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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu balanço de dois anos de mandato autárquico deste executivo da Câmara da Figueira da Foz

Cito o jornal AS BEIRAS
de hoje.
"Em 2009, João Ataíde, que até àquele ano era juiz desembargador, conquistou a Câmara da Figueira da Foz para o PS, depois de 12 anos de gestão do PSD. Obteve, no entanto, maioria relativa, tendo na oposição os social-democratas e a Figueira 100%. Recandidatou-se em 2013, sem o movimento independente na corrida, e conquistou a maioria absoluta. A primeira medida que tomou foi fechar ao público e aos jornalistas a primeira das duas reuniões de câmara mensais ordinárias, pondo fim a uma tradição que se mantinha desde o 25 de Abril.
Foi uma decisão política controversa que mereceu forte contestação, por parte da oposição e da opinião pública. Quando já praticamente ninguém falava no assunto, volta a gerar celeuma, ao debater o plano estratégico do concelho à porta fechada. Desta vez, até autarcas e dirigentes do PS se juntaram às críticas. O autarca independente admitiu rever a decisão.
Porém, volvidos dois anos, tudo continua na mesma."

Esta tomada de posição política tomada por Ataíde no início de um mandato com maioria absoluta, marcou os 2 anos que se seguiram e há-de marcar os 2 anos que faltam por cumprir.
Ninguém que se julga com poder - como é o caso do ex- juiz desembargador e actual presidente da câmara da Figueira da Foz - gosta da democracia, porque sabe que só a democracia me dá a mim, vulgar cidadão, sem poder político ou económico, o direito e a possibilidade de derrubar alguém que se julga com poder...

O resto era o mínimo que tinha de ser feito. 
Volto a citar AS BEIRAS. "Os 40 milhões da dívida da câmara e das empresas municipais que encontrou em 2009, está a ser paga ao abrigo de um plano de saneamento financeiro, com maturidade de 12 anos (termina em 2021), que absorve cerca de seis milhões de euros por ano. 
Das obras realizadas nos dois últimos anos, João Ataíde destaca a construção do novo quartel dos Bombeiros Municipais e da Extensão de Saúde de Lavos; recuperação do Forte de Santa Catarina; instalação do Balcão de Atendimento Único da câmara; requalificação do largo da Feira Velha de Maiorca; beneficiação da rede viária, que continua (mas pouco, digo eu...);  as obras que acabaram com as inundações na rua da República. A segunda fase da reparação das muralhas de Buarcos também foi concluída neste lapso de tempo autárquico, bem como o centro de convívio e cultural do Portinho da Gala (vai servir para quê? - pergunto eu.  Mais de um ano depois do seu acabamento e meses depois depois da sua inauguração continua fechado...).
Estão aprovadas intervenções nas escolas Cristina Torres (secundária) e da Gala (1.º ciclo), relva sintética no campo de futebol da Leirosa e requalificação do areal urbano. 
Aplicou, por propostas da oposição (PSD), o primeiro Orçamento Participativo, processo em fase de votação." 

João Ataíde não gosta daquilo que considera ser um "misto de Conselho de Ministros e Parlamento, onde o órgão executivo se reúne para deliberar com a participação da oposição, que aproveita este figurino de governação para mediatizar as suas posições e propostas, e a presença de público e jornalistas." 
Por isso, depois da maioria absoluta, concluiu: “a oposição tem muito mais informação nas sessões fechadas ao público do que nas abertas. Nas abertas, temos a percepção que estamos escancarados a toda a comunicação. A democracia não é um ato de democracia directa”. 
Entretanto, continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Todo o mundo é composto de mudança.

Em tempo.
O caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, é talvez a maior obra de que o presidente Atáide se deve orgulhar, pois alcançou algo único e inédito, creio que em todo o mundo: conseguiu meter um Hospital dentro de um parque de estacionamento.
Ataíde e esta maioria absoluta do PS,  têm um lindo problema para resolver com esta história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, avançou com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu, que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me  uma enorme confusão!..

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PSD contra esta privatização da Figueira Parques

Miguel Babo, Ricardo Silva e Carlos Tenreiro, os vereadores
PSD que votaram contra esta privatização da Figueira Parques.
Foto sacada daqui.
Via comunicado, que pode ser lido na íntegra clicando aqui, a Concelhia do PSD critica  a venda da posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação "sem concurso público vai condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pode ler-se no documento. "A opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", acrescentam os socialdemocratas. Por outro lado, questionam se o valor da empresa não será mais elevado com o Sistema de Contraordenações de Trânsito a funcionar, implicando o aumento, em seis vezes, do valor das coimas de estacionamento e os custos associados aos bloqueadores e ao reboque.  Acusam que "a única intenção é arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se que na última  reunião de câmara a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
Para o PSD/Figueira, "ao longo dos últimos 9 anos, O Sr. Presidente Dr. João Ataíde, duplicou as áreas de estacionamento concessionado pago!! Parque Av. de Espanha, Av. 25 Abril, Zonas Ribeirinhas, Parque Estacionamento do Parque Campismo, Parque Estacionamento do Hospital da Figueira da Foz. É no mínimo estranho que o Dr. João Ataíde, nunca tenha posto em causa a concessão da Figueira Parques .
Agora vem criticar o contrato celebrado há 14 anos pelo Eng. Duarte Silva. O Dr. João Ataíde e o Partido Socialista já governam a Figueira da Foz há 9 anos!!"
O documento que temos vindo a citar termina assim: "O Sr. Presidente já não estará sequer na Figueira da Foz para lhe serem assacadas responsabilidades, mas os Figueirenses cá continuarão para «pagar» mais este ERRO!"

terça-feira, 20 de maio de 2014

Uma ficção distópica: a trapalhada do estacionamento pago no HDFF ...

