domingo, 26 de maio de 2024

O logótipo deitado fora pelo Governo de Montenegro é candidato a prémio europeu

Via Correio da Manhã
"O logótipo da República, da autoria do designer Eduardo Aires, encomendado pelo anterior Governo e retirado pelo atual, na sequência de forte polémica, foi considerado o melhor trabalho de ‘branding’ (definição visual de marca) em Portugal em 2023. 
 A mudança de logótipo foi a primeira medida do Governo de Montenegro. Na campanha, prometeu que se fosse eleito a imagem gráfica com símbolos da bandeira de Portugal iriam ser recuperados. “Nós, no nosso projeto, não fazemos sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de sofisticação, connosco não há disso. Já chega de política de plástico”, afirmou então Montenegro. Prometeu e recuperou a esfera armilar, as quinas e castelos (ausentes do logótipo agora premiado). 
A antiga imagem gerou também polémica pelo custo: 74 mil euros. Agora, o trabalho de Eduardo Aires, um dos mais prestigiados designers portugueses, é candidato a prémio europeu."

Ventura chamou "mandriões" aos portugueses e ninguém se indignou!..


Ontem Carlos Ferro Director Executivo no 
Diário de Notícias.

«Ventura chamou "calões" aos portugueses e ninguém se preocupou!..

Relembrado o caso, ficam dois alertas para questões que deviam preocupar bastantes os deputados. Primeiro: os partidos da esquerda usaram os meios mediáticos para se insurgir - e bem - contra a triste frase, mas deixaram passar um ponto essencial: se os turcos são preguiçosos por fazerem um aeroporto em cinco anos, o que são os portugueses que esperam demorar dez a construir o aeroporto já batizado como Luís de Camões?»

Já pensava que tinha sido apenas eu que tinha dado por ela: o calculista, cínico e sibilino Ventura, chamou mesmo "calões aos portugueses...
Recordo o que escrevi aqui.
Alguém ainda acha que Ventura chamou mandriões aos turcos?
Alminhas santas, puras e castas, que deram 50 deputados ao Ventura e outras que para aí andam a julgar que o Ventura é um génio.
Olhando para as declarações do Ventura, ao dizer que os mandriões turcos levam cinco anos, e os portugueses dez, a quem é que ele está a chamar malandros?
Talvez o que interessasse verdadeiramente era que Ventura apontasse a raíz do problema. Em bom português, desse "nome aos bois".
Será do Governo? Será das empresas? Será dos engenheiros? Será dos operários?
Dos operários certamente que não será. Onde é que existem operários em Portugal para fazer o aeroporto, o TGV, mais uma ponte sobre o Tejo e a habitação que está em falta!..
Terão de vir de África, Nepal, talvez Turquia, etc.
Ventura é suficientemente cínico e sibilino para saber que se fosse por aqui nenhuma televisão lhe passava cartuxo...
Os tempos de Winston Churchill, já lá vão há muito tempo. Dizia o estadista.
"É preferível ser irresponsável e estar com a verdade do que ser responsável e no erro".

sábado, 25 de maio de 2024

Isto anda tudo ligado: impostos, salários e Banco Alimentar...

Este meu rico feitiozinho há-de ir comigo pró churrasco... 
Na campanha em curso neste fim de semana o Pingo Doce junta-se, mais uma vez, "à campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, através de vales de produtos que estão disponíveis, até dia 2 de Junho, nas lojas de Portugal Continental e da Madeira, além de presença de voluntários nos dias 25 e 26 de maio".

Ano após ano, os hiper/supermercados deste país enchem-se de gente, que enche a conta bancária dos "merceeiros" Soares dos Santos e Azevedos da parvónia. A malta, vai às compras e o que é que acontece?
Ia comprar um pacote de arroz, compra dois - vai um para o Banco; ia comprar um pacote de esparguete, compra dois - vai um para o Banco; ia comprar uma garrafa de azeite, compra duas - vai uma para o Banco...

