segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Walter Chicharro assume avançar para liderar Turismo do Centro
«CORES DA TERRA E DO MAR», UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURAS A ÓLEO
100 anos de Farol do Cabo Mondego
Via Município da Figueira da Foz
"100 anos de vida de um Farol erguido no Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, classificado, desde 2004, como imóvel de interesse municipal, e que de forma ininterrupta assume a sua missão de acompanhamento e pensamento naqueles que diariamente se aventuram a percorrer a escuridão marítima, quantas vezes, tormentosa.
domingo, 20 de novembro de 2022
Vernáculo profundo
Vão jogar onde tanta gente morreu
"1. Hoje começa o 22.º Campeonato do Mundo de Futebol. Aquele que é, de longe, o mais caro de sempre - num mundo devastado por guerras várias, inflação galopante e uma crise energética e alimentar sem precedentes neste século.
Tendo como país anfitrião o Catar, monarquia do Golfo Pérsico onde são violados elementares direitos humanos.
2. Os sete estádios construídos de propósito para o certame nasceram em condições tão indignas que, segundo revelou o diário britânico The Guardian, terão causado cerca de 6500 mortos entre 2010 e 2020.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, só em 2020 foram ali registados 50 mortos e 506 feridos graves, todos imigrantes de países pobres: Índia, Nepal, Sri Lanca, Bangladeche e Paquistão. Vítimas de condições laborais inaceitáveis em qualquer parcela do mundo civilizado, trabalhando entre 14 e 18 horas diárias sem folgas, com temperaturas superiores a 40 graus, sujeitos a alimentação e alojamento inadequados, vendo os seus documentos de identificação confiscados por empreiteiros subcontratados, impossibilitados de procurarem tarefas alternativas, num cenário equivalente à escravatura.
3. Também os valores ambientais estão em causa. Porque a pegada ecológica destes 28 dias de campeonato no Golfo Pérsico é alarmante. Com emissões de dióxido de carbono que poderão duplicar as do Mundial do Brasil, há oito anos. Na climatização dos recintos desportivos e nos 160 voos diários das mais diversas partes do globo para o pequeno emirado, com superfície inferior à do Alentejo e que não reúne condições hoteleiras para alojar tantos visitantes, tendo de recorrer para o efeito a países vizinhos.
Tristemente irónico, quando a Cimeira do Clima da ONU, no Egipto, faz apelos insistentes à «neutralidade carbónica».
4. Questiono-me como os futebolistas encararão este Mundial. Os políticos de todas as tendências, já sei: irão lá em excursão, para se exibirem num palco com transmissão global, indiferentes aos alertas de organizações como a Amnistia Internacional e o Observatório dos Direitos Humanos.
Vou acompanhar? O menos possível, confesso. Não deixando de ver, em directo ou em diferido, os três jogos da selecção portuguesa - contra o Gana (24 de Novembro), o Uruguai (28 de Novembro) e a Coreia do Sul (2 de Dezembro).
Mas sempre com a noção clara de que nada disto devia realizar-se ali."
Bicentenário da morte de Manuel Fernandes Thomaz foi evocado na Figueira da Foz, sua terra natal
sábado, 19 de novembro de 2022
Manuel Fernandes Thomaz morreu há 200 anos
Na Figueira, os génios são todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.Foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
FOI O O QUE ACONTECEU A MANUEL FERNANDES THOMAZ, PATRIARCA DA LIBERDADE.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra, apesar deste executivo camarário de maioria absoluta PS, aberta e disponível para a democracia.
Hoje, é dia para recordar Manuel Fernandes Thomaz, "O Patriarca da Liberdade".
Imagem via Diário as Beiras
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Milagres
O milagre de Joaquim Namorado
"Onde o santo punha o pé nasciam rosas.
... e o povo lamentava
que não fizesse o mesmo com as batatas."
O milagre da sobrevivência dos reformados em 2023
Para viver em Portugal e na Figueira sempre foi necessário um enorme sentido de humor.
Entretanto, vamos andando ensarilhados em dívidas, públicas e privadas, sem se vislumbrar como vamos sair da situação de escravos endividados, soterrados vivos por politicas e políticos incompetentes ao longo de dezenas de anos.
Sabemos que isto não vai acabar tudo bem, mas dá jeito acreditar que está a correr mais ou menos...
"Com uma inflação galopante, que o governo estima em 7,4% este ano, embora o Conselho das Finanças Públicas aponte para 7,8%, os pensionistas com prestações de 650 euros brutos vão ter de viver com apenas mais 5,58 euros nos bolsos todos os meses, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo com base nas simulações da Ernest & Young (E&Y) para 2023. Significa que cerca de 1,6 milhões de reformados, ou seja, mais de metade dos que irão beneficiar de uma atualização entre 4,43% e 3,53% em 2023, terão um acréscimo líquido mensal de 0,8%. Mais 5,58 euros, portanto."
