"O projeto do mercado comum, tal como nos foi apresentado, é baseado no liberalismo clássico do século XIX, segundo o qual a concorrência pura e simples resolve todos os problemas. A abdicação de uma democracia pode ser conseguida de duas formas, ou pelo recurso a uma ditadura interna concentrando todos os poderes num único homem providencial, ou por delegação desses poderes numa autoridade externa, a qual, em nome da técnica, exercerá na realidade o poder político, que, em nome de uma economia saudável, facilmente irá impor uma política orçamental e social; uma política única, em suma.
terça-feira, 23 de abril de 2024
Salários e juros na Zona Euro...
Isto é Gozar com quem comenta?..
Na qualidade de putativo cabeça de lista da AD às Europeias? Ou com o intuito de torná-lo um produto vendável e, qual sabonete, ficar capaz de ser vendido pela AD aos eleitores?
E Montenegro que, depois de ter enganado meio mundo, a seguir chamou estúpidas às pessoas que acreditaram nele e ficcionistas aos jornalistas, agora passou informação errada ao Marques Mendes só para se rir à brava vendo-o a espalhar-se ao comprido...?
Ui....
Pergunto.
É que não consigo perceber se esta de sacarem da cartola o tuttifrutti Bugalho para encabeçar a lista da AD às Europeias é de gargalhada, se é a mais última tragédia da ópera bufa montada pela trupe AD. A mim parece-me um valente tiraço no pé mas, caraças, neste mundo de loucos, que sei eu...
Quanto à barracada que fizeram o Marques Mendes dar, pondo-o, em horário nobre, a vender jogo branco parece-me imprudente. Ou insensato.
Ainda há pouco, Hugo Soares, todo pimpão, disse que houve por aí muito bom menino na comunicação social a efabular sobre o assunto. A efabular. Ou seja, segundo eles, mais outros a ficcionarem. Certamente, referia-se ao ex-bem-informado Marques Mendes.
Agora digam-me: quem é que, com esta banhada, doravante vai acreditar no Marques Mentes?"
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Portas responde a Passos Coelho e clarifica discordâncias sobre a troika: "Como diria o outro, não havia necessidade"
«"Não achei nem apropriado nem justo", começou por dizer Paulo Portas sobre as declarações de Pedro Passos Coelho que, esta semana, deu uma entrevista ao Observador, onde falou das desconfianças da troika em relação a Portas, na altura em que a coligação PSD e CDS-PP governava o país entre 2011 e 2015.
Apesar de ser, "de facto, inusual" um comentador analisar uma notícia na qual é protagonista, Paulo Portas não se escusou ao tema no "Global", o seu espaço semanal de comentário no Jornal Nacional da TVI, pois, afinal, "quem não se sente não é filho de boa gente". Mas avisou logo que não iria usar "conversas privadas" nem iria entrar em polémicas com Passos Coelho, uma vez que já passaram quase dez anos e "acabou de chegar um Governo de centro-direita".
Portas quis assim explicar "a visão que os dois tínhamos sobre a troika". Os dois líderes coincidiam em diversos pontos, a começar pela necessidade de "resolver o problema da falência de Portugal, da nossa insolvência, cumprir o memorando da troika, que não tínhamos negociado, procurar uma saída limpa, se fosse possível - sobre isto nunca houve desentendimentos", disse.»
É assim e não podia ser de outra maneira...
"O Arraial dos Cravos, habitualmente no Largo do Carmo, onde Salgueiro Maia depôs o regime dos PIDEs, posteriormente agraciados por Cavaco Silva, primeiro-ministro, com pensão vitalícia "por serviços excepcionais e relevantes prestados ao País" depois de a ter recusado ao capitão de Abril, realiza-se este ano, o dos 50 anos da revolução que deu a liberdade e a democracia ao povo português, e a independência às colónias africanas, no Largo de Camões, por falta de financiamento da Câmara de Lisboa, a dos 34 milhões de euros para um evento católico no Estado laico - Jornadas Mundiais da Juventude, do presidente Carlos Moedas, do mesmo PSD do agraciador de torcionários, e que em cerimónia resolveu assinalar outro 25, o de Novembro, a data que divide em vez de unir. É a raça deles."
O que é “Ficheiros Secretos”, um espectáculo de Luís Osório?
Sábado à noite, entre curioso e intrigado (um amigo meu, que muito prezo, tinha-me confidenciado que nem morto lá ía...), fui ao CAE ver esta perfomance de Luís Osório.
A coisa prometia. Tinha como convidados Santana Lopes, Conceição Monteiro, Luísa Amaro e Cândido Costa.
“Ficheiros Secretos”, com o sub-título de "Histórias Nunca Contadas da Política e da Sociedade Portuguesas", é um livro publicado pelo jornalista em 2021, que foi adaptado para os palcos, num espectáculo difícil de definir, mas que tem esgotado as salas por onde passa.
