segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Presidente da concelhia figueirense continua "a andar aos papéis"...

O Partido Socialista, mesmo após Mário Soares ter guardado o socialismo na gaveta e Sócrates ter atirado a chave ao mar, diz que continua a ser "de Esquerda"
Diz. Na prática, é isto. 
Via Diário as Beiras "Raquel Ferreira assumiu que a posição do Partido Socialista sobre o aumento da devolução da variável de três por cento do IRS aos contribuintes figueirenses destina-se à “classe média-alta”, aquela que, defendeu, está a ser mais afectada pela conjuntura." 
Tem toda a razão de ser a acusação da Esquerda comunista: "quando no Governo, o PS faz a política da Direita." 
O partido Socialista é o que é: "um manto que quer albergar tudo"
A diferença entre o PS e o PSD, programaticamente, é difícil de precisar. 
Quando no Governo, então, acaba por ser nula. 
Nessa área de penumbra e indefinida, onde ninguém sabe, com precisão, onde fica a Direita e a Esquerda, o PS tem-se sentido à vontade nos últimos 30 e tal anos.
É uma espécie de pezinho que mostra à-vontade na dança dos bons negócios. 
O pezinho direito. O esquerdo fica atrás… 
Logo que abandona a salão de baile, recolhe o pezinho direito, o maroto, veste novamente o fato-macaco e põe o auto-colante de Esquerda
Volta, de novo, a ser de Esquerda
A Esquerda, para o PS, foi sempre um lugar de eleição: isto é da caça ao voto.
Percebem, agora, porque é que a "gerinçonça" tinha de ser rebentata, mal houvesse a mínima oportunidade?

Porque nunca perdi tempo com blogues anónimos

Não foi só desta vez: nunca tive por hábito visitar os blogues anónimos cá do burgo.
Por nada de especial.
Apenas porque a minha maneira de ser não é compatível com esse tipo de espaços. Portanto, para mim, pura e simplesmente, não existem.
Nunca tive idade, tempo ou pachorra, para desperdiçar com fofocas de meninos e lavagens de roupa suja.
A net, sem dúvidas, é um espaço de liberdade. Mas, será este tipo de comportamento irresponsável, um reflexo da liberdade ou será antes o reflexo da sociedade sem valores e princípios em que vivemos?..
Sou a favor da crítica assinada, pois esta é a única que, sabendo para onde vai, se sabe de onde vem! Responsabiliza e credibiliza a própria crítica.
Anonimamente, pode dizer-se o que se quiser, para quem quiser. 
Mas, só mesmo, para quem quiser escutar...

Desde que OUTRA MARGEM viu a luz do dia - já lá vão quase 18 anos - ficou bem patente a minha independência, que muitos - ainda hoje - não conseguem perceber e muito menos aceitar.
Ganhei alguns "ódios de estimação".  
Contudo, o que me move é fácil de explicar: não sou filiado em nenhum partido, não tenho amigos bem posicionados na politica local ou nacional, não tenho interesses partidários nem económicos ou financeiros, portanto, OUTRA MARGEM, foi sempre para mim o meio de participar activamente na discussão em redor da actualidade covagalense, figueirense e nacional.
Podem acusar-me do que quiserem - o mais habitual não é rebater os meus argumentos sobre o que posto (alguém é capaz de contestar que não tenho razão nos alertas que tenho vindo a fazer ao longo dos anos sobre a erosão costeira a sul da barra ou o aumento em 400 metros do molhe norte?..) mas que sou sempre do contra, o que não é verdade.
A esses digo, apenas, isto: quando conseguirem perceber a minha independência, perceberão todo o resto.
 
Enquanto morar em mim a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, vou continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, meto o teclado no saco... 
Nos dias que correm um gajo como eu, quase com 70 anos,  tem tantos problemas, que qualquer coisa que contribua para o seu divertimento diário é bem vinda.
Continuo optimista por natureza.
Optimismo para mim é simples: é somar a + b na máquina de calcular e esperar obter c. 
O Dr. Salazar era ainda mais simplório: existe o mito urbano - não sei se criado ou alimentado por ele - que criava galinhas em S. Bento para aliviar os contribuintes dos encargos com a sua alimentação, enquanto os portugueses, fruto da política que implementou e impôs em décadas de ditadura, iam morrendo todos os dias: na guerra colonial, à fome de comida, de cuidados de saúde e privados do acesso ao saber e à cultura.

