A apresentar mensagens correspondentes à consulta posto médico da cova gala ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
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sábado, 27 de julho de 2024

Será mesmo por falta de uma assistente administrativa que o Posto Médico da Cova Gala está encerrado há mais de um mês?

A saúde, em geral (a começar pela Aldeia), continua em muito estado de conservação. 
O Posto Médico da Cova e Gala está encerrado, por falta de um Assistente Técnico,  há mais de um mês: precisamente desde 25/6/24...
O assunto até chegou à Assemlbleia da República. Fica a intervenção do passado dia 9 do corrente mês de Julho da deputada Ana Oliveira na Comissão de Saúde.
 Segundo a edição de hoje do Diário as Beiras, «indagada ontem, na reunião de câmara, sobre o assunto pela vereadora da oposição Glória Pinto (PS), a vereadora Olga Brás (executivo camarário FAP/PSD) afirmou que a câmara municipal tem conhecimento desta situação. Olga Brás afirmou que a decisão do encerramento foi tomada pela administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego (ULSBM), alegadamente devido a “um problema de segurança” relacionado com uma assistente técnica, que terá sido vítima de coação quando fazia atendimento ao público, não tendo sido substituída. “Toda a gente sabe que aquela unidade de saúde não tem condições de funcionamento”, sustentou Olga Brás, avançando que o processo de construção de novas instalações, pelo município, está em marcha. 
Por sua vez, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, defendeu que a falta de pessoal no setor da saúde não se resolve com novas instalações. “Estas situações passam a vida a acontecer”, sustentou o autarca. 
Apesar das tentativas, não foi possível ao Diário as Beiras obter declarações da ULSBM.»

Há muitos anos que ando preocupado com o funcionamento do Posto Médico da Cova Gala. Desde que no passado dia 14 de dezembro de 2015, alertei os caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia: Lavos ganha Centro de Saúde com “tecnologia de ponta”. Em 18 de Abril de 2016, deixei mais um alerta: "Posto de Saúde da Cova Gala vai encerrar em breve... Tudo aponta, para o final deste mês"Parece que estava a advinhar. Um dia depois, a 19 de Abril de de 2016, confirmou-se o pior: "Posto de Saúde da Cova e Gala teve o encerramento previsto para o fim do mês de Abril de 2016..."

Neste momento, mais vez, estamos perante o impacto do fecho do Posto Médico da Cova e Gala no acesso da população da Aldeia a cuidados de saúde. Não me peçam, portanto, que aborde este assunto sem indignação e sem paixão. 
Neste momento, o mínimo a exigir aos políticos, é que se informem e nos informem, sobre o processo. 
A primeira preocupação é a mesma: a necessidade de garantir o não encerramento do Posto Médico da Aldeia, pois o que está em causa é que a população da freguesia não venha a perder cuidados de proximidade. 
Senhores burocratas, não podem esquecer que a Aldeia tem uma população envelhecida e a cultura de relacionamento com o povo e de espírito de serviço público que o Posto Médico da Aldeia cultivou ao longo de largas dezenas de anos.
Depois, temos outro problema enorme: as acessibilidades ao novo Centro de Saúde de Lavos. 
Como é que os idosos da Aldeia lá vão chegar? Em transporte individual, que a maioria não tem!.. Em transporte colectivo, que não existe!.. De táxi, para o qual a maioria não tem dinheiro!.. A pé, de bicicleta, de carro de bois, de carroça?.. Alguém pensou neste pormenor? 
Qual é, afinal, a estratégia para a saúde das pessoas que moram nesta outra margem? 
O erro foi cometido lá atrás... 
Antes de terem deitado a primeira pedra do Centro de Saúde de Lavos os políticos concelhios deveriam ter olhado para o resto da população da margem esquerda do Mondego. 
E onde é que estiveram (e estão...) os políticos da Aldeia? Na Aldeia do pai natal?.. 
Mostrar sensibilidade, é uma obrigação. Ser solidário, um dever. Porque a memória é curta, recordo que, antes, a 29 de Abril de 2016, o asssunto foi levado à Asembleia Municipal por alguém do Povo.
Recordo apenas o início da intervenção.
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...
E continuo. 

A terminar fica um pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que alguém esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Gostaria, de uma vez por todas, que alguém dissesse como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de Saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..
Na altura, em 29 de Abril de 2016, na minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, certamente, por uma mera coincidência infeliz, tanto o presidente da câmara da altura, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não estiveram presentes no momento em que usei da palavra.
Espera-se que as práticas desses tempos, de maioria absoluta do PS na câmara da Figueira, que todos devemos recordar, não sejam repetidas por mais nenhum executivo, tenha ele a cor política que tiver.
Fica, via Diário as Beiras, a notícia publicada hoje sobre este assunto.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Posto Médico da Cova e Gala: o silêncio nunca foi inocente...

