Via Correio da Manhã
Nota de rodapé.quarta-feira, 30 de agosto de 2023
Atenção ao calendário eleitoral: antes das presidencias temos as Europeias e as Autárquicas...
terça-feira, 29 de agosto de 2023
"É a primeira vez que um chefe de Estado português em funções participa pessoalmente na UV do PSD."
Via Jornal Público
«O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai intervir no jantar-conferência da Universidade de Verão (UV) do PSD, nesta quarta-feira, em Castelo de Vide (Portalegre). Ao contrário de anos anteriores, em que participou à distância, desta vez está previsto que o chefe de Estado esteja presencialmente na iniciativa, segundo fonte oficial da organização.»
"Ministério Público vai receber uma “participação dos factos sobre o Paço de Maiorca” relativos a várias etapas do processo"
"A câmara municipal, cujo presidente na altura era Santana Lopes, decidiu, por unanimidade, adquirir o paço de Maiorca. Nos meses seguintes à compra fizeram-se obras de recuperação do edifício e jardins e, em 1999, foi aberto ao público.
Vamos recuar a 16 de de novembro 2009 e recordar uma postagem do blog Quinto Poder, que pode ser interessante e proporcionar algum esclarecimento.
Passo a citar, o entretanto falecido autor do blog, M.Saraiva Santos.
JÁ ESTAVA À ESPERA ...
«Pela minha parte, já estava à espera disto. Segundo leio no diário As Beiras de hoje, o novo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) já foi dizendo ou deixando dizer "fonte próxima" que, face à situação financeira deixada pelo anterior executivo camarário, poderá não ter meios financeiros para dar seguimento (deve ler-se cumprimento...) a todos os projectos aprovados e anunciados.
É o truque do costume. É a velha história da “pesada herança”. Na campanha eleitoral promete-se este mundo e o outro, a lua se for preciso, o bacalhau a pataco. Depois de alcançado o poleiro, é a desculpa habitual. Assim do género: “...é uma chatice, eu bem queria, mas afinal a situação financeira é muito pior do que aquilo que estava à espera...”. Ou então: “...eu bem queria, fazia muito empenho nisso, mas o governo não dá dinheiro...” . “Logo, vejo-me forçado , com muita mágoa minha, a mandar para as urtigas as promessas que fiz”. Desta vez, nem demorou um mês, depois das eleições autárquicas, para que o balão se começasse a esvaziar, veremos até que ponto.»
Caravela Vera Cruz pode ser vistada hoje na Figueira
Nota:
A embarcação só irá estar na Figueira da Foz hoje. Amanhã prossegue a viagem.
Presidenciais 2026: "motor" Santana Lopes atira outras "máquinas" para a pista...
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
Presidencias de 2026: sinais do óbvio escondido
Tempo, porém é o que não falta, para as candidaturas serem pensadas, preparadas e lançadas (ou não).
Em 2022, ao aparecer na Festa do Pontal do PSD, de braço dado com Luís Montenegro, Pedro Passos Coelho deu, na altura, fôlego às especulações.Já nessa altura, Luís Marques Mendes - ex-ministro, ex-líder do PSD, conselheiro de Estado pessoalmente escolhido por Marcelo e comentador político dominical na SIC - deu sinais de querer ser candidato. Disse que ficava "sensibilizado" quando as pessoas lhe "apontam" esse "objectivo".
Em Agosto de 2023, a vida política do país atravessa mais um momento (a)típico. Fala-se da crise, dos sacríficios precisos para a debelar, até de novos amanhãs que cantam, mas tudo soa a falso, a efémero e conjuntural. Discute-se tudo, menos a realidade.
Citando Marques Mendes, a política "está muito futebolizada".
Montenegro dificilmente conseguirá manter os militantes do PSD focados nos objectivos eleitorais mais próximos: europeias, legislativas e autárquicas.
O debate sobre o escrutínio presidencial está definitivamente lançado nas hostes sociais-democratas.
Marques Mendes, depois de 16 anos de ausência, esteve este ano no Pontal.
Já começou a especulação: Luís Marques Mendes, ontem à noite, no seu espaço de comentário na SIC, admitiu a possibilidade de se candidatar à Presidência da República. "É uma decisão livre, pessoal, individual".
Começou por clarificar que nunca falou sobre o assunto com o actual líder do PSD, Luís Montenegro, mas admitiu pela primeira vez de forma clara que Belém pode estar no seu caminho.
"Nunca na minha vida falei com Luís Montenegro sobre eleições presidenciais, não há nada a falar, não há qualquer acordo", assegurou, dizendo que, neste momento, "não há nem decisão nem sequer inclinação".
Depois, veio a explicação política: "se um dia achar que, com uma candidatura à Presidência da República, posso ser útil ao país, que é isso que conta, tomarei essa decisão".
Sobre o assunto, disse ainda no seu habitual espaço de comentário na SIC: "se houver utilidade para o país e um mínimo de condições, se não houver estes requisitos não haverá decisão nenhuma e também está tudo bem", para a seguir considerar que "é uma decisão muito pesada" e salientar faltar "uma eternidade" para as presidenciais de janeiro de 2026.
