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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Quem contaminará mais?..

 - O Aeroporto?

- O avião?

- O Metropolitano?

- A CP?

- Santa Apolónia?

- A Linha do Estoril?

-  Os comboios?

- A Feira da Tocha?

- A Feira da Malveira?

- A praia?

- Os bares?

- As touradas?

- As noites do Bairro Novo em Agosto?

- A SEMANA DA OSTRA 2020, em Setúbal?

- A FEIRA FARTA 2020, na Guarda?

- A EXPODEMO 2020, em Moimenta da Beira?

- A FESTA DAS VINDIMAS 2020, em Palmela?

- O futebol?

- O automobilismo?

- A Feira do Livro (os comunistas também gostam de ler)?

- A Festa do Avante (os comunistas também gostam de se divertir)?

domingo, 2 de agosto de 2020

Na Figueira, quem tem sido fraco com os fortes, tem legitimidade moral para ser arrogante e pretensamente forte com os "fracos"?..

Na Figueira, existem prédios em ruínas, há décadas, em algumas das zonas mais valorizadas da cidade. 
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a  demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o  ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."

O edifício o Trabalho, é o exemplo, mais do que acabado, do que resulta das megalomanias dos autarcas figueirenses de ontem, de hoje e, presumivelmente de amanhã.
 “Na minha opinião, aquele edifício nunca devia ter sido construído. Não se trata apenas de um problemas estético, que retirou harmonia, trata-se de uma questão funcional, porque criou problemas de insolação, por causa do ensombramento que ele projeta nos outros edifício”, opinava nas BEIRAS de 29 de Dezembro de 2017, Daniel Santos. O especialista apontou, por outro lado, os problemas de funcionalidade, com o aumento do tráfego automóvel e a falta de estacionamento na zona, que “não tem capacidade para suportar a carga decorrente da ocupação do edifício”. Concluindo, defendeu:  “a construção daquele imóvel contribuiu para retirar entidade ao Bairro Novo".

terça-feira, 28 de julho de 2020

Adeus velha Europa!.. 2

"Uma vez que, na sequência da questão proposta na semana passada, continuamos na Baixa, vale a pena considerar, telegraficamente, três ideias-chave na abordagem do binómio pessoas-cidade, neste caso da Figueira:
1. o espaço urbano deve entender-se enquanto naturalmente propício a uma constante reestruturação, a qual pode ser dirigida estrategicamente ou seguida casuisticamente pelas autoridades competentes;
2. nos últimos dez anos, assistimos ao surgimento de novas centralidades, criadas pela proliferação de superfícies comerciais, erigidas na periferia;
3. no mesmo período, a cidade perdeu população residente e visitante, em geral, sendo notória a menor fruição dos espaços na Baixa, quer na época “baixa”, quer na “alta”, que dura cada vez menos dias.
Ora, levar gente à Praça da Europa está dependente do que se pretende para o concelho, para a cidade, para a Baixa, e só uma política global estratégica, a qual defina claramente o que se pretende alcançar nos próximos vinte anos, que recursos humanos e financeiros se alocarão e que ações se vão empreender, o poderá alavancar.
O que está a ser feito para dotar a Figueira de acessibilidades ferroviárias compatíveis com um desenvolvimento sustentado e sustentável? Para quando a resolução do problema que é, cada vez mais, o areal urbano, de forma a aproximar a cidade do mar ou este da cidade? E a Zona Industrial do Pincho, vai continuar no papel, ou como promessa eleitoral sempre adiada? E a verdadeira solução para a Serra da Boa Viagem? E para o Cabo Mondego? E para o Cabedelo? E para as Lagoas? E quando terminarão as incontáveis fases das inexplicáveis alterações das desgraçadas obras?
Trabalhar, de facto, para responder a estas questões, infelizmente recorrentes, é a solução para levar gente à Praça da Europa…, e à Baixa…, e ao Bairro Novo…, e a Buarcos…
Mas parece que há quem prefira pintar uns muros e umas sarjetas, ou prometer que é tudo para breve – enfim, “tásse” bem!…"

Via Diário as Beiras

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Bares abertos na Figueira a partir de sexta-feira (2)

Medidas de Mitigação COVID19 -01/07 a 14/07
Foi publicado no passado dia 26 de Junho, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 51-A/2020 que declara a situação de calamidade, contingência e alerta, no âmbito da pandemia da doença COVID-19, a aplicar entre o dia 01 e 14 de Julho de 2020.
CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
É proibido o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre de acesso ao público e vias públicas, exceptuando-se os espaços exteriores dos estabelecimentos de restauração e bebidas devidamente licenciados para o efeito.