Este país do faz de conta, onde é mais importante ter e parecer do que ser, continua a precisar é de estilo: sobretudo, de sinais exteriores de modernidade e estatuto comuns aos que não sendo, querem parecer que são.
Sobre a triste figura que vi fazer em directo na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, na passada sexta-feira, o "deputado" municipal do BE, continuo a preferir levantar-me cedo e ir "larear a pevide".
Via Diário as Beiras, fica o registo do acontecimento.

domingo, 1 de outubro de 2023

Preços da habitação: já ninguém aguenta mais e o futuro do Governo joga-se aqui

"A loucura que se atingiu com a habitação pode ser, para António Costa, o que foi o bloqueio da ponte para Cavaco Silva.
As manifestações deste sábado foram um sinal do que, na realidade, já se sabia: a crise da habitação atingiu o limite do suportável."

53 anos com os trabalhadores: parabéns

Pacto do capital não é solução
 

"O dia 1 de Outubro de 1970, constituiu um marco de grande significado no percurso do movimento operário e sindical, força de progresso social e de emancipação dos trabalhadores. 

Tendo como princípios a unidade, a democracia, a independência, a solidariedade e o sindicalismo de classe e de massas, a CGTP – Intersindical Nacional, constituída a partir da base pelos trabalhadores e para os trabalhadores, teve uma intervenção relevante na resistência ao fascismo, na luta pela liberdade, a democracia, os direitos laborais e sociais e a instauração e consolidação da Revolução de Abril. 

Esta é a história daquilo que somos e de onde vimos - a história que evoca vidas de luta e sobrevivência, a história que traz à memória sacrifícios de gente que resistiu às amarguras do tempo. Esta é a história da força e das raízes da coragem que deixaram marca. Esta é a História de luta que não se pode perder. É a história da CGTP -INTERSINDICAL NACIONAL na Unidade a Força dos trabalhadores!"

Alguém acredita que o Chega tem qualquer interesse no problema da habitação?...

... o foco era terem tempo de antena na televisão.
E conseguiram...
A notícia ficou feita...
O objectivo, mais uma vez, foi cumprido.
António Costa, deve continuar satisfeito...

“Este país está uma confusão gigante”

Sónia Sapage

«As ruas voltaram a ter voz. A crise da habitação pode vir a ser para António Costa o que a crise da troika foi para Passos: muito mais do que uma dor de cabeça pontual.

Hoje, as queixas e os cartazes que as acompanham são outros e as palavras de ordem também — “Senhorio não é profissão”, “Baixem as rendas” ou “O que falta? Direito a ter casa”. Mas é curioso perceber que os protestos contra as políticas seguidas pelo PS em matéria de habitação foram pensados por algumas das cabeças que lançaram o movimento anti-troika de 2012, contribuindo para o desgaste do executivo PSD-CDS.

Depois de uns anos de paz social forçada pelas posições conjuntas que viabilizaram um acordo de governação histórico, as ruas voltam a ter voz – porque as forças de esquerda já não vêem nenhuma razão para dar a mão ao PS. E vão de novo descer a Avenida, desta vez com exigências diferentes: mais habitação e melhor clima (na realidade, ao protesto deste sábado da plataforma Casa para Viver junta-se o do colectivo Their Time to Pay, em defesa da justiça climática).

A crise da habitação pode vir a ser para António Costa o que a crise da troika foi para Pedro Passos Coelho: muito mais do que uma dor de cabeça pontual. Porque, além de todas as outras implicações sociais e eleitorais que essa crise pode ter, significa que zanga da “geringonça”, que já se tinha dissolvido na sequência das eleições legislativas de 2019, mas que se formalizou no chumbo do Orçamento do Estado para 2022, está para durar.»

Fernando Alves reformou-se: "resta-lhe muito tempo para se sentar a ver passar os tristes”

Fernando Alves, fundador da TSF, reforma-se e põe ponto final a Sinais: “Não fazia mais sentido estar ali”.

É o fim de uma carreira que começou, ainda na adolescência, em Benguela, Angola, e, com ele, o ponto final da mais antiga rubrica da TSF. Fernando Alves, jornalista e locutor e um dos fundadores da cooperativa que deu origem àquela rádio, anunciou na sexta-feira passada, que se reformou e que o episódio “O olhar perto do chão” seria o último do programa Sinais, no ar há cerca de 30 anos.
“Resta-me muito tempo para me sentar a ver passar os tristes”, disse, em entrevista ao PÚBLICO.

A TSF, em particular, e a rádio, ficam mais desinteressantes. Claro que a vida é renovação. Contudo, Fernando Alves é mais que um jornalista ou homem da rádio. É um património. E um património leva muito tempo a construir. 

Fica o texto do último episódio do seu pessoalíssimo SinaisSe quiserem ouvir a crónica dita pelo Fernandes Alves, é só clicar no link a seguir.