E qual é a comparticipação dos "merceerios" e do estado? 
Os "merceeiros", com as vendas a disparar, enchem o baú! 
O estado, idem com o IVA! 
A ganância é um poço sem fundo...
Por isso, é que ao longo dos anos os malandros dos portugueses, os sindicatos vermelhos e as "filhas da puta" das leis laborais, só têm servido para atrapalhar a vida a quem quer criar emprego - claro,  miseravelmente pago. 

Citando Carmo Afonso no Público Público de ontem. 
"Não se estranha que um Governo de direita confunda melhores condições de vida com menos tributação. Não o digo com ironia. Faz parte da matéria de que são feitos os partidos de direita não valorizar (pelo menos, não muito) a tributação enquanto mecanismo de combate às desigualdades e de redistribuição de riqueza. Assumem que consiste, sim, num inconveniente que impede os indivíduos de receberem a totalidade dos rendimentos do seu trabalho e dos rendimentos do seu capital ou património. 
Foi a AD que ganhou as eleições e foi a direita na sua globalidade que obteve a maioria absoluta dos votos dos portugueses. Isso significa que escolheram esta lógica. Não é pois surpreendente que a fiscalidade seja a ferramenta escolhida para atingir os mais variados objetivos: serve para potenciar o crescimento económico, atrair investimento de empresas estrangeiras ou seduzir os mais jovens a ficar em Portugal. 
A parte surpreendente virá a seguir."

EXPOONDAS

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Conjunto de medidas, aprovadas em Conselho de Ministros, dirigirido aos mais jovens...

Carmo Afonso. Jornal Público

"Não faço parte da esquerda que confunde ser de esquerda com ter feito um voto de pobreza. Fico verdadeiramente contente por existirem jovens em Portugal que ganham tão bem, e o que gostaria mesmo é que fossem mais nessas condições. Claro que isso não significa que concorde que o Governo os beneficie fiscalmente em necessário prejuízo dos restantes contribuintes. Devemos ter presente que mais de metade dos trabalhadores portugueses ganha menos de mil euros e que apenas 3,3% dos trabalhadores ganha mais de três mil euros. Uma pessoa ouve falar de um conjunto de medidas aprovadas para que os jovens não tenham de emigrar e não conta com este delírio. Aguardo com curiosidade as próximas medidas. Talvez um apoio na aquisição do primeiro carro topo de gama. É sabido que os jovens talentosos têm caprichos. Não é fácil convencê-los a ficar num país destes, um país que em cada esquina tem pespegado um pobre."

Aprendam...

É assim que se fazem as coisas...


"No dia 23 de Maio, ontem, o Público entrevistou Sebastião Maria. E fez disso primeira página dando-lhe o quadrado merecido. 
No dia 24 de Maio, hoje, o Público entrevistou Taylor Swift. 
Não. O Público entrevistou Marta Temido. As mesmíssimas páginas dadas a Sebastião Maria, a 10 e a 11, mas o quadrado na primeira página... 
É assim que se fazem as coisas. Aprendam com quem tem estudos."

A senda continua: "HDFF deixou de fazer cirurgias ao cancro da mama este ano por não ter atingido o número mínimo anual de 100 operações por cirurgião"...

Como escrevia alguém, em janeiro de 2013, a Figueira, ao que dizem, tem um passado glorioso.

Entretanto, pouco mudou.
Nos meados do século passado, ao que dizem, foi uma cidade cheia de pujança social, económica e cultural. Nos dias que passam,  porém, apesar da sua inigualável beleza, parece estar moribunda.

Há quem culpe Aguiar de Carvalho, há quem não desculpe  o "traidor" Santana Lopes e a falta de realismo do falecido Duarte Silva, como os principais culpados do estado a que a Figueira chegou.
Há,  também,  quem aponte o dedo a João Ataíde e a Carlos Monteiro.
Independentemente das culpas que possam caber aos autarcas que têm servido (mal) a cidade e aos governos que a têm prejudicado, a verdade é que os figueirenses  também pouco têm feito para evitar o descalabro actual.