Via Diário as Beiras

"Um grupo de empresários do Bairro Novo, liderados por Luís Casqueira, proprietário de três bares explorados por terceiros, pediu à Câmara da Figueira da Foz que assegure animação de rua, diária e itinerante, naquela zona da cidade, durante os meses de julho e agosto, das 17H30 às 22H30. Os proponentes avançaram com o pedido de apoio financeiro de 250 euros por dia, verba destinada a pagar os artistas, “todos figueirenses”.
Entretanto, após a resposta da autarquia, que, segundo Luís Casqueira, demorou 15 dias úteis a chegar, os empresários envolveram a Associação do Bairro Novo, solução que facilita a ação da edilidade. O pedido surge na sequência da instalação de uma esplanada na praça João Ataíde (antiga praça do Forte), explorada pelos 12 bares que constituíram a Associação Figueira da Noite.
Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a vice-presidente da câmara, Ana Carvalho, aplaudiu a reformulação da proposta, ao passar a ter como interlocutora uma associação, em vez de um grupo de empresários a título particular. “Estamos dispostos a apoiar qualquer entidade ou associação que queira promover a economia local, nesta fase, respeitando as regras sanitárias atuais. Acho excelente, esta iniciativa”, afirmou a vereadora.

Suspeitas de violação da lei

O presidente da Associação do Bairro Novo, Álvaro Tomás, adiantou que a proposta com o programa de animação do Bairro Novo seria enviada à autarquia até ao final do dia de ontem. Entretanto, e acerca da esplanada da praça João Ataíde, apontou que a autarquia devia ter condicionado a autorização à reabertura dos espaços físicos originais, trabalhando como cafés, já que os bares e as discotecas continuam encerrados.
Entretanto, na Figueira da Foz suspeita-se que há bares a funcionar com a porta fechada, durante a noite, violando as normas de combate à pandemia. “Tive conhecimento disso através de terceiros, mas nunca constatei que isso esteja a acontecer. [No entanto], vou reunir-me, hoje [ontem], com as forças e segurança e vou alertá-las para essa situação”, afirmou a vereadora Ana Carvalho.
“Parece que existem algumas situações dessas. Não as posso provar, mas se as autoridades quiserem realmente certificar-se disso, penso que não será muito difícil, afirmou, por sua vez, Álvaro Tomás”. Fonte da PSP, contudo, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que não chegou nenhuma
queixa relacionada com aquele assunto. Não obstante, adiantou que a polícia vai estar mais atenta aos bares."

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Bares abertos na Figueira a partir de sexta-feira

Via Diário as Beiras
«Os 12 bares fundadores da Associação Figueira da Noite, a maioria no Bairro Novo, instalam-se na praça João Ataíde (antiga praça do Forte) a partir de sexta-feira, com animação diária. Para poderem ser cumpridas as normas de saúde pública, por causa da pandemia, a lotação do espaço está limitada a 36 mesas, com quatro cadeiras casa uma.
Dos 12 espaços, dois servem, além de bebidas, sandes. 
A esplanada estará aberta das 16H00 às 23H00, até 31 de agosto, podendo funcionar até 15 de setembro, isto se, entretanto, o Governo não permitir a reabertura dos espaços de diversão noturna e se a Câmara da Figueira da Foz autorizar alargar o prazo.
A utilização da praça João Ataíde para aquele efeito foi autorizada pela autarquia na sequência da proposta apresentada pela Figueira da Noite.
Encerrados há quatro meses, alguns espaços de diversão noturna figueirenses alteraram a sua atividade para café, em nome da subsistência. Outros, no entanto, receia o presidente da Figueira da Noite, poderão não sobreviver ao encerramento.


Alguns empresários da noite queixam-se de que a direção da estrutura associativa impede a entrada de novos sócios, impedindo, também, que outros estabelecimentos possam associar-se à exploração da esplanada temporária na praça João Ataíde.
Carlos Vargas, contudo, garantiu que “a associação está aberta a quem quiser associar-se, mas os interessados terão de cumprir os estatutos”, que, reconheceu, “são rigorosos”

Foto via Casimiro Terêncio

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ontem à noite houve fogo num apartamento do edifício Portugal

Via O Figueirense
"LOCAL: Os bombeiros foram chamados esta noite, às 21h33, a um apartamento situado no Edifício Portugal, no Bairro Novo da Figueira da Foz. Quando os meios de socorro chegaram ao local "já tudo tinha sido resolvido" pela proprietária do apartamento - uma caixa contendo diversos materias havia ardido".
Os bombeiros apenas reforçaram a ventilação do espaço, não se registando outras consequências, referiu fonte dos Sapadores locais a O Figueirense."

Vídeo via Figueira TV

terça-feira, 16 de junho de 2020

São João sem aglomeração, manjerico, alho porro, martelo e cheiro a farturas!.. Este ano em casa é que eu não fico...

"Em veículo adaptado para o efeito, o Duo Sanpedro vai percorrer as artérias mais emblemáticas da cidade de modo a reviver a alegria característica desta época: São João do Vale, Praça 8 de Maio, Praça General Freire de Andrade, Bairro Novo, Avenida 25 de abril e Avenida do Brasil, terminando nas Muralhas de Buarcos.

Durante o percurso não vão ser efetuadas paragens, evitando, desta forma, que se criem aglomerações e promover o cumprimento das recomendações da Direcção-Geral da Saúde.

