hoje na Reunião de Câmara


1. O Movimento Parque Verde é um movimento de Cidadania, com mais de 20 anos de existência, que tem no seu pressuposto a defesa dos espaços verdes na zona urbana da Figueira da Foz;
2. É um movimento supra-partidário que só tem como único interesse o bem-estar da sociedade em que se insere, batendo-se, por isso, pela defesa dos corredores verdes delineados pelo Plano Garret e pelos Arq. Alberto Pessoa e Ribeiro Telles;
3. Esta defesa intransigente levou este movimento a manifestar-se contra as várias tentativas de alienação do Parque de Campismo Municipal, do Horto Municipal, do Vale do Galante e de tudo o que ponha em causa os Corredores Verdes acima mencionados, bem como todo o património natural deste concelho;
4. No passado dia 14 de Agosto fomos alertados da marcação de árvores saudáveis com uma cruz vermelha, na zona ribeirinha de Buarcos, alvo de intervenção por parte desta autarquia, assinalando o seu abate.
5. Em conversa com os trabalhadores fomos informados que o abate se daria no dia 16 de manhã, sendo que dia 15 foi feriado, era impossível a marcação de reunião com o Sr. Presidente, daí a necessidade imperiosa de marcar uma concentração local para impedir o abate;
6. Tem razão o Sr. Presidente quando agradeceu publicamente a nossa intervenção cívica pois, sem dar por ela, podia ter-se cometido um crime ambiental inaceitável em pleno sec. XXI;
7.Mas pode também agradecer a nossa intervenção ao longo destes 21 anos, pois sem ela este executivo não poderia ter feito os melhoramentos ao parque de campismo, que louvamos, nem poderia ter feito um relvado sintético no campo de treinos, que o executivo de Santana Lopes quis vender para construção urbana;

8.Exigimos que tome uma decisão política justa, a qual deverá passar pela compatibilização do património arbóreo pré-existente com o projecto urbanístico em curso, sendo esta uma necessidade absoluta, pois estamos a falar de árvores com mais de meio século, em perfeito estado de saúde e sem qualquer problema para a segurança e saúde públicas;
9.Alertamos também para a retirada de consequências políticas suas e de alguns dos seus pares na governação, pela incompetência demonstrada em todo este processo, para o Presidente não acabar o seu último mandato em desgraça, com uma imagem pessoal denegrida que apaga os dois mandatos anteriores;
10.De facto a nossa intervenção não surgiu agora, ao contrário do que alguns tentam transmitir, temos um passado de independência em relação aos vários executivos que por aqui vão passando;
11.O nosso objectivo é um só: ajudar a preservar o património verde da Figueira da Foz, para que as próximas gerações possam ter acesso a esse património da mesma forma que nós temos.

sábado, 6 de maio de 2017

Encontro do PSD com o Movimento Parque Verde

Na manhã de sábado, 6 do corrente mês, dirigentes do PSD/Figueira da Foz, deputados do mesmo partido eleitos por Coimbra e o candidato à câmara da Figueira da Foz, Carlos Tenreiro, encontraram-se com cidadãos pertencentes ao Movimento Parque Verde, para análise do ponto da situação do “corredor verde” da zona urbana da Figueira da Foz, face à revisão do PDM/2017, actualmente em período de discussão pública.
Na oportunidade, Luís Pena e Diogo Serôdio realçaram os pontos de vista deste movimento de cidadania, denunciando as implicações que a mudança da utilização dos solos,  com a aprovação do PDM em discussão pública. Nomeadamente, apontaram como pontos negativos, o impacto ambiental pela expansão do betão ocupando espaços públicos que, no seu ponto de vista, deveriam ser de usufructo público, de harmonia com o projectado, em devido tempo, pelo Arquitecto Ribeiro Teles.
Os membros do PSD presentes no encontro, sublinham a importância de proteger este corredor verde, pois consideram grave o que tem vindo a público na comunicação social de possíveis cedências do terreno onde se encontra o Horto Municipal, para alargamento de um centro comercial.
Para o PSD existem muitas questões que gostavam de ver respondidas.
Nomeadamente: 
1. Que interesses gravitam em redor deste possível negócio?     
     Quem garante a criação dos tais 2000 postos de trabalho?
(Em Coimbra, duvidamos que alguma das superfícies comerciais tenha tantos postos de trabalho!)
2. Se o terreno vai a hasta pública, quem garante que é o Foz Plaza que o consegue comprar?
3. E se forem outros a adquirir o terreno?     
4. Qual é o interesse, afinal,  por parte da Câmara em fazer esta alteração a pedido de um privado?

