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sábado, 15 de abril de 2017

A Figueira vai notar a ausência de Manuel Luís Pata

O Senhor Manuel Luís Pata, fotografado por Pedro Agostinho Cruz, em finais de outubro de 2013, no decorrer de um agradável café, acompanhado, como é habitual quando nos encontrávamos, de uma  empolgante  conversa sobre  o porto e a barra da Figueira, à mesa do Bar Borda do Rio, na Gala.
Com o falecimento de Manuel Luís Pata, "o responsável pelos livros que nesta cidade da Foz do Mondego, até hoje, foram publicados sobre a pesca longínqua do bacalhau e sobre os estaleiros da construção naval figueirense", a Figueira ficou mais pobre.

Foi um Homem que nunca abdicou de lutar.
Para além da luta que teve na década de 80 do século passado contra a construção da variante da Gala, do modo como implantada, liderou ou participou em muitas outras batalhas. Quase todas, se não mesmo todas, perdidas.

Em 1998-1999, tentou, sem êxito, salvar da destruição o último dos grandes navios de ferro bacalhoeiros da Figueira da Foz. Juntamente com os capitães locais, Álvaro Abreu da Silva e António Marques Guerra, foi um dos principais dinamizadores do movimento cívico que na Figueira da Foz defendeu o projecto, que foi torpedeado pela administração pública municipal (e, por isso, ingloriamente malogrado), de salvar da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros figueirenses (o antigo "Sotto-Maior", depois chamado "José Cação"), para o transformar numa instalação museológica e assim dar um contributo para a criação do Museu do Mar local. Esse movimento foi lançado e apoiado também com a participação do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), mas não conseguiu vencer as resistências que lhe foram movidas.

Conforme recordou Alfredo Pinheiro Marques, "no ano anterior, em 1997, prontificou-se  para ser o primeiro a testemunhar (se fosse necessário) acerca da destruição dos seis  barcos de madeira antigos de pesca, adquiridos pelo erário público para fins museológicos (e estudados pelo próprio Arq. Octávio Lixa Filgueiras) mas que foram destruídos durante uma década no interior do Museu Municipal da Figueira da Foz." 

O projecto de criação do Museu do Mar da Foz do Mondego (o museu, desde sempre, desejado por tantos...) passou a fazer parte do essencial da estratégia do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) desde a sua fundação na Figueira da Foz, em Janeiro de 1995: primeiro, apontando-se tal Museu para as antigas instalações da Fábrica de Conservas Cofisa em Buarcos  e, depois, em outros locais na cidade da Foz do Mondego e na sua margem sul (nomeadamente, com a inclusão desse navio, se ele tivesse sido salvo e musealizado, o que não veio a acontecer).
Tal projecto, pelo qual Manuel Luís Pata, no âmbito do CEMAR, lutou até ao fim, foi sempre inviabilizado. Quando um dia existir, se vier a exisitir, a memória e a contribuição de Manuel Luís Pata, terão de ser tidas em conta e ficarem devidamente registadas para memória futura.

Manuel Luís Pata, no decorrer de toda a sua vida, nunca deixou esquecer o antigo e meritório projecto, infelizmente fracassado, do porto oceânico de águas profundas no Cabo Mondego (Buarcos), do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva (1913). Esse projecto, se tivesse sido concretizado, teria dado à região da Figueira da Foz e de Coimbra o futuro que tal região não veio a ter. 
É sobejamente conhecida a sua luta contra o aumento do grande molhe norte do actual pequeno porto fluvial da Figueira da Foz (2006-2008), denunciando o que considerou ser mais um erro histórico que iria avolumar as situações de calamidade visíveis desde há décadas na região da Foz do Mondego, o que, infelizmente, veio a acontecer.
Os mortos na barra da Figueira e a erosão costeira a sul do estuário do Mondego são disso, infelizmente, a prova.

Em 2007, publicou no jornal "A Voz da Figueira" (25.10.2007), um artigo onde denunciava (e se declarou contra) a intenção abstrusa, daqueles que foram responsáveis pelo aumento do molhe norte do porto da Figueira, de colocar lá um "monumento aos figueirenses da epopeia do bacalhau" ("proibo que o meu nome e dos meus familiares falecidos sejam colocados em tal local aberrante" [sic])."
Manuel Luís Pata estava também frontalmente contra as obras na Praia da Figueira, outrora da Claridade, agora  da Calamidade.