A animação musical itinerante terminará pelas 24 horas, momento em que o céu se irá encher de cor com o espectáculo pirotécnico nas seis praias do concelho – praia da Leirosa, praia da Costa de Lavos, praia da Cova Gala, praia da Claridade, praia de Buarcos e praia de Quiaios – sendo este ano lançado com maior altitude face a anos anteriores, para que possa ser apreciado com o devido distanciamento.

Já no Dia da Cidade, 24, quarta-feira, pelas 11 horas, irá decorrer a Sessão solene do dia da Cidade, onde vão ser entregues as distinções honoríficas atribuídas ao longo do ano, no Centro de Artes e Espectáculos.

De seguida, pelas 12:30 horas será realizada uma cerimónia de descerramento de placa toponímica, em homenagem ao ex-Presidente João Ataíde, na praça junto ao Forte de Santa Catarina.

Os momentos da animação itinerante do Duo SanPedro, do espetáculo pirotécnico e da cerimónia de distinções honoríficas serão transmitidos em direto na página de facebook do Município da Figueira da Foz, para promover o alcance e o distanciamento social."

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Figueira da Foz: uma foto da manhã do feriado do 10 de Junho de 2020...

Foto António Agostinho
Este monstro em putrefacção desfeiteou toda a zona.
Como diria a Isabel Maria Coimbra:
"O meu contributo para divulgar a Figueira da Foz.
Bairro Novo de Santa Catarina.
Rua Cândido dos Reis.
Zona nobre.
Junto ao Casino."
Este edifício teve aprovação do projecto em 1987.
Quem teria sido o ignorante que o permitiu? Lembram-se, ainda, quem era na altura o (incompetente?.. oportunista?.. ) presidente da Câmara da Figueira da Foz...

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Figueira Domus, empresa municipal dedicada à gestão de habitação municipal... (4)

"Sou a favor da internalização da Figueira Domus. Será um erro se a Figueira Domus seguir o caminho da Figueira Parques que foi cedida a uma empresa privada, a quem se ofereceu a componente mais interessante da Figueira Parques, tendo ficado o fardo das etapas mais trabalhosas do serviço do lado do município. Mas mais importante do que a futura solução para a Figueira Domus, e após uma fase de visível avanço no saneamento financeiro da empresa, no meu entender será fundamental que o serviço de habitação social municipal ataque o problema da guetização e do isolamento das populações que são obrigadas a recorrer a essa solução habitacional. O modelo de concentração de populações com os mesmos problemas e com os mesmos horizontes de vida no mesmo local, é um modelo esgotado e mais do que verificadamente falhado. Os guetos e o isolamento social funcionam como um amplificador de problemas sociais. Por exemplo, num bairro onde o desemprego ou o emprego precário são regra, o desemprego e a precariedade passam ser norma e passam a ser olhados como uma normalidade e os horizontes de vida passam ser nivelados por baixo. Isto passou-se claramente com os primeiros portugueses que emigraram para França e se concentraram nas bidonvilles. Durante a década seguinte, o horizonte das portuguesas era ser concierge (porteiras de imóveis) e dos homens era ser carreleur (ladrilhador) ou lavador de janelas. Está na hora de acabar com o isolamento das populações dos guetos de habitação social do concelho, dar-lhes condições dignas numa primeira fase enquanto não surgem alternativas. Posteriormente, as alternativas de habitação social têm de passar pela diluição da habitação por todo o concelho, em vez da concentração. Uma alternativa poderia passar por um compromisso com os construtores sempre que fosse construído um novo lote habitacional, alocando uma pequena percentagem dedicada à habitação social, a ser adquirida pela câmara como contrapartida a um preço vantajoso para as duas partes. Mas existirão certamente outras ideias válidas para combater a guetização."
Via Diário as Beiras

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A pesada herança do edifício "O Trabalho”...

