«Hoje, já na terceira década do século XXI, ensina-se mirandês nas escolas do concelho (com uma adesão esmagadora por parte dos estudantes), já há traduções de clássicos da literatura para mirandês, dos “Lusíadas” ao “Principezinho”, há bandas de dimensão nacional que cantam em mirandês como os Galandum Galundaina, há uma consciência cultural e política de que é preciso valorizar o mirandês como um património comum, mas apesar disso tudo, a língua está em perigo. Nas últimas sete décadas, o planalto mirandês perdeu metade da sua gente. O advento dos meios de comunicação em massa disseminou o uso da língua portuguesa nos quotidianos e a transmissão intrafamiliar do mirandês foi enfraquecendo. Nunca, como hoje, o mirandês esteve em risco de extinguir-se e é irónico que nem a proibição ativa tenha sido tão eficaz na sua erosão. É irónico que no momento em que há mais registos escritos e documentação sobre a língua haja cada vez menos falantes. Como é irónico que as autoridades, municipais e nacionais, demonstrem as suas teóricas boas intenções, ano após ano, mas que tão pouco seja feito de concreto para salvar o mirandês.»
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
terça-feira, 10 de setembro de 2024
Ser "mesquinho e malandro" é isto mesmo...
Há gente muita fraquinha e atrasada não há?Nota de rodapé.
Por vezes, quando não se querem enfrentar os factos opta-se pela ficção...
Pinto Luz: longe vão os tempos dos arrufos com Santana Lopes. |
Ontem, em directo no Now, Pedro Santana Lopes admitiu que pode vir a ser candidato presidencial 2026.
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
domingo, 8 de setembro de 2024
Com drama
João Rodrigues
"Carmo Afonso foi saneada da última página do Público. Era uma das cronistas mais populares e nenhuma explicação foi dada, logo a mais óbvia permanece. Foi substituída por Pedro Adão e Silva...
Desde que começou a escrever há meses na última página d Público, Adão e Silva ainda não encontrou oportunidade para se debruçar sobre o genocídio em curso na Palestina, mas já escreveu várias vezes sobre Kamala Harris, incluindo sobre os seus gostos musicais. É uma das principais apoiantes do mortífero colonialismo sionista e já garantiu que vai persistir na linha de sempre dos EUA.
A oposição na Figueira não podia ser mais qualquer coisinha do que mera ficção?
Para ler na íntegra clicar aqui.
sábado, 7 de setembro de 2024
Quando o freguês é o dono
Imagem via Jornal de Notícias
"O Estado ainda funciona no juízo de autocrítica quando se lê o Relatório da auditoria da Inspecção-Geral das Finanças às contas e ao dossier de privatização da TAP. E esta é a melhor (porventura a única) boa notícia que levamos disto. Num juízo de apreciação sobre si mesmo, o olhar de um organismo de Estado sobre as várias acções governativas relativas à companhia aérea é o espelho-reflexo da mediocridade de uma chico-esperteza com a qual ninguém pode ser conivente, assim como da mediocridade da subjugação a interesses alheios num respeitinho parolo de encarar uma mentira como se de uma verdade insofismável se tratasse.
Os 203 milhões de euros que David Neeleman não meteu na TAP, “utilizando” a dívida da empresa para pagar os 61% do capital da companhia que “comprou” ao Estado, são de bradar aos céus e bem para lá das piores nuvens. Neste mundo novo da especulação espertalhona, privatização e capitalização não rimam. É à vontade do freguês, sendo que o freguês é o dono. Quem sofre é a TAP mas quem paga somos todos. A vergonha tem de ter rostos num negócio ruinoso tantas vezes sinalizado, avisado, criticado e tardiamente escrutinado.
