Via Diário as Beiras
Santana Lopes deslocou-se ontem ao local e considerou que alguns dos decisores do Estado “são absolutamente insensíveis” em relação aos problemas das pessoas. “Despacham nos gabinetes e deviam trazer o nariz aqui, pelo menos”.
Via Diário as Beiras
Santana Lopes deslocou-se ontem ao local e considerou que alguns dos decisores do Estado “são absolutamente insensíveis” em relação aos problemas das pessoas. “Despacham nos gabinetes e deviam trazer o nariz aqui, pelo menos”.
Gouveia e Melo em primeiro na sondagem SIC/Expresso
«Nomes fora do pódio
Catarina Martins, Mário Centeno, Ana Gomes, Pedro Passos Coelho e Durão Barroso fecham a lista dos eventuais candidatos com mais de 3 pontos. Para encontrarmos o Presidente da Assembleia da República temos que descer à 11ª posição: Augusto Santos Silva tem 2.8 pontos, o que o coloca uma décima abaixo de Rui Rio. Francisco Louçã, André Ventura, Santana Lopes, Paulo Portas, João Cotrim de Figueiredo e João Ferreira são os que parecem ter menos hipóteses de ganhar as eleições presidenciais, que devem ser marcadas para o início de 2026.»
Via Expresso
«Há três meses escrevi nesta mesmo coluna um artigo a que dei o título da “ignomínia de Israel na Palestina”. Nesse artigo exprimi a indignação com a impunidade com que o regime de apartheid vigente em Israel espezinha todos os direitos do povo da Palestina, privado, não apenas do Estado a que tem direito, mas do mais elementar direito à existência.
Todos os dias, militares de Israel e colonos fanatizados controlam, humilham e assassinam fria e impunemente, homens, mulheres e crianças da Palestina, na sua própria terra. A ocupação da Palestina pelo Estado de Israel, desde 1948, tem sido um desfile de expulsões forçadas, de anexações militares, de ocupações ilegais, de prisões em massa, de assassinatos seletivos ou indiscriminados, de incumprimento arrogante de todas as resoluções das Nações Unidas que reconhecem os direitos do povo palestino.
Os colonatos israelitas que têm sido instalados nos últimos anos em territórios palestinos constituem uma das mais selváticas formas de colonização de que há memória recente. Em territórios internacionalmente reconhecidos como devendo estar sob autoridade palestina na Cisjordânia, o estado de Israel procede à demolição forçada das casas dos palestinos, destrói as suas culturas e expulsa-os para instalar colonos fanatizados e armados que semeiam o terror entre as populações palestinas. Apesar da condenação retórica da chamada “comunidade internacional” os colonatos somam e seguem.
A ocupação militar israelita tornou a Palestina uma prisão a céu aberto. Cercada, privada de recursos, de empregos e de direitos, a população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza vive uma das maiores tragédias dos nossos tempos, e apesar do reconhecimento retórico do caráter corrupto, autoritário, racista e belicista do regime de Benjamin Netanyahu e da inclusão no seu Governo dos partidos mais extremistas de Israel, nada disso perturba as boas almas “ocidentais”. Os sionistas podem ocupar territórios, violar como querem o direito internacional, expulsar e assassinar à vontade as populações, que nada disso põe em causa o apoio inquebrantável do chamado ocidente ao governo de Israel.
O que está a ocorrer por estes dias em Israel e na Palestina é mais um triste capítulo desta tragédia. Condenar os atos de violência praticados pelo Hamas e esquecer a violência quotidiana exercida diariamente por Israel contra a Faixa de Gaza é de um relativismo moral inaceitável.
Não vale a pena referir as responsabilidades de Israel na criação do Hamas, enquanto elemento útil de divisão do povo da Palestina e de enfraquecimento da Autoridade Palestina. Neste aspeto, o Hamas, tal como os talibãs e o estado islâmico, é criatura que se virou contra o criador. Não é isso que me interessa.
Não nutro a mínima simpatia em relação ao Hamas. Todavia, só alguém muito distraído poderia pensar que a abominável violência que se abate diariamente contra o povo dos territórios palestinos ocupados por Israel não poderia, mais dia menos dia, desabar numa reação violenta, quase suicida, de quem já nada tem a perder.
O que se impunha da parte da tal “comunidade internacional” seria uma ação decidida no sentido da exigência de cumprimento das resoluções das Nações Unidas, do reconhecimento dos dois Estados (Israel e Palestina) com fronteiras seguras e da adoção de medidas de mediação que garantissem o fim das hostilidades e trabalhassem para que esta tragédia pudesse ter um fim.
