quarta-feira, 13 de setembro de 2023

𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗱𝗮 𝗖𝗹𝗮𝗿𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲» | « 𝗨𝗺 𝗮𝗲𝗿𝗼𝗽𝗼𝗿𝘁𝗼 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝘀𝗼𝗹𝘂𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀».

Daqui

Para quando um terminal de cruzeiros na Figueira?

Via Campeão das Províncais


«O Porto da Figueira da Foz recebeu, esta quarta-feira, o navio de cruzeiro “Hebridean Sky”, com 101 passageiros a bordo e 72 tripulantes. 
Os passageiros são na sua maioria de nacionalidade britânica e o navio procedeu de Leixões e tem como destino Lisboa. 
 Este é o terceiro navio de cruzeiro a escalar o Porto da Figueira da Foz, em 2023, denotando o interesse crescente dos operadores turísticos deste nicho mercado pela região, que procuram destinos alternativos aos grandes centros turísticos. 
 A concretizar-se a escala do “Island Sky”, entretanto anunciada para o próximo mês, este será o melhor ano de sempre da Figueira da Foz em escala de navios de cruzeiro.»

Natália Correia: "feria-a um verso mal dito, um comentário político desalinhado ou o sorver do gelado com maior alarido durante a leitura de um poema"

 

Foto sacada daqui

Senhores jurados sou um
poeta um multipétalo uivo um defeito e ando com
uma camisa de vento ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis de
armazenado espanto e por fim com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim Sou em código o azul
de todos (curtido couro de cicatrizes) uma
avaria cantante na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade o vosso enfarte
serei não há cidade sem o parque do sono que
vos roubei Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição de raptar-me em
crianças que salvo do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho de em pó volverdes
sois os reis sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis Senhores
heróis até aos dentes puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos umas estrofes mais
além Senhores três quatro cinco e sete que
medo vos pôs na ordem ? que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ? Senhores
juízes que não molhais a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro sem que ele cante
minha defesa Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever ó
subalimentados do sonho ! a poesia é para comer.

Nome maior da poesia portuguesa do século XX, Natália Correia, que hoje completaria 100 anos, foi também uma combatente pelas liberdades públicas e privadas.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, Natália Correia voltava do seu bar Botequim, no bairro lisboeta da Graça. Sentindo-se sem sono, pôs-se a ler os versos de Abenamar, poeta do século XI nascido em Silves. 
Mas não chegou a adormecer. Em breve, receberia um telefonema a anunciar-lhe a existência de movimentos de tropas em direção a Lisboa, com a Baixa da cidade, onde estavam os ministérios, já ocupada por tanques. 
Como escreveria no diário que iniciou nesse preciso momento, a direção do movimento era ainda tão indistinta como os vultos iluminados pela primeira luz da manhã: o dia iria chegar "cheio de graça libertadora" ou ferido "pelas tremuras da caquexia ultradireitista?" Quando, por volta das 7 da manhã, uma rádio transmite o seu poema Queixa das Almas Jovens Censuradas, interpretado por José Mário Branco, Natália não teve dúvidas: a ditadura, que ela combatera com palavras e atos, aproximava-se do seu fim.
«O Dever de Deslumbrar- Biografia de Natália Correia», editado pela Contraponto, é uma obra que chega no ano do centenário da escritora e poeta, que se assinala hoje, dia 13 de setembro de 2023, e permite ficar a conhecer a realidade do país nos seus 70 anos de vida.

Três soluções? Porque se desistiu da Portela + 1?

Imagem via Município da Figueira da Foz
Todos sabemos que o investimento em infra-estruturas de transporte, tem um forte efeito multiplicador sobre o crescimento da economia.
Para perceber isto, que é intuitivo, não é necessário ser especialista na matéria: "somos um país com uma localização geográfica muito periférica e a comunicação e os transportes são um factor essencial nesta era da globalização."

Há mais de 18 anos, em 20 de Julho 21 de 2005, o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, assumiu  no Parlamento que a "localização da OTA era a mais vantajosa como alternativa à Portela", fundamentando a sua opinião com razões ambientais. 
O ruído do actual aeroporto de Lisboa foi a principal razão apresentada.
Mário Lino garantiu ainda que iria avançar com pequenos trabalhos preparatórios da grande obra pública chamada aeroporto internacional da OTA, como drenagens do terreno, expropriações e desvios de linhas de alta tensão.
Na altura, pensou-se que nada mais haveria a fazer: a OTA estava escolhida.
Ponto final parágrafo.