No tempo de Sócrates, perdemos a maternidade. É certo que alguns figueirenses  se levantaram e protestarammas de pouco valeu. A maternidade foi mesmo encerrada.
Isso, foi simbólico.
No final de 2014, a Figueira perdeu o seu jornal mais antigo – o Figueirense – e nada aconteceu para tentar contrariar o destino.
É certo que, ao longo dos anos, outros títulos desapareceram, no essencial, também por  desinteresse dos figueirenses. Recorde-se alguns, nos últimos 30 anos: Barca Nova, Mar Alto, Correio da Figueira, Linha do Oeste.
Os figueirenses têm orgulho – presumo eu -  na Biblioteca e no Museu municipal, no CAE, no associativismo, no Casino,  como exemplos de uma cidade voltada para o lazer e para cultura.
Gostam -  também presumo eu -  da Naval, do Ginásio, do Sporting Figueirense  da SIT, do Caras Direitas, do GRV, da Cruz Vermelha, dos Bombeiros (municipais e voluntários), da Assembleia Figueirense, da Misericórdia -  e  do papel destas entidades em defesa da promoção da solidariedade e  do progresso social, associativo, desportivo e social da cidade e do seu concelho.

Mas isso chega?
Ter orgulho em exibir algumas jóias da coroa, como prova de vitalidade,  é próprio de famílias arruinadas que se agarram a elas para demonstrar que ainda estão vivas.
A Figueira está moribunda, agarrada a um bairrismo provinciano completamente ultrapassado.
A Figueira precisa de gente que goste da cidade, que a ame e a queira voltar a colocar no mapa de forma sustentada e com dignidade -  não como uma moda.
E a senda e os argumentos são sempre os mesmos, como podemos comprovar na edição de hoje do Diário as Beiras.

Confesso-me inquieto. Temos de estar atentos ao nosso Hospital: não vá alguém querer transformá-lo num centro de saúde com diversas especialidades clínicas e um Bloco Operatório a funcionar algumas horas durante o dia. Um concelho com a saúde doente, seria prejudicial, não só à nossa saúde, como também ao desenvolvimento do concelho!
Citando Miguel Torga. “É uma tristeza verificar que a política se faz na praça pública com demagogia e nos bastidores com maquinações. E mais triste ainda concluir que não pode ser doutra maneira, dada a natureza da condição humana, que nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição do poder não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos, se eficazes.”

Comissão de Inquérito à Santa Casa: "Santa Lopes pode ser ouvido"

 Via jornal Público

"BE quer ouvir os ex-provedores da Santa Casa, nomeadamente Pedro Santana Lopes, e todas as equipas de gestão que passaram pela SCML nos últimos treze anos."

Para ler melhor, clicar na imagem

Santana Lopes pondera criação de uma Polícia Municipal

Fonte: Câmara Muncipal da Figueira da Foz

O Presidente da autarquia anuciou que pondera a criação da Polícia Municipal, não só, mas também por se encontrar muito insatisfeito com a actuação da força policial da zona urbana.

“Os Municípios têm uma responsabilidade acrescida, se a polícia só aparece para os gratificados, nós temos que olhar por nós, pois o que faz a atratividade de um concelho também é a segurança”, disse Pedro Santana Lopes.

12.ª edição do Arrisca C, concurso de ideias de negócio

DB/Foto de Ana Catarina Ferreira
O auditório da Incubadora Mar&Indústria, na Figueira da Foz, foi ontem palco da 12.ª edição do Arrisca C, concurso de ideias de negócio, promovido pela Universidade de Coimbra (UC). No total, foram premiados 12 projetos.