Mais ou menos há um mês, parte do tecto de uma das duas salas de enfermagem e pensos que existem no Posto Médico da Cova e Gala, ruiu durante um fim de semana.
O mesmo é dizer, que desde essa altura, o Posto Médico da Cova e Gala está a funcionar apenas com uma das salas de enfermagem e pensos.

De sublinhar, que a Junta de Freguesia de S. Pedro foi imediatamente colocada a par da situação.
Ao local deslocou-se a Secretária desta Instituição. Na sequência, uma brigada de trabalhadores procedeu à limpeza do espaço.
De sublinhar e registar, igualmente, que o Agrupamento do Centro de Saúde Baixo Mondego (ACES),  na pessoa do seu Director António Morais, foi também alertado e até hoje mantém-se em silêncio.

Decorrido um mês, dado que tanto a Junta de Freguesia de S. Pedro como o Agrupamento do Centro de Saúde Baixo Mondego (ACES), se mantém em silêncio, há já quem se inquiete e interrogue se isto não poderá ser o pretexto que faltava para o encerramento (que esteve anunciado) do Posto Médico da Cova e Gala?

Depois de tanto tempo decorrido, sem que quem de direito resolva um problemazito cuja resolução depende de uma ou duas centenas de euros, a inquietação começa a tomar conta e a preocupar os utentes do Posto Médico da Cova e Gala...
Em tudo  que tem a ver o com o Posto Médico da Cova e Gala o silêncio continua a não ser inocente!..

Nota de rodapé.


O resto da minha intervenção na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada em 29-04-2016, poderá ser lida aqui, quando a acta nº. 3/2016 ficar disponível para o público...

ACTUALIZAÇÃO ÀS 13 HORAS:
Quem me conhece bem sabe que tenho, desde sempre, a Aldeia no coração, critério indispensável para assumir e protagonizar a crítica construtiva, o quer dizer que, quando o assunto tem a ver com a minha Aldeia, o que mais gosto é de dar boas notícias.
Portanto, é com enorme satisfação que posso informar "que a Junta de Freguesia de S. Pedro vai iniciar as obras de restauro do tecto da sala de enfermagem e de pensos do Posto Médico que, desde 1959, serve a população local, em breve."

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Reunião de Câmara de 20.11.2017... (III)

A vereadora e deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, anda há muito preocupada com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Recentemente na Assembleia da República e, na passada segunda-feira, na reunião de câmara, abordou o tema. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo que OUTRA MARGEM  divulgou em 16 do corrente mês, a deputada Ana Oliveira questionou o ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A única deputada figueirense na Assembleia da República e actual vereadora, na passada segunda-feira,  também questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto.
De harmonia com o que pode ser lido na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, o presidente da câmara, na oportunidade, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 
Contudo, referiu ainda, que a autarquia assinou dois protocolos com a Administração Regional de Saúde, através dos quais foi possível construir os centros de saúde de Lavos e Alhadas. João Ataíde garantiu que a câmara está empenhada em continuar a colaborar com a tutela da saúde para melhorar os serviços prestados aos utentes. “Também não regateamos obras que sejam necessárias nas extensões de saúde do Paião, Marinha das ondas e Bom Sucesso”, disse. 
Segundo João Ataíde,  a autarquia acompanha “tudo o que a tutela considere adequado em relação às infraestruturas e as reivindicações das populações”.
O autarca, por outro lado, diz que é pela coesão do mapa dos serviços de saúde do concelho. “Queremos que, a norte e a sul, haja unidades de saúde com a qualidade que há na zona urbana”, destacou. O presidente defendeu ainda “verdadeiros cuidados primários de saúde e medidas preventivas”
Ou seja, que passem a estar equipadas com meios de diagnóstico e, assim, deixem de ser reactivos e passem a ser proativos. Quanto a eventuais encerramentos de serviços, Ana Oliveira baseou-se nos possíveis reajustamentos na sequência da entrada em funcionamento dos centros de saúde de Lavos e, mais recentemente, das Alhadas. 
Mas, também, devido à crescente falta de médicos. 
A deputada e vereadora disse ainda ao jornal AS BEIRAS que o ministro lhe pediu para não alarmar as populações sobre o assunto, por não se perspectivar o fim de serviços de saúde. 

Nota de rodapé.
1. João Ataíde segundo AS BEIRAS, disse isto. 
O que eu sei, porém, é que o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.
2. Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.

3. Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 
4. Como utente do Posto Médico da Cova Gala já tive de ir à extensão de Lavos e garanto que na Gala existem melhores condições para os doentes e para os médicos do que em Lavos. Lavos tem de melhor a tinta das paredes que é mais recente e mais fresca.
5. Senhores políticos figueirenses, incluindo os da Aldeia.
Repito, para que não esqueçam: a mim, vocês não me enganam, nem me fazem o ninho atrás da orelha...

terça-feira, 9 de julho de 2024

O Posto Médico da Cova e Gala está encerrado há vários dias: desde 25/6/24...