Em 2005 era primeiro-ministro José Sócrates. A sua estratégia de animação da economia passava pela construção do novo aeroporto na OTA. 
As empresas de obras públicas andavam nas núvens. Esta obra iria promover o crescimento  de um sector de actividade estagnado, eternamente dependente do Estado e do volume de obras públicas que, em vez de apostarem na internacionalização, preferiam continuar dependentes do mercado nacional.
Há uns anos atrás, um estudo comparativo de empresas de obras públicas portuguesas e espanholas era claro: tendo em conta o PIB de cada país, as empresas públicas portuguesas estavam claramente sobredimensionadas para o mercado português.
E a razão era simples: o Estado há muito que lhes andava a oferecer "OTA's".

Na altura, como agora, vivíamos dias difíceis em Portugal. Recuso-me a acreditar que os portugueses, que têm o privilégio de viver num "rectângulo à beira mar plantado" - usufruindo das vantagens daí inerentes -, tenham como destino uma vida de sacrifícios e um fim trágico.
Como pessimista (que o mesmo é dizer, optimista realista), como sempre aconteceu ao  longo de mais de 800 anos de história, acredito que, mais uma vez,  vamos dar a volta. 
Há quarenta anos já se dizia que em 2020 a capacidade da Portela estaria esgotada. Em 2023, a Portela continua a servir, mesmo em condições extremas, como se viu recentemente nas JMM ao "movimentar cerca de 960 mil passageiros de 30 de julho a 7 de agosto".
Mas, será que tem fôlego para prestar mais 40 anos de bons serviços ao País?

Portanto, a questão da localização do novo aeroporto, em 2023, além de ser interessante e fundamental, também é pertinente. 
Só que andamos nisto há dezenas de anos e ainda não encontrámos a localização  sustentada e definitiva. 
Para quando a solução? Daqui a mais quantos anos? 30? 40?
Daqui a 30 anos, Costa já não será primeiro-ministro, Galamba não será Ministro das Infraestrturas, nem o Presidente da República a eleger em Janeiro de 2026 será Presidente da República.
Contudo, o Povo poruguês continuará a ser contribuinte...

Resumindo: passam os anos e a única coisa que interessa é que haja um novo aeroporto.
A voracidade dos instalados no sistema assim o exige. A discussão da sua localização não passa de uma cortina de fumo que visa distrair do essencial: a necessidade imperiosa que existe de injectar em certas clientelas dinheiro.
Num país normal, discutia-se também o porquê de não se querer - a todo o custo - a Portela + 1.
Há um interesante estudo da Católica que merece ser lido.

João Portugal, presidente da Federação de Coimbra e o futuro papel do PS na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

"Após o acordo entre o PSD e a candidatura independente que ganhou a Câmara da Figueira, o PS tem de ter um papel de vigilância redobrada e grande fiscalização"...

terça-feira, 12 de setembro de 2023

As iniciativas liberais até dizer chega matam

 Fonte
"O livro Pinochet’s Economists de Juan Gabriel Valdés é a história intelectual da formação da economia política neoliberal no Chile, do nascimento dos Chicago Boys, da formação doutoral bem financiada durante décadas no Departamento de Economia da Universidade de Chicago à transferência de homens armados com essa formação para o bem conectado Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Chile.

O programa económico neoliberal da ditadura militar, o “tijolo”, foi ali criado. Os quadros económicos da ditadura militar foram ali recrutados. Um dos personagens mais sinistros desta economia que matou chama-se Sergio de Castro, de professor a ministro, depois da “imensa alegria” de ver La Moneda ser bombardeada. Teve a imensa alegria de ser um a cortar as despesas de educação, de saúde ou de habitação em mais de 50% e de ver a economia a afundar 12% em 1975 e a colapsar ainda mais em 1982-1983. Em 1986, o PIB per capita chileno era ainda inferior ao do início da década anterior, como sublinha José Luís Fiori

Durante a ditadura, o emprego e o poder de compra dos salários nunca recuperaram da desvalorização social imposta a tiro. A ditadura teve de socializar as perdas dos bancos na crise dos anos 1980. A indústria também não recuperou. A pobreza chegou a atingir mais de metade dos chilenos e o Chile tornou-se um dos países mais desiguais do mundo. Houve uma maciça transferência de rendimentos do trabalho para o capital. 