“Decidimos trazer este evento para aqui visto que está a fazer um ano que foi inaugurado o Campus da UC na Figueira Foz, que tem estado muito ligado com a economia azul e com as alterações cimáticas”, disse o reitor da UC, Amílcar Falcão, na cerimónia de abertura, num dia marcado também pelo seu aniversário (relembrado durante o evento com a entrega de uma lembrança – na fotografia)

Já Vitória Abreu, vice presidente da IEFF – Incubadora de Empresas da Figueira da Foz, disse ser “um orgulho ter recebido um concurso que motiva o empreendedorismo, a inovação e o espírito empresarial”.

Fonte: Diário as Beiras

Novo projecto industrial na Figueira

Auto de consignação da Empreitada da Área Industrial e Empresarial do Pinhal da Gandra – Obra – Rua dos Cavaqueiros (acesso oeste) – 1.ª Fase, foi assinado ontem na Casa do Paço.

O presidente da Câmara sublinhou na oportunidade a crescente procura de terrenos para empresas no concelho da Figueira da Foz e lamentou a falta de espaços disponíveis, afirmando que “precisamos disto como de pão para a boca”. Santana Lopes criticou o estado actual da zona industrial, considerando-a “um cartão-de-visita” que necessita de intervenção urgente.

Para além da zona industrial do Pincho, anunciou a finalização de uma nova zona industrial em Brenha, na Ferrugenta, com cerca de 12 hectares, destinada a indústrias de pequena e média dimensão. O Município pretende também avançar com projectos de novas áreas industriais a sul, na Marinha das Ondas, e a norte, na Ferreira-a-Nova.

Pedro Santana Lopes defendeu a criação de uma entidade similar à empresa Figueira Paraindústria do seu primeiro mandato, devido à complexidade e urgência destes projectos, que exigem uma gestão mais flexível do que a permitida pela gestão pública.

Fonte: Campeão das Províncias

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Vidas!.. E como é que se explica isto?

Bárbara Reis. Jornal Público. Edição de 17 de Janeiro de 2021

«Em tribunal, António Tânger Corrêa alegou ter uma “carreira imaculada”
Mas as histórias da sua vida são lendárias. Agora que regressou à política activa, o PÚBLICO reconstitui a carreira de um diplomata sempre a pisar o risco: recebeu um veleiro, arrombou uma casa, foi suspenso. O percurso de “António Ranger” é um catálogo de “casos”

Revista Sábado

"A segunda semana de maio apanhou de surpresa várias pessoas do núcleo duro do Chega. Uma catadupa de entrevistas a António Tânger Corrêa, cabeça de lista às europeias, trouxe à tona as suas posições mals polémicas. Desde a alegada existência de uma Nova Ordem Mundial a mando de uma elite obscura até à insinuação de que os judeus que trabalhavam nas Torres Gémeas terão sido avisados do ataque da Al-Qaeda a 11 de setembro de 2001, passando pela teoria racista da grande substituição populacional."

E como é que se explica isto?

"Dizem que o partido da taberna é o partido de um homem só, que se desdobra em comentários, aparições televisivas, sobe ao palanque no Parlamento, dá a cara por tudo, aparece por todos, 49 em 1, e que no dia em que o taberneiro desaparecer desaparece com ele o fenómeno. Só que entretanto aparecem as europeias e quem vai a debate é o cabeça de lista, é agora o descalabro, um negacionista da covid, um chalupa da teoria da conspiração, os judeus dominam o mundo, o Japão só não invadiu a América na segunda guerra por causa dos John Wayne em cada esquina, desafiar Putin para um combate de artes marciais, ninguém no seu perfeito juízo vota em alguém sem uma ponta de juízo, as vergonhas que Portugal deve ter passado durante o consulado como embaixador, lucy in the sky with diamonds. 
E depois sai a sondagem e dá o chalupa em terceiro lugar com uma estimativa eleitoral de 15% e 3 a 4 deputados."