Ontem, na reunião do executivo figueirense João Ataíde, que preside ao conselho de administração da empresa municipal Figueira Parques, concessionária do parque de estacionamento, anunciou que o novo tarifário mantém a primeira hora gratuita, e que daí em diante, em vez dos 60 cêntimos actualmente praticados por períodos de 60 minutos, a segunda hora baixa para 20 cêntimos e a partir da terceira hora o preço é de 40 cêntimos, mantendo-se gratuito no período nocturno, a partir das 22:00.
O autarca disse ainda que foi proposto à administração hospitalar o aumento do prazo de concessão de cinco para dez anos, mas que esta recusou a proposta.
Segundo o autarca, caso o hospital pretenda revogar o acordo, a empresa municipal “está disponível para sair da parceria”.
Se a administração do hospital quiser, saímos já amanhã. Retiramos as máquinas e vamos embora”, alegou João Ataíde, frisando que a Figueira Parques “tem a venda do equipamento garantida”, recebendo, desse modo, os 80 mil euros investidos.
Na resposta, Miguel Almeida, da coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/MPT-PPM), desafiou João Ataíde a “sair já” da parceria, argumentando que as declarações do presidente da câmara denotam que a questão “não é financeira” e que “não faz sentido” a autarquia estar envolvida.
Não tenho dúvida nenhuma de que já se arrependeu mil vezes de ter entrado naquele negócio”, afirmou Miguel Almeida.
Recorde-se: a polémica em redor do estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz subsiste há mais de seis meses, após a Figueira Parques ter assumido as obras de requalificação do espaço, com colocação de um sistema de cancelas à entrada e saída que, na prática, coloca a unidade de saúde dentro do parque de viaturas.
O tarifário, agora novamente alterado, começou por ser gratuito nos primeiros 15 minutos e de 60 cêntimos nas horas seguintes – mais caro que o praticado em todos os parques públicos da cidade.
Foi depois alterado, em janeiro, mantendo os 60 cêntimos por hora mas passando os primeiros 60 minutos a serem gratuitos, assim como a maioria do período nocturno.
P.S. -
As informações sobre a reunião camarária de ontem foram obtidas aqui.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Aldeia da Gala, vai passar a ser pago!..


Para já, esta, é a notícia do dia,  na Figueira.
“Para a próxima semana, talvez, nos vejam na televisão.
E porque, o Conselho de Administração do Hospital da Figueira, EPE, decidiu atribuir à Figueira Parques EPE, a concessão do estacionamento vedado.
Assim se informa que os utentes do Hospital passarão a pagar, que os visitantes, como se de um parque de diversões se tratasse, passarão a pagar, que os funcionários passarão a pagar.
Isto tudo em nome da defesa e segurança dos utilizadores!!!!!!!
Boa questão para os Amigos do Hospital se pronunciarem. 
A continuar por este caminho o Hospital e sua respectiva Administração, amigos, certamente achará muitos.
E já agora, nem numa fábrica de chouriços, qualquer Administração, teria a coragem de impôr tais regras, quer a visitantes, quer a funcionários.”

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Hospital, se nada for feito para o evitar, vai ter estacionamento pago a partir de 1 de Outubro... Dois dias depois da realização das eleições!..

“A Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz vai colocar parqueamento pago no parque do hospital. 
O mesmo estava previsto para 1 de Setembro de 2013, mas quiçá por motivos eleitorais, foi adiado para 1 de Outubro do corrente ano.”
Assim começa o texto de uma Petição  contra o estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz, que pode assinar clicando aqui.
Recorde-se que no passado dia 16 de Abril de 2013, este blogue publicou uma postagem  a alertar para o problema com o seguinte título: “Estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz,sito na Aldeia da Gala, vai passar a ser pago!..”

sábado, 9 de novembro de 2013

Quando é que reúne o gabinete de crise da Câmara Municipal da Figueira da Foz com o Conselho de Administração da empresa municipal Figueira Parques?..

Portanto, quem investiu no equipamento necessário à cobrança do parqueamento fomos nós, via Câmara Municipal da Figueira da Foz, que é quem tutela a empresa municipal Figueira Parques.
Esta foto foi obtida cerca das 15 horas e trinta minutos de hoje, sábado, dia 9 de Novembro de 2013, cinco dias depois de se começar a pagar estacionamento no Parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Já sabíamos que a economia portuguesa estará entre as 20 piores de todo o mundo no que respeita ao crescimento económico, desde há anos a esta parte...
Temos agora mais um meio para constatar os reais efeitos da crise em lume brando em que vivemos – o estacionamento do parque de estacionamento do HDFF, em pleno fim semana, dia que se presume de visita aos doentes internados,  ficou deserto!..

sábado, 27 de julho de 2019

Figueirenses, não esqueçam que temos a cidade e o concelho profundo...