Ao que li, "é uma performance inédita de um jornalista e escritor reconhecido que arrisca agora o que nunca foi feito. Luís Osório assume o papel de narrador da história recente de Portugal, convocando para o palco memórias de personagens marcantes como Álvaro Cunhal, Mário Soares, José Saramago, Amália Rodrigues, Francisco Sá Carneiro, Jorge Sampaio, entre muitos outros.
O autor conduz a audiência numa viagem pelo último século português e pela vida de alguns dos protagonistas que marcaram o nosso tempo.
Uma viagem partilhada com o público e com convidados absolutamente surpreendentes."
Tudo isso se concretizou. No sábado passado, Luís Osório esteve completamente exposto e sem rede. Até teve uma "branca", breve (na Figueira é assim: é tudo "breve"), que ultrapassou com toda a naturalidade, quando se queria referir a um episódio que envolvia Carmona Rodrigues, antigo presidente da Câmara de Lisboa e o nome não saía.
Frente ao público, foi ele, só, mais as histórias dos seus fantasmas - bons e maus.
Mas, afinal, o que é “Ficheiros Secretos”?
Um espectáculo de segredos, confissões, medo e esperança?
Confesso que não sei explicar.
Para mim, foi algo inaudito.
Algo que nunca tinha visto ou ouvido. Um desafio absolutamente incrível e espantoso, que Luís Osório coloca a si mesmo e que já foi presenciado por mais de 20 mil pessoas deste País.
Eu, fui uma delas. E saí do CAE a pensar sobre o que tinha presenciado e não consigo ainda explicar por palavras ao que tinha assistido.
Continua presente a entrada de Luís Osório na sala, trazendo uma mala vermelha, carregada de memórias de familiares, daqueles que o tratavam por Miguel.
Durante a exposição perante o público, desnudou-se e aos seus fantasmas - sobretudo o da mãe, que deixou de cantar no dia em que ele nasceu. Continuam presentes os pequenos episódios das figuras públicas trazidas à colação. Focou relações familiares, lutas interiores ou episódios engraçados.
Nestas pequenas histórias, Luís Osório mostrou algo importante: um contributo para a definição e a compreensão do País que somos, nas suas grandezas, misérias e imperfeições.
Como ele, também acredito que “podemos saber os grandes factos históricos de trás para a frente, mas estes não têm a dimensão humana”.
Continuo a vê-lo desaparecer pela porta lateral do CAE, por onde tinha entrado, e continuo sem encontrar as palavras para explicar o que vi sábado passado, à noite, no CAE.
URAP, Núcleo da Figueira da Foz vai comemorar os 50 anos do 25 de Abril de 1974
Via URAP, Núcleo da Figueira da Foz
No próximo dia 24 de Abril, pelas 19H30M, a URAP, Núcleo da Figueira da Foz, para assinalar os 50 anos do 25 de Abril de 1974, promove um jantar comemorativo, a que se segue a projecção de um filme/documentário alusivo à efeméride.
domingo, 21 de abril de 2024
PS da Figueira da Foz considera construção de aeródromo uma "aventura ilusória"
Via Campeão das Províncias
«O PS da Figueira da Foz classificou de “aventura ilusória” a intenção da Câmara avançar com a construção de um aeródromo municipal, com o presidente Pedro Santana Lopes a acusar os socialistas de falta de visão.
“A construção de um aeródromo municipal é uma aventura ilusória, sem propósito nem estratégia, para o desenvolvimento municipal”, afirmou o vereador Daniel Azenha.
O autarca socialista não considera aceitável discutir a questão “num concelho com sérios problemas de mobilidade, que não dispõe, sequer, de uma rede de transportes públicos eficiente”.
O executivo do movimento Figueira a Primeira recebeu parecer favorável condicionado da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) para a construção de um aeródromo com uma pista de 1.200 metros na zona da Gandra/Pincho, a norte da Figueira da Foz.
Defensor das potencialidades do aeródromo, Santana Lopes entende que aquela infra-estrutura será um factor de viabilização de muitos investimentos, que vão permitir criar mais postos de trabalho e fixar os jovens.
“O aeródromo vai servir várias finalidades”, salientou o presidente da Câmara, falando de vantagens competitivas ao nível empresarial e turístico para o concelho, com manifestações de interesse, entre eles de uma empresa de formação de pilotos de drones, que se pretende fixar na Figueira da Foz a partir de Setembro.
Salientando que a área escolhida, próximo do acesso à Auto-estrada 17, não interfere com a ampliação da zona industrial do Pincho, o autarca disse que o aeródromo poderá ter um papel importante na competitividade económica do concelho, que “espera um forte caudal de investimento em Projectos de Interesse Nacional (PIN) na área da transição energética”.
Santana Lopes adiantou ainda que o anteprojecto recebeu parecer favorável de outras entidades e dos concelhos circundantes.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz tenciona candidatar o projecto ao Portugal 2030 para obtenção de financiamento, mas até lá é ainda necessário o projecto de obra e estimar o investimento.