A propósito da passagem do espectáculo «A Frota Branca- Histórias, Canções, Saudade» pela Figueira da Foz

Vídeo: Biblioteca Municipal da Figueira da Foz

A última fronteira da liberdade é o silêncio. O silêncio pode ser bom. O silêncio pode ser mau. As palavras - mesmo quando as palavras se tornam leves, são importantes. Há a fúria dos silêncios. Há a doçura das ausências. O que apetece, quando morrem pessoas, é o silêncio. Porém, Eugénio de Andrade libertou as palavras das grilhetas que as prendiam, deixou que elas dissessem tudo o que entendessem. Disse-nos, pacientemente, que as palavras não se querem aprisionadas pelo silêncio.

Na passada terça-feira, algums dezenas de figueirenses, tiveram oportunidade de ver uma «bonita e merecida homenagem "aos homens de ferro" da dura vida da Pesca do Bacalhau: aos que sobreviveram e aos muitos que no mar encontraram a sua sepultura»...
Algo que merecia a presença do vereador da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

"Homens de ferro, navios de madeira, Terra Nova, mar bravio, pesca do bacalhau, coragem, perseverança e fé….
Estórias de vida foram cantadas e tocadas no palco do Auditório Madalena Biscaia Perdigão, na noite de 21 de maio, deleitaram o público presente, graças à harmoniosa e exímia qualidade dos artistas que deram vida ao espetáculo «White Fleet Suite», em português «A Frota Branca- Histórias, Canções, Saudade» que teve ontem, na cidade da Figueira da Foz, a sua última exibição.
Uma compilação de cultura e história compartilhadas que narra, com música tradicional e original, canções e poesias de Portugal e de Newfoundland, com projeções audiovisuais, a vida dos mareantes portugueses - “trazidos por ventos de longe”, em navegações muito antiquadas, em paralelo com um novo país, onde deixaram o seu legado e beberam do muito que aquele novo horizonte, lhes proporcionou."
Salazar, depois de ascender ao poder em 1933, pela força, mandou a juventude para a pesca do bacalhau, com a mesma frieza com que, anos depois, a partir de 1961, a enviou para a guerra do Ultramar.
A vida a bordo dos homens,meninos nos dóris, era trabalhar, passar fome e ser maltratado.
Viesse o diabo e escolhesse, porque a uma dessas guerras a malta da minha geração vivia com o fantasma aterrador de ter que ir.
Era assim o Portugal da ditadura.
Uma ditadura que só terminou há 50 anos, mas que tantos saudosos já tem!
A Figueira merece um Museu do Mar, tematicamente adequado, para uma cidade de tantas tradições marítimas.
Existiram, não há muitos anos, possibilidades de uma parceria entre a Câmara e outras entidades (por exemplo o CEMAR e outras...) que podiam ter sido exploradas.
Existiu, também, a disponibilidade de apoios de várias entidades, entre as quais a Marinha Portuguesa.
O nosso Museu do Mar, se alguma vez chegar a existir, deveria contar a história da fauna e da flora marítima da nossa faixa costeira e a história da actividade industrial e comercial que a Figueira teve com o aproveitamento do mar. Sem esquecer, porém, as vidas das mulheres e dos homens que viveram do rio, do mar junto à costa portuguesa e dos que se aventuram na faina maior.
A história das gerações de milhares de pessoas do nosso concelho, que viveram "do mar salgado feito de lágrimas derramadas - à partida de Lisboa na incerteza de um regresso; às voltas do mar; às tempestades; ao perigo iminente dos homens nos dories; à saudade; à esperança e à fé na “sempre fiel imagem de Nossa Senhora de Fátima” tudo foi visto, tudo foi escutado, tudo foi sentido, num espetáculo que enalteceu os que sobreviveram e homenageou aqueles que, no mar, encontraram o seu derradeiro lar- a sepultura".
Felizmente que existe a "ode à História Marítima Figueirense", a obra de Manuel Luís Pata, filho, neto e bisneto de pescadores, que passou a 2ª Guerra a bordo da Frota Branca, praticamente o único testemunho e legado que resta para lembrar a importância que a pesca do bacalhau teve no século passado no concelho da Figueira da Foz: a triologia literária que nos deixou sobre a Figueira e a sua vida ligada à "faina maior"

É uma história mais do que extraordinária, incrível mesmo, que vale a pena ler, especialmente pelas gerações mais jovens. Para eles, o que ficou para sempre escrito por Manuel Luís Pata, deve parecer ficção. Infelizmente não, era a realidade de uma Terra de pescadores há cem anos.