Andam por aí muitas alminhas inquietas e indignadas com a importância e tempo de antena dadas ao Dr. Marques Mendes. Creio que o alarme é injustificado: uma putativa candidatura de Marques Mendes, mesmo dentro do seu próprio partido, não suscita nenhum entusiasmo especial.
Contudo, um candidatura sua pode ser relevante para dividir votos à direita e impedir a vitória de outro candidato do mesmo espectro político.
E, isso, pode não ser irrelevante para a continuação do funcionamento do centrão e da tradição da adaptação às circunstâncias dos dois partidos do "chamado arco do poder".
... "a liberdade não tem de ser feliz "...
Luis Osório sobre Victor Cunha Rego:
"Victor, apesar de ser um dos que mais conspirou e influenciou o poder e contrapoder em Portugal, apenas uma vez visitou a Assembleia da República. Morava lá perto e alguns o tentaram. Houve direções do PS e PSD que chegaram a fazer apostas para lá o levar – Sá Carneiro e Soares marcavam reuniões em que devia estar presente e ele, de aparente arrogância posta, nunca apareceu. Abriu uma exceção para assistir à apresentação do I Governo Constitucional, depois nunca mais.
domingo, 27 de agosto de 2023
FERNANDO PIMENTA: É SÓ CANOAGEM
Adelino Meireles/Global Imagens |
Mesmo visto de cima, o perigo que é o Cabedelo depois da "requalificação" é bem visível...
Setembro a aproximar-se...
Às 20 horas já a escuridão cobre as janelas.
A chegada de Setembro, além de trazer tardes que já adormecem frescas, inícia as longas e escuras noites em que é possível viajar pelas memórias da infância, o tempo em que ainda não é demasiado tarde e temos disponibilidade para o entusiasmo do que é importante - o futuro e tudo o que isso implica.
O passado é uma herança de memórias, algumas apenas calcadas e ainda por enterrar. Como esta que a imagem mostra de fome.
O dinheiro faltava. Recorrria-se ao "livro" nas mercerias da Aldeia.
O "Senhor dos Aflitos", como contei um dia destes, era a "casa dos penhores" que funcionava na Caixa Geral de Depósitos.
O acto libertador dos capitães de Abril, laboriosamente preparado - fruto e no quadro de uma resistência que nunca desistiu -, foi o minuto histórico do tempo da euforia de respirar Liberdade, associada à melhoria das condições de vida. Logo depois - nas horas do relógio da História que se seguiram - foi o tempo de confrontar a situação de um país atrasado economicamente.
Em inevitável mudança.
"Um País no final do III Plano de Fomento (1968-73), que definira coisas que se impunham, como a extinção dos distritos e a criação de regiões, no arranque de um IV Plano de Fomento (1974-79) que a nada poderia dar continuidade porque nada pressupunha de mudança, no rescaldo de uma reforma industrial que derrapava, em arranjos para que a diluição da EFTA com a adesão do Reino Unido e outros à CEE, nos arrastara com a assinatura de um acordo comercial com a mesma CEE, em 1972.
Assim se entreabrira, tímida e forçadamente, a autárcica economia portuguesa dominada por um reduzido número de grupos monopolistas, num Estado (que os criara, no algodão em rama de todas as protecções), num Estado por esses grupos domesticado, orçamentalmente garrotado por uma guerra colonial que se prolongava até à derrota final e que, de certo modo – perverso… –, internacionalizara a nossa economia e punha Portugal como um dos centros de um mundo em ebulição (crise monetária, crise do petróleo, importância crescente, no contexto internacional, do “mundo socialista”, de países ex-colónias, de não-alinhados).
Nesses anos de encruzilhada, o Portugal nascido teve, ainda, de confrontar, objectivamente, uma fortíssima pressão demográfica – fecho da “válvula de escape” da emigração, desmobilização militar e retorno das colónias, desemprego por ausência de investimento – que coincidiu e se juntou à fuga de capitais, ao abandono de empresas, à sabotagem, ao boicote até ao terrorismo, na ilustração da luta de classes - em que uma trincheira procura, de todas as formas, impedir a alteração da correlação de forças.
De 18 de Julho de 1974, posse do II Governo Provisório, a 6 de Setembro de 1975, data da demissão do V Governo Provisório, são os “governos Vasco Gonçalves”. Menos de 14 meses, 415 dias (mais dia, menos dia…), quantos bastaram para que, enquanto se testava, dia a dia, hora a hora, a mudança na correlação de forças, se mudasse o País que éramos.
Como resumidamente inventariou o professor Teixeira Ribeiro:
“…desde o congelamento das rendas urbanas e a nacionalização dos bancos emissores, a que procedeu o II Governo, e a lei de arrendamento rural, obra do III, até às nacionalizações dos sectores-chave e das empresas monopolistas, decretadas quase todas pelo IV Governo, e algumas pelo V, à reforma agrária do IV Governo, e à Lei do controlo operário, aprovado pelo V, mas que não chegou a ser promulgada…”.