Há vários anos  que a Figueira não consegue atrair empreendedores dignos desse nome.
Nos últimos anos os investimentos concentram-se em actividades com um baixo nível de valor acrescentado. Tipo mercearia.
Seria interessante que a equipa que gere a autarquia, nomeadamente o seu presidente, tivesse a humildade de não cercear o debate político e explicasse aos cidadãos da Figueira e do concelho, como encara o futuro do conjunto cujo desenvolvimento lhe cabe promover. 
Que ideias tem, com que recursos conta. No fundo, o que pretende fazer?
Por mim, que conheço esta gente de ginjeira, não tenho ilusões, sei o que vai acontecer: vai-se continuar a navegar à vista e tentar anular de todas as maneiras quem ouse colocar pedrinhas na engrenagem.
Já ofereceram as ruas, as avenidas e o parque de estacionamento do hospital para uma empresa privada explorar o estacionamento. A água, entregue a um privado, custa uma barbaridade. O IMI está ao nível que todos conhecem: alto.
Em cena, temos o espectáculo miserável de uma marginal que já foi uma das mais belas do país e hoje é um monumento dedicado à incompetência. Estamos a falar, obviamente, da marginal de Buarcos.
É assim que o concelho da Figueira está sendo gerido. E os figueirenses, não só desconhecem o que se passa, como se deixam embarcar nas promessas que lhes fazem.
Mas, ainda há quem lá das profundezas ouse levantar a voz, proteste, incomode e mostre que está vivo: 
" Não sabe muita gente, mas eu direi, que depois de pagos os três salários e respectivos encargos legais aos funcionários da Junta de Freguesia e de pagos os consumíveis de vida normal discreta e pobre, resta quase nada para realizar as obras e promover as operações que trariam as utilidades e os benefícios esperados justamente pelos nossos eleitores. E a questão resume-se a uma só e sempre a mesma: a nossa Junta de Freguesia está dependente para realizar a maioria das tais obras e promover a maioria das tais operações, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, dos recursos vastos que ela possui, passada a crise do passivo que veio do tempo do autarca Santana Lopes e de algum dinheiro para as despesas. Pois é, mas nós não temos a sorte ou o benefício de as nossas necessidades, acima elencadas, caberem nas prioridades da nossa Câmara. Vejam os exemplos da ciclovia e dos passadiços na praia da Figueira e de Buarcos, e de outras obras menos necessárias face às restantes necessidades realizadas pela autarquia principal: que parte do dinheiro gasto nessas obras e noutras seria suficiente para completar a rede de saneamento básico das nossas ruas centenárias? MUITO POUCA! 
Também não podemos exigir ao nosso amigo senhor Presidente da Junta de Freguesia que se transforme num pedinte junto do nosso igualmente amigo senhor Presidente da Câmara Municipal. Nem este senhor o quereria receber como pedinte! A questão é mais séria e chama-se POLÍTICA, eleições, votos suficientes para ganhar outra vez, grupos dominantes face aos grupos dominados e esquecidos que vivem lá para os matos, longe do turismo e dos restaurantes e hotéis. 
HAJA HUMANIDADE! 
Os homens são todos iguais mas há quem pense (e pratique) que há uns que são mais iguais do que os outros, é o que é!"

Júlio César Ferrolho, 26-07-2019, Cova do Moinho.

terça-feira, 25 de março de 2014

Este "é um problema estritamente da administração do Hospital?..

foto António Agostinho
Solicitado pela bancada do Movimento Somos Figueira, o parecer da Protecção Civil sobre o novo parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz já foi entregue ao executivo, mas os vereadores da oposição só foram informados há minutos, no decorrer da própria reunião, pelo que o assunto só será discutido numa próxima reunião. Ainda assim, numa breve apreciação, João Ataíde, presidente da autarquia, admitiu que o relatório da Protecção Civil "levanta algumas questões e não é favorável à solução ali implementada", havendo "melhorias a efectuar na sequência das críticas". O edil sublinha, no entanto, que este "é um problema estritamente da administração do Hospital". (Via Foz Do Mondego Rádio)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou... (II)

Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro do ano passado e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..

terça-feira, 6 de maio de 2014

O verdadeiro interesse da política é para aqueles que dela vivem... Aos "adeptos" só o resultado do jogo afecta...

foto António Agostinho
"«Preferia não o fazer» é o que de melhor me ocorre para a explicação da problemática (?) do parque de estacionamento do hospital. A câmara, como Bartleby, «Preferia não o fazer». Às vezes, na vida, todos gostaríamos de responder como a personagem de Melville, mas a vida é muito mais complicada do que uma resposta tão simples."
António Tavares, vereador PS hoje no jornal AS BEIRAS

Em tempo. 
Ao contrário do que pensam os "craques" locais da política, não somos todos uma cambada de carneiros mansos e obedientes que eles vão tendo a paciência, e fazendo o favor, de pastorear, naquela que pensam ser a sua quinta onde nos tosquiam a lã e comem a carnuça. 
Não nos tomem, porém, a todos por idiotas. 
O protocolo que o PS assinou, via Câmara, pelo punho do senhor presidente da câmara, constituiu uma traição aos utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz, e mais uma ignomínia praticada, sobretudo, para quem mais precisa de cuidados de saúde, próximos, cuidados de saúde, esses, que mesmo antes do estacionamento pago, já não eram baratos. 
O posterior carpir partidário, de que foi exemplo a última Assembleia Municipal, não passou de lágrimas de crocodilo. 
O que na realidade aconteceu, neste assunto muito em concreto, foi que os partidos – todos – principalmente os que já passaram pelo poder local, como é hábito, protagonizaram um conjunto de habilidades.
Por outras palavras, fizeram política, no seu entender,  e negligenciaram as suas responsabilidades para com as pessoas que deveriam representar. 
Talvez nem se tenham apercebido, mas desta vez ficou bem patente a inutilidade da "política que fazem".

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Garanto: se um dia tiver um cão vou dar-lhe o nome de Doutor e passeá-lo pela zona do Hospital da Gala...

Vai ser giro, chamá-lo aos gritos no largo da praia do Hospital.
- “Ó Doutor não vás pra aí” -  entenda-se: para o parque a pagar do Hospital  Distrital da Figueira da Foz -  agora, a partir de segunda-feira...
- “Não cagues aí , Doutor… Ó Doutor não faças isso, Doutor...  Não vás por aí, Doutor …. Oh valha-me deus, Doutor... Tu é que fizeste a merda e agora eu é que vou ter que apanhar com ela,  Doutor!..
- “O Doutor não tem emenda, anda muito mal comportado, Doutor... Não mije no pneu do automóvel, Doutor... O estacionamento já é tão caro, Doutor”!..
Ainda vou arranjar um cão e dar-lhe o nome de Doutor...
Um mundo de estórias espera por mim, quando eu tiver um cão chamado Doutor, e o levar até à Praia do Hospital.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sou do contra, porque sim...

