O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"Foi aprovado ontem, na reunião de câmara e por unanimidade, o projeto de execução
e abertura do procedimento para o concurso público da empreitada para criação de habitação a
custos controlados para arrendamento acessível
nos imóveis Ministério da Defesa, junto às Abadias.
Trata-se da construção de um edifício com
24 fogos, por 2,4 milhões de euros, financiados
pelo PRR.
Serão ainda reabilitados os dois blocos
devolutos."
"Uma das propostas do executivo camarário incluídas na ordem de trabalhos da reunião
de câmara era a venda do Palácio Conselheiro
Branco, em Maiorca, avaliado em 490 mil euros
e com uma base de licitação de 550 mil euros.
Entretanto, o assunto foi retirado da
agenda, sendo retomado na próxima reunião de
câmara, na sequência da intervenção do vereador
da oposição Daniel Azenha."
Segundo a edição de hoje do Diário as Beiras, «indagada ontem, na
reunião de câmara, sobre o assunto pela vereadora da oposição
Glória Pinto (PS), a vereadora Olga Brás (executivo camarário FAP/PSD)
afirmou que a câmara
municipal tem conhecimento desta situação.
Olga Brás afirmou que
a decisão do encerramento foi tomada pela
administração da Unidade Local de Saúde do
Baixo Mondego (ULSBM), alegadamente devido a “um problema de
segurança” relacionado
com uma assistente técnica, que terá sido vítima de coação quando
fazia atendimento ao
público, não tendo sido
substituída.
“Toda a gente sabe que
aquela unidade de saúde não tem condições
de funcionamento”,
sustentou Olga Brás,
avançando que o processo de construção de
novas instalações, pelo
município, está em
marcha.
Por sua vez, o presidente da Câmara da Figueira
da Foz, Santana Lopes,
defendeu que a falta de
pessoal no setor da saúde não se resolve com
novas instalações. “Estas
situações passam a vida
a acontecer”, sustentou
o autarca.
Apesar das tentativas,
não foi possível ao Diário as Beiras obter
declarações da ULSBM.»
Neste momento, mais vez, estamos perante o impacto do fecho do Posto Médico da Cova e Gala no acesso da população da Aldeia a cuidados de saúde.
Não me peçam, portanto, que aborde este assunto sem indignação e sem paixão.
Neste momento, o mínimo a exigir aos políticos, é que se informem e nos informem, sobre o processo.
A primeira preocupação é a mesma: a necessidade de garantir o não encerramento do Posto Médico da Aldeia, pois o que está em causa é que a população da freguesia não venha a perder cuidados de proximidade.
Senhores burocratas, não podem esquecer que a Aldeia tem uma população envelhecida e a cultura de relacionamento com o povo e de espírito de serviço público que o Posto Médico da Aldeia cultivou ao longo de largas dezenas de anos.
Depois, temos outro problema enorme: as acessibilidades ao novo Centro de Saúde de Lavos.
Como é que os idosos da Aldeia lá vão chegar?
Em transporte individual, que a maioria não tem!.. Em transporte colectivo, que não existe!.. De táxi, para o qual a maioria não tem dinheiro!.. A pé, de bicicleta, de carro de bois, de carroça?..
Alguém pensou neste pormenor?
Qual é, afinal, a estratégia para a saúde das pessoas que moram nesta outra margem?
O erro foi cometido lá atrás...
Antes de terem deitado a primeira pedra do Centro de Saúde de Lavos os políticos concelhios deveriam ter olhado para o resto da população da margem esquerda do Mondego.
E onde é que estiveram (e estão...) os políticos da Aldeia? Na Aldeia do pai natal?..
Mostrar sensibilidade, é uma obrigação. Ser solidário, um dever.
Porque a memória é curta, recordo que, antes, a 29 de Abril de 2016, o asssunto foi levado à Asembleia Municipal por alguém do Povo.
Recordo apenas o início da intervenção.
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos. O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio. A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. “Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está projectado para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...
E continuo.
A terminar fica um pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que alguém esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Gostaria, de uma vez por todas, que alguém dissesse como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de Saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..
Na altura, em 29 de Abril de 2016, na minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, certamente, por uma mera coincidência infeliz,tanto o presidente da câmara da altura, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não estiveram presentes no momento em que usei da palavra.
Espera-se que as práticas desses tempos, de maioria absoluta do PS na câmara da Figueira, que todos devemos recordar, não sejam repetidas por mais nenhum executivo, tenha ele a cor política que tiver.
Fica, via Diário as Beiras, a notícia publicada hoje sobre este assunto.