Tem episódios absolutamente exaltantes. Como este: A Fuga a dois de Bote para a América (Campanha de 1926). Para ler, basta clicar aqui.

Hoje há reunião de câmara

Realiza-se hoje, quinta-feira, dia 23 de maio, pelas 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a segunda reunião de Câmara ordinária do mês de Maio.

A Ordem de Trabalhos esta disponível clicando aqui.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Mugir e chamar vacas às deputadas, também pode?

"Estas ofensas, injúrias e declarações racistas são consideradas sentido de humor e ironia e são bem aceites, eventualmente celebradas, pelo eleitorado do Chega."

Para ler melhor, clicar na imagem.

Estudo Jerónimo Martins/Pingo Doce... (2)

Filipe Tourais

"A informação falsa está muito longe de circular apenas nas redes sociais. A Fundação Manuel dos Santos, Pingo Doce para os amigos, tem dinheiro para pôla a circular em livro. O último, coordenado pelo neoliberal Pedro Brinca, apresenta para lá umas contas feitas à maneira, sem base empírica rigorosamente nenhuma, para concluir que Portugal perde rios de dinheiro em investimento estrangeiro por não ter acompanhado os congéneres europeus na redução do IRC.

Quem os leia e os leve a sério ficará com a ideia de que existem exemplos de estudos que consigam comprovar a relação que propõem, entre reduções de impostos sobre lucros e crescimento económico. Não existe um único. A fantasia que desenvolvem faz ainda de conta que os investidores internacionais não sabem que somos o 10º país da Europa com salários mais baixos e que o que possam pagar em IRC, que a maioria nunca chega a pagar, é largamente compensado com o que não pagam em salários, como acontece nos países europeus onde quem trabalha recebe salários de gente.
Finalmente, e haveria bastante mais a dizer sobre tanto veneno ideológico em forma de livro, sugerem que a redução de IRC às empresas poria os nossos empresários a pagar melhores salários. Está-se mesmo a ver que ficariam imediatamente todos generosíssimos e que Portugal deixaria de ser o país da Europa com a maior percentagem de lucros distribuída, não em salários, em dividendos sobre lucros entre os seus accionistas, desinvestimento puro e duro. Eles é que sabem. A receita proposta é muito simples. Os lucros têm que aumentar o mais possível a sua fatia no bolo da redistribuição da riqueza gerada, seja através do que se recusam a pagar em salário a quem trabalha para a sua fortuna, seja através de reduções das contribuições dos empresários para a sociedade que os enriquece.
Os salários têm que ficar à espera que uma produtividade muito estranha, que nada tem que ver com lucros que aumentam sem a produtividade a -impulsioná-los, cresça o suficiente para que os nossos empresários não se arruínem de vez, tal como aconteceu na Argentina, a fazer fé no que se lê numa entrevista de um académico argentino da mesma escola a uma publicação online.
Segundo o "especialista", assim vinha devidamente apresentado, o problema da Argentina está nos salários, que aponta serem demasiado elevados apesar de serem bastante mais miseráveis do que os nossos, por terem crescido acima da mesma produtividade que nada tem que ver com crescimento de lucros que sempre aumentaram mais do que os salários, nem com o crescimento económico da Nação, comprometendo de forma ainda mais acentuada o pagamento de uma dívida que, ainda mais do que cá, necessitaria de salários mais elevados que gerassem uma receita fiscal em linha com a sustentabilidade do país. Os salários e os direitos laborais e sociais insipientes, eles chamam-lhes "privilégios", é que têm que ser pulverizados para libertar os lucros argentinos e a amada Pátria desse fardo que os impede de crescer.
Acredite nesta gente quem se convença que a política é como o bingo. Perdem todos menos um, o vencedor, que cada um é livre de acreditar com todas as suas forças que será o próprio. Como reza aquela frase bonita repetida por tanta gente “positiva” e “resiliente “, “se não acreditares em ti, ninguém acreditará”. Siga pois para bingo, como fizeram os argentinos, com o resultado trágico de todos conhecido. O combate às desigualdades, a diferença entre esquerda e direita, o direito a serviços públicos universais e de qualidade e a luta de classes são coisas do passado. Estão completamente fora de moda. Uma redistribuição mais justa da riqueza produzida é populismo socialista. O que está a dar é ficar à espera que a produtividade aumente na condição de sem abrigo ou de campista em espaço urbano, não ganhar o suficiente para fazer uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias, aterrar no caos de uma urgência hospitalar e esperar mais de 24 horas para ser atendido e culpar os imigrantes de tudo o que apeteça."