O PS mostrou sérias reservas ao projecto, com os vereadores Daniel Azenha e Diana Rodrigues a colocarem diversas questões para perceberem “se o investimento vale apena”.
“Num concelho que apresenta uma linha férrea que é manifestamente incapaz de ser uma verdadeira alternativa à utilização do transporte rodoviário e que não permite o transporte dos materiais que as nossas empresas produzem, não é aceitável discutir a construção de um aeródromo”, disse Daniel Azenha.
O vereador referiu ainda que, na Figueira da Foz, “subsistem graves problemas” nas áreas da habitação, mobilidade e saúde, motivando uma reacção mais acalorada de Santana Lopes, que acusou os socialistas de inércia nos 12 anos em que estiveram no poder antes do seu regresso à presidência, em 2021.
“Pintava a minha cara de preto se estivesse 12 anos no poder e o concelho tivesse todas essas carências que enumerou”, ripostou o presidente da Câmara, salientando que lhe basta “quatro anos para fazer muito mais”.
Apesar da discussão, a Câmara acabou por aprovar, com a abstenção dos três vereadores do PS presentes, a abertura de um procedimento com vista a iniciar a alteração ao Plano Director Municipal para permitir a construção do futuro aeródromo.»
No PSD, Paulo Leitão vai para o 4º. mandadto na distrital de Coimbra
sábado, 20 de abril de 2024
E a procuradora-geral da República não se demite?
Câmara da Figueira apresenta saldo positivo de 16.232 euros em 2023
"A Câmara da Figueira da Foz contabilizou em 2023 um saldo positivo de 16.232 euros, num ano em que reduziu o passivo em 1,7 milhão de euros e manteve o prazo médio de pagamentos em 16 dias.
Os documentos de prestação de contas, aprovados hoje com a abstenção do PS, registam um aumento considerável de 4,7 milhões de euros (31%) da despesa com a aquisição de bens e serviços e o acrescimento do pagamento de juros em mais de 374 mil euros.
Os gastos de pessoal também aumentaram 1,7 milhão de euros (10%) devido às atualizações remuneratórias e ao processo de descentralização de competências, que aumentou o número de funcionários.
“Foi um exercício económico difícil, com várias condicionantes. Apresentamos contas que refletem as repercussões da conjuntura atual, mas que demonstram o esforço do equilíbrio financeiro das contas municipais”, disse a vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó.
A autarca, que detém o pelouro das finanças municipais, salientou ainda o aumento de dois milhões de euros na revisão de preços das empreitadas aprovadas em 2023, que representou um aumento de 61,5% face a 2022.
Na apresentação dos documentos, Anabela Tabaçó destacou ainda o impacto do “brutal” aumento das tarifas de resíduos sólidos impostas pela ERSUC-Resíduos Sólidos do Centro, que gerou um défice tarifário para o município de 636.767 euros em relação ao ano anterior.
Com uma receita arrecadada de 77 milhões de euros, a Câmara da Figueira da Foz registou um aumento nos impostos diretos, com destaque para o acréscimo de dois milhões de euros (mais de 50% em relação a 2023) na derrama municipal (aplicado às empresas).
Segundo a autarca, entre a extinção e a criação de novas empresas existe um saldo positivo de mais 111, que geraram um significativo aumento do volume de negócios.
A vice-presidente da autarquia liderada por Pedro Santana Lopes salientou que o Plano Plurianual de Investimentos registou uma execução de 82,59% relativamente aos processos já adjudicados e em execução.
As transferências para as Juntas de Freguesia totalizaram 1,36 milhão de euros, representando um aumento superior a 20% face a 2022.
O executivo do movimento Figueira a Primeira, que está no primeiro mandato, salientou ainda a redução de 1,7 milhão de euros no passivo municipal, que a 31 de dezembro era de 21,4 milhões de euros.
Apesar de optar pela abstenção, o PS assinalou com agrado a taxa de execução, a redução do passivo e o aumento da receita, nomeadamente da derrama.
“Este relatório de prestação de contas revela a relevância das propostas pelas quais o PS se bateu na discussão do orçamento, que permitiram um aumento das transferências para as freguesias na ordem dos 20%”, frisou a vereadora Diana Rodrigues.
A autarca socialista manifestou preocupação com a execução de projetos cofinanciados, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “que ditou uma redução na receita ao nível dos fundos comunitários”.
“Acreditamos que pela menor expressão do serviço de dívida e pelos aumentos de receita, é razoável ambicionar um investimento e uma execução mais robustos dos projetos mais fundamentais para o reforço da competitividade do concelho e das condições de vida dos figueirenses”, sublinhou.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que encerrou a discussão da prestação de contas, realçou que dos 19 municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra apenas cinco autarquias registaram saldos positivos."