As iniciativas liberais, que começaram há cinquenta anos, matam. São um desastre para a grande maioria. E eles sabem isso, até porque trabalham para a minoria."

Culturamente o nosso concelho tem muita riqueza desconhecida

Via João Gomes Amorim


"
Coleção de Pinturas Cenográficas da Sociedade de Instrução Tavaredense.
Um Tesouro por descobrir, merecedor de reconhecimento público e de proteção especial!
1172 exemplares de artistas de renome da 2ª geração da escola de cenógrafos naturalistas portugueses como Manuel Oliveira, José Maria Marques, Reinaldo Martins, Alberto Lacerda e Rogério Reynaud, do modernista Zé Penicheiro e dos Amadores José Manuel Oliveira, Jorge Monteiro de Sousa e Zé Carlos!
Considerada como uma das mais relevantes coleções do género a nível nacional, a par da existente no Teatro Nacional de S. Carlos e do espólio que transitou para o Museu Nacional do Teatro e da Dança!
Na Figueira da Foz, em Tavarede, na Sociedade de Instrução Tavaredense!"

Autarcas da região querem garantias que eólicas não prejudicam pesca e arte xávega

"Parque eólico offshore será instalado ao largo da Figueira da Foz"

Entre 1 de Julho e 31 de Agosto o Palácio Sotto Maior teve quase 4 000 visitantes

Segundo foi tornado público em nota de imprensa pela Sociedade Figueira Praia, o programa "A Figueira vai ao Palácio" contou com a participação de 3.765 pessoas. Destas, 1.162 eram crianças. 
"O Palácio Sotto Maior, na Figueira da Foz, construído a partir de 1900 por iniciativa do empresário Joaquim Sotto Maior, guarda um importantíssimo património artístico num envelope arquitectónico de enorme qualidade. Nestas visitas guiadas, o público toma contacto com a história da família Sotto Maior e a sua relação com a cidade num momento crucial para o seu desenvolvimento enquanto destino turístico, o dealbar do século XX."
As visitas realizaram-se de 1 de julho a 31 de agosto, de terça-feira a domingo, com oito grupos por dia. As entradas custavam cinco euros, sendo gratuitas para crianças até aos 12 anos. As manhãs de sexta-feira eram reservadas às famílias e incluíam um programa de descoberta do palácio especial para o público infantojuvenil. 
Em 2018 e 2019, foram realizadas cerca de três mil visitantes por ano. Entretanto, devido à pandemia de Covid-19, o programa de visitas foi suspenso, tendo sido retomado este ano. De acordo com os números avançados, apesar de ter havido uma pausa de três, para a rodagem de um filme indiano, 2023 superou as expetativas e o número de visitantes. 
“Depois de duas temporadas com muito sucesso, em 2018 e 2019, o programa de visitas guiadas ao Palácio Sotto Maior, dinamizado pela Sociedade Figueira Praia e a Pó de Saber -Cultura e Património, voltou, este verão, a atrair muitas pessoas”, frisa a nota de imprensa. Nas visitas, pode ler-se ainda na nota que temos estado a citar, foi abordada a história da Figueira da Foz como destino turístico.
Os visitantes percorreram os três pisos do imóvel histórico, cujo interior é caraterizado pela mistura de estilos, frescos, quadros, móveis e esculturas. O Palácio Sotto Maior foi construído, no início do século XX, pelo empresário transmontano Joaquim Sotto Mayor, que fez fortuna no Brasil.

"GOVERNO GARANTE A SINDICATO QUE CASINO FIGUEIRA NÃO VAI FECHAR"

Notícia vinda a público há poucos meses
, dava conta da preocupação de Santana Lopes e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro sobre o futuro do Casino da Figueira da Foz.
Recorde-se. 
Em Junho passado o Jornal de Notícias publicou que "o Casino da Figueira da Foz podia encerrar a 30 de junho e só voltar a abrir em janeiro de 2025, colocando em causa 150 postos de trabalho e cerca de cinco milhões de euros anuais em impostos de jogo (divididos entre o Estado e a Autarquia da Figueira da Foz). Em causa está o final da atual exploração e o início da seguinte, ambos assegurados pela Sociedade Figueira Praia".