Em Setembro de 2016, por ocasião da publicação do seu último livro, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal da sua terra natal, em vida, meritoriamente, a Medalha de Mérito do Município da Figueira da Foz (13.09.2016).
Lamentavelmente, já não viveu o tempo suficiente para a receber.
A Medalha de Mérito Municipal da Figueira da Foz, que lhe foi atribuída pela Câmara Municipal, irá ser entregue à Família do Senhor Manuel Luís Pata no próximo Dia da Cidade da Figueira da Foz, em 24 de Junho de 2017.

Manuel LuísPata vai fazer falta à Figueira.
Depois de tantos milhões gastos, para chegarmos aqui: "Requalificação do areal para aproximar a cidade ao mar"!..
Ouçam mas é quem sabe, por saber de experiência feita:
"... na pág. 8 do semanário “A Voz da Figueira”, de 13 de janeiro de 2016, com o anúncio da construção desta “milagrosa” obra onde irão gastar (estragar mais de 2,1 milhões de euros), fiquei perplexo!..
No entanto, os meus 91 anos não deveriam permitir que isso acontecesse! Mas, aparece sempre algo que nunca nos passaria pela imaginação.
Afinal: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?
Insisto: devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Leva-me a crer que quem tomou esta iniciativa desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira e não será esta “milagrosa” obra que irá repor essa condição!
Na realidade, o extenso areal existe e todos sabemos qual a razão e, mesmo sabendo, foi decidido acrescentar o molhe norte!
O resultado está bem visível e é lamentável! Pelo que li, o areal distancia o mar da cidade 40 metros em cada ano!
Julgo que todos sabemos - ou o que nos leva a crer, nem todos - que esta areia não pertence à Figueira e não deveria ali estar.

Enquanto não devolvermos ao mar as areias que lhe roubaram (e que lhe fazem falta) continuamos à sua mercê. O mar faz parte da natureza e o ser humano não tem poder para a dominar! Tem sim que a respeitar e, com inteligência, saber defender-se das fases nocivas.
Pelas razões que expus, terei, a contragosto e uma vez mais, de adicionar mais uma obra ao meu arquivo de obras “asnas” e gostaria que fosse a última, não porque na verdade já não terei muito mais tempo para o fazer, mas por deixarem de existir.
O mar deu brilho e riqueza à Figueira, à praia, à faina da pesca – com destaque para a do bacalhau -, grades secas, fábricas de conservas e indústria naval e a Figueira há muito lhe virou as costas."

Manuel Luís Pata, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu...

Com as conversas que tive com este Senhor, aprendi muita coisa, nomeadamente que "o mar não gosta de cobardes".  E que "ao mar nunca se vira as costas".
O cuidado, o carinho, a dedicação,a perseverança e o bom gosto com que sempre defendeu a Aldeia, ao recordar a figura de Manuel Luís Pata, enche-me de um sentimento de gratidão para com este enorme covagalense e grande figueirense.
Como ele próprio me disse um dia, já lá vão quase dezasseis anos, “é pena que nem toda a gente entenda que na construção do futuro é necessário guardar a memória”.

Por me ter sido permitido viver esta dádiva, obrigado por tudo Senhor Manuel Luís Pata. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Da série, Museu do Mar...

MARE ficus

"O Museu do Mar tem que ser diferente.
Arrojado, inovador, divertido, interativo, oferendo uma experiência sensorial inigualável ao visitante.
Tem que ter dimensão mundial. Somente assim haverá capacidade de mobilizar pessoas do país e do
estrangeiro para o visitar.
Deverá ser um Museu dentro de água, imerso por mar.
Cabo Mondego? A estudar bem, mas à primeira vista parece haver potencial para se tornar nesse espaço que almejamos, um ponto de encontro entre o Mar e a Terra, onde se possamos desfrutar de uma nova perspetiva sobre os elementos que nos rodeiam.
Transformar a Figueira da Foz numa terra de mar, com rio e serra, entre investigação e bons restaurantes de peixe é quase uma aposta na sobrevivência do terceiro setor, serviços ligados ao conhecimento e à diversão. E aqui o Museu do Mar poderá desempenhar um papel fundamental,
exercer um papel pedagógico sobre os riscos que “o Mar” enfrenta, desde as alterações climáticas à
pesca excessiva. Mais do que isso, a Figueira poderia ser hipoteticamente a “capital da costa Ocidental portuguesa”, entre Lisboa e o Porto, não há nenhum cidade com a dimensão e escala da Figueira. Aveiro está afastada da praia.
Peniche e Nazaré não têm dimensão nem escala.
Sonho alto, porque não sei se haverá dinheiro num futuro próximo. O município da Figueira da Foz
tem gasto muito dinheiro em apoios a telenovelas, balneários, rotundas, obras de duvidosa valia,…etc., são 100 mil Euros aqui mais 50 mil acolá, e os fundos desaparecem.
E a Figueira não deve regressar ao passado, como está a acontecer agora, tem que se voltar para
o futuro com uma visão própria, apostando nas suas vantagens competitivas, enquanto território
com condições naturais privilegiadas. O Museu do Mar pode ser parte da necessária mudança que
queremos, reinventando a Figueira."