O olhar perto do chão

«No seu mais recente livro, "Montevideu", que nos é apresentado como "uma ficção verdadeira", Enrique Villa-Matas descreve-nos um dos seus vários encontros com Tabucchi a quem muito admirava desde "Mulher de Porto Pim", esse livro que, assim o vê o catalão, trata "com leveza poética" questões "difíceis e complicadas". Os dois haveriam de tornar-se amigos, partilhando experiências em várias cidades, em conferências literárias ou movidos pelos fios invisíveis de um acaso feliz.

Certa vez, sentados numa esplanada nas margens do Arno, em Florença, Tabucchi contou a Villa-Matas que tinha chegado à fala com um tipo estranho, um vagabundo que muito impressionara o amigo, em Paris.

Villa-Matas guardava do vagabundo uma imagem vincada. Todos os dias, ele sentava-se no chão, à porta de uma livraria, no Boulevard Saint-German. Em frente, havia um quiosque de jornais. O que retivera a atenção de Villa-Matas, nesses longínquos dias parisienses? O modo elegante como o vagabundo se comportava, cumprimentando quem entrava e saía da livraria. Por vezes, levantava-se, fumando, com o olhar perdido no horizonte, um magnífico havano. Durante a maior parte do tempo, permanecia sentado no cartão de vagabundo, lendo um clássico. Durante algum tempo, enquanto viveu em Paris, o catalão viu com muita frequência o estranho vagabundo. Anos depois, em Florença, conversando com Tabucchi, este confidencia que, certa vez, chegara à fala com o homem. Estava sozinho em Paris, vagueou pelas ruas e deu com aquele homem sentado no chão lendo o seu clássico. O vagabundo convidou-o a que se sentasse a seu lado, no chão, apreciando o mundo desse patamar ao nível dos pés. Tabucchi não hesitou. Sentou-se ao lado do vagabundo, ficaram ambos durante algum tempo em silêncio, observando os que passavam por eles com total indiferença.

Na noite estival de Florença, Tabucchi contou a Villa-Matas o modo como o vagabundo quebrou o silêncio. Ele nunca mais esqueceria aquelas palavras. Disse-lhe o vagabundo: "Estás a ver, amigo? Daqui uma pessoa pode vê-lo muito bem. Os homens passam e não são felizes".

Partilho convosco esta passagem do magnífico livro que me ocupa por estes dias, na última crónica que assino nesta rádio. A meu modo, vou ocupar as horas, em grande medida, um pouco à maneira do vagabundo desta história. Não penso sentar-me no chão, à porta de uma livraria. Mas procurarei, muitas vezes, bancos de jardim, à sombra. E assim me deixarei ficar, absorto, tomando notas para uma improvável emissão futura, feita de silêncios e de palavras elementares, assim me pouse no ombro a ave clandestina. Ambição chã. Ficarei a ver passar os transeuntes com o seu ar triste, como só os vagabundos sabem detectá-lo. Até sempre.»

sábado, 30 de setembro de 2023

Boa iniciativa

 Via Diário as Beiras


Afinal, o que diz Cavaco? Nada

Miguel Sousa Tavares

 Para ler clicar aqui.

"As pessoas não aguentam mais a pressão"

«...crise na habitação é “um drama para as famílias, para os jovens, para os estudantes e os seus pais”
É “urgente garantir casas para viver, e não para especular”.»

Dia 30 de Setembro, as plataformas Casa para Viver e Their Time to Pay convergem, em Lisboa, numa manifestação pela habitação e por justiça climática, contra a precariedade e o aumento do custo de vida. Esta é a hora de irmos para a rua gritar pela NOSSA sobrevivência e pelo futuro nas/das nossas VIDAS e das nossas cidades. O problema do acesso à habitação é hoje reconhecido por toda a gente: é uma emergência nacional que exige soluções urgentes. Porém, ao longo dos anos, o governo entretém-se a anunciar pacotes de medidas sem resultados. De promessa em promessa, não resolve a crise de habitação, mantendo-se sempre subserviente aos interesses do sector financeiro, da construção e do imobiliário, que muito têm ganho com as sucessivas crises. 


Cidades confirmadas

10h — Barreiro (Escola Secundária Santo André);

10h — Beja (Jardim do Bacalhau);

10h — Évora (Praça do Giraldo);

10h — Portalegre (Mercado Municipal).

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11h — Tavira (Mercado Municipal).

📍

15h — Aveiro (Largo Jaime Magalhães);

15h — Braga (Coreto da Avenida);

15h — Coimbra (Praça 8 de Maio);

15h — Covilhã (Largo da Câmara Municipal, no Pelourinho);


15h — Faro (Jardim Manuel Bívar);

15h — Guimarães (Toural);

15h — Lagos (Rua Victor da Costa e Silva, nas traseiras da Adega da Marina);

15h — Leiria (Fonte Luminosa);


15h — Nazaré (Praça Souza Oliveira);

15h — Lisboa (Alameda);

15h — Portimão (Largo 1.º de Dezembro);

15h — Porto (Batalha);

15h — Viseu (Rua Formosa, na Estátua Aquilino Ribeiro);

15h — Samora Correia (Jardim Urbanização da Lezíria).