O clima, entretanto, parece ter ficado mais desanuviado. António Baião, dirigente sindical, disse ontem à Lusa, citada pelo Campeão das Províncias“o secretário de Estado Nuno Fazendo transmitiu-nos que não tem preocupação de maior, porque o Casino está a laborar, a concessão está assinada e os impostos ao Estado estão a ser pagos”Continuando a citar o mesmo dirigente sindical, o governante disse não “vislumbrar qualquer problema e despreocupou o Sindicato quanto a uma possibilidade de encerramento da zona de jogo do Casino até Janeiro de 2025”“A visão que existe no Governo é que, do ponto de vista jurídico, está tudo a correr normalmente, existindo apenas o diferendo da dívida que o Estado quer cobrar à Sociedade Figueira Praia, mas que não prejudica o normal desenvolvimento da actividade do Casino”, salientou.

A continuidade da actividade do Casino da Figueira da Foz “é a principal preocupação do Governo, para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores”, acrescentou também o sindicalista. E sublinhou: “com base nestas indicações vimos mais tranquilos do que antes da reunião, pois queremos acreditar que o cenário será o de não encerramento”.

Contactado pela agência Lusa, o administrador da Sociedade Figueira Praia, Fernando Matos, não quis tecer comentários sobre o processo em curso e as diligências dos trabalhadores, que, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Turismo e Restaurantes do Centro, são mais de uma centena.

A reunião entre aquela estrutura sindical e o secretário de Estado do Turismo decorreu na tarde de ontem, segunda-feira, em Lisboa, nas instalações do Ministério da Economia.

EM DEFESA E EM REFORÇO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

Hoje, dia 12 de setembro, pelas 21h30...

«𝗘𝘂 𝗳𝘂𝗶 𝘀𝗶𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗼» - 𝗣𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮 𝗲 𝗠𝘂́𝘀𝗶𝗰𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝗔𝗻𝗮 𝗗𝗲𝘂𝘀 𝗲 𝗠𝗮𝗿𝘁𝗮 𝗔𝗯𝗿𝗲𝘂 𝗻𝗮𝘀 «𝗧𝗲𝗿𝗰̧𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗣𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮» 

    
O Auditório Madalena Biscaia Perdigão é palco, dia 12 de setembro, pelas 21h30, de mais uma sessão de «Terças com Poesia»
Ana Deus e Marta Abreu apresentam a performance poética e musical «Eu fui silêncio», construída com base em poemas de várias autoras que, apesar da censura, do silenciamento ou do desprezo com que à época foram brindadas, lutaram para que a sua voz fosse ouvida. A performance contará com leituras de excertos de Natália Correia, Maria Teresa Horta, Judith Teixeira, Adelaide Monteiro e Fiama Hasse Pais Brandão, entre outras. 
A entrada é livre, contudo, sujeita à lotação da sala.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

50 anos depois lembrando Salvador Allende e o Chile heróico

Na íntegra, o texto do último discurso de Salvador Allende, que nem sempre é fácil seguir quando se ouve no vídeo:

«En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, quiero que aprovechen la lección: el capital foráneo, el imperialismo, unidos a la reacción, crearon el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición, la que les enseñara el general Schneider y reafirmara el comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.

Me dirijo a ustedes, sobre todo a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños. Me dirijo a los profesionales de la patria, a los profesionales patriotas que siguieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios clasistas que defendieron también las ventajas de una sociedad capitalista.

Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron y entregaron su alegría y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero que trabajó más, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las vías férreas, destruyendo los oleoductos y los gasoductos, frente al silencio de quienes tenían la obligación de proceder.

Estaban comprometidos. La historia los juzgará.

Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz ya no llegará a ustedes. No importa. La seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal con la patria.

El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.

Trabajadores de mi patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.

¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!

Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano. Tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.»

À ATENÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Via Presidência da República

"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa felicita a Seleção portuguesa que conquistou, pela primeira vez, o Campeonato Europeu Sub-19 de Futsal, numa final disputada com a seleção espanhola em Porec, na Croácia.

Esta conquista, após ter estado tão perto na última edição, vem demonstrar o elevado nível, também na formação, do Futsal nacional e perspetiva a continuação dos resultados de excelência na modalidade.