Inauguração de praceta em Quiaios foi adiada

Na edição de ontem, o Diário as Beiras, informava que a Junta de Freguesia de Quiaios «vai inaugurar, no próximo dia 26 (domingo), às 15H30, uma praceta na rua Direita, em homenagem aos presidentes da junta de freguesia eleitos nos 50 anos do poder local democrático.»
Em declarações publicadas ao mesmo jornal, edição de hoje, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, «afiançou que as obras realizadas pela junta de freguesia na praceta “não foram autorizadas pelo município”.
Ainda assim, o edil clarificou que, “tendo em conta o objeto da empreitada realizada na praceta”, foram desenvolvidas diligências entre Santana Lopes e o presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, Ricardo Santos, para o assunto “ser resolvido brevemente”. No entanto, o presidente da câmara revelou que terão que ser feitas “alterações por questões de segurança rodoviária e dos peões”, sendo a data da inauguração alterada.
Contactado ontem pelo Diário as Beiras, Ricardo Santos, presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, explicou os motivos do adiamento. “O senhor presidente da câmara não pode estar presente e, por isso, resolvemos conciliar agendas”.
A nova data para a inauguração do espaço ainda não está definida.
A nova praceta resulta da demolição de uma casa e de uma garagem à entrada da rua Direita para facilitar as manobras dos autocarros que aí circulam. 
A localização, junto à Igreja Paroquial de Quiaios “justificou a sua transformação num pequeno espaço público de lazer que, através de painéis de azulejos, perpetua imagens que preservam a memória coletiva da freguesia”, escreveu a Junta de Freguesia de Quiaios na rede social Facebook
A intervenção custou 22 mil euros.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Museu Nacional Resistência e Liberdade, Peniche

"Ao longo da História, sempre existiram presos políticos. No séc. XIX, por exemplo, durante a guerra civil, no Forte de Peniche estiveram detidos, alternadamente, liberais e absolutistas, assim estava no comando D. Miguel ou D. Pedro. A Primeira República não foi isenta na matéria e a partir do golpe militar de 1926 foram variadas as pessoas detidas por se oporem ao regime vigente. Mas no ano de 1933, que instaurou o Estado Novo em Portugal, foi formalmente constituída a polícia política. Entre 1934 e 1974, na Cadeia do Forte de Peniche estiveram detidos mais de 2 600 presos políticos. O novo Museu Nacional Resistência e Liberdade conta muitas das suas histórias e enquadra-as no que foi o Regime de Salazar e as múltiplas formas de luta que se travaram contra ele. Uma visita guiada por José Pedro Soares, que cumpriu pena no Forte de Peniche, e Aida Rechena, a diretora do museu."
Para ver a visita guiada clicar aqui.