No passado dia 14 de dezembro de 2015, alertei os caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia: Lavos ganha Centro de Saúde com “tecnologia de ponta”.

(Pois é, caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, vocês andam há mais de 30 anos a votar sempre nos mesmos para escolher o presidente da junta local, os tais que, por oportunismo, se ligaram numas eleições ao PSD e, noutras, pelos mesmos motivos, ao PS. 
Pois é, caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, contudo, vocês não estiveram sós no voto que deram, nos últimos 30 e tal anos,  sempre aos mesmos...
A malta da pesca deu. Os merceeiros deram. As donas de casa deram. A malta que tem banca no mercado deu. A malta que tem casa na habitação social deu. A malta das colectividades deu. A malta que joga à sueca nos clubes deu. A malta que ocupa os espaços comerciais concessionados pela junta deu. E por aí adiante, maioritariamente. Muito maioritariamente.

Caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, além de mim, apenas tenho a certeza que na Aldeia, nos últimos 30, apenas o meu barbeiro não deu o voto aos mesmos, porque ele não vota cá.
Felizmente, ninguém é proibido de votar. Também ninguém é obrigado a votar.
Caros velhotes e caras velhotas, cá na Aldeia, para muitos é indiferente quem está no poder na junta e na câmara... E, depois, há aqueles que nem sabem que há eleições. Outros, estão-se borrifando porque acham que não vale a pena. As poucas batatas que ainda se cultivam nos quitais cá da Aldeia, não crescem mais depressa por isso...)

Pouco depois, a 18 de Abril de 2016, deixei mais um alerta: "Posto de Saúde da Cova Gala vai encerrar em breve... Tudo aponta, para o final deste mês"

Parece que estava a advinhar. Um dia depois, a 19 de Abril de de 2016, confirmou-se o pior: "Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês..."

Conforme está exposto em comunicado, confirmava-se o pior: os doentes dos dois médicos que prestam serviço - o dr. Albino Coelho e o dr. Bento Cunha - a partir do dia 2 de Maio próximo mantém o mesmo médico de família, mas têm de se deslocar a Lavos.

No dia 21 de Abril de 2016, 3 dias depois do alerta OUTRA MARGEM, a situação já tinha evoluído. 
Aparece um título no jornal AS BEIRAS que dizia: "Posto de S. Pedro não fecha".
O teor da notícia, porém, é muito diferente. Passo a citar.
"Em S. Pedro, freguesia urbana da margem sul da Figueira  da Foz, teme-se pelo encerramento do posto de saúde local. Contudo, fonte do Agrupamento do Centro de Saúde Baixo Mondego (ACES) garantiu que o equipamento vai manter-se aberto. Ressalva, porém, que, na sequência da nova Extensão de Saúde de Lavos, deverá proceder à reorganização dos recursos humanos, o que pode implicar uma redução de dias de funcionamento, se a autarquia garantir o transporte dos utentes."

Para hoje, dia 9 de Julho de 2024, tinha um consulta marcada no Posto Médico da Cova e Gala. Ao chegar às instalações verifiquei que estava fechadas e tinham este comunicado à porta.
Para além do transtorno que foi ter que deslocar-me a Lavos (para mim, mínimo pois tenho viatura própria e ainda posso conduzir), quero deixar a minha preocupação com o encerramento, desde o passado dia 25 de Junho, do Posto Médico da Cova e Gala, em especial, com os 
caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, que andam há mais de 30 anos a votar sempre nos mesmos...
Alguém que o possa fazer que faça alguma coisa e o comunique, que terei todo o gosto em partilhar neste espaço a informação...

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Maiorca, a experiência piloto para "o encerramento de todos os Postos médicos a sul e norte, para os incorporar nos Centros de Saúde de Alhadas e de Lavos"?...

Recordemos o que se passou na freguesia de S. Pedro: o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.
Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.
Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 

Em Maiorca está afixado o comunicado que publicamos a seguir.