E a economia portuguesa resistiu. Com governos – os governos Vasco Gonçalves – a apoiar o trabalho e os trabalhadores. E a resistir a todo o tipo de ataques. Dos interesses beliscados, fossem eles económicos, de grupos nacionais ou internacionais, fossem eles de partidos com uma concepção de democracia que fica abandonada à porta das empresas e tem a acumulação do capital como motor da economia, como se não fosse o trabalho o único criador de valor.
O facto é que, como de norma a quem sucede e se quer escudar na “pesada herança” que teve, a avaliação/auditoria pedida no final de 75 e realizada por uma equipa de técnicos no âmbito da OCDE – onde se integrava o jovem Paul Krugman, hoje prémio Nobel e “guru” de tantos economistas –, considerou estar a economia portuguesa de surpreendente saúde."
Surpreendente?
Talvez… Para quem tem concepções de economia que assentam, não no trabalho, mas na exploração dos trabalhadores.
E todos sabemos, que onde há futuro há morte.
E foi morrendo muita coisa. E continua a morrer muita coisa que cheira a Abril.
sábado, 26 de agosto de 2023
Políticas que metem medo
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
Homenagem a Fernandes Tomás este ano decorreu de forma diferente: teve música, canto e artes plásticas
Via Município da Figueira da Foz
«Manuel Fernandes Tomás, “Patriarca da Liberdade”, foi ontem homenageado, pelas 18h30, na Praça 8 de Maio, numa cerimónia que este ano juntou várias artes.
A cerimónia de homenagem reuniu, várias dezenas de pessoas, entre cidadãos, autarcas e representantes de entidades civis e militares e paramilitares.
Primeiro ouviu-se a «Marcha do Vapor» e depois, perante a guarda de honra dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz foi desposta uma coroa de flores junto ao túmulo de Manuel Fernandes Tomás, tendo-se seguido o cumprimento de um minuto de silêncio em sua memória.
Seguiram-se as intervenções, breves, do Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa, Fernando Cabecinha; do Presidente da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto, Rui Miguel; do Presidente da Associação Manuel Fernandes Tomás, Fernando Cardoso; do familiar do homenageado, Filipe Fernandes Thomaz e do Presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes.
A tónica das mesmas foi posta na importância de continuar a evocar a figura de Manuel Fernandes Tomás e os ideais, valores e princípios pelos quais se bateu ao longo da vida, principalmente junto dos figueirenses mais jovens, que devem compreender o papel que teve na História.
A cerimónia prosseguiu com a leitura de uma súmula do trabalho realizado no ano letivo 2022/2024 Divisão de Cultura do Município e pelos Agrupamentos de Escolas do Concelho que, no âmbito do Plano Nacional das Artes, trabalharam a figura de Manuel Fernandes Tomás e tudo o que ele representa em termos históricos para a Figueira da Foz e para o país.
Seguiu-se um momento musical a cargo de Hilton Costa, violinista e diretor adjunto do Conservatório de Música David de Sousa (CMDS) e Nathalie Gal, coordenadora do Departamento de Classes de Conjunto do CMDS. Os músicos interpretaram a peça «Avé Maria», de Gounod (1859) e o tema "O Amor a Portugal", de Ennio Morricone.
Já no final, o Presidente da Câmara Municipal apresentou cumprimentos aos artistas plásticos das associações Magenta – Artistas Pela Arte e AAAGP- Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa, que se associaram à iniciativa e promoveram, ao longo do dia, uma sessão de pintura ao vivo com o tema “Manuel Fernandes Thomaz, a sua Vida, Obra e legado”.»
"Sentir Portugal" é isto?..
Montenegro, recorde-se, foi 5 anos lider da bancada parlamentar do partido que no Governo fechou autarquias, escolas, postos de saúde, tribunais, repartições de finanças no interior do país.
Montenegro, recorde-se, considerou o fecho de balcões dos bancos e retirada de terminais multibanco como algo normal: era o mercado a funcionar...
Agora, depois de uma visita ao nordeste transmontano, Montenegro quer que "não se cobrem impostos às empresas que se instalem no interior, com relevância para aquelas que assumirem o compromisso de criarem empregos durante 15 ou 20 anos"!
Será que Montenegro considera que a vida das pessoas que vivem no interior se resume a trabalhar?
Será que Montenegro acredita, convicta e honestamente, que alguma empresa tem condições para garantir 15 ou 20 anos de actividade em sítios onde fecharam - por isso não existe... - o resto?
Escolas, postos de saúde, tribunais, repartições de finanças, balcões de bancos e terminais multibanco, acesso à cultura...
"Tudo se discute neste mundo, menos a democracia" *
"O programa «Linhas Vermelhas», da SIC Notícias, cumprirá em setembro dois anos de existência.
Sendo a estética do programa já familiar, chamou-me à atenção a expectável substituição de Mariana Mortágua por Catarina Martins, em representação do BE. Mas também a estranheza de ver representado um partido que já não tem assento no parlamento (CDS-PP), quando outro, tendo assento parlamentar (e não sendo igualmente um partido recente), continua a não ter ninguém no programa (PCP).
O PCP, continua a não entrar por quê?"