As extensões de
saúde de São Pedro e da Marinha das
Ondas, estão temporariamente fechadas por falta
de profissionais. Entretanto,
os utentes estão a ser atendidos em Lavos. O que acrescenta novas dificuldades no acesso aos cuidados de saúde aos moradores de S. Pedro e da Marinha das Ondas, nomeadamente, a nível de transportes públicos.
O executivo camarário já reagiu, ontem, através
de comunicado, que pode ser lido clicando aqui. O presidente da câmara, Santana Lopes,
tinha abordado a situação na cerimónia da comemoração dos 140 anos dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, na qual participou o ministro José
Luís Carneiro.
Santana Lopes solicitou ao ministro que fizesse
chegar ao Governo a sua
“enorme preocupação” sobre os efeitos que as obras
da Ponte Edgar Cardoso
poderão provocar nas
duas margens do concelho, sobretudo, sublinhou,
nos serviços de saúde.
José
Luís Carneiro tomou boa
nota do pedido do presidente de câmara da Figueira da Foz.
Por sua vez, o PSD/Figueira, via nota de imprensa que transcrevemos a seguir, manifestou-se sobre o assunto.
"É com enorme preocupação e apreensão que, o PSD da Figueira da Foz, se apresenta, após o conhecimento do encerramento, temporário, de duas unidades de saúde de proximidade do lado sul do concelho, o Centro de Saúde de S. Pedro e de Marinha das Ondas (recentemente inaugurada), devido à escassez de funcionários de várias especificidades que um serviço destes contempla.A saúde é um dos principais pilares para o bem-estar, qualidade de vida e segurança de toda a população.
E, no caso concreto, do nosso concelho, estes fatores são igualmente importantes. Sendo fundamental garantir uma saúde de proximidade de forma equitativa para todos. Não esquecendo que, o seu acesso, é um direito fundamental.
Num município onde, a população apresenta-se com um índice elevado de envelhecimento e, aleado a esta condição, a rede de transportes públicos ser escassa, o suprimir de serviços tão basilares, como são as extensões de saúde, coloca, quem mais precisa, numa situação difícil, onde, muitas vezes, aceder a serviços de saúde de primeira linha, mais distantes, torna-se numa tarefa quase impossível.
Relembrar ainda que, a Ponte Edgar Cardoso, irá passar por uma intervenção profunda, que implicará o constrangimento, principalmente, no horário noturno, num período longo, que ultrapassará, os 2 anos.
E perante a “nublosa” informação que se apresenta, no que se refere ao funcionamento destes serviços de saúde, durante todo o tempo de execução da empreitada da ponte que liga as duas margens do rio Mondego, aumenta a nossa preocupação, principalmente quando, nas vésperas destes acontecimentos, ocorra, como já aconteceu no passado, a supressão de unidades de saúde primárias.
Os cuidados de saúde são cada vez mais necessários e nesta altura do ano a atenção a este nível eleva-se para o dobro.
Por isso, apelamos, ao bom-senso destas questões junto das tutelas governamentais, destacando o direito ao acesso a serviços de saúde de qualidade e tão importante quanto isto, reforçar que os cuidados de saúde devem estar ao alcance de todos, de forma igual, sem existir diferenciação, em todo o território da Figueira da Foz."