Hoje, o jornal AS BEIRAS, aborda o assunto com chamada de primeira página.
"A freguesia de Maiorca voltou a ficar sem médico, mas os serviços de enfermagem mantêm-se, três vezes por semana. Os utentes que ficaram sem médico de família estão a ser atendidos nas Alhadas, que em outubro último inaugurou a Unidade de Cuidados de Saúde Partilhados (UCSP) Figueira Norte. Entretanto, para mitigar a situação, a Junta de Maiorca está a servir de intermediário entre os utentes e aquela UCSP, assegurando o pedido de renovação de receitas e a respetiva recolha. 
“A junta tudo fará para tentar reverter a situação”, garantiu o presidente, Rui Ferreira. Contudo, se o equipamento não reabrir, o presidente garante que vai trabalhar no sentido de assegurar transporte aos utentes que não disponham de meios próprios para se deslocarem entre a freguesia e a vizinha Alhadas. 
O executivo da junta, aliás, já solicitou à Câmara da Figueira da Foz uma viatura para o transporte de utentes. No entanto, a Câmara da Figueira da Foz prefere retomar o protocolo com a delegação maiorquense da Cruz Vermelha, que há uns anos já assegurou aquele serviço, quando Maiorca ficou sem médico de família. 
“Desta forma, estamos a assegurar um tipo de transporte dedicado e especializado, em detrimento de outro tipo de soluções de recurso. Queremos garantir qualidade no serviço prestado”, respondeu ao jornal AS BEIRAS o gabinete da presidência, citando o presidente, João Ataíde.
Contactada pelo mesmo jornal, a Administração Regional de Saúde esclareceu que “a extensão de saúde de Maiorca encontra-se a funcionar. Temporariamente, tem estado a funcionar com um enfermeiro, três dias por semana (segundafeira, quarta-feira e sextafeira), estando a ser providenciada a colocação de médico tão breve quanto possível”
Rui Ferreira queixa-se de falta de resposta do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) sobre o futuro do posto médico. “Aquando da nossa tomada de posse, em 23 de outubro de 2017, foi de imediato assumido pelo executivo da Junta de Maiorca a necessidade de percecionar o funcionamento do posto médico. De imediato, consultámos o ACES, que nos referiu, em finais de novembro, não ter nenhuma indicação nesse sentido, nem nos garantiu a vinda de outro médico”, afirmou o autarca. “Para atenuar esta situação”, acrescentou Rui Ferreira, “a junta assumiu o apoio aos utentes de Maiorca, com a recolha de receituários, na sede da junta, e respetivo pedido, sem custos ou encargos para os utentes”
Na freguesia de Maiorca existem 1250 utentes inscritos no médico de família. A extensão de saúde funcionava com um médico, um enfermeiro e um administrativo."

Recordo que a deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, anda há muito preocupada com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Recentemente na Assembleia da República abordou o tema. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo, Ana Oliveira questionou o ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A única deputada figueirense na Assembleia da República, na breve passagem como vereadora pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto na reunião de Câmara realizada a 20 de Novembro do ano passado.
O presidente da câmara, João Ataíde, na oportunidade, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 
Contudo, referiu ainda, que a autarquia assinou dois protocolos com a Administração Regional de Saúde, através dos quais foi possível construir os centros de saúde de Lavos e Alhadas. João Ataíde garantiutambém  que a câmara está empenhada em continuar a colaborar com a tutela da saúde para melhorar os serviços prestados aos utentes. “Também não regateamos obras que sejam necessárias nas extensões de saúde do Paião, Marinha das ondas e Bom Sucesso”, disse. 
Segundo João Ataíde,  a autarquia acompanha “tudo o que a tutela considere adequado em relação às infraestruturas e as reivindicações das populações”.
O autarca, por outro lado, diz que é pela coesão do mapa dos serviços de saúde do concelho. “Queremos que, a norte e a sul, haja unidades de saúde com a qualidade que há na zona urbana”, destacou. O presidente defendeu ainda “verdadeiros cuidados primários de saúde e medidas preventivas”. 
Ou seja, que passem a estar equipadas com meios de diagnóstico e, assim, deixem de ser reactivos e passem a ser proativos. 
Quanto a eventuais encerramentos de serviços, Ana Oliveira baseou-se nos possíveis reajustamentos na sequência da entrada em funcionamento dos centros de saúde de Lavos e, mais recentemente, das Alhadas. 
Mas, também, devido à crescente falta de médicos. 
A deputada  disse ainda ao jornal AS BEIRAS que o ministro lhe pediu para não alarmar as populações sobre o assunto, por não se perspectivar o fim de serviços de saúde.

Citando Manuel da Costa Cintrão, um velho lutador pela Liberdade que sempre agiu por imperativo de consciência cívica, espírito livre e de missão: como dizia alguém: «A saúde é um estado de espírito que não augura nada de bom». 
É verdade, a doença não tem dia nem hora marcada, poderá surgir a qualquer momento!...
O futuro não se aceita passivamente. Constrói-se!... A luta continua!..

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

E pelo meio a culpa ia morrendo solteira...


Quase dois anos depois, o senhor presidente da Junta de Freguesia de S.Pedro, quebrou o silêncio...
"Desde o dia que nos informaram do encerramento da nossa Extensão de Saúde da Cova-Gala (2 de maio de 2016) que traçamos um rumo no sentido de manter aberto esta unidade de saúde e recuperar as valências perdidas, com trabalho e respeito institucional por todos os intervenientes. Este foi o rumo por nós traçado. Este foi o rumo certo!"
António Salgueiro, Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, ontem no facebook.

Porque a memória é curta, recordo que, antes, já havia quem andasse a denunciar, pois sabia que o silêncio não era inocente...
A decisão já estava tomada antes.