As assinaturas valem e a responsabilidade de decidir tem de ser levada ao confronto. A gigante pressão para garantir que há consequências políticas a retirar deste processo pode fragilizar alguns, sem que isso signifique apunhalar a verdade. Miguel Pinto Luz assina a privatização, mas não tem de ser levado ao sacrifício quando não negociou o que quer que fosse de um negócio encerrado. Este simulacro de negócio tem um nome pouco eventual: Maria Luís Albuquerque, na altura ministra do Estado e das Finanças, resolveu brincar com o nome do país, não podendo desconhecer que o cumprimento das obrigações de Neeleman se fazia com o dinheiro da própria TAP. É verdadeiramente inenarrável que Luís Montenegro não tenha já arrepiado caminho quanto à sua nomeação para comissária europeia. Se a ex-ministra não lhe facilitar a vida em nome da própria defesa, compete a Montenegro decidir se pretende arrastar este Governo para o tipo de lamaçal que permitiu adensar o ambiente para a desacreditação da governação de António Costa.
Exige-se agora um mínimo de seriedade. Ninguém ignora que fomos todos ludibriados mesmo que nem todos percebamos como, tal a complexidade do processo. Há um patamar de decência que os responsáveis governativos têm de trilhar para não perderem o que lhes resta de capital político. Já se faz tarde. Para aquela parte do capital da TAP que se foi esvaindo na indecência, no ardil e na ilegalidade, há que encontrar culpados. Aqui, a culpa não é um capital de todos."
Texto Miguel Guedes, músico e jurista
Município solicita à população que utilize o serviço de Recolha de Monos e Verdes, em vez de os abandonar indiscriminadamente na via pública
"... o Município está a promover uma campanha para o abandono de resíduos, designada «O abandono de resíduos é crime!» “[Vamos pôr um] Ponto Final”, através da qual relembra, as formas corretas e cómodas de acondicionar os resíduos, bem como divulga o serviço de Recolha de Monos e Verdes, disponível.
Que bela e merecida prenda para o Grupo Desportivo Cova-Gala...
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
O que é que falta para o País ir a eleições?..
"Talvez o melhor seja mesmo irmos para eleições"...
1. A Educação não tem professores.
2. A Saúde não tem médicos.
3. A secretaria-geral do MAI foi assaltada.
4. O processo da venda da TAP é o que é.
5. Os helicópteros caem.
6. O Benfica voltou a contratar o Bruno Lage.
Isto anda tudo ligado: presidenciais 2026, autárquicas 2025, Santana; e a escolha do candidato do PS
Na passada quarta-feira, escrevemos: "a um ano das eleições autárquicas, alguém está a “pensar a Figueira”? Com Pedro Santana Lopes a cumprir o primeiro mandato, e com as dúvidas que existem sobre o seu futuro (vai ser, ou não, candidato a Presidente da República em Janeiro de 2026? Possivelmente, neste momento, nem o próprio tem resposta para esta pergunta…) não existem, por agora, candidatos confirmados na corrida às Autárquicas de 2025 na Figueira. Entre os socialistas reina a indefinição. O nome a avançar vai depender da recandidatura, ou não, de Santana Lopes. O PSD tem uma aposta única: apoiar uma recandidatura de Pedro Santana Lopes."
Recordo algo que escrevi - e que é a realidade em Setembro de 2024 - na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA: "Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD...
Na edição de hoje do Diário as Beiras pode ler-se algo que não é nada de novo: "Santana Lopes admite candidatar-se à Presidência da República". Contudo, Santana remete a decisão para daqui a um ano. “Qualquer pessoa que tenha feito o percurso que eu fiz e que tenha a idade e a experiência que tenho pode pensar nisso. […] Tenho de ser realista, lúcido e inteligente, e quando olho para as sondagens vejo que elas me dão uma posição fraca, neste momento. Não quer dizer que hoje seja o mesmo que daqui a um ano”. “Daqui a um ano, pensarei no assunto. Antes disso, acho que é cedo”, disse o Presidente de Câmara da Figueira da Foz no seu programa semanal de comentário político, “Informação privilegiada”, no canal de televisão Now.