Rui Curado Silva, investigador, no jornal AS BEIRAS.
“Recentemente em Pequim, durante uma visita a um laboratório cruzei-me com uma fotocopiadora ao lado da qual se empilhavam várias caixas de papel Navigator.
No país onde supostamente se inventou o papel, não resisti e confirmei aquilo que já sabia no cantinho de uma das faces: “Made in Portugal by Soporcel Portucel”.
No outro lado do mundo, naquela metrópole de mais de 20 milhões de habitantes fui transportado para a distante e pequenina Figueira da Foz.
Quando se fala entre a elite figueirense em “colocar a Figueira no mapa” é este tipo de colocação no mapa que me interessa.
Interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”

Tal como ao Rui Curado da Silva “interessa-me menos aquela festa cara organizada na década anterior que endividou fortemente a Figueira, durante a qual comensais embriagados nos juravam que tinham colocado a Figueira no mapa.”
Sempre me interessou. Tenho textos no Linha do Oeste e neste blogue que atestam isso.
Porém,  eu não acho que a Figueira tenha mudado assim tanto - muito menos para melhor.
Mais:  à sua maneira,  as alegadas mudanças  dão-nos um excelente retrato do que está mal na Figueira em 2014.
O quer era bom,  continua cá. O quer era mau, agravou-se.
Não ganhámos liderança, não mudou o espírito, não mudou a filosofia - mudou a casca,  pela força das circunstâncias - na Figueira e no País.

As “mudanças”, na Figueira,  não são diferentes das “reformas”  do Passos no País – mais um retrato da indigência nacional.
Vejamos o IMI e o preço da água pago pelos figueirenses...
Para quê?..
Dou só um exemplo: o estado das estradas do concelho em locais fundamentais para a promoção do turismo figueirense. 
Duvidam?.. Circulem, por exemplo, pela  Serra da Boa Viagem ou pelas Lagoas de Quaios...
E depois é o que sabemos com os dinheiros gastos nos carnavais e noutros festivais...
Como não há a mínima ideia do que é administrar uma autarquia, faz-se mais do mesmo. Gasta-se menos, porque não há dinheiro...
A mim, como figueirense, interessava-me  que tivesse mudado a filosofia e o espírito.  No fundo, é uma questão de visão, de disciplina - enfim, de um somatório de coisas, que não se “vendo”, se sentissem no dia a dia.
Pergunto: “vendo-se”  muita coisa, sente-se o quê?
Modernidade? Originalidade ? Aumento de qualidade/profundidade? 
Qual é o valor acrescentado?
O que é que a Câmara e os figueirenses lucraram com as reuniões à porta fechada?.. Ou com a intromissão da Câmara, via Figueira Parques, na gestão do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz?
Ser teimoso, às vezes, não é mesmo uma virtude, mas agora já não estou só a falar da Figueira...

Dito isto, a Figueira mudou?
Se assim foi, viva a Figueira. 
Afinal ter razão antes do tempo, é tão mau como estar errado...
Eu, é que sou do contra, porque sim.
Termino como comecei...Volto a Rui Curado da Silva...
“Nos tempos que correm as exportações da Soporcel são importantíssimas tanto para o município como para o país. Este caudal exportador significa empregos e significa riqueza criada por produtos transacionáveis, com existência real, não são swaps nem festas cor de rosa.
Quando uma empresa atinge este patamar de grandeza deve manter essa grandeza na relação com os trabalhadores. Não existe nenhuma razão para que o litígio entre os trabalhadores e a actual direcção da Soporcel em torno da questão das pensões não seja ultrapassado com dignidade, sem  pressões ou represálias sobre os operários mais reivindicativos. Ao sucesso exportador exige-se o sucesso na concertação com os trabalhadores.”

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A propósito do “negócio” do estacionamento pago no HDFF e do que ouvi na Foz do Mondego Rádio ao “vereador” do Câmara Oculta João Carronda, a quem aproveito para cumprimentar...

Em poucos estabelecimentos deste nosso Portugal somos tão mal atendidos, em termos de estacionamento pago, como no HDFF. Chego a pensar se não tratarão os clientes como lixo de propósito, uma espécie de política interna própria de uma empresa onde os processos e os métodos de fazer negócio são os que melhor consigam lixar os utilizadores.
Se esta política existe, estão todos de parabéns, a começar pela administração do HDFF, passando pelos directores da Figueira Parques e a acabar na câmara municipal: não é nada fácil criar uma cultura empresarial que consiga lixar o juízo aos clientes com a mestria que todos alcançaram. 
Só tenho dificuldades em compreender porque raio empresários se juntaram para tornar a vida dos clientes num inferno. Mas a estratégia empresarial tem razões que a razão desconhece e nós, os lixados, não nos devemos deitar a adivinhar. Quem sabe, talvez a administração seja influenciada por estrangeiros que pretendem obrigar os clientes a ir estacionar fora dos muros do hospital para treino físico. Ou, então, tudo não passa de uma maquinação das elites figueirenses, para fazer os doentes e restantes utentes do HPDFF sofrer a bom sofrer!..
O que eu sei é que o HDFF, a FP e a Câmara constituíram uma excelente metáfora do monstro capitalista: os utentes da classe média-baixa, que não têm dinheiro para pagar o estacionamento, têm de sofrer um humilhante calvário: depois de deixarem o doente, velho e em cadeira de rodas, têm de vir colocar o carro cá fora, para não pagar estacionamento, e percorrer centenas de metros, ao vento e à chuva, para ir ter com o doente e acompanhá-lo à consulta.
Depois da consulta, há que ir buscar a viatura, ao vento e à chuva...