Porque a memória é curta,recordo que, antes alguém já colocava perguntas.
Alguém consegue saber algo  sobre a forma como foi conduzido o processo de encerramento do Posto Médico da Cova e Gala?..
Alguém acredita que esse processo passou ao lado da política e dos políticos?
Neste momento, em cima da mesa, está o impacto do fecho do Posto Médico da Cova e Gala  no acesso da população da Aldeia a cuidados de saúde.
Não me peçam, portanto, que aborde este assunto sem indignação e sem paixão.
Neste momento, o mínimo a exigir aos políticos, é que se informem e nos informem, sobre o processo e exijam a sua suspensão. 
A primeira preocupação, tem a ver com a necessidade de garantir o não encerramento do Posto Médico da Aldeia, pois o que está em causa é que a população da freguesia não venha a perder cuidados de proximidade.
Senhores burocratas, não podem esquecer que a Aldeia tem uma população envelhecida e a cultura de relacionamento com o povo e de espírito de serviço público que o Posto Médico da Aldeia cultivou ao longo de largas dezenas de anos. 
Depois, temos outro problema enorme: as acessibilidades ao novo Centro de Saúde de Lavos.
Como é que os idosos da Aldeia lá vão chegar?
Em transporte individual, que a maioria não tem!.. Em transporte colectivo, que não existe!.. De táxi, para o qual a maioria não tem dinheiro!.. A pé, de bicicleta, de carro de bois, de carroça?..
Alguém pensou neste pormenor?
Qual é, afinal, a estratégia para a saúde das pessoas que moram nesta outra margem?
O erro foi cometido lá atrás... 
Antes de terem deitado a primeira pedra  do Centro de Saúde de Lavos os políticos concelhios deveriam ter olhado para o resto da população da margem esquerda do Mondego. 
E onde é que estiveram os políticos da Aldeia? Na Aldeia do pai natal?..
Há outros pormenores, porém, a ter em conta.
Se todos concordam que os edifícios, dos antigos Postos Médicos,  têm grande valor patrimonial, qual o destino a dar aos equipamentos e à verba que vier a ser obtida com a sua putativa venda?
Pela maneira como fui tratado, em todo este processo, que conduziu a este infeliz e dramático desfecho, como covagalense, tenho direito à indignação, que vou continuar a exercer com tristeza, mas com o sentimento do cumprimento de um dever cívico e moral...
Mostrar sensibilidade, é uma obrigação. Ser solidário um dever. 


Felizmente que na Cova e Gala há quem não cale e não consinta.
A pedrinha na engrenagem foi essa.
Quem cala consente
Se o Povo tivesse ficado calado o nosso Posto Médico estava encerrado.
Alguém consegue explicar a sua tentativa de encerramento?
Embora saiba que a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência e que  inteligência tem seus limites, mas a estupidez não, deixo a pergunta: 
Quem tomou a decisão, há dois anos,  só o fez por estupidez?
Ou tal fazia parte de um plano?

sábado, 30 de abril de 2016

O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...

A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
Uma das várias promessas, apresentada no decorrer da campanha eleitoral que o levou à vitória de 19 de Outubro de 2014, foi a garantia de que o Posto Médico de S. Pedro não iria fechar.

No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Nessa sexta-feira, à noite, abordado no decorrer da sessão sobre o assunto o senhor presidente António Salgueiro garantiu que o Posto Médico se iria manter aberto.
Passado o fim de semana, dias 16, sábado, e 17, domingo, logo no dia seguinte, segunda-feira, 18, tive conhecimento que o "Posto de Saúde da Cova Gala iria encerrar em breve... Tudo apontava, para o final deste mês".
Nesse mesmo dia, segunda-feira, porque tenho um espaço na internet que é lido por meia dúzia de pessoas, ou menos, divulguei publicamente o assunto, dada a gravidade do que estava a acontecer.
A população agitou-se, as partilhas no facebok foram mais que muitas, e a inquietação e alarme social instalou-se.
No dia seguinte, 19, terça-feira, desgraçadamente a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: pela afixação de um simples comunicado, na porta principal do Posto Médico, a população era informada que o "Posto de Saúde da Cova e Gala encerrava no fim do mês – a partir do dia 2 de maio os médicos em serviço num Posto médico que estava a servir a população desde 1959, não nas actuais funcionais e modelares instalações, é verdade, iriam para Lavos levando os seus respectivos doentes.
Assim, sem uma palavra, sem uma atenção, sem uma justificação, sem uma palavra: assim friamente...
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, Figueira, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, certamente alguns aqui presentes receberam a SMS, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que eu tinha escrito em 18 no blogue Outra Margem, dois dias antes: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."