Via Diário as Beiras

Nota OUTRA MARGEM, UM BLOGUE QUE VEM DE DE LONGE: O último bacalhoeiro da Figueira da Foz
Construído na Holanda, em 1949-50, com o nome "SOTO MAIOR", passou a chamar-se JOSÉ CAÇÃO em 1974. 
Com o declínio das pescas portuguesas, após adesão à União Europeia, houve uma tentativa de transformar este navio em museu, mas sem o apoio da Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes, acabou na sucata por volta de 2002-2003. 

sábado, 18 de julho de 2020

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (7)

"Poderia começar por falar do projeto de requalificação do Cabedelo que deu origem à atribuição de fundos europeus, mas as alterações aos planos de intervenção já foram tantas que não faz sentido falar do início de tudo. E aqui questiono: com o desvirtuar do projeto inicial, será que o dinheiro que está para vir da europa pode ser utilizado para esta nova realidade? Poderia falar da primeira ou da segunda fase da obra em curso, mas para isso teria que falar no muro de betão e das indeminizações atribuídas a vários proprietários de negócios existentes no cabedelo para abrir caminho e “despachar” a obra. Poderia também falar no “sonho” que era tornar aquela praia do lado sul do concelho numa “Tróia”, mas para esse efeito teria que opinar sobre grandes hotéis e campos de golfe. Poderia falar da falta de acessos à praia, dos passadiços destruídos, da falta de limpeza do areal e da inexistência de uns balneários, mas estes pormenores não contam para quem está no topo do edifício dos paços do concelho. Mas o que hoje interessa é a tomada de posse administrativa do Parque de Campismo. O que interessa é acabar com o campismo. Recorde-se, porém: os seus proprietários vieram há 32 anos ordenar o que estava desordenado. Apesar de precisar de uma nova imagem (nunca ninguém disse o contrário) neste momento ainda é a zona do Cabedelo mais organizada. Basta, no local, olhar em redor. Ao dia de hoje faltam precisamente 15 dias para o executivo da Câmara Municipal tomar o parque de campismo como seu e pergunto: o que vão dizer ao Raúl, à Albertina, à Sónia, ao Robalo, ao Carlos, à Graça, à Celestina, ao Fabrício, ao Gonçalo, à Denise, à Telma, à Nelia, à Lena, ao José e ao Paulino? São estas as pessoas que vão perder o emprego. Não têm nada para lhes dizer? Além de quererem avançar no auge da época balnear. Depois de dois anos de verdadeiros “atropelos” na obra de requalifi cação e parafraseando António José seguro “qual é a pressa?” ou então tal como Jorge Coelho referiu, “quem se mete com o PS leva”? Se concordo? Com toda a indignação digo que não. Só consigo dizer, mais do que um espaço, estamos a falar de pessoas. As que lá trabalham só querem uma coisa. Deixem-nas trabalhar!"
Via Diário as Beiras

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Continuamos "a encanar a perna à rã"...(2)