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Aquelas coisas que toda a gente sabe...

para ler melhor clicar na imagem
Os deputados municipais da oposição levaram a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital à Assembleia Municipal.
Os órgãos de informação falaram do caso... Os figueirenses preocuparam-se. A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós...
Ficamos agora a saber, passados alguns meses, pelo douto parecer do Director Nacional do planeamento de Emergência, que "não é evidenciado haver qualquer incumprimento passível de enquadramento no artº. 4º. da Portaria 1532/2008 de 29 de dezembro (RI-SCIF)"!..
Contudo, ainda a propósito deste assunto, "após visita técnica ao local, foi recomendado ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, que aquando da realização do simulacro, previsto nas Medidas de Auto Protecção, sejam testadas as acessibilidades  viaturas de socorro, particularmente a verificação de que sempre que ocorra um corte de energia eléctrica, todas as cancelas de todas as máquinas de saída são automaticamente levantadas e assim permanecem"...
E pronto, assunto arrumado, pelos vistos...
Tudo está bem, quando acaba em bem.
Assim vai a Figueira: os interesses bem e os figueirenses mal.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou...

foto Foz do Mondego Rádio
A política figueirense, ontem, passou por um conjunto de habilidades, a que alguns chamam sabedoria.
Contudo, a fuga para a frente (a chamada moção de «conforto» à autarquia apresentada pelo PS sobre a Gestão e Exploração do Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz pela Figueira Parques aprovada pela maioria PS...) foi apenas uma alínea da sabedoria.
Atenção: neste caso, foi a maioria figueirense PS, que votou a favor de mais um encargo que agravou os custos com a saúde dos  utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz. 
Fica a fotografia para mais tarde recordar.  

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Balanço final de 4 páginas de jornal, baseado nas declarações do presidente da junta de freguesia de S. Pedro

Depois de nos últimos dias termos vindo a tentar focar, por temas, as declarações do senhor António Salgueiro, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, concedidas ao jornal AS Beiras na passada quarta-feira, o saldo final resume-se assim: o senhor Presidente da Junta de S. Pedro perdeu uma excelente oportunidade de permanecer calado.
Resumindo: de novo, nada foi dito.
A única "vantagem" foi esta: para quem não o conhecia, ficou a conhecê-lo um pouco melhor. Isto é: constatou o vazio de conteúdo que patenteou, e não pelo que, em substância, foi dito efectivamente.
Dá vontade de deixar escrito. 
Ganda presidente! 
Não só pelo conteúdo das declarações, mas ainda mais pelo ar cândido e forma displicente, como se gastou em 4 páginas de jornal, sem dizer coisa nenhuma!...
Para quem mostrou ambição política (o que não é negativo), com menos de 2 anos anos já para cumprir deste mandato e, depois de uma já longa carreira política, algo maior e de relevância, haveria a esperar
Ficou por  conhecer o essencial: a visão e a estratégia do desenvolvimento global, sustentado e planeado que, presumo, deverá ter para a freguesia de S. Pedro
As suas respostas, porém, conseguiram o desiderato: deixaram a nu e ilustram, sem sofismas, a atenção (ou melhor: a falta dela...) que os executivos municipais presididos por João Ataíde têm dispensado à nossa freguesia - nenhuma!
As pequenas freguesias, para quem não tem qualquer visão de desenvolvimento global, são apenas uma chatice que é necessário contornar, de quatro em quatro anos.

Pena, foi ter-se perdido uma excelente oportunidade de esclarecer a população da freguesia da margem sul do Mondego e ter optado por divagações e linguagem truncada de conotação aparentemente jocosa, mas, efectivamente bélica, referindo-se a inimigos imaginários, coisa  pouco inteligente para um político que ambiciona ainda construir uma carreira – apesar de estar na política activa há 30 anos

Devo confessar a surpresa com que verifiquei os remoques deixados nas declarações do presidente da junta, a quem, apenas, com lealdade, de alma aberta e transparente e sentido de servir a sua Terra, a sua solicitação, se prontificou colaborar com ele.
Apesar do reconhecimento da boa razão do “alerta costeiro”, entendeu que a forma era mais importante do que o conteúdo, e acabou por espalhar-se ao comprido, deixando pelo caminho, em diversos sectores da vida local, concelhia, distrital e até nacional, um suave perfume a ridículo, que o vai perseguir pela vida política que ainda lhe resta.

Na questão da erosão costeira, não fora a acção de alguma gente, e S. Pedro estaria numa situação ainda mais complicada. V. Exa. está há cerca de 30 ano ligado a uma lista de poder e a sua acção, neste caso, como em outros, tem sido tão só de colaboracionismo com o poder político figueirense.
foto sacada daqui
Nunca ouvi uma só palavra da sua parte a confrontar, quem de direito, com o problema que acabou de se agravar e consumar com o prolongamento dos tais 400 metros no molhe norte: a erosão costeira a sul e o perigo nas entradas e saídas da barra de muitos filhos da nossa Terra que têm de arriscar a vida para conseguir o pão para a família. 
Penso que ainda todos temos presente a sua intervenção no recente drama do naufrágio do Olívia Ribau: limitou-se a acompanhar, mudo, quedo e calado, o presidente da câmara no papel de "emplastro".
Assim como nunca ouvi da sua parte -  a Assembleia Municipal, realizada na passada segunda-feira, constituiu uma excelente oportunidade que foi desperdiçada, naquele órgão autárquico: num assunto que tem a ver directamente com a freguesia de que é presidente, o seu silêncio foi ensurdecedor... uma palavra sobre o caso do estacionamento do parque do hospital e as graves questões de operacionlidade para os veículos prioritários e de emergência no acesso a este estabelecimento hospitalar, que foram levadas à discussão pública.

Tal, como acontece desde 1990, ao arrepio da necessidade e dos princípios que estiveram na origem da sua constituição, em 1985,  o grupo de que emana o poder que tem definido a linha de rumo de S. Pedro, limita-se a tentar ter as melhores relações com quem está conjunturalmente e exerce o poder na Figueira. Dessa subserviência, ditada por favores, pessoais ou familiares, obtidos ao longo dos anos por certos membros da lista de que faz parte, os resultados estão à vista. 
Para simplificar, basta verificar as condições em que a juventude da nossa freguesia pratica desporto. Neste momento, o Grupo Desportivo Cova -Gala é a única equipa distrital que participa na divisão de honra com um campo peladoAlém de uma vergonha, é uma ameaça à integridade física dos atletas que são obrigados a participar num jogo de futebol, a contar para a prova rainha da AFC nas condições vergonhosas em que o Clube que representa a nossa Terra, por falta de apoios ao longo dos últimos 15 anos, tem para o fazer.