Em nome de Portugal e dos Portugueses, o Presidente da República felicita e agradece aos jogadores, à equipa técnica e à Federação Portuguesa de Futebol, mais esta conquista que muito honra o desporto nacional."

Nota de rodapé.

Esteve muito bem o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ao felicitar a Seleção portiguesa que conquistou a Campeonato Europeu Sub-19 de Futsal.

Mas, então e estes Senhor Presidente da República não merecem uma palavra do Presidente de todos os Portugueses?

Não ganham milhões, não dão popularidade fácil, mas são portugueses lutadores e portugueses especiais, que têm mostrado a garra e a força de que são feitos!

Gliding Barnacles: aos 10 anos "as dores do crescimento"...

Para Eurico Gonçalves, "o rosto da organização do Gliding Barnacles", o festival está "cada vez melhor e maior".

Em declarações prestadas ao Diário as Beiras, porém, Eurico Gonçlves deixa transparecer algo que o está a incomodar: «o crescimento que se tem verificado, todos os anos, poderá transformar o Gliding Barnacles num acontecimento de massas, desvirtuando o seu espírito de comunidade. Evitar que tal aconteça, frisou o organizador, "é o desafio do próximo ano"

"Vamos ver como é que se vai conseguir, com a dimensão actual, continuar com a organicidade tão caraterística deste evento", acrescentou Eurico Gonçalves.»

Para "o rosto da organização do Gliding Barnacles", o evento "não pode perder a alma, nem vendê-la".

O presidente Santana Lopes, que visitou no passado sábado o Gliding Barnacles, que decorreu entre 6 e 10 deste mês, na Praia do Cabedelo, o evento promovido pela Associação+Surf com o apoio do Município da Figueira da Foz, mostrou-se muito agradado, não só com a onda que se fazia sentir no mar, mas também “com a onda que se fazia sentir em terra”.
Segundo pode ler-se numa publicação na página do Município da Figueira da Foz, «Santana Lopes considerou que o Festival deu “um salto em relação a edições anteriores”. Está com uma “oferta variada”, a cumprir com as regras da economia circular, “com uma onda fantástica” que faz sentir orgulho à Figueira e a quem a visita e uma “alma de espontaneidade que faz sentir o festival de “maneira muito especia".
Para o Presidente da autarquia este é um evento diferenciador, que “pela sua dimensão e a sua capacidade de atrair e de levar o nome da Figueira longe e com força e categoria”, merece o “apoio das autoridades públicas”

Imagem via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

domingo, 10 de setembro de 2023

Terminaram as competições dos Campeonatos da Europa SUDS que tiveram lugar em Pádua, Cidade Europeia do Desporto em Itália


"Terminaram as competições dos Campeonatos da Europa SUDS que tiveram lugar em Pádua, Cidade Europeia do Desporto em Itália.
Portugal terminou estes conjunto de Europeus com um total de 84 medalhas (4 no Ténis de Mesa – 3 de ouro e 1 de prata; 33 no Atletismo – 8 ouro, 20 prata, 5 bronze; 38 na Natação – 14 ouro, 12 prata, 12 bronze; 8 no Judo – 1 ouro, 4 prata, 3 bronze; e 1 de prata no Futsal.Neste último dia de competições a Seleção Nacional de Atletismo FPA sagrou-se Campeão da Europa por Equipas pela sexta vez em 7 edições, confirmando a vantagem obtida para esta última jornada. Em relação a medalhas, os ouros foram alcançados por Maria Vicente nos 200m T21, por Isabela Santos nos 800m T21 e pela estafeta feminina de 4x400m composta por Ana Alexandrino, Maria Vicente, Jennifer Nogueira e Isabela Santos; as pratas foram obtidas por Luís Gonçalves nos 200m T21, por Francisco Gouveia no comprimento, nos 800m e nos 1.500m marcha para atletas com mosaicismo e ainda por Bruno Leitão no dardo e no peso T21, por André Silva nos 1.500m marcha T21 e pela estafeta masculina de 4x400m composta por Paulo Henriques, Bruno Leitão, Nelson Silva e Luís Gonçalves; por fim os bronzes foram através de Isabela Santos nos 200m T21, de Francisco Gouveia nos 200m e no peso mosaico e de Nelson Silva no comprimento T21.
Quanto ao Ténis de Mesa, João Soldado Gonçalves confirmou o favoritismo e sagrou-se novamente Campeão da Europa derrotando na final o também atleta luso João Oliveira por 3-1.
Já na Natação esta última jornada foi novamente de muitas conquistas sendo queas medalhas de ouro foram alcançadas por Vicente Pereira nos 100m mariposa enos 50 m livres, por André Almeida nos 200m costas e pela estafeta masculina dos 4x100m livres composta por André Almeida, Filipe Santos, Diogo Matos e Vicente Pereira; prata por Diana Torres nos 100m mariposa, por Filipa Reis nos 1.500m livres e por Francisco Montes na mesma prova mas em masculinos; o bronze foi arrecadado pela estafeta mista dos 4x100m livres através de Diana Torres, Matilde Gaspar, Filipe Santos e Vicente Pereira.
Entretanto a equipa nacional de JuDown conquistou surpreendente a medalha de
prata no Campeonato de Equipas Mistas, ao derrotar a Itália nas meias-finais, perdendo na final com a jovem equipa da Polónia.
Por fim, referência ainda para a participação da equipa de Futsal na final da prova, onde foi derrotada pela Turquia por 2-1, sendo que os turcos renovaram o título europeu."