Segue-se a convocação de uma sessão extraordinária da AF de S. Pedro - sessão essa que se realizou no dia 21, pelas 21 horas.
A Assembleia de Freguesia realizou-se... O DCMG lotou. Também lá estive, na esperança de ver aparecer alguém da Câmara Municipal para dar uma palavra de esclarecimento, de conforto, de solidariedade. 
Da Câmara ninguém apareceu... 
Entretanto, a pressão popular levou à marcação de uma reunião para o dia 25 de Abril na Figueira entre a Câmara, a junta de S. Pedro, depois foi alargada à junta da Marinha das Ondas, e ACES, na pessoa do director executivo António Morais.
Dessa reunião, como todos sabemos, nada de conclusivo resultou, ao contrário do que foi vendido aos jornais.

Na quarta-feira passada, no CMC houve uma sessão de esclarecimento dos autarcas de S. Pedro, que serviu para o presidente da junta ler as partes que lhe interessavam das notícias publicadas no DC, Beiras e Voz da Figueira, feitas a partir das declarações prestadas aos jornalistas, no final da reunião do dia 25 de Abril, um dia simbólico, por sinal, e que deveria ser respeitado por quem anda na vida pública e na política.
Dessa reunião, todos sabemos, não saíram conclusões definitivas – apenas, serviu, a meu ver, para passar uma mensagem para acalmar a população, à espera de melhor oportunidade, e logo que a malta baixe a guarda levamos o golpe.

O dia de ontem foi elucidativo - em S. Pedro e na Marinha das Ondas.
Ontem, dia 28, quinta-feira, na Marinha das Ondas o povo saiu à rua em defesa do seu Centro de Saúde...
Na Cova e Gala foi afixado um novo comunicado na porta principal do Posto médico da Cova e Gala, assinado pelo Director Executivo da ACES, António Morais, que diz o seguinte:

Gostaria de colocar, olhos nos olhos, a questão directamente ao senhor Presidente da Câmara, ou ao senhor vereador do pelouro da saúde, mas como nenhum deles se encontra presente, neste momento, solicito ao senhor vereador Carlos Monteiro ou à senhora vereadora Ana Carvalho que façam chegar a mensagem: estou aqui porque V. Exas. são o epicentro de todo o problema – que é, como sabemos, o sobre dimensionado, para as necessidades dos lavoenses, Centro de Saúde,  - lembro, e vou citar o Director do ACES, António Morais, que está dimensionado para 12 a 13 mil utentes e com menos de 8 a 9 mil não será rentabilizado - que a Câmara Municipal da Figueira da Foz inaugurou em Lavos, e que, a meu ver, visa servir uma estratégia politica de saúde definida por V. Exas. para o concelho...
O presidente da junta de S. Pedro, disse - e eu quero acreditar - que foi surpreendido.
Vou recordar, no entanto, aquilo que no decorrer de uma visita ao andamento das obras do Centro de Saúde disse o Director Executivo do ACES.
Na altura, 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano, disse este senhor...  "ACES não encerra Centros de Saúde em virtude da abertura de Lavos"!..
Sendo assim, e muito mais haveria a dizer, mas não tenho mais tempo, fica o meu pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o  senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Finalmente, gostaria que dissesse  como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..

Nota de rodapé.
Como nota negativa desta minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, registo o facto - certamente, uma mera coincidência infeliz - de tanto o presidente da câmara, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não terem estado presentes no momento (e tinha, regimentalmente, apenas 5 minutos...) em que usei da palavra.
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção,  lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da  praia da nossa cidade. 
foto sacada daqui
Pela positiva, fica uma nota de simpatia e agradecimento a quem dirige os trabalhos na Assembleia Municipal: o seu Presidente, José Duarte Pereira
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Três dias loucos que abalaram S. Pedro...

No meio do silêncio geral, no passado dia 18, segunda-feira, há três dias apenas, este blogue deu a notícia: "Posto de Saúde da Cova Gala vai encerrar em breve... Tudo aponta, para o final deste mês".
No dia seguinte, 19, terça-feira, a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: "Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês...Presidente da junta de freguesia de S. Pedro pondera demitir-se..."
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que este blogue andava a denunciar há dois dias: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."
Segue-se a convocação de uma Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia de S. Pedro - sessão essa que se vai realizar hoje, pelas 21 horas.

Hoje, 21, três dias depois do nosso alerta, aparece um título no jornal AS BEIRAS que diz: "Posto de S. Pedro não fecha".
O teor da notícia, porém, é muito diferente. Passo a citar.
"Em S. Pedro, freguesia urbana da margem sul da Figueira  da Foz, teme-se pelo encerramento do posto de saúde local. Contudo, fonte do Agrupamento do Centro de Saúde Baixo Mondego (ACES) garantiu que o equipamento vai manter-se aberto. Ressalva, porém, que, na sequência da nova Extensão de Saúde de Lavos, deverá proceder à reorganização dos recursos humanos, o que pode implicar uma redução de dias de funcionamento, se a autarquia garantir o transporte dos utentes."
Para ler melhor clicar na imagem

Em tempo: depois de lerem o que está publicado hoje nas Beiras, leiam o comunicado que, pelas 6 horas e trinta minutos da manhã de hoje, continuava afixado na porta principal do Posto Médico da Cova e Gala e tirem as vossas próprias conclusões.


