sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
Mais um “outdoor” vandalizado: PSD/FIGUEIRA denúncia e lamenta
Exposição itinerante «Intervenientes de Abril», irá percorrer todas as freguesias do concelho
Via Município da Figueira da Foz
"Cinquenta anos depois da alvorada de abril, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz promove, em colaboração com o Arquivo Fotográfico Municipal, a exposição itinerante «Intervenientes de Abril», que irá percorrer todas as freguesias do concelho, já a partir do dia 22 de janeiro.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
A imprensa privada tem futuro?
Com a crise aguda que se vive no Global Media Group e no momento em que se está a realizar Congresso de Jornalistas, esta crónica de Pedro Tadeu, publicada no Diário de Notícias, parece interessante e oportuna.
"A imprensa privada portuguesa, por falta de capital, não consegue, neste momento, garantir uma cobertura noticiosa permanente, nobre e diversificada de todo o país, não trabalha para a coesão do território. Limita-se, quando o faz, a acompanhar matérias de crimes, acidentes, tragédias e alguns fait-divers.
A imprensa privada portuguesa, por falta de capital, não consegue noticiar consistentemente a atividade de vários parceiros sociais: das universidades, dos sindicatos, das associações patronais, das instituições de solidariedade social, das igrejas, dos movimentos ecologistas, antirracistas, de proteção dos direitos dos deficientes, das coletividades de cultura e recreio, das associações desportivas e das modalidades desportivas que estão fora do futebol, de muitas outras áreas de atividade que mobilizam inúmeros portugueses e são ignoradas na esmagadora maioria dos jornais e nos respetivos sites.
A imprensa privada portuguesa, por falta de capital, quase só notícia a atividade e o conflito político autárquicos quando o Ministério Público faz o favor de anunciar a abertura de um inquérito judicial a um presidente de Câmara.
O Portugal da imprensa privada acompanha bem a atividade palaciana do grande poder político-económico e dos seus satélites, das maiores instituições públicas e privadas, das vedetas e dos VIP, do que está em voga nas elites, mas não noticia o Portugal dos portugueses comuns.
A imprensa privada portuguesa, por falta de capital, não consegue acompanhar o ritmo da atividade, por todo o país, protagonizada por milhares de artistas e intelectuais, em milhares de produções de espetáculos, de exposições, de eventos, de lançamentos de livros, de edições musicais, de conferências, omitindo múltiplas tendências culturais e cívicas da sociedade. Mas acompanha bem fenómenos mediáticos transnacionais, nomeadamente de origem anglo-saxónica.
A imprensa privada portuguesa não consegue garantir, de forma crónica, apesar do esforço das suas redações e de algumas iniciativas editoriais inovadoras, uma participação própria nas redes sociais que seja um mecanismo eficaz contra a proliferação do boato, das campanhas de ódio e da desinformação.
A imprensa privada portuguesa, quase toda, por falta de capital, não cobre com qualidade, persistência e profundidade o noticiário de um grande número de países de língua portuguesa, nem das comunidades portuguesas radicadas no estrangeiro.
A imprensa privada portuguesa não tem um papel central na defesa e na promoção da nossa língua.
A imprensa privada portuguesa não cobre diária e sistematicamente o noticiário interno de cada um dos países da União Europeia. Reproduz sem contraditório as decisões das cúpulas institucionais da União Europeia, nem fiscaliza o seu imenso poder. Acaba por dar mais noticiário norte-americano do que de países europeus.
A imprensa privada, quase toda, não consegue libertar-se da dependência da banca, do setor financeiro, dos anunciantes das grandes empresas, o que limita a sua independência editorial.
A imprensa privada portuguesa, por falta de capital, não consegue, há já muitos anos, garantir postos de trabalho e contratos equilibrados entre as várias profissões e as várias funções envolvidas no jornalismo, com muitos contratos a prazo, muitos salários degradados, alguns exageradamente inflacionados, múltiplos despedimentos coletivos e muitos outros seletivos. E, agora, já nem consegue pagar ordenados a tempo e horas...
Se, por milagre, a imprensa privada portuguesa, toda ela, arranjasse depressa o capital que lhe falta, garantiria o seu futuro, mas a viabilidade económica desses projetos implicará sempre recusar fazer muitas das missões informativas que, por imperativo financeiro, foram abandonadas há já vários anos...
Neste momento, a propósito da crise no Global Media Group e da realização do Congresso dos Jornalistas, que começa amanhã, volta a discutir-se a possibilidade de haver jornais de serviço público ou de propriedade do Estado. Mas o debate está envenenado por se focar nas mesmas questões que se discutiam em 1991, quando o DN, onde escrevo, voltou a ser privado.
A realidade é completamente diferente, as necessidades da sociedade atual são outras e, simplesmente, a imprensa privada não consegue, nem nunca conseguirá, cumprir plenamente a missão que antigamente se esperava dela. Tem outro papel, fulcral, importante e necessário, mas deixa uma lacuna no país. É por isso que a ideia de um jornal de serviço público, que faça o que privado não pode fazer, deveria ser discutida sem preconceitos anacrónicos."