Nota de rodapé


sábado, 9 de setembro de 2023

Centeno, encruzilhadas e paradoxos

 Via Ladrões de Bicicletas


"Ao mesmo tempo que afirma que o “peso da despesa permanente na economia continua acima de 2019, mas deve reduzir-se”Centeno, reconhecendo que estamos numa “encruzilhada [que] traz maior aperto financeiro a famílias e empresas”, postula que a mitigação de riscos passa pelo “reforço da poupança e a redução do endividamento.”

Neste blogue já tratámos este paradoxo vezes sem conta. Aquiali e acolá, por exemplo.

Numa economia monetária de produção, como é o capitalismo, as receitas de uns são as despesas dos outros; superávites e défices também, logicamente. Assim sendo, o corolário é que o somatório dos saldos financeiros dos setores privado, setor público e externo (invertido) é sempre igual a zero. Sempre.

Se a poupança financeira do setor privado cresceu significativamente em 2009, num ano em que o país manteve grande parte do enorme défice externo do ano anterior, é porque a poupança do setor público teve uma evolução simétrica e decresceu quase no mesmo valor.

Se a poupança financeira do setor privado cresceu significativamente em 2020, num ano de saldo quase nulo do setor externo, é porque a poupança do setor público teve uma evolução simétrica, de sentido contrário.

Se a poupança financeira do setor privado caiu abruptamente em 2022, num ano de saldo externo só ligeiramente negativo, é porque a poupança do setor público aumentou praticamente na mesma proporção.

Se em 2023, na ausência de um milagre exportador, o Estado voltar a diminuir a sua despesa liquida, de facto o que está a fazer é diminuir a poupança do setor privado doméstico, setor este altamente endividado e confrontado com um acréscimo muito significativo da sua despesa com juros.

Isto a menos que o setor privado se recuse a aceitar a degradação do seu saldo e, reduzindo a sua despesa não financeira, provoque uma recessão.

De facto, não parece demais repeti-lo, se um país mantiver um saldo nulo nas contas externas, como obriga uma política não mercantilista que vise, simultaneamente, salvaguardar a soberania nacional, o setor privado só terá mais receitas que despesas, ou seja, só terá superávite, se o setor público incorrer em défice."

Ter teto não é ter casa

«O Luís pede que seja feito na Serafina o que foi feito no Bairro da Boavista. Ora, eu acompanhei do interior o realojamento das pessoas do Bairro da Boavista para o novo bairro social, assim como o de uma parte do Bairro do Zambujal. Lembro-me da alegria de quem vivia nas barracas, de quem tinha um teto, mas passou a ter uma casa. “Foi o melhor dia da minha vida”, disse-me o João, que viveu o realojamento como se fosse um prémio e não como o cumprimento de um direito. 

As casas eram grandes, bonitas, novas, assim como os elevadores, os espaços verdes, os equipamentos para as crianças, mas, aos poucos, vi também a degradação, a falta de manutenção, de acompanhamento. O mau funcionamento dos elevadores, os obstáculos para as pessoas com dificuldades de locomoção. A humidade nas casas, as canalizações defeituosas, os ratos, as baratas. Habitações que continuaram a ser tetos, mas que, aos poucos, se foram tornando menos “casa”.»