Como diria a minha avó, "andam a comer-nos as papas na cabeça". Detesto ser tratado como um tolo. Foi como este governo com aquela rábula do adiantamento fez.
Para já, além de estar tudo cada vez mais caro, o pessoal ter cada vez menos dinheiro disponível, os contextos europeus e mundiais estarem cada vez mais perigosos e ameaçadores, a ansiedade vai dar mais lucros às farmacêuticas e às clinicas da psique, e os livros de tangas de auto ajuda vão subir as tiragens!
Preparem-se para o devir. Em 2023 vamos ter mais do mesmo. Ou pior...
Para acabar com a politiquice, num assunto tão sério, será preciso acontecer um milagre?
Não sei como é com você, mas a mim vai-me safando a essência.
E a minha essência esteve, está e estará sempre no mar...
O mar tranquiliza-me. Como gente do mar que sou, caminhar em direcção a ele, é uma atitude intrínseca. Quase tudo se descortina ao olhá-lo. É um saber de experiências feito, que me foi transmitido pelos mais velhos.
Gosto da orla marítima, sobretudo fora da chamada “época alta”.
Para quem não “vive” o mar, as imagens parecem sempre iguais.
Contudo, garanto que não! Para quem o conhece bem, o mar é sempre diferente. E, também, sempre imprevisível!
Santana Lopes, acusou no final da reunião camarária realizada no passado dia 12 «a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de estar a gozar com a Figueira, ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho: depois do que foi dito [pela APA], tomar uma decisão dessas é gozar com a cara dos figueirenses». Segundo Santana Lopes, «a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista para 2023.»
O efeito não se fez esperar. Horas depois, ainda nesse mesmo dia 12 de outubro de 2022, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, deslocou-se à Figueira da Foz para se reunir com o autarca.
Fonte da autarquia avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS que, afinal, aquilo que a APA havia protelado para 2025 será realizado em 2024.
Por mim, limito-me a lembrar o que ando dizer há vários anos sobre este assunto: dado que o que está em causa e em risco, é a segurança de pessoas e bens, apenas quero alertar que o momento não está para politiquices. A erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério. E o inverno está à porta.
Concedam ao rejeitado o milagre de descansar em paz
Em Abril de 2019, quando o falecido João Ataíde deixou a Figueira, para o seu lugar, avançou Carlos Monteiro.
Politicamente, Carlos Monteiro antes de 2009, de 2001 a 2005, foi membro da Assembleia de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz. E, de 2005 a 2009, tinha sido membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz. Depois foi vereador do executivo presidido por João Ataíde.
Com a ascensão de Carlos Monteiro a presidente, o provincianismo figueirinhas delirou com a ideia de ser um dos seus a limpar o que foi feito por quem realmente mandou na Figueira, entre outubro de 2009 e abril de 2019.
O resultado de pôr quem não serviu para a freguesia de S. Julião a presidir um concelho viu-se na Figueira nos dois anos que se seguiram.
Com a ida de Ataíde para Lisboa, Monteiro teve o seu momento de deslumbramento. Foi um daqueles momentos raros, um golpe de sorte (se bem me lembro, até houve foguetes...) que acontecem por vezes às pessoas e também aos políticos. Daqueles momentos que fazem tudo ganhar objectivo e sentido - toda a espera, toda a paciência, os sapos engolidos e todo o trabalho, finalmente, a valerem a pena.
Contudo, acabou por ser o seu maior momento de azar. Faltou uma coisa: quando foi a votos, mais uma vez, Monteiro não foi validado pelos votantes do concelho.
O verdadeiro objectivo do medíocre percurso político de Monteiro - ser aceite por uma sociedade figueirense que sempre o rejeitou - não foi alcançado.
A derradeira meta era vencer essa rejeição. Não o conseguiu.
Que continue o milagre de continuar a haver lugar para o sonho
Escrever é ficar. Se continuo a escrever, é porque ainda não fui. Ainda aqui estou.
Já me disseram, olhos nos olhos: "o meu trabalho de sonho era fazer o que você faz".
Os melhores projectos de todos são aqueles que nos põem a pensar e a mexer. Os únicos projectos que vale a pena prosseguir, são os que não nos deixam dormir.
É o caso do único projecto que sempre tive e continuo a ter: a minha vida, apesar de já terem passado mais de 68 anos.
Basta tão pouco e é tão tanto.
Não sei se me assusto, se me espanto, se me regozijo, se sonho: alguns de vocês conseguem saber de mim o que eu ainda estou a tentar descobrir.