Via Nelson Fernades
CONTRIBUTO (SEM CANDURA) PARA A COMPRENSÃO DO EDIFÍCIO “O TRABALHO”
"Volta agora a discussão sobre o edifício “O Trabalho”. E parece que mais uma vez se aponta como solução a compra do edifício pela Câmara, para depois demolir. Portanto a Câmara gastava na compra, na demolição e nas obras para utilizações futuras. E o proprietário recebia dinheiro pelo mono. E pelos antecedentes talvez pegue.
David Monteiro, num recente escrito dizia do edifício como centro comercial. “A ideia era interessante: um edifício no centro da Figueira, construído para albergar comércio, escritórios, estacionamento coberto e habitação. Para mais, estávamos no tempo da explosão das superfícies comerciais e a Figueira, evidentemente, não passou ao lado deste fenómeno”. Isto é, um dia alguém passou por ali olhou para aquele espaço e pensou. Aqui ficava bem um centro comercial. E vai daí construiu-se o edifício.
A análise de David Monteiro, e outras que tenho lido são de uma angelical candura. Porque há uma realidade subjacente que não é tão inócua quanto se pode pensar. Analisar o edifício “o Trabalho” isoladamente, sem o enquadrar no plano mais vasto da urbanização da Figueira da Foz do tempo é confundir a árvore com a floresta.
Dois pressupostos prévios. Não havia Plano Diretor Municipal, nem a Lei do Financiamento das Autarquias Locais estava em vigor. O autofinanciamento estava em voga, sobretudo através da venda de património. Para urbanização vendiam-se terrenos municipais, e autarquia que não tivesse terrenos vendia ar, através das construções em altura. Por outro lado o turismo de massas tinha os seus exemplos na Quarteira ou em Troia, pelo que a Figueira haveria que entrar na moda.
Sem falar das urbanizações dos subúrbios, (Tavarede, Vila Verde) ou na Encosta Sul da Serra da Boa Viagem, a malha urbana mais afetada foi a Marginal Oceânica, e, no seu seguimento a parte norte da Esplanada Silva Guimarães, e ainda o quarteirão do Hotel Portugal. A transformação da Marginal Oceânica iniciou-se com a construção do Hotel Atlântico, do lado sul, e depois de algumas vicissitudes, o edifício do J. Pimenta a Norte. Estes dois edifícios funcionaram como baliza para as cérceas. Assim estas, passaram então de seis andares para doze, e mais tarde completou-se a urbanização do gaveto na rotunda da Ponte do Galante, entre a rua de Buarcos e a Avenida 25 de Abril para sul. Com a urbanização do quarteirão do Hotel Portugal, e ainda com a “modernização” do edifício do Casino, ficou pronta a primeira fase da transformação que á época se desenhou para a Figueira da Foz.
Mas havia uma segunda fase que seria a Marginal Ribeirinha. Esta marginal envolvia a parte sul da Esplanada Silva Guimarães, o Mercado Municipal e os edifícios adjacentes, onde funcionava um colégio de freiras, casas de habitação e comércio. O edifício “o Trabalho”, e um outro prédio (o edifício Foz) situado no gaveto entre a rua da Liberdade e a rua Académico Zagalo, são a parte visível, deste projeto para a zona ribeirinha. Tal como para a Marginal Oceânica foram traçadas balizas a norte e a Sul, estes dois edifícios eram as balizas da urbanização virada á foz do rio.
Houve na realidade um contrato entre a Câmara e o promotor imobiliário, contrato esse que ainda hoje anda pelos tribunais, que envolvia a alienação do Mercado Municipal, cedendo a Câmara terrenos para a construção de novo mercado nos terrenos a norte do Parque das Abadias. Este, no seguimento da aquisição dos terrenos do mercado, adquiriu, por permuta, o colégio das freiras, (construindo o edifício da Casa de Nossa Senhora do Rosário na Rua José da Silva Ribeiro), e outros edifícios com limites no Passeio Infante D. Henrique e na Rua Francisco António Dinis.
Tal projeto foi inviabilizado porque os figueirenses se opuseram num movimento que abrangeu parte importante da sociedade da época, e obrigou a Câmara a abortar tal plano. Com efeito o Bairro Novo ficou praticamente sem residentes, o Casino alterou a sua oferta, o espaço para atividades terciárias foi exagerado, e o modo de estar dos “banhistas” alterou-se por completo. E do ponto de vista estético, estes prédios, incluindo o Casino obviamente, e também o posterior edifício da Ponte do Galante, noutra era, são daqueles que nenhum arquiteto reivindica a paternidade.
Em resumo, o edifício “O Trabalho” é o remanescente de uma urbanização abortada que compreendia mais cinco edifícios no espaço do Mercado Municipal e outro, ou outros, na parte do Passeio Infante D. Henrique.
Se deve ir abaixo ou não, confesso que não sei. Mas que não deve haver injeção de dinheiros públicos, não! Que o Hotel Atlântico é um caso de remodelação de sucesso, é! Que o proprietário deve ser o responsável pela solução, deve! Que enquanto não encontrar a solução deve ser bem sobrecarregado com IMI, e com a fiscalização severa do estado de conservação do prédio, deve!"
Nota.
Depois de ler, atentamente, como sempre, Nelson Fernandes, na minha opinião, o melhor membro político que passou pela Assembleia Municipal figueirense, continuei com uma dúvida.
Ana Carvalho, sábado passado, no Diário as Beiras, sobre este assunto começou assim a sua crónica. Passo a citar:
"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projecto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992."
Será que isto tem algum fundamento histórico? Citando Miguel Almeida, este é "um Edifício que é um Trabalho"!

domingo, 10 de maio de 2020

Um contributo para a «estória» do devoluto edifício "O Trabalho", antigo centro comercial, com escritórios e habitação nos pisos superiores...

Uma Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura de autoria de Petra Simões Leitão,  com dezenas de fotos, plantas, esquemas e estudos diversos, e alicerçada com a indicação das diversas fontes e testemunhos recolhidos. Para consultar, clicar AQUI (em PDF). 