Ao invés, o que vemos dos Governos dos países da NATO e da UE é o apoio incondicional a Israel para que a tragédia prossiga. Por isso, o chamado “ocidente”, está cada vez mais de costas voltadas para o resto do Mundo.»
Por EUGÉNIO ROSA
Prémio Nobel da Literatura 1998
“Os meus pais sacrificaram-se muito e deram-me estudos para ir para a universidade? Não, tive estudos que estavam ao meu alcance e ao alcance da bolsa da família: estudei para ser serralheiro mecânico. Fui serralheiro mecânico. Depois fui várias coisas ao longo da vida. Li muito. Livros meus só os tive quando tinha 19 anos, quando pude comprar, com dinheiro que um amigo me emprestou. Em 47 escrevi um romance, escrevi outro logo a seguir que ficou inédito, que se chama Clarabóia, e que ficará inédito enquanto eu viva. Podia chamar-se oportunismo comercial, publicar agora esse livro escrito há 50 anos ou 60 anos. Aceitei que Terra do Pecado fosse publicado. Houve dois momentos importantes na minha vida que decidiram tudo. Um deles, não muito consciente, foi o facto de ter deixado de escrever depois de ter escrito esses livros. Durante 20 anos, quase não escrevi. Só voltei a publicar em 1966.
O segundo momento foi em 1975, quando, depois do 25 de Novembro, fiquei sem trabalho e sem esperança de o conseguir. “E agora, o que é que eu faço? Tenho aí alguns livros, mas não tenho uma obra, é agora ou nunca”. Durante cinco ou seis anos, talvez sete, vivi de traduções, ao mesmo tempo que ia escrevendo o Manual de Pintura e Caligrafia, e o Objecto Quase. A sorte foi que o Círculo de Leitores me tivesse convidado para escrever uma Viagem a Portugal, em 1979-80. Foi bem pago, deu-me uma estabilidade económica que me permitiu afrontar durante um ano ou dois o trabalho [da escrita], sem estar a pensar que tinha que ganhar dinheiro – ele já estava ganho.”
E tudo estava para vir numa vida que, como resumiu Eduardo Lourenço, foi um milagre.
«Mar Maior», documentário de Rui Bela & Senos da Fonseca, é uma jornada cinematográfica emocionante, que mergulha na história e na cultura da pesca à linha do bacalhau, destacando a dedicação e a coragem dos pescadores portugueses que enfrentavam os desafios de uma actividade extremamente dura e perigosa.
É um documentário que mergulha nas profundezas dos mares da Terra Nova e da Gronelândia retratando a fascinante tradição da pesca à linha do bacalhau, mantida pelos pescadores portugueses ao longo de cinco séculos de história, bem como as relações entre portugueses e canadianos e ainda a construção naval em madeira. São revelados alguns dos segredos da pesca, plasmando a luta quotidiana dos pescadores enquanto embarcavam nos seus frágeis dóris, nas suas jornadas extremamente perigosas, em busca do cobiçado bacalhau, e a imponência dos famosos lugres bacalhoeiros concebidos por afamados mestres construtores navais portugueses.Esta obra pretende ser um tributo não apenas à pesca à linha do bacalhau, mas também ao espírito de perseverança e resiliência dos pescadores portugueses, que enfrentavam tempestades e condições adversas, mantendo viva uma tradição secular.
Palestinianos celebram o ataque do Hamas contra Israel em cima de um jipe israelita, ontem, nas ruas de Gaza.
EPA/HAITHAM IMADVia Município da Figueira da Foz
«Outubro Rosa» tem como finalidade consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio, e divulgar informação e formas de apoio à mulher e família.
«Novembro Azul» tem como foco a consciencialização para a saúde do homem, muito em especial, a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata.
A apresentação da campanha de prevenção do cancro da mama e do cancro da próstata decorreu na manhã deste sábado, 07 de outubro, na Praça da Europa, frente aos Paços do Município.
"Moedas sabe porque deve anunciar a comemoração do 25 de Novembro de 1975, de que na atual geração ninguém (ou muitos poucos) sabe o que foi. Moedas sabe duas coisas: o seu mercado eleitoral é o dos neoliberais, dos adeptos do individualismo, do sucesso dos mais agressivos e sem escrúpulos, dos que acreditam na bondade e virtude da ditadura do mercado e que estão em transumância do PSD para a Iniciativa Liberal. Moedas quer ser o federador, o pequeno grande homem, o nanico dessa massa eleitoral de direita. Depois, Moedas sabe o que foi a essência do 25 de Novembro de 1975. Basta ler um pouco do seu currículo.