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Em defesa do Horto Municipal

A ignorância é uma qualidade de muitos!..
O presente político na Figueira, protagonizado por esta maioria absoluta presidida por João Albino Ataíde, vai ter um fim inesquecível.
A vantagem das profissões de fé, é esta: pode ignorar-se o óbvio, pelo menos, enquanto o peso da evidência não nos esmaga a ignorância
Foi com estes pensamentos que, hoje à tarde, abandonei os paços do concelho da Figueira da Foz, depois de ter presenciado uma acesa, mas civilizada, discussão política, entre um cidadão informado chamado Luís Pena, que anda há décadas a exercer o seu legítimo direito de cidadania em defesa da nossa cidade e do nosso concelho, e o executivo de maioria socialista, presidido por um cidadão chamado João Ataíde que, em 2009, caiu de pára-quedas na Figueira
Amanhã, haverá certamente mais pormenores do debate desta tarde. 
Para já, por um lado,  quero relevar a intervenção da vereadora da oposição Teresa Machado, de que destaco esta frase: «se se vender o Horto, vai-se cometer um erro tremendo, como aconteceu com o edifício "O Trabalho"».
Recorde-se que o único vereador que, na altura, votou contra a implantação daquele edifício que constitui um "pesadelo" para esta câmara e para os figueirenses, foi o eng. Abel Machado.
Por outro lado, dado o interesse da intervenção de Luís Pena na reunião de Câmara realizada na tarde de 17 de Abril de 2017, para memória futura, aqui fica na íntegra.

Passo a citar.
Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal e demais vereadores presentes nesta casa da Democracia:

Em jeito de introito, gostaria de esclarecer que a minha intervenção nesta reunião de câmara, aberta ao público, radica em duas ordens de razões:
- A primeira, no facto de estar a decorrer o período legal de discussão pública do PDM e de ter apresentado dois requerimentos no passado dia 30 de Março, relativamente aos assuntos do espaço correspondente ao Horto Municipal e da zona correspondente ao terreno municipal com a área de 18.144m2, situado a Norte/Nascente do Parque de Campismo. Relativamente a estes requerimentos, até à data, não me chegou qualquer resposta.  
- A segunda razão, por ter figurado como primeiro subscritor de duas petições dirigidas a esta Câmara: a primeira em 21 de Março de 1997 e a segunda, em 5 de Junho de 2007, subscrita por 3500 cidadãos.
A primeira petição foi motivada pelo anúncio público do presidente da Câmara de então, Aguiar de Carvalho, entender que o Parque de Campismo “tinha esgotado o seu período de vida útil”…
À época, esta opinião foi rejeitada pela larga maioria dos figueirenses.
Apesar disso, o executivo camarário de então, insensível à cidadania demonstrada por milhares de cidadãos, decidiu, em 5 de Junho de 1997 vender o Horto Municipal. Sucede que, por força da opinião pública, a Assembleia Municipal, em 30 de Junho desse mesmo ano, chumbou a decisão de venda do Horto.
Na altura, o PS na Assembleia Municipal, foi muito claro e assertivo tendo sido afirmado pelo então líder de bancada António Alves o seguinte:
“O PS entendia que o Horto Municipal devia ser mantido como mancha verde a preservar e a incluir em futura revisão do PDM”.
No ano seguinte, em 1998, iniciou-se um processo de auscultação dos munícipes para a revisão do Plano Director Municipal. Participei na reunião relativa à freguesia de S.Julião, realizada em 25 de Setembro de 1998, no auditório do Museu Municipal. Requeri, nessa reunião, que a classificação da zona correspondente ao actual Parque de Campismo e Horto Municipal fosse alterada, pois tal espaço estava classificado no primitivo PDM como zona de expansão urbanística. Pedi, na qualidade de 1º subscritor de uma petição (que um ano antes tinha reunido cerca de 4.300 assinaturas), que tal espaço fosse classificado como zona verde, livre da ânsia construtiva…Sei que os responsáveis da edilidade, à data, tomaram nota desta pretensão de carácter colectivo. 
Aquando da discussão da proposta de Revisão do PU, ocorrida nos anos de 2007 e 2008, o PS, então na oposição, por diversas ocasiões, defendeu a necessidade de preservação do conjunto formado pelo Horto Municipal, Parque de Campismo e terreno anexo ao mesmo, sito a Norte e Nascente. Em relação a este terreno, com o número de Inventário 30.109, há decisão camarária de 19/11/2007 que aprovou a sua inclusão na área e perímetro do Parque de Campismo. Na proposta de PDM, este terreno aparece classificado como “Espaços Habitacionais de Tipo 1”, sendo pois possível a sua alienação para construção urbana, a exemplo do que já foi anunciado publicamente, por duas vezes, em relação ao terreno do Horto Municipal. 
Ocorre perguntar se a bondade da decisão camarária de 19 de Novembro de 2007 não ficará prejudicada face à actual classificação no PDM para o espaço em causa?
Não existirá uma contradição insanável entre o espírito dessa decisão que pretendeu – de uma vez por todas – a protecção daquele espaço e evitar mais construção urbana naquela área da cidade, que constitui o prolongamento do corredor verde, que se inicia no Jardim Municipal, atravessa as Abadias e se prolonga em direcção ao Parque de Campismo e à Serra da Boa Viagem? 
Decorridos 20 anos, desgosta-me o facto de ver, no decurso do prazo de uma discussão pública, declarações nos jornais a anunciar a “promessa de venda” do terreno do Horto Municipal com o único fim imediatista de ampliação de um centro comercial…
Ocorre perguntar porque é que essa ampliação não é feita com a construção de mais um piso em altura quando o actual Plano parece consentir?
Será necessário hipotecar mais um espaço público, de grande beleza e harmonia e comprometer o enquadramento paisagístico do Parque de Campismo, já de si, bastante asfixiado pela pressão urbanística que o rodeia?
Não estarão a tomar uma decisão demasiado apressada, pouco amadurecida e contraditória às posições públicas do partido pelo qual foram eleitos, tomadas num passado recente?
Não estarão a ignorar a vontade e sensibilidade de 3500 cidadãos, que em 5 de Junho de 2007, pediram, em sede de revisão do PU e do PDM, que o Horto e o Parque de Campismo fossem preservados de mais construção? Não será preferível anexar ao Parque este terreno, em forma de enclave?
Têm presente os princípios da Carta de Aalborg subscrita pelo Município em Agosto de 1996 e os princípios do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Figueira da Foz? E a adesão à Agenda 21 Local serve para quê?
O interesse colectivo da "sustentabilidade ambiental", considerando que se trata de um terreno municipal, terá de estar acima da lógica comercial e imediatista de uma qualquer empresa!
Vender o Horto é sinónimo de "dar uma facada" no Parque de Campismo" e condená-lo, a médio prazo, como já foi tentado num passado recente.
O Horto Municipal poderá, no futuro, ter outra afectação, nomeadamente com a ampliação natural do Parque de Campismo, que o contorna pelo Poente e Nascente, mas jamais servir de terreno para “plantio” de umas quantas lojas comerciais…
A manutenção de um certo capital natural para as gerações vindouras exige a preservação do conjunto paisagístico e arbóreo formado pelo Parque de Campismo, terreno municipal situado a Norte e Nascente bem como pelo Horto.
Não será pedir muito, senhor Presidente, em nome do desenvolvimento sustentável da cidade que se constrói, não apenas com decisões tomadas pelos eleitos que, temporariamente, ocupam os cargos autárquicos mas, sobretudo, pela participação dos cidadãos que são a essência da civitas.
Creia, senhor Presidente, que estas preocupações são perfilhadas por muitos munícipes e cidadãos que amam esta cidade que tem o nome de uma árvore: Figueira.
Repensar uma decisão e corrigir erros na proposta de PDM não será sinónimo de fraqueza, antes sinal de elevação democrática e de respeito pela cidade.
Sem qualquer menosprezo para vários milhares de figueirenses que, por duas vezes, assinaram uma petição, a título meramente simbólico, citarei o nome de alguns deles que partilham o entendimento supra exposto: 
Maria Teresa Coimbra, Isabel Maranha Cardoso, Vítor Coelho, Delmar Damas, Diogo Serôdio, Paulo Gonçalves, Pedro Jorge, Rui Curado, Carlos Moço, António Cândido Alves, Pereira da Costa, Luís Ribeiro, João Vaz, Eurico Gonçalves, Rui Brites, Manuel Coelho, Vítor Pereira, Rui Duque, António Agostinho, Daniel Santos, Rui Torres, Silvina Queirós, António Jorge Pedrosa, Gonçalo Cadilhe. 
Apesar de não residirem na Figueira, também a Arquitecta Helena Roseta e Gonçalo Ribeiro Teles defendem idêntica posição. 
Não obstante o disposto no nº 7 do art. 12º do Regimento da Câmara em vigor, solicito que esta intervenção seja anexa à acta da reunião de Câmara, em sede do período de intervenção do público.

Luís Ramos Pena