"É a partir de 1858 que a Figueira começa a receber uma grande afluência de banhistas. A partir de 1861 forma-se a “Companhia Edificadora” que começa a construir o hoje conhecido como Bairro Novo, na sua origem “Bairro Novo de Santa Catarina”, a poente do núcleo inicial.    
A partir aproximadamente da década de 60, a dinâmica de crescimento alterou-se profundamente por causa da pressão exercida pelos interesses turísticos e imobiliários, tendo como resultado o alastramento caótico da cidade ao qual nem os sucessivos planos de ordenamento têm sabido ou conseguido pôr travão eficaz. 
Hoje, a cidade continua a sofrer com iniciativas urbanas desajustadas. No entanto tem-se assistido a diversas iniciativas para que volte a ganhar maior importância enquanto destino turístico e simultaneamente se torne mais dinâmica durante os meses que não só os de Verão. É neste sentido e com esta perspetiva futura que este trabalho surge.

18 de agosto de 1987 - A Companhia de Seguros O Trabalho , solicita licença, pelo prazo de 90 dias, para a execução de enchimento de fundações e muros de suporte. 
31 de agosto de 1988 - Na consequência do indeferimento da Câmara Municipal, levado a cabo numa sessão realizada a 31 de maio de 1988, à construção de mais um piso no prédio, que já estava em obras iniciais, os proprietários contactam o exmo. Presidente da Câmara porque “Analisando as razões em que foi fundamentada a deliberação, a requerente julga dever esclarecer V. Exa. … das razões do pedido que ora renova”. A empresa justifica acreditar que não excede os limites do já aprovado anteriormente (a março de 1984 e posteriormente, com condições e contrapartidas mais concretas, em novembro de 1986).
O anteprojeto previa 16 191 m2 de área total de construção. Esta área total fora diminuída, em 739 m2, aquando da elaboração do “projeto final”, que eliminava um andar de habitação e aumentava um ao comércio. No entanto, a Seguradora, acabou por voltar atrás na decisão de eliminar um piso de habitação e apresentou à Câmara uma proposta para a criação de um “recuado” com a totalidade de 984 m2. Os proprietários consideram que “adicionada esta área temos sensivelmente a área de construção autorizada aquando da aprovação do ante-projeto. O andar cuja construção ora solicita está, assim, praticamente, dentro dos limites da construção… com um acréscimo insignificante num empreendimento de tal dimensão… A sua não execução… representa considerável prejuízo”.  
Situações desta natureza, em que a Câmara auferia certos valores em consequência da autorização de mais construção em altura, aconteceram pontualmente e sobretudo na década de 80. A titulo de exemplo: os edifícios na Avenida Brasil, voltada para o mar, a passarem de r/c+2 pisos para r/c+5+1, sob o valor de 100 contos por metro de fachada.
20 de junho de 1989 - É emitido um novo parecer, por parte da Câmara Municipal em que, questões de áreas dos últimos projetos aprovados são descriminadas para manter e justificar o indeferimento anterior: 
Um estudo prévio que apresentava 11 212 m2 de área total de construção foi aprovado em reunião, a 14 março de 1984. Este respeitava todo o Regulamento Geral das Edificações Urbanas (R+EU) porque a partir do segundo piso, o edifício desenvolvia- se em socalcos, a 45 graus. 
A 1 de setembro de 1987, foi aprovado um projeto, que apresentava 10 725 m2 de área total, embora não respeitasse um artigo do R+EU, uma vez que só apresentava um recuo, para o conjunto a partir do 4º piso. 
A 19 de fevereiro de 1988, foi apresentado pelo proprietário, um estudo que previa a inclusão de um 7º piso, que foi indeferido, por contrariar a volumetria prevista no Plano de Urbanização. A Seguradora mostrou-se insistente e renovou o pedido, chamando a este acrescento, falsamente, de “recuado”. No entanto a Câmara considerou que tal iniciativa iria agravar, o já em incumprimento, 59º artigo do RGEU. A Câmara sugere que a este piso, caso permaneça o desejo da sua construção, a sua aprovação pode ser feita mediante as alterações: subtração das quatro salas que se destacam da fachada e recuo de 3 metros da fachada em relação ao plano vertical que agora forma, não incluindo a caixa de escadas neste movimento. 
31 de outubro de 1989 - No decorrer da construção do novo edifício foi indeferida por unanimidade a proposta de reformulação do piso 7, tendo em conta o último parecer da Câmara Municipal. Também foi vetado o acrescento ao projeto, de um 8º piso, com vista à instalação de uma casa de máquinas, caixa de escadas e duas salas para reunião do condomínio. 
14 de agosto de 1990 - A Direção Regional do Ordenamento do Território do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, em carta dirigida à Câmara Municipal, releva o facto da construção do novo edifício estar a ser feita num “local classificado no plano eficaz como zona residencial onde as construções podem ser isoladas ou em banda com o máximo de r/chão e 2 andares” alertando para o facto da construção não respeitar estas e outras condicionantes, o que “poderia eventualmente vir a ser sancionado”. Dão abertura à Câmara para qualquer tipo de deliberação."

sábado, 9 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (6)