Quanto ao problema de fundo que me move, é  apenas este: gostaria que muitos outros cidadãos desta nossa pequena Aldeia, aspirassem e exigissem a viver numa terra mais digna, desenvolvida, capaz de garantir habitabilidade e emprego aos seus filhos - coisa que, até ao presente, não foi conseguida. 
Salvaram-se algumas, poucas, excepções. Daí, termos ainda por cá, 41 anos depois de Abril de 1974, reminiscências de um caciquismo místico, seráfico e serôdio.

De resto, a constatação há muito feita, de que esta presidência da autarquia figueirense despreza as pequenas freguesias, não chega para justificar a situação a que se deixou chegar esta Aldeia – ver, por exemplo, o abandono a que deixaram chegar as nossas “excelentes” praias
Em certas zonas, mais parece que estamos no terceiro mundo...
Já sei que a responsabilidade será de todos, logo, de ninguém. Mas, seguramente que será necessário gente nova, outra gente, que saiba traçar metas de desenvolvimento, que determinem planos e prazos de execução.
No fundo, que se disponha a governar no interesse do colectivo - e não governar-se a si e aos seus - para que algo mude.

terça-feira, 5 de maio de 2015

"Um dákar de pacóvios", ou a cultura do deserto figueirense...

“A Figueira da Foz confronta-se há muitos anos com um dos efeitos mais visíveis do prolongamento dos molhes (obras projectadas pelo estado para beneficiar a navegabilidade fluvial e o acesso ao porto comercial). 
Sem responsabilidade na obra, o município ficou, desde então, com o ónus dos seus efeitos colaterais: o crescimento exponencial da sua praia urbana, a Praia da Claridade. 
Assim, todos os anos, em vésperas de época balnear, o município tratava de, como se diz por cá, alindar uma praia cada vez mais interminável - o que consistia em revolver, crivar  e terraplanar, por métodos mecânicos, aquelas finas areias de modo a impedir que aí medrasse a menor réstia de vegetação. 
Este deserto, esmeradamente cultivado ao longo de décadas, formatou no imaginário dos figueirinhas o postal da praia; tornou-se, com o tempo, numa espécie de imagem d’Epinal. Muitos deles não concebem uma praia com dunas e vegetação. O seu entusiasmo com o “oásis do Santana” só confirma aliás a concepção arraigada da praia como um deserto, um berço de sereias terraplanado até à rebentação.

Por isso, a atitude sem precedentes do actual executivo camarário de, contrariando uma longa tradição, decidir deixar pura e simplesmente de subvencionar o cultivo anual do deserto, foi uma pedrada no charco que me pareceu desde logo algo realmente “fora-da-caixa”. 
E, ao deixar de “lavrar a praia”, o município permitiu-se poupar, ao que me dizem, cerca de 150 mil euros por ano (seiscentos mil num mandato, para o lobi do tractor). 
Amplamente criticado pela oposição e por um certo beautiful people que pontifica nas redes sociais, o executivo de João Ataíde resistiu galhardamente às críticas e aos remoques com o argumento de que essa simples decisão de tesouraria lhe permitiria ainda deixar crescer espontâneo um coberto vegetal natural que fixaria as areias (protegendo a avenida do assoreamento sazonal pelos ventos) e potenciaria a prazo a consolidação de novas áreas aprazíveis, aproveitáveis para a fruição dos cidadãos. 

Parecia-me um “ovo de colombo”, tão simples e evidente que era um espanto que nunca ninguém se tivesse lembrado de tal – não só sensato e avisado, mas genial - o verdadeiro sonho molhado de qualquer autarca minimamente honesto e inteligente numa época de vacas magras: a possibilidade de “fazer obra” sem gastar um chavo do erário público.”

Este naco de prosa foi sacado daqui. Depois, a prosa da postagem do Fernando Campos, que aconselho a ler na integra,  azedou.
Entretanto, o vento passou pelos gabinetes camarários e arrastou a inércia para longe. A anarquia, como podem ver na foto, chegou e atropelou a tradição da praia. Por isso, a confortável tradição da praia, acabou por tropeçar em maus tratos inesperados.
O mar, ali tão perto, apesar do deserto, consegue estar ao alcance do cheiro do meu nariz e sobrevoa o sossego de um pensamento.
Estremeço por ver este atentado sórdido e não encontro motivo que leve a permitir tal coisa.
O deserto de ideias dos políticos figueirenses, sem nome, é o único pensamento mais coerente que me surge à rotina do cérebro.

Abro os olhos e o mar continua a mandar fúrias para os meus olhos.
E penso “nos milhares de labregos que se sentem vexados porque nascem tomateiros na praia mas não se sentem indignados pela “erecção” do busto de Aguiar de Carvalho à porta do município (não o acham obsceno); nem atingidos com o fecho da maternidade (não a acham necessária); nem ofendidos por o seu hospital público funcionar dentro de um parque de estacionamento privado (não acham ultrajante). A estes pacóvios nunca ocorreria assinar petições contra nada disto. Nem sequer a favor, por exemplo do cultivo da várzea (não o acham estruturante), ou da reflorestação da serra (não a acham imperativa). Porque nada disto os afecta.
O que realmente os tira do sério é o que vegeta na praia. A cultura do deserto.”

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Na Figueira resta-nos morrer para, pelo menos, garantir o emprego ao coveiro...