Moedas é, antes de um tudo, um boy da grande banca de investimentos, um Goldman Sachs boy. Trabalhou em Londres na área de fusões e aquisições do Goldman Sachs, e no Deutsche Bank para montar o Eurohypo Investment Bank. No regresso a Portugal dirigiu a consultora imobiliária Aguirre Newman Cosmopolita, e criou a empresa de gestão de investimentos Crimson Investment Management. Sempre debaixo do guarda-chuva do Goldman Sachs, uma das principais empresas globais de banco de investimento e gestão de valores mobiliários. O único dos grandes bancos que sobreviveu à crise de 2008 e também aos enormes escândalos financeiros de desvio fraudulento de fundos e de corrupção política no sudoeste asiático.
Num artigo de Mafalda Anjos, na revista Visão de 4.8.2016, o Goldman Sachs materializa o que há de pior e mais imoral no capitalismo e na maior praça financeira do mundo. «A história do banco de investimento inclui ganância e jogos de poder, dinheiro a rodos, escândalos e escrúpulos q.b., arrependidos, denunciadores, cassetes secretas e até prostitutas contratadas para sacar negócios. A história do Goldman é feita com os mesmíssimos ingredientes da maior praça financeira do mundo e centro do capitalismo global: inteligência, trabalho e ambição, mas também imprudência e ganância, juntas num caldo de princípios éticos convenientemente deixados em “banho-maria”. Desde a sua fundação, em 1869, que a Goldman se tem visto envolto em escândalos financeiros de espécie vária, quase sempre no centro do furacão de bolhas especulativas e crashs estrondosos, e quase sempre com o mesmo desfecho: somar e seguir, maior e mais forte, depois de ajudar a evaporar milhões de euros dos bolsos dos investidores.»
É esta a escola de Carlos Moedas. A que pertencem outros portugueses ilustres: Durão Barroso, José Luís Arnaut e o falecido António Borges. “Goldmanites” é o epíteto pelo qual são conhecidos os altos quadros do Goldman Sachs, por vezes usado em tom de impropério, que ajudaram a fazer dele a mais desejada e vilipendiada instituição financeira do mundo.
Desde sempre que o Goldman Sachs se deita na cama com o poder político. Carlos Moedas não é o menino de coro que afirmou estar disposto a fazer tudo o que a Igreja Católica e o presidente da República (o patrono da sua carreira) lhe dissessem para fazer na preparação da Jornada Mundial da Juventude! Ele é um sabujo consciente e informado que está a fazer carreira política. Ele é um ativo da banca na política!
Ele sabe qual foi o objetivo principal do 25 de Novembro de 1975: desnacionalizar a banca! Abrir a banca, o coração do “sistema”, à iniciativa privada. A reprivatização da banca portuguesa teve como resultado a emergência de corsários bancários: BPN, BANIF, BPP, mas também o BPI, a espanholização da banca — isto é a colocação da banca portuguesa sob direção espanhola — e a eliminação dos bancos tradicionais, incluindo o Banco Português do Atlântico, o maior. Sobreviveu o BES até há pouco. O BES de Ricardo Salgado, que em desespero terá dito: Temos de pôr o Moedas a funcionar. Isto é, a fazer uns recados e a mover umas influências.
Ora, o Moedas está a funcionar, como sempre esteve, mas para ele. Vai celebrar o 25 de Novembro de 1975 e, sem qualquer pudor, referir os perigos da guerra civil, da substituição de uma ditadura por outra de sinal contrário. É um reportório mais do que estafado, mas o que interessa isso ao Moedas? Para ele a verdade é uma esponja! Ele é um faxina que está a funcionar com um balde e uma esfregona. Agora funciona por conta de Marcelo Rebelo de Sousa, que o tirou da manga como o seu jóker federador da direita, fiador dos grandes bancos, do clube Bildeberg, pau mandado do FMI e do Banco Central Europeu. Um homem acima de qualquer suspeita!
O 25 de Novembro de 2023 de Carlos Moedas é a celebração da vitória dos grandes banqueiros em 25 de Novembro de 1975. De fora ficará a memória dos tempos da troika, e também a memória de Ricardo Salgado, o que queria colocar o Moedas a funcionar antes de ser apunhalado. Talvez, no intervalo da sua doença, Ricardo Salgado repita a frase de Júlio César: Também tu, Brutus!
O Moedas, o nanico, está a funcionar, mas para ele próprio, servindo de tarameleiro de Marcelo Rebelo de Sousa, o verdadeiro pai da ideia de esvaziar as comemorações do 25 de Abril. Está montada mais uma farsa. Moedas é o truão da serviço. A comunicação social vai encarregar-se de soprar trombetas a anunciar o espetáculo!"