A chamada "silly season", pesadelo dos jornalistas que encaram a profissão a sério, costuma ocorrer no mês mais ocioso do ano - Agosto - em que parece que tudo pára e nada de relevante acontece. Agosto ainda tarda uns dias. Mas, a "silly season" na Figueira já se nota em Julho. As notícias que nos chegam têm o carácter leve e inconsequente da "silly season"... Na sua irrelevância, as notícias da "silly season" tranquilizam-me. Não digo em relação ao País, mas na Figueira, com a excepão do Festival Pirata, parece que tudo gira sem sobressaltos. Temos espaços públicos que à primeira vista parecem "Biarritz, mas não, é Figueira da Foz..."
"Silly season" é mesmo isto: beleza, paz, sossego e tranquilidade.
Sobra falar sobre o quê? Talvez sobre opreço da bica.
Em 2024, há quem garanta que a Figueira continua na moda. Confesso: não sei se está. Nem isso me interessa.
Assim de repente e sem pensar muito (já me cansa pensar, mesmo que pouco...) nem estou a conseguir ver em que essa alegada e eventual Figueira na moda pode contribuir para a minha felicidade, ou infelicidade.
A não ser num pormenor que ganha maior visisbilidade nesta altura do ano: o aumento dos preços.
Também não sei se é pela vontade de sacar dinheiro a quem nos vem visitar atraído por essa fama da Figueira na moda, que os comerciantes locais inflacionaram os preços quase ao nível dos sítios verdadeiramente importantes no âmbito do turismo.
Apenas constato a realidade.
Podia começar pelo mercado municipal, passando pelos hotéis e pela restauração, mas vou dar um exemplo que atinge a maioria de nós: o preço da bica.
Pagar um euro, ou mais, por um café banalizou-se cá pelo burgo.De sublinhar que isso não acontece, apenas, em estabelecimentos “chiques”, mas em esplanadas vulgares que existem em Aldeias com vista para o mar.
Serão os custos de mercado para quem vive num concelho que, eventualmente e alegadamente, estará namoda moda?
Uma nota final.
Não se infira daqui, que pretendo que seja o governo a fixar o preço do quarto no hotel, da refeição no resturante ou da bica na esplanada. Contudo, a meu ver, convinha haver alguma ponderação.
Não acredito que seja possível aos comerciantes do concelho existirem o ano todo, apenas com os que nos visitam.
Se espantarem os clientes da Aldeia praticando preços especulativos, podem "matar a galinha dos ovos de ouro".
A moda pode ser coisa efémera e passageira, digo eu que não percebo nada disto.
"BANDAS AO CORETO 2024 é uma das ações do projeto de animação cultural de verão CAE “Fora de Portas”, dinamizado pelo Município da Figueira da Foz e que conta com a participação das 9 bandas filarmónicas da Figueira da Foz.
Trata-se de um programa de concertos/espetáculos, mas que procura também distinguir os agentes culturais locais, designadamente as bandas filarmónicas, reconhecendo-lhes o seu papel enquanto protagonistas no panorama formativo, cultural, artístico e social do nosso concelho.
Realiza-se aos sábados, de 03 de agosto a 21 de setembro, pelas 18h00, no Coreto do Jardim Municipal, espaço público de interesse turístico e paisagístico.
"Nos últimos anos, a pobreza mais extrema tem vindo a diminuir em Portugal, passando a respetiva taxa de 7% para 5% entre 2018 e 2023. Na Região Autónoma dos Açores, porém, e após uma redução até 2021 (de 14% para 9%), a privação material e social severa tem vindo a aumentar, atingindo os 12% em 2023, sem que tal se traduza num aumento correlativo da percentagem de beneficiários de prestações de desemprego e de prestações de RSI no total da população. Isto é, o acentuar da pobreza não tem sido acompanhado pelo reforço dos apoios sociais.
É neste contexto que a maioria de direita na Assembleia Regional do arquipélago aprovou, na semana passada, um Projeto de Resolução do Chega que altera os critérios de acesso às creches gratuitas, atirando para o fim das listas de espera os filhos de pais desempregados ou que estejam a receber prestações sociais. A Resolução foi aprovada com os votos do Chega e do PSD, CDS-PP e PPM (partidos da coligação de Governo), beneficiando ainda da abstenção da Iniciativa Liberal (IL). PS, BE e PAN votaram contra.
Dada a insuficiência de oferta de lugares em creche (de outro modo o critério seria dispensável), mandaria o bom senso e o mais elementar sentido de justiça social, que a prioridade de acesso às creches gratuitas tivesse por base os rendimentos das famílias. Mas a pulsão moralista da direita face a desempregados (assente no preconceito torpe de que o são por vontade própria) e face a pobres (no pressuposto demagógico de que o são porque preferem viver de subsídios), fala mais alto, unindo o espectro que vai do Chega ao PSD, passando pela IL.