DOMINGO, 06 AGOSTO 2017, via Diário de Coimbra.
 "Câmara Municipal de Oliveira do Hospital viu ser aprovado o financiamento do projecto de ampliação da zona industrial, num investimento de cerca de dois milhões de euros. Financiado pelo quadro comunitário 2020, o projecto prevê a ampliação da ZI de Oliveira do Hospital pelo “lado direito”, onde serão criados 50 novos lotes, uma zona de serviços «tipo retail park» e ainda uma área de estacionamento para pesados. Para o presidente da câmara, que assinou o contrato de financiamento, este é um projecto «fundamental» que vai permitir a Oliveira do Hospital apostar ainda mais no desenvolvimento económico e empresarial. «É um projecto que ainda vai demorar algum tem­po, mas vamos fazer uma zona industrial com algumas características diferentes», faz notar José Carlos Alexandrino, que destaca o facto da nova ZI contemplar a criação de um parque fechado para TIR, de modo a retirar estas viaturas de algumas zonas residenciais da cidade."
Conforme se pode ler na imagem acima, sacada do jornal AS BEIRAS, edição de hoje, Vila Nova de Poiares, foi o Município que mais recebeu para ampliação e conclusão da segunda zona industrial. 
E a Figueira, perguntarão os leitores? 
ZERO!..

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ainda o caso dum Hospital colocado dentro de um parque de estacionamento pago

Na reunião de câmara da passada segunda-feira, o parecer que, há mais de um mês, havia sido solicitado ao responsável da Protecção Civil, a propósito do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, mais especificamente no que diz respeito à entrada de viaturas em situações de emergência, foi entregue à oposição no  decurso da sessão.
Por esse motivo, não foi discutido na oportunidade. 
Entretanto, já deverá ter sido analisado, apreciado e reflectido pela oposição.
Para além de,  certamente, ir ser alvo de discussão política numa próxima sessão camarária (a próxima é óptima, pois é à porta fechada...), vai ser tema de uma conferência de imprensa a realizar em breve – segundo o que acabei de ouvir no programa Câmara Oculta, do Foz do Mondego Rádio, pela voz do “vereador” Teo Cavaco...  
Mais uma vez, este executivo camarário deixou-se ultrapassar, politicamente falando.
Não sei se, apenas, por inabilidade política, incompetência ou azelhice pura, esqueceu, mais uma vez, uma coisa básica...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

terça-feira, 13 de julho de 2021

A CDU apresentou o seu candidato a presidente de câmara da Figueira da Foz

"Esta candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz tem como principal objectivo a eleição de pelo menos um Vereador de forma a podermos alterar o bloco de interesses constituído pelo PSD e o PS que governaram e governam o nosso Município há pelos menos 24 anos. 

Estes são os anos que que tenho como residente. Aqui resido desde 1987 e na freguesia de Tavarede. Queremos ser uma alternativa credível e com futuro para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do nosso Concelho e para a melhoria das condições de vida das pessoas que aqui nasceram, habitam, trabalham ou vivem. 

A sensação que me é transmitida pela grande maioria das pessoas que contacto, quer a nível pessoal quer profissional, é a de uma cidade e de um concelho amorfos, com perda de influência e importância, quer no panorama nacional quer regional. Hoje cidades e concelhos próximos, como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede cresceram e crescem a “olhos vistos”. Esta percepção, aliás, é confirmada pela perda de mais de quatro mil residentes entre os anos de 2010 e 2019, com cada vez menos jovens aqui permanecendo e uma população cada vez mais envelhecida, devido à falta de investimento, na criação de emprego sustentável e de qualidade, que ajude a fixar os nossos jovens e traga outros que aqui possam e queiram fixar- se e viver. 

Esta candidatura não é só esta minha visão e vontade, mas também a visão e a forte vontade de todo um colectivo que pretende transformar e melhorar a vida de todos os Figueirenses, dos que aqui vivem ou trabalham, ou simplesmente nos queiram visitar. Assim necessitamos de uma visão estratégica de desenvolvimento e de captação de investimento, não estarmos sempre amarrados a decisões/opções casuísticas que nos consomem os recursos públicos e que nada trazem ou contribuem para a melhoria da nossa qualidade de vida. 

Defendemos uma visão integrada para o desenvolvimento e melhoria de vida dos nossos concidadãos, abrangendo áreas como o desenvolvimento económico do Concelho, novas políticas de distribuição de água, transportes e vias de comunicação, saúde, educação, cultura e desporto, e diferentes concepções de habitação e urbanismo, PDM e ambiente e turismo. 

Assim, seremos sempre intransigentes na defesa das unidades produtivas já sediadas no nosso território, bem assim das “nossas” actividades económicas tradicionais ligadas à salicultura e actividades associadas, da agricultura e das pescas, nomeadamente a pesca artesanal e costeira, onde se incluiu a emblemática “arte xávega”. Na defesa do Porto Comercial da Figueira da Foz enquanto instrumento e vector indispensável ao desenvolvimento regional e do Concelho. Pela reactivação da indústria de construção naval. Quanto ao comércio tradicional, que no discurso oficial é sempre tão valorizado, temos a dizer que o mesmo tem sido sistematicamente destruído pela continuada complacência municipal para a instalação de novas superfícies comerciais. Brevemente seremos “brindados” com mais uma. 

Por força destas situações a Figueira da Foz merece, sem sombra de dúvida, o “título” que já “ganhou” de “A Cidade Supermercado”. Assim continuaremos a opôr-nos de forma firme e resoluta, como aliás sempre o fizemos, contra a instalação de mais médias/grandes superfícies comerciais defendendo, assim, os nossos pequenos comerciantes e trabalhadores do sector e o nosso mercado municipal. Defendemos a criação de apoios a micro e pequenos comerciantes e/ou industriais que na área do nosso Município sejam geradores de emprego permanente e de qualidade, através de políticas municipais concertadas. 