Entretanto, segundo o mesmo jornal, "no próximo dia 25, vai realizar-se uma reunião entre João Ataíde, António Morais (director do ACES) e António Salgueiro."
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, "nenhuma decisão será tomada antes da referida reunião". 
Meus caros leitores: como é que o jornal pode colocar na primeira página que o Posto de saúde  da Cova e Gala não vai fechar, se o encerramento foi comunicado, à população e até ao dia 25 "nenhuma decisão (presume-se que em contrário, pois o encerramento já tinha sido decidido e comunicado) será tomada antes da referida reunião"?
Porque é que o presidente da junta de freguesia de S. Pedro tomou a decisão de ameaçar com a demissão se está tudo bem?
Há  algo, em todo este processo, cujos contornos são muito neblusos.

Não podemos esquecer, que já fomos espoliados do acto mais bonito da vida - nascer em S. Pedro: no dia 1 de Novembro de 2006, fechou-se um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Não podemos esquecer que, além de não podermos nascer em S. Pedro, deixámos também de poder morrer em S. Pedro: a morgue do Hospital da Figueira da Foz onde, de acordo com o ministro Correia de Campos, "o número de mortos era ridículo", fechou em 30 de Junho de 2015... 
Agora, só nos faltava tirarem-nos o resto: deixar de continuar a poder tratar da saúde em S. Pedro, a partir de 2 de Maio de 2016!..
Em geral, costumamos chamar de destino às asneiras que os políticos fazem (ou deixam fazer...) para complicar as nossas vidas...
Triste sina a nossa...

Temos de continuar atentos: aos políticos e, muito em especial, ao Exmº. Senhor António Morais director do ACES
A imagem foi sacada daqui. 
Leiam o que disse, em 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano. Está lá tudo... "O que não encerrava eram os Centros de Saúde"...
A Cova e Gala tem um Posto Médico...
Quem não sabe ler continua a ver os bonecos!.. Ou a acreditar no Pai Natal!..
A sina covagalense não pode ser nascer longe, morrer longe e tratar da saúde longe...
Aqui, neste cantinho, vamos continuar alerta...
Napoleão Bonaparte, que não era tolo, dizia: "Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas."

terça-feira, 19 de abril de 2016

Confirma-se o pior: Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês...Presidente da junta de freguesia de S. Pedro pondera demitir-se...

Ontem, em exclusivo, este blogue informou, em especial os covagalenses, do encerramento iminente do seu Posto Médico, que vinha do tempo da outra senhora.
Como era facilmente previsível, gerou-se uma onda de revolta na freguesia de S. Pedro.
Entretanto, a situação clarificou-se e evoluiu:
1. Conforme está exposto em comunicado, desde hoje para ler melhor clicar na imagem- , no ainda Posto Médico da Cova e Gala, confirma-se o pior: os doentes dos dois médicos que prestam serviço - o dr. Albino Coelho e o dr. Bento Cunha - a partir do dia 2 de Maio próximo mantém o mesmo médico de família, mas têm de se deslocar a Lavos.
2. Neste momento, o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir...
3. Neste momento, existe a possibilidade de se realizar uma Assembleia de Freguesia extraordinária amanhã para os autarcas locais e os covagalenses manifestarem o que têm a dizer sobre este assunto, verdadeiramente dramático para uma população envelhecida e carenciada de serviços médicos como são os habitantes covagalenses.

PS. - Se a reunião se realizar, espera-se que esteja presente alguém da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de preferência o seu presidente.

Em tempo.
Fica uma sugestão.
Como a Maternidade da Figueira foi encerrada há anos, deverá haver um espaço, algures lá pelo Hospital, onde possa ser instalado o novo Posto Médico da Cova e Gala.
O problema do estacionamento pago do parque do Hospital estava resolvido por natureza, pois a grande maioria dos utentes do Posto Médico da Cova e Gala não tem viatura própria, e dada a proximidade, poderiam deslocar-se a pé.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Posto Médico de S. Pedro continua encerrado

Como foi alertado no passado dia dia 9 deste mês de Julho, aqui no OUTRA MARGEM, o Posto Médico da Cova e Gala não está encerrado desde o início deste mês de Julho, mas sim desde o dia 25 do mês anterior, Junho.
O assunto no dia 9 de Julho chegou à Assemlbleia da República. 
Fica a intervenção da deputada Ana Oliveira na Comissão de Saúde.