"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projeto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992. É composto por 8 andares e 2 pisos subterrâneos de estacionamento. O rés-do-chão, 1º, 2º e 3º andar com frações comerciais e de serviços e do 4º ao 7º andar com habitações.
O terreno onde foi construído tem 2513 m2 e a área de construção é de 11911 m2 acima do solo, mais 1750 m2 em cave. O que perfaz um índice de construção de 4,7. Uma volumetria manifestamente exagerada, uma total desintegração urbana e uma péssima imagem urbanística, incrementadas por tipologias desajustadas (e, provavelmente, por outros motivos obscuros), levaram a que nenhuma fração habitacional fosse vendida e a que as poucas frações comerciais vendidas fossem abandonadas. Encontrando-se há largos anos totalmente devoluto, foi classificado por perito qualificado, como uma “ruína” urbanística, uma vez que, sendo um edifício relativamente recente e construído em betão armado, não apresenta riscos estruturais e, portanto, não é uma ruína física. O proprietário foi quase sempre a empresa Açoreana, Companhia de Seguros, SA, tendo sido recentemente vendido à empresa do ramo imobiliário, Atlantitradiction Lda. O que certamente todos quereríamos era demoli-lo, terminando com o estigma, os problemas de salubridade e com a má imagem que dá ao Bairro Novo, zona tão nobre da cidade. No entanto, o proprietário teria de ser indemnizado, uma vez que não quer perder os seus direitos adquiridos. E, tendo em consideração que o seu valor patrimonial é de cerca de 9 milhões de euros e que o custo de demolição seria aproximadamente de 1 milhão, o município teria de gastar uns largos milhões de euros para o demolir, caso o conseguisse expropriar. Não contando com o risco que a própria demolição traria aos edifícios circundantes
Portanto, julgo que a solução possível passará pelo proprietário fazer uma reabilitação profunda com qualidade, retirar-lhe o estigma, promovendo uma oferta imobiliária que não exista na Figueira da Foz!"

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (4)

"Apoio uma solução que permita ao executivo tomar posse do espaço do Edifício O Trabalho e proceder à demolição daquele imóvel cujo projeto nunca deveria ter sido autorizado na configuração que conhecemos.
O Edifício O Trabalho não respeita a volumetria envolvente. Apesar de uma vaga chamada às cores do vizinho Centro de Diversões, não existiu um cuidado em edificar com uma proporcionalidade aceitável. O edifício em si era medíocre na componente de isolamento térmico e de gestão de humidade e infiltrações.
O licenciamento das frações habitacionais foi sempre problemático, indiciando práticas típicas dos anos 80 e 90 em que se tentavam esticar os textos da lei para obter lucros imediatos e fáceis. Demolir o Edifício O Trabalho é um serviço público que se irá prestar à comunidade e em particular ao Bairro Novo. O Edifício O Trabalho tomou o lugar do antigo Teatro Parque Cine. O Parque Cine juntamente com o Centro de Diversões, a Pensão Café Europa e as fachadas art-déco de várias moradias do Bairro Novo integravam um conjunto de belas obras da Arquitetura Modernista portuguesa.
A envolvente do edifício O Trabalho, engloba ainda o Mercado Engenheiro Silva e o Casino Peninsular. Por isso, a solução a adotar por concurso público deverá ter em conta esta envolvente com particular destaque para a concordância volumétrica e arquitetónica com o edifício do Centro de Diversões, que agora é um restaurante e se encontra registado como património de interesse municipal. Essa solução também deverá continuar a contar essa história singular da art-déco na Figueira da Foz.
Não através da cópia do que existiu, mas sim fazendo uma interpretação da nossa época daquele legado arquitetónico distintivo do Bairro Novo. Seria particularmente positivo que a nova solução pudesse servir de habitação para trazer mais pessoas e vida para o Bairro Novo. Seria uma marca de grande inteligência se um ou dois fogos fossem dedicados à habitação social e/ou a jovens, contribuindo para misturar gerações e classes sociais, contribuindo para combater a guetização de populações."
Via Diário as Beiras

terça-feira, 5 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (2)

"Pensado e construído numa época em que a tradição, a história e a memória nada valiam (até o Mercado Engenheiro Silva teve a sentença de morte assinada…) em relação aos compadrios, aos esquemas e aos supremos e confortáveis interesses e consequentes mordomias do “pato-bravismo” instalado (hoje tudo isto tem um nome: corrupção), o Edifício “O Trabalho” é, desde há vários anos, um problema, tão grande quanto a sua dimensão e volumetria físicas.
Penso que este problema tem uma quádrupla dimensão: antes de mais, envolve questões jurídicas (de posse efetiva, e portanto também de legitimidade da solução a encontrar – o próprio nome do edifício é hoje revelador da sua inconsequência…).
Depois, não é possível encontrar o caminho da resolução do problema sem atender às questões técnicas: é possível a revitalização? Uma intervenção no edifício é tecnicamente possível? E obrigará a que tipo de obra? Uma eventual demolição colocará em perigo os edifícios circundantes e as populações residentes?
Também não há qualquer solução que não compatibilize a fórmula custo-benefício: quanto vai custar cada opção a considerar? Quem vai pagar/financiar? Há a possibilidade de se enquadrar alguma ação em programas financiados – ou pelo Estado português, ou pela União Europeia, ou por um qualquer Organismo Internacional, ou por alguns, ou mesmo por todos?
Finalmente, a questão política (aqui entendida enquanto organização, direção e administração da polis, e não como ação partidária, ainda que estas duas dimensões da intervenção pública sejam obviamente necessárias e, mesmo, recomendáveis): face aos consecutivos anúncios, ao longo dos últimos anos, da solução afinal sempre adiada para o Edifício “O Trabalho”, não há mais tempo a perder, sobretudo por duas ordens de razões: a primeira é de higiene e de saúde públicas – aquele espaço tornou-se perigoso, inseguro e nauseabundo.
A segunda é simbólica: o Bairro Novo lembra a época áurea da cidade rainha das praias de Portugal, das elegantes e belas moradias e casas de inícios do século XX, das varandas e beirais à portuguesa ao estilo Arte Nova ou Art Déco. A solução? Ao trabalho."
Via Diário as Beiras