Como há quatro anos, defendemos a instalação e desenvolvimento dos Parques Industriais de Ferreira-a-Nova e do Pincho, uma vez que até à data nada foi feito. Defendemos a necessidade absoluta de apostar nos transportes urbanos, nomeadamente colectivos, que efectivamente sirvam as populações e as suas necessidades de mobilidade, alargando o seu âmbito nomeadamente à circulação entre as freguesias e a sede do Concelho, uma vez que os actualmente existentes são desajustados às necessidades das populações. Apostaremos na criação de vias de comunicação modernas e não degradadas e em parques de estacionamento que realmente sirvam a cidade e os munícipes e longe da “praga dos parquímetros” que actualmente enxameiam a nossa Cidade. Defendemos, como aliás sempre fizemos, a requalificação da linha da ferrovia suburbana entre Figueira da Foz/Coimbra, a reposição das ligações ferroviárias entre Figueira da Foz/Lisboa (Intercidades) pela linha do Oeste e a reposição e reactivação da linha ferroviária da Beira Alta, entre a Figueira da Foz e a Pampilhosa. Defendemos a criação e rápida implementação de uma travessia fluvial entre as duas margens do rio, tendo em conta a harmonização da vivência entre margens, uma vez que o rio é hoje um factor de separação e não de união entre a parte Norte (nomeadamente com a Cidade) e a parte Sul do Concelho. Defendemos um Hospital Distrital da Figueira da Foz dotado com valência de urgência médico/cirúrgica e de condições materiais e humanas de modo a que possa cumprir a sua missão com garantia de rapidez e qualidade. Tal como há quatro anos, continuamos a defender a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes, com valência de Cuidados Paliativos, a qual pode vir a ser instalada nas antigas instalações da “Casa da Mãe”. Defendemos a criação nas Unidades de Saúde de Buarcos/São Julião, Alhadas e Lavos da valência de cuidados de saúde dentária. Defendemos a reinstalação das extensões de saúde entretanto encerradas aquando da reorganização administrativa do território e que determinou a extinção de várias freguesias do nosso Município, facto que repudiámos desde a primeira hora. Defendemos a celebração de protocolos com Universidades de modo a que possam ser instalados Polos de Ensino Superior, de modo a valorizar os nossos jovens e a evitar que se tenham de deslocar do seu meio natural para conseguirem realizar a sua valorização educativa, e o nosso Concelho e Cidade. Defendemos uma política cultural diferente, dada a actual falta de capacidade para exploração das actividades culturais e um sub aproveitamento dos equipamentos culturais existentes. Há uma evidência de que não existe nada pensado nem estruturado com vista a atingir a modernidade deste objectivo. A Figueira da Foz neste plano, vive de espectáculos avulsos, destinados a uma reduzida faixa da população. 

A incompetência do Município nesta matéria é tal que fica espelhada na grotesca falta de qualidade com que foram assinaladas as “Festas da Cidade” e no entanto existem no Concelho competências com provas dadas nesta área. A CDU propõe-se colocar estas ao serviço da Comunidade e no relançamento de uma nova imagem de marca do nosso Concelho. Promovendo, desde logo, a obra artística e cultural de Figueirenses, nascidos ou de coração que vêem com tristeza o marasmo existente. Queremos e defendemos uma política cultural diversificada, privilegiando os contributos do movimento associativo local, com a promoção de adequado financiamento das suas actividades, bem assim como o apoio aos jovens criadores culturais, com a organização de iniciativas regulares de mostra das suas produções. Defendemos a requalificação, ajardinamento e respectiva manutenção em tempo útil, de todas as Urbanizações e áreas urbanas construídas no nosso Concelho, o plantio de árvores que favoreçam a criação de zonas de sombra, rectificação, requalificação e arranjo das zonas pedonais, implementação de sinalização horizontal de trânsito e instalação de equipamentos de descanso e lazer. Para nós, CDU, a reconstituição da Empresa Municipal de Águas da Figueira é uma opção estratégica, difícil, mas não impossível desde que haja vontade para o fazer. Não é admissível que este “bem público” se tenha transformado num lucrativo negócio privado onde o principal lesado é o consumidor. Defendemos a protecção da Serra da Boa Viagem, com o seu património histórico, arqueológico, geológico e natural, assim como do restante património florestal do concelho. O aproveitamento parta fins comunitários e ao serviço das populações das zonas circundantes e envolventes às Lagoas da Vela e de Braças, que tanto têm sofrido e se encontram voltadas ao ostracismo pela falta de iniciativa municipal para o seu desenvolvimento. Estaremos atentos e teremos sempre uma palavra a dizer relativamente à poluição industrial, que tem sido sistematicamente ignorada e silenciada, à erosão costeira e em defesa das populações que pela mesma se encontram ameaçadas, à zona da Morraceira e ao vasto areal urbano. Quanto à Cidade defendemos e temos uma visão estratégica que visa a devolução na sua plenitude de toda a zona ribeirinha, desde a Fontela à Foz do rio, fazendo assim uma simbiose entre esta e o seu rio, proporcionando à população a sua fruição para o lazer e a prática de actividades lúdicas e ligadas ao rio. Enquanto força colectiva temos ainda muitas e variadas ideias sobre as matérias que explanamos bem assim como noutras que, ao longo deste tempo que nos separa do dia de hoje até ao encerramento da campanha eleitoral que se avizinha, iremos desenvolver, defender e transmitir aos Figueirenses, sempre no superior interesse dos mesmos. 

Aproveitaremos este tempo que vamos ter pela frente para com o nosso espírito colectivo de dedicação à causa pública expormos e nos debatermos pelas nossas ideias e propostas, nunca virando a cara à luta. Apresentaremos aos Figueirenses e aos que escolheram e adoptaram esta cidade e concelho como seus, o nosso compromisso firme de com trabalho, honestidade e competência levarmos a “bom porto” o caminho que falta percorrer para promovermos o bem estar, aumentar a qualidade de vida dos nossos munícipes e trabalhadores deste nosso bem querido Concelho, satisfazendo assim as suas necessidades básicas. Sabem que podem e devem contar sempre connosco e com o nosso espírito de resistência e resiliência, pois nunca desistimos. No dia do acto eleitoral apelamos ao vosso voto. Apelamos ao voto na CDU para assim podermos atingir os objectivos a que nos propusemos e termos uma palavra a dizer nos destinos no nosso Município quanto ao progresso e bem estar das nossas populações." 

13/7/2021 Declaração Bernardo Reis, candidato CDU à Câmara Municipal da Figueira da Foz