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17h — Alcácer do Sal (Avenida dos Aviadores, junto à entrada da Feira de Outubro).

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

PS da Figueira da Foz quer mais devolução de IRS e reprova proposta da Câmara

"A maioria socialista na Assembleia Municipal da Figueira da Foz reprovou hoje a proposta do executivo, liderado por Pedro Santana Lopes, para a devolução da variável do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).
O executivo do grupo de independentes Figueira a Primeira, que está em maioria depois de um acordo com o único vereador do PSD, tinha fixado em sessão de Câmara uma taxa de 3,5%, mantendo-se a devolução de 1,5% aos munícipes, com os votos contra dos vereadores do PS, que exigiram 2%.
A bancada socialista na Assembleia Municipal rejeitou esta tarde ratificar a proposta, defendendo que a Câmara deve devolver 2% daquele imposto aos munícipes.
“Não é excessivo pedir em 2025 uma participação do município de 3%”, salientou o deputado municipal José Fernando Correia, referindo que a decisão só tem efeitos na receita de 2025.
O eleito socialista justificou o chumbo com a intenção do partido seguir uma linha de desagravamento fiscal que o PS “foi mantendo nos últimos mandatos” em que liderou o município.
Também o PSD, que na Câmara integra a maioria do executivo, votou contra a proposta do grupo de independentes Figueira a Primeira por “coerência política”.
Perante a Assembleia Municipal, o presidente da autarquia, Santana Lopes, não revelou se vai apresentar uma proposta que vá ao encontro da vontade socialista e referiu mesmo que pode apresentar a taxa chumbada.
Através da abstenção, a maioria socialista viabilizou a manutenção da taxa de IMI nos 0,4%, com dedução fixa de 20 euros para famílias com um dependente, 40 euros com dois dependentes e 70 euros com três ou mais dependentes.
A fixação de 1,5% (taxa máxima) para a derrama, com isenção para as atividades cujo volume de negócios, no exercício contabilístico anterior, não ultrapasse os 150 mil euros, foi também viabilizada pelo PS.

"A Iniciativa Liberal, o PSD e a direita"?..

Esta é, não a frase do dia, mas certamente uma das frases do ano!..

“A Iniciativa Liberal, o PSD e a direita só não ficam contentes [com a privatização da TAP] porque vêem, pesarosamente, o PS a cumprir os seus programas.”


No jornal PÚBLICO, e
dição de 29 DE SETEMBRO DE 2023.

Entrevista exclusiva de Santana Lopes em que faz o balanço dos dois primeiros anos de mandato

Via DIÁRIO  AS BEIRAS

«...um presidente de câmara tem um posto de observação privilegiado. Eu, daqui, sei o que se passa no concelho todo. Até sei quando eles sentem que, mais que provavelmente, não vou recandidatar-me, porque sei logo que, na semana seguinte, eles aparecem, todos juntos, numa coletividade qualquer. Só que eu sou especialista em trocar voltas. (…) Eles que não se fiem na Virgem.

Sou muito sensível à educação, à maneira como as pessoas lidam umas com as outras. Mas ser muito sensível não implica que me deixe enfraquecer. 

O que é que quer dizer com isso? 

Se há algo que tenho de fazer com quem não tem caráter é ganhar-lhes.

A quem é que está a referir-se? 

A ninguém, são incertos. Eu chamar-lhes-ia aqueles que têm uma digestão impossível, não conseguem digerir  a minha vitória há dois anos.»

Para ler melhor, clicar nas imagens

80 anos. Parabéns.

Cândido Mota: "passou pela vida para fazer brilhar os outros. Precisa hoje de um abraço – e precisa que se diga a verdade".

Para ler o texto de Luís Osório, clicar aqui.

O pacote fiscal para 2024 é um dos assuntos da sesssão

 Via Diário as Beiras

Porque "é preciso manter o foco": falta de professores

Imagem: primeira página do Sol de 7 de Setembro de 2012
Numa semana dedicada à Educação, Luís Montenegro
visitou a Escola Secundária Rainha Dona Amélia, em Lisboa, onde há turmas sem seis professores.
Montenegro, esse mesmo, o ex-líder da bancada parlamentar que garantiu o suporte parlamentar do Governo do ministro Nuno Crato, responsabiliza e culpa António Costa da falta de professores.
Foi taxativo: «o presidente do PSD disse que não vale a pena "tapar o Sol com a peneira" quanto à falta de professores nas escolas e responsabiliza o Governo pela situação.»
Nuno Crato foi descartado: já não faz parte do passado de Montenegro...