Obrigada por me lerem.
Tal como Martin Luther King "não tenho um plano: tenho um sonho."
Que continua.
"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas, sonho que se sonha junto, é realidade."
Nasceu há 128 anos: José da Silva Ribeiro, um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo
José da Silva Ribeiro, um Homem do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra
Nota de rodapé.
Corria o ano de 1975 e eu, então, um jovem, era um dos componentes do GAU (Grupo de Acção Unida), um grupo de jovens da Cova-Gala ligado à Igreja católica.
Tínhamos várias actividades, entre elas o Teatro.
Por essa altura, encenada pelo Senhor Ferreira, estávamos em ensaios para levar à cena “As Duas Causas”, do Ramada Curto. Tínhamos imensas dificuldades. Entre elas, estávamos com dificuldades em arranjar o guarda roupa. Foi então que resolvemos ir falar com o Mestre José Ribeiro, ao SIT, a Tavarede. E, na delegação do GAU, lá fui.
Para além do guarda roupa, que facilmente nos foi cedido a título de empréstimo, trouxe uma injecção de entusiasmo, que me tem ajudado a encarar a vida e as suas vicissitudes. Obtive, também, de forma completamente espontânea e informal uma lição de Teatro, gosto esse que, se é verdade, já existia, me foi refinado naquela noite pelos ensinamentos e incentivo do Mestre, detentor de uma sensibilidade e de um entusiasmo, a que juntava o prazer de transmitir o gosto pela sua paixão de sempre, sem nos dar a entender que nos estava a dar uma lição.
Aquela lição, naquela noite única e irrepetível na minha vida, ficou para sempre gravada na memória de um jovem incipiente, mas aberto ao conhecimento. A minha gratidão para com o Mestre José da Silva Ribeiro não é possível de traduzir em palavras, por mais autênticas, sentidas e genuínas que elas sejam.
José Ribeiro, na única vez em com ele falei, marcou-me profundamente. Vi logo que estava perante um Homem de grande envergadura cultural, cívica e política, que se preocupava com a transmissão do saber e da cultura ao povo.
Foi, aliás, isso mesmo, a sua preocupação com a instrução do povo, que o fez ser uma vítima, mais uma, do ditador Salazar.
Portugal não se tornou um País inteiramente livre em 25 de abril de 1974.
Falar de respeito, é uma coisa, mas o que existia nesses tempos da ditadura não era respeito, era medo. Medo da prisão, medo da tortura, medo do vizinho, medo da PIDE.
Essa mesma PIDE que prendeu José da Silva Ribeiro, um Homem que gostava apenas que o seu Povo fosse Livre, isto é, tivesse cultura e instrução.
Um simpático convite que me apraz deixar registado...
Via Diário as Beiras
Nota de rodapéComo ainda ninguém conhece o prefácio, nem a obra, penso ser, no mínimo, precipitado, além de deselegante, avançar já para o posfácio...
A foto do dia de ontem tem uma mensagem clara
Além de "orgulho", traduz trabalho realizado com pensamentos positivos, compostura, responsabilidade e sentido de estado.
Vai assistir ao Portugal-Gana, que se realiza em 24 de novembro.
“O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal..., mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa. Começámos muito bem e terminámos em cheio”.
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Diplomacia e pressão mediática não têm chegado para tentar acelerar as medidas de mitigação da erosão costeira nas praias do sul do concelho...
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
Se apreensivo e preocupado fui para a sessão de terça-feira no Auditório do Museu, mais apreensivo e preocupado vim depois da realização dessa reunião.
Via Diário as Beiras, edição de hoje, vejo confirmado o desconforto que a prestação dos representantes da APA presentes na reunião me transmitiram.
O bombardeamento do tractor polaco
Os defensores da guerra total não perderam tempo e exigiram a activação imediata do artigo 5°.
Porém, o filme ficou estragado. O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, disse ontem que a explosão que matou duas pessoas na Polónia "foi provavelmente causada" por um míssil ucraniano, mas ressalvou que "não é culpa da Ucrânia".
Nem Jens Stoltenberg parece convencido da culpabilidade dos russos:
“Não há indicação que se trate de um ataque deliberado da Rússia, ou de que a Rússia tenha planeado qualquer acção militar ofensiva contra a NATO”.
A hipótese de a NATO ser arrastada para o conflito esfumou-se com as indicações de que o projétil que matou duas pessoas na Polónia terá sido disparado pela defesa aérea ucraniana.
Será que cabe na cabeça de alguém, minimamente inteligente e informado, que no dia em que o Putin sinta necessidade de atacar o espaço da NATO, o seu alvo será um tractor?