À semelhança da direita dos tempos da troika, cujas políticas provocaram um aumento do desemprego sem precedentes, em nome de um mirífico «empobrecimento competitivo» que iria fazer disparar a economia, e que procedeu a cortes nas prestações sociais, a maioria de direita que hoje governa os Açores parece apostada na persistência da pobreza, secundarizando o direito à educação das camadas desfavorecidas da população, como se não soubesse, desde logo, que o risco de pobreza aumenta com o desemprego e os baixos níveis de escolaridade. Vá, depois venham lá queixar-se, com total desplante, que o elevador social não está a funcionar."
O VEM - Videoarte em Movimento é uma viagem visual que une o Mediterrâneo ao Atlântico, trazendo obras de vídeo de artistas internacionais diretamente para espaços abertos e públicos.
Fernando Sánchez Castillo • Shir Handelsman • Hsin-Yu Chen & Jessi Ali-Jin • Tânia Dinis • Katherinne Fiedler & Gabriel Alayza • Ilaria di Carlo • Kuang-Yu Tsui • Enrique Ramirez • Thenjiwe Niki Nkosi • Gary Hill • Santiago Sierra e Jorge Galindo • Carlos Aires.
Não perca esta oportunidade de ver a arte em movimento e sentir a cultura de forma inovadora e emocionante.
"As obras de substituição das infraestruturas básicas da rua da
Liberdade, no Bairro
Novo, nomeadamente
redes de águas pluviais
e saneamento, arrancam
depois do verão."
"Concurso
público será lançado
nas próximas semanas,
tendo uma base orçamental de 693 mil euros,
sem IVA incluído, e um
prazo de execução de 12
meses.
Esta foi uma das propostas aprovadas na
reunião de câmara extraordinária, todas elas
por unanimidade."
"O executivo
camarário (FAP/PSD), liderado por Santana Lopes, ainda não anunciou
a decisão final sobre a
inversão do sentido de
trânsito na rua da Liberdade e na rua Miguel
Bombarda."
“A Galp registou, no primeiro semestre deste ano, lucros de 624 milhões de euros, um aumento de 23% em relação ao período homólogo”, indicou a petrolífera, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), segundo notícia conhecida nas últimas horas.
"Consta que, desta feita, tantos “milhões” não vão direitinhos para os bolsos bem recheados dos seus accionistas. Paula Amorim prepara-se para distribuir parte significativa pelos 7.054 trabalhadores que a Galp tem nos 10 países onde opera (dados de Dezembro de 2023). A empresária acha justo compensar todos aqueles que fazem dela a mulher mais rica de Portugal."
Nota: O segundo parágrafo é apenas uma especulação de Soares Novais, o autor do texto. Obviamente.
* the time of year, usually in the summer, when newspapers are full of stories that are not important because there is no important, especially political, news.
No número de Julho de 2024 a Revista de Marinha — uma publicação portuguesa de temas marítimos (Marinha Mercante, Marinha de Guerra, Marinha de Pesca e Marinha de Lazer) —, insere um texto assinado por Alfredo Pinheiro Marques, acerca da "Música e Poética da Pesca Longínqua do Bacalhau", a propósito da vinda a Portugal, este ano, do espectáculo"The White Fleet - A Frota Branca - Histórias, Canções, Saudade"de Pamela Morgan e seus companheiros musicais, e também, a propósito dos livros publicados pelo autor norte americano de origem portuguesa, estabelecido no Canadá, Richard Simas. No livro Searching for the Mystery of the Portuguese Waltzes, que agora acaba de ser publicado internacionalmente pela prestigiada editora internacional suíça Peter Lang (Lausanne), Richard Simas incluiu um capítulo acerca do Mestre Manuel Gabriel e Mestre Alcino Clemente, dois Mestres pescadores e poetas da Praia de Mira, que desde há décadas são membros do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) e do respectivo Conselho Consultivo e Científico. Richard Simas, «lá de tão longe, em Montreal (Canadá), conseguiu descobrir os Mestres pescadores e poetas da Praia de Mira Manuel Gabriel e Alcino Clemente… o que diz muito da sua capacidade de descobrir a autenticidade onde ela existe (assim tivessem sido capazes de fazer, tantos, em Portugal, até hoje…). Já Leonard Cohen, em 1956, também lá de longe, também de Montreal, tinha sido capaz de descobrir poeticamente os Pescadores Portugueses e a História de Portugal… A conclusão que parece poder ser tirada é a de que, às vezes, é mais fácil conseguir descobrir a História de Portugal e dos Pescadores Portugueses quando se está longe do que quando se está perto, em Portugal… Tudo depende, de facto, de quem descobre, e quer descobrir.» Fica o texto assinado por Alfredo Pinheiro Marques.
Ex-secretária de Estado da Habitação alegou motivos de ordem pessoal."
Nota de rodapé.
* the time of year, usually in the summer, when newspapers are full of stories that are not important because there is no important, especially political, news.