Ontem, em directo, tive oportunidade de ver o discurso de Carlos Monteiro no Cae, na Sessão Solene Comemorativa do Dia da Cidade em 2020 e entrega de distinções honoríficas. Como estava pressionado pelo tempo, fiz uma postagem rápida onde me limitei a fazer o resumo do que tinha ouvido numa frase: continuamos a "encanar a perna à rã".
Vamos, agora, depois de ouvir de novo e de alguma leitura nos jornais, a algumas citações. 
(Para ouvir o discurso na integra, clicar aqui.)
“É necessário valorizar os espaços públicos das freguesias mais rurais, assim como viabilizar a construção de mais passeios em todo o concelho”. 
“Seria muito importante que os Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano se estendessem a todas as freguesias”.
Estão “previstas novas intervenções em todas as freguesias do concelho”. O “concelho tem mil quilómetros de vias asfaltadas, que vão continuar a ser requalificadas, assim como irão ser feitas algumas intervenções de requalifi cação em áreas de reabilitação urbana”, frisou Carlos Monteiro.
O parque urbano e as ciclovias que ligarão a Figueira da Foz a Coimbra e à Mealhada e a via ciclável e pedonal europeia (Eurovelo), assim como a requalificação dos passadiços das praias da Murtinheira, Quiaios e Costa de Lavos, também integram os investimentos programados pela autarquia, lembrou o edil. Isto enquanto decorrem obras no Cabedelo e se prepara o início da segunda fase da frente marítima de Buarcos.
Plano de investimentos: ligação da rua da Vidreira, na Fontela, à A14, a estrada do Cabo Mondego e a rotunda do Galo de Ouro, em Tavarede. No campo de desporto,  está “sempre no horizonte” do executivo camarário que lidera “a necessidade da construção de uma piscina coberta na zona urbana, assim como um pavilhão multiusos com ambivalência na vertente económica”.
O presidente da autarquia figueirense realçou, ainda, o futuro centro de formação profissional e a expansão da área da zona industrial e o seu contributo para o desenvolvimento económico e a qualificação da mão de obra. Referiu as obras na Escola Cristina Torres e a requalificação que deverá ser feita na Escola das Abadias. A  Bernardino Machado, também está no pensamento do presidente, todavia, “ainda não surgiu a oportunidade”.  E, claro, a recuperação das ruínas do Convento de Seiça também está na lista de obras.
Habitação: “Não terminaremos o mandato sem definir uma estratégia local de habitação para o concelho. Queremos promover a oferta de soluções habitacionais adequadas e atrativas para os diversos níveis de rendimento, composição e estilos de vida dos agregados familiares, incluindo para aqueles que têmnecessidades especiais e que requerem integração coerente de respostas e políticas sectoriais” “Esta medida requer a mobilização extraordinária de recursos da rede social do concelho, do município e do Estado”.

Terminadas as citações, um comentário.
Que me lembre, nunca um presidente de câmara desiludiu tão depressa. A uma  entrada, em que Carlos Monteiro mostrou um deslumbramento indisfarçável, seguiu-se o habitual: mais do mesmo, que o mesmo é dizer, nada de novo. Carlos Monteiro, em Abril de 2019, surgiu como presidente de Câmara, como um produto do acaso. Claro que foi apenas um começo. Uma coisa é certa, porém: em 2021, se a ambição ganhar eleições, Monteiro arrasa todos os outros candidatos.
Para compensar a ausência de liderança, de competência política, capacidade de gestão da autarquia e desgaste rápido na opinião pública, este executivo atacou na área dos media, o que, aliás, é muito típico do PS. Para além dos políticos socialistas António Costa e José Socrates,  na memória de todos, por serem os mais recentes, lá mais para trás, os governos de Mário Soares e de António Guterres- Jorge Coelho fizeram escola, na "domesticação" dos media, que continua com seguidores fiés passados todos estes anos.
Este discurso de ontem de Carlos Monteiro, ao só falar do presente e do futuro a curto/médio prazo, mostra o que  Carlos Monteiro representa hoje na política figueirense: a figura que comanda e que tutela a não política, as não posições definidas e objectivas, a demagogia e o explorar das emoções mais básicas do pequeno mundo do PS Figueira e do eleitorado concelhio
Tornar possível o retorno da política, pura e dura, que desde a passagem de Santana pela câmara da Figueira desapareceu da vida local, seria  a melhor forma  de fazer o combate político que se impõe fazer a Carlos Monteiro. 
Teria de ser um combate político feito com Política, a sério. Mas, como promover  a discussão séria, consequente e frontal de ideias e projectos para a Figueira, se os políticos em exercício, salvo raríssimas excepções, nem oposição têm feito?..

Que não haja ilusões: para a Figueira vir a ter futuro, a longo prazo, a Política tem de regressar à Figueira. 
Esta "liderança acidental" da câmara da Figueira, foi uma oportunidade que caiu no regaço de Carlos Monteiro no ano passado. Tal como aconteceu a Bruno Lage o ano passado no Benfica. Depois do sucessso fulgurante, pelo andar da carruagem, já se percebeu que Lage não é lider, nem o treinador que o Benfica precisa. Vive à mercê do patrão, vigiado, sitiado, à espera que ele decida o seu futuro...
Quem vai decidir o futuro de Carlos Monteiro, em princípio irá ser também o patrão (o povo). O povo, em democracia, tem o seu papel. Muitas vezes, porém, o de verbo de encher o balão da demagogia dos políticos...