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade...

"O “Edifício o Trabalho” é o típico caso de um investimento privado que se tornou num problema público a resolver com dinheiro dos contribuintes. Ninguém quer aquele patrimônio, tornou-se um ativo tóxico.
Um imóvel construído na década de 80 do século passado, inicialmente um centro comercial que nunca foi bem-sucedido e que acabou num edifício devoluto fonte de inúmeros problemas, desde janelas a cair até abrigo de vagabundos. É agora propriedade de um fundo de investimento que segundo notícias de abril de 2019 estaria à venda no OLX por 5,7 milhões de Euros (pasme-se!). Que se saiba ninguém quer comprar o edifício. E há ainda os detentores de contratos (lojas,…) que procuram acordos com os proprietários aumentando certamente a litigância à volta do edifício.
A autarquia em 2017 afirmava que a solução passaria por demolir o imóvel, com pagamentos aos comerciantes e suportando os custos da demolição. Assumindo que a Câmara vai investir no espaço, defendo que deverá abrir um concurso de ideias que vise em última analise atrair residentes para aquela zona.
Podem ser apartamentos com rendas controladas para jovens que tanta falta fazem no centro da cidade. Por duas razões, há pouquíssima oferta e é cara (um T1 custa decente custa mais de 300 Euros) para os bolsos dos jovens e estudantes, sendo necessário apoiar quem quer viver nesta zona da cidade. Pouco útil será criar habitação sazonal que perpetuará a sazonalidade do Bairro Novo.
Outras ideias mais arrojadas podem e devem aparecer.
Objetivo fundamental de qualquer intervenção deverá ser a sustentabilidade ambiental do edifício, remodelado ou novo. Um modelo de inteligência e uma referência de intervenção moderna é imperioso, desde a introdução de coberturas verdes, jardins verticais até à produção da sua própria energia e uma pegada de carbono zero.
Interessa ver no edifício “O Trabalho” uma oportunidade para fazer diferente e sair de um certo atavismo que caracteriza muitos projetos atuais."
Via Diário as Beiras

sábado, 14 de março de 2020

terça-feira, 10 de março de 2020

Mattos Chaves vai recandidatar-se a Presidente da concelhia do CDS

Dr. Miguel Mattos Chaves
Mestre e Doutorado em Estudos Europeus 
(Universidade Católica)
Auditor de Defesa Nacional 
(Instituto da Defesa Nacional)
Gestor de Empresas
Por decisão tomada pela maioria dos Militantes do CDS-PP da Figueira da Foz, Miguel Mattos Chaves vai recanditar-se a Presidente da Comissão Política da Figueira da Foz, nos próximos dois anos – 2020-2022.
Da equipa de Mattos Chaves fazem ainda parte: 

Comissão Política Concelhia:
Vice-Presidente: Engº Rui Jorge Fernandes de Morais;
Vice-Presidente: Dr Manuel António da Piedade Mesquita;
Secretário: Dr Carlos Miguel Brás Vitória;
Vogais: Drª Anabela Jorge Monteiro Crespo; D. Maria do Rosário A. F. Barata Portugal; D. Fernanda Manuela; Sr. Tiago Emanuel Rodrigues Ramalho; Sr. Luís Miguel Silva Neves.

Mesa do Plenário Concelhio:
Presidente: Drª Francisca da Ressurreição Geraldes;
Vice-Presidente: D. Marta Maria Soares Raposo de Medeiros Carvalho;
Secretário: Dr Bruno Alexandre Sampaio Lobo.
"Aquilo que esta equipa promete é continuar a trabalhar em pról dos Figueirenses, tendo como guia o nosso Programa de Governo para o Concelho da Figueira da Foz, o qual foi apresentado pela primeira vez em Junho de 2017."
O Acto Eleitoral terá lugar no próximo dia 16 de Março de 2020, entre as 18h00m e as 20h00m, na sede do CDS-PP da Figueira da Foz, situada na Rua Cândido dos Reis (rua do Casino – Bairro Novo).