Sim, pode tudo ficar muito pior do que está
Margarida Davim no DN
«É nesta encruzilhada em que estamos. Décadas de uma política de desmantelamento do Estado Social, montada em cima de um discurso que diaboliza os impostos e cria o mito do cidadão meritocrático e empreendedor que será bem-sucedido se se esforçar e o Estado não o atrapalhar, trouxeram-nos aqui. Um momento em que a razão não chega, os argumentos são desvalorizados, as explicações caem no saco-roto de quem está farto e desistiu. “Pior do que está não fica”, respondem.
Mas fica. Já está a ficar pior, quando um jornalista do Expresso é agredido e retirado à força de uma conferência em que Ventura falava. Está a ficar pior, quando se perde a vergonha de escrever insultos contra imigrantes nas redes sociais. Está pior, quando os comentários televisivos são uma espécie de nota artística à habilidade política de quem é tão eficaz a enganar e manipular. E ficará pior, porque o que o Chega promete a este Exército de ressentidos mais não fará do que proteger os vencedores do sistema e deixar mais frágeis os que nada têm.»
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
Chegou o momento do PS se preocupar
Durante o fim de semana tivemos uma over dose de populismo.
O que não é novo.
Temos um partido a "prometer tudo, para todos".
O chamado bacalhau a pataco.
Mas, alguma vez foi diferente?
Em anos anteriores foram os partidos do chamado "arco do poder" e o BE.
Só que, agora, é o Chega.
Isso muda alguma coisa? Muda.
Pode ser perigoso? Pode.
Vamos então tentar pensar, com calma, pois falhou algo nestes quase 50 anos de regime democrático em Portugal.
No facebook vemos pessoas a partilhar (e a espalhar) postagens elaboradas por centrais de propaganda para evitar que as pessoas reflictam e pensem.
Na televisão vemos programas de embrutecimento cultural a ocupar a programação dos canais de manhã, à tarde e à noite.
Tudo vale na busca das audiências.
A «infatlização» do povo português, mesmo depois do 25 de Abril, tem décadas.
Existem motivos de preocupação? Existem.
Perante um tão baixo interesse político é preciso uma visão e um entendimento alargado do momento que atravessamos.
A política não se resume a actos eleitorais e à conquista de votos e lugares de deputados, presidentes de câmara, assembleias e juntas.
A “política” vem do grego “pólis” (referindo-se às cidades-estado da Grécia Antiga, passando a designar, com o tempo, os modos de como certos grupos sociais, geriam as suas comunidades, sociedades, estados, nações, países, enfim, o mundo (e.g., política internacional).
Nesses termos, política vincula-se, de forma unilateral – embora nunca se limitando –, à noção de governo. E existem certamente várias formas de governo, mas convencionalizou-se que a democracia é - parafraseando Winston Churchill - a pior forma de governo, à exceção de todas as demais.
Porém, ele não é o único. As redes sociais, por exemplo, deixaram patente que existem espaços alternativos de expressão política com os jovens a manifestarem opiniões, quer nos seus murais e caixas de comentários de facebook, quer através de memes no Instagram ou até mesmo através de vídeos no TikTok sobre diversos assuntos (os partidos, os impostos, o clima, a crise dos refugiados, a União Europeia, o desemprego).
Antes da internet, já a arte de intervenção desempenhava – e continua a desempenhar – essa função de expressar política envolvendo o cinema ou o teatro, com as suas cenas de crítica e sátira humorística, sem esquecer a arte urbana como os grafittis.
Ventura sabe o que faz. "Esgotados os primeiros mercados eleitorais (o do ressentimento e o dos que não vêem saída com os partidos que se opõem ao polvo socialista), neste fim de semana Ventura partiu à pesca do mercado mais suculento e maior, o mercado dos que acreditam em promessas de bacalhau a pataco feitas por políticos em campanha.
Se ao fim deste tempo todo o PS ainda é o partido preferido do eleitorado que vota, isso só pode dizer que o mercado dos que acreditam em promessas assinadas em papel molhado é um mercado não só maioritário, como facilmente acessível por quem saiba escolher as promessas que as pessoas querem ouvir."
Na sua intervenção final, Ventura, líder incontestado, fez promessas aos Polícias, aos reformados, aos trabalhadores, tentou chegar a roupa ao pelo a Pedro Nuno Santos, estragou a fotografia a Montenegro e Rocha e poupou Marcelo.
Ventura, vive tão obcecado pelos votos, "que faz, em cada momento, o que for preciso, seja o que for, para os captar e garantir."
Chegados aqui, creio que "André Ventura é o político no activo mais semelhante a António Costa."
A partir de ontem à noite o PS, finalmente, parece ter razões para se preocupar "com a hipótese de Ventura, depois de ter absorvido todo o eleitorado do PSD que conseguiria absorver, se ter virado para o eleitorado do PS, que é onde está o maior potencial de crescimento do Chega".
Sociedade de Instrução Tavaredense
"Hoje, a SIT está de Parabéns! 120 anos de História, de Cultura, de Memória, de Comunidade e de Exemplo!"
Estudo para as marinas
O prazo máximo de execução deste estudo é de 130 dias, sendo o valor de adjudicação de 45.000,01€."