Segundo a edição do passado sábado do Diário as Beiras, «indagada na reunião de câmara, sobre o assunto pela vereadora da oposição Glória Pinto (PS), a vereadora Olga Brás (executivo camarário FAP/PSD) afirmou que a câmara municipal tem conhecimento desta situação. Olga Brás afirmou que a decisão do encerramento foi tomada pela administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego (ULSBM), alegadamente devido a “um problema de segurança” relacionado com uma assistente técnica, que terá sido vítima de coação quando fazia atendimento ao público, não tendo sido substituída. “Toda a gente sabe que aquela unidade de saúde não tem condições de funcionamento”, sustentou Olga Brás, avançando que o processo de construção de novas instalações, pelo município, está em marcha. 
Por sua vez, para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, "que fará o que puder para a melhor solução", a falta de pessoal no setor da saúde não se resolve com novas instalações.
“Estas situações passam a vida a acontecer”, sustentou o autarca. 

Na edição de hoje do Diário as Beiras a situação tem novos desenvolvimentos.
Mais uma vez, nem uma palavra da ULSBM.
Há muitos anos que ando preocupado com o funcionamento do Posto Médico da Cova Gala. 
Há quase 9 anos, no dia 14 de dezembro de 2015, alertei os caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia: Lavos ganha Centro de Saúde com “tecnologia de ponta”
Não sou bruxo, mas parecia que estava a advinhar. Um dia depois, a 19 de Abril de de 2016, confirmou-se o pior: "Posto de Saúde da Cova e Gala teve o encerramento previsto para o fim do mês de Abril de 2016..."
E se isso não aconteceu não foi por milagre, nem por falta de vontade dos políticos.
O Centro de Saúde de Lavos é um equipamento, tive disso conhecimento na altura, dotado de nove gabinetes médicos, dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque que fez a apresentação do projecto.

Há muito que fiquei de pé atrás e ando preocupado...
E continuo. 
Desde logo, porque não sou abrangido por nenhum plano especial de saúde. 
Portanto, por falta de alternativa, tenho mesmo de ir amanhã, mais uma vez a Lavos a uma consulta médica, pois a saúde para os pobres é um assunto muito melindroso e sério, que não pode ficar ao sabor dos joguinhos poíticos pontuais e de ocasião de meninos ricos que se podem dar ao privilégio de recusar uma consulta médica no SNS, por terem alternativas no privado.
Abençoados os priviligeados da Aldeia.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

"A saúde é um bem precioso para as pessoas"

Recordemos o que se passou na freguesia de S. Pedro: o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.

Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.
Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 

Recorde-se que a antiga deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, sempre mostrou preocupação com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Na Assembleia da República abordou o tema por diversas vezes. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo, Ana Oliveira questionou o então ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A então única deputada figueirense na Assembleia da República, na breve passagem como vereadora pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto na reunião de Câmara realizada a 20 de Novembro de 2017.
O então presidente da câmara, João Ataíde, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 

O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, numa sessão de Câmara realizada nos primeiros dias de Abril p.p., disse que aceitou a transferência de competências na área da saúde para não perder mais tempo, apesar do envelope financeiro ficar aquém das necessidades.
Alguns dias depois, Pedro Santana Lopes, na sua intervenção na sessão solene do 25 de Abril de 2022 da Assembleia Municipal, que se realizou no CAE, destacou que a saúde, a honra e a liberdade são “bens preciosos” para as pessoas. 

Na reunião de Câmara realizada no dia 17 de Novembro de 2021, «várias unidades de saúde da Figueira da Foz encontram-se numa situação de funcionamento que “chocou” o executivo independente liderado por Pedro Santana Lopes.
Nessa reunião de Câmara, a vereadora Olga Brás mostrou-se “chocada” com o estado do Centro de Saúde de Buarcos, na cidade, que tinha cinco casas de banho sem funcionar devido a problemas de esgotos, autoclaves inoperacionais e esterilização de roupas efetuada com água fria.
Sem apontar críticas ao antigo executivo, a autarca salientou que a lavagem de roupa naquela unidade é feita com água fria devido a uma avaria na máquina de lavar, quando as normas da Direção Geral da Saúde apontam para lavagens com água a 80 graus.
Por outro lado, no mesmo edifício funcionam quatro unidades, o que, segundo a vereadora, dificulta a sua gestão, pelo que em reunião com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego ficou decidido que em Buarcos só vai funcionar uma Unidade de Cuidados Permanentes (UCP).
De acordo com a Olga Brás, só para recuperar o Centro de Saúde Buarcos são necessários 250 mil euros, embora o de São Julião necessite de 700 mil euros de investimento e o de Quiaios precise de resolver um problema de infiltrações.
Em Quiaios, existia também um “grande constrangimento” com a falta de médicos, que a vereadora responsável disse ter a garantia de ser resolvida nos próximos dias.
A autarca ordenou, entretanto, a realização de projetos para requalificação dos centros de saúde do concelho que necessitam de intervenção, de forma a apresentar candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência assim que abrirem os concursos.
Naquela altura, só a unidade de Maiorca tinha projeto apto a ser candidatado.»
Imagem via Diário as Beiras