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Da série "situação pontual"... (3)

Foto via facebook Isabel João Brites
Na sessão da Assembleia Municipal ontem realizada, no período destinado à intervenção do público, a figueirense Isabel João Brites falou de um problema que tem trazido para a comunicação social local, regional e nacional a Figueira da Foz: a segurança na noite figueirense.
Recorde-se: o presidente da câmara, recentemente, considerou o que se passou de  "situação pontual". Todavia, a realidade já mostrou que aquilo que  Carlos Monteiro afirma ser "PONTUAL" começa a ser, de facto, "DEMASIADO PONTUAL para ser passivamente aceitável".


 

No passado dia 27, o Diário as Beiras, ouviu algumas pessoas. Não ouviu Isabel João Brites, que conhece a noite na zona do Bairro Novo como poucos.
Vive e respira este ar, desde 1958.  "Tornei-me comerciante à força aos 19 anos (por falecimento súbito do meu pai)".

No dia em que a notícia saiu no jornal (27 do corrente mês), Isabel João Brites já estava inscrita para falar na AM do dia seguinte - 28. Nos 5 minutos que teve para usar da palavra, tentou alertar para a situação que se vive no Bairro Novo. Na sua óptica, tem a ver, com "a falta de policiamento ACTIVO aos fins de semana e datas chave e a ausência de meios (o canal directo escrito na peça não existe para resolver os casos imediatos). A saber: detectamos algo irregular, ligamos 112.
Remetem-nos para a PSP. Ligamos 233... PSP atende: dizemos o que se está a passar.
Dizem nos para ligar PSP COIMBRA. Insistimos que é mesmo aqui, ao pé do Casino.
Não pode ser assim... tem de ser a PSP COIMBRA a “ encomendar” a atuação a PSP Figueira...
Entretanto, foi passsando o tempo. Já foi tudo ou no INEM, ou para outro lado espalhar mais magia... O canal directo CMFF/ PSP tem de ter linha acesso RÁPIDO para solucionar com eficácia ..."

Por outro lado, diz-nos ainda Isabel João Brites na conversa informal que com ela tivemos a seguir à sua intervenção na Assembleia Municipal, "a ausência da tão falada videovigilância, também contribui para este desconforto pois pode ser elemento dissuasor de situações anómalas." A seu ver "a questão do regulamento sobre o RUÍDO também tem e deve ser bem aplicada. O que os não utilizadores dizem ser barulho de pessoas a falar, a gritar, a cantar,não provoca os danos que estão na origem deste regulamento
Falo especificamente de SOM DIFUNDIDO. EMISSÃO DE MÚSICA  sem qualquer medição...
Como? Não sei... O meu restaurante é verificado e não dói nada.
Os peritos importam os dados armazenados no limitador de som para o seu PC. Enviam os registos para a CMFF. E é essa parte que transcende o meu entendimento... Porque ouço e sinto o bater dos GRAVES/ BAIXOS no meu espaço e na minha habitação que tem vidros duplos há mais de 20 anos..."

 
Passemos à intervenção de Isabel João Brites, na sessão da Assembleia Municipal ontem realizada focando o tema "INSEGURANÇA VS SEGURANÇA, práticas actuais e práticas a adoptar".
A insegurança que está instalada nesta zona da cidade não será um fenómeno apenas nosso e do Bairro Novo, mas, é para nós figueirenses, o motivo da preocupação e reflexão.
De facto, uma ocorrência num mês  e outra 2 depois ... será PONTUAL?..
O problema é que estes são os casos graves e reportados.
Os restantes.... só quem aqui mora e tem o seu negócio é que os vê!
A videovigilância é um ponto de acréscimo importante, mas, até estar posta em prática, tem de ser tomada uma medida de acção rápida e essa medida chama-se REFORÇO POLICIAL.
Se é da PSP, CI, GNR? Seja donde vier... com toda a certeza vai fazer a diferença e devolver ao Bairro Novo a segurança e atractividade de outros anos tão perto.....
Podemos escrever uma cartinha ao Sr Ministro da Administração interna .... pois podemos....
Mas somos cidadãos anónimos... Se for o Presidente duma autarquia que se emoldura com TURISMO ... tem o valor que tem e tem de certeza mais...
Policiamento de carro a circular, já temos e não é frutífero.
A pé, agentes colocados estrategicamente e em grupo, a circular cruzando-se para verem e serem vistos... Penso poder ser o primeiro passo.
A questão do ruído, só não será contornada se os 5 sentidos que possuímos junto com o BOM SENSO não forem postos em prática...
O barulho de rua é o barulho de rua! Ponto! O som emitido é que tem de ser refreado.
Provoca desconforto e doenças e ao invés de atrair público, atrai apenas o que não é bom!"

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

"Novos donos do Edifício O Trabalho manifestam interesse na reabilitação", uma novela em exibição na Figueira há cerca de 20 anos...

Ver para crer. 

"Há cerca de 20 anos que os figueirenses esperam por uma solução para o Edifício O Trabalho, o mal-amado imóvel do Bairro Novo que destoa do conjunto. E foram muitas as notícias que anteciparam uma nova vida para o prédio."
Tal como OUTRA MARGEM, esta novela (há quem lhe chame "engodo"...) já vem de longe.
Imagem via Diário as Beiras