quinta-feira, 3 de agosto de 2023

"...4800 vítimas e preferem que não se fale disso, preferem continuar a encobrir como fizeram durante séculos..."

 Via Expresso

Exposição da Fundação “la Caixa” sobre o Sistema Solar pode ser vistada até 7 de setembro, no jardim Fernando Traqueia, em Buarcos

Via Diário as Beiras

Primeira piscina de água salgada abre hoje ao público

A piscina de verão de Buarcos, com água salgada aquecida, abre hoje, pelas 10H00.
Foto José Antóio Silva Teixeira

Segundo se pode ler na edição de hoje do jornal Diário as Beiras, "ao final da tarde de ontem, a Câmara da Figueira da Foz estava a ultimar os trabalhos para poder abrir esta manhã o equipamento municipal ao público. 
O acesso à piscina sazonal é gratuito, mas com limite de banhistas em simultâneo. O tanque tem 28 metros de comprimento, 20 de largura e uma profundidade máxima de um metro. A água do mar é aquecida através de um sistema de aquecimento ligado à rede elétrica. Enquanto se mergulha na piscina de água salgada aquecida na Praia de Buarcos, progridem as obras da instalação de uma infraestrutura semelhante na Praia do Relógio. 
Depois de Vila Nova de Gaia, a Figueira da Foz é a segunda zona balnear do país com esta oferta turística."

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Film Office Figueira tem novos projectos em carteira

 Via Diário as Beiras

Papa a caminho de Lisboa

O Papa Francisco chega esta quarta-feira, às 10.00 horas, à base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para participar até domingo na Jornada Mundial da Juventude.

Espera-se que os portugueses, os católicos e os não católicos, prestem a melhor atenção ao conteúdo das palavras do Papa.

Como é teoria, as contas do retorno acabam sempre por ficar por fazer...

"Em Portugal, não há propriamente organização de grandes eventos, há grandes eventos sem organização. A norma é a derrapagem orçamental ou a feitura em cima do joelho, duas acções tantas vezes relacionadas, especialmente quando os dinheiros públicos estão envolvidos.

Os dinheiros públicos têm, para quem os gere, a grande vantagem de saírem da carteira de muita gente. As dívidas podem ser contraídas hoje e pagas pela gerência seguinte, que, como é costume, irá queixar-se da gerência cessante. Apesar de ser tudo feito em cima do joelho, nunca é o joelho que sofre, é o mexilhão, o molusco que paga sempre as dívidas que não contraiu e cujo salário mal dá para mexilhão.
Sempre que se (des)organiza um grande evento, no entanto, os que criam dívidas em nome do mexilhão garantem sempre que o dito evento, depois das derrapagens e da instabilidade do joelho, irá trazer retorno.

Ele é o retorno em noites de hotelaria, em litros de cerveja, em reservas de mesas, em taxas, em criação de empregos. No papel, as fortunas que se gastam nos grandes eventos são sempre ínfimas quando comparadas com os lucros que virão, o tal retorno, o milagre da multiplicação das notas que foram muitas e regressarão acompanhadas por muitas outras.

Os defensores dos dinheiros públicos despejados nas Jornadas Mundiais da Juventude também pregam o evangelho do retorno, apresentam estudos, certezas, é, no fundo, uma questão de fé. Assim foi com o retorno da Expo98 e do Euro2004.

A nossa talvez endémica tendência para contrair dívidas torna muito mais compreensível a velha anedota da professora que, tendo perguntado a quem devemos o pinhal de Leiria, obteve como resposta a indignação do menino Zezinho: “O quê?! Ainda não pagámos essa merda?!”

Estamos, portanto, diante de uma outra teoria do eterno retorno. É teoria, porque não chega a ser realidade. É eterno, porque nunca mais acaba. É retorno, mas em teoria. As Jornadas Mundiais da Juventude darão lagosta a alguns e teoria à maioria, que o retorno, quando nasce, não é para todos."

Serenatas do Mondego: hoje tributo a Zeca Afonso por Vítor Almeida e Silva

O ciclo musical de verão Serenatas do Mondego promove hoje, pelas 22H00, no exterior da igreja matriz da Figueira da Foz, um concerto que evoca Zeca Afonso. 
O tributo é feito pelo cantor aveirense (conterrâneo de Zeca Afonso) Vítor Almeida e Silva. 

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Os casos João Ataíde e Daniel Azenha: uma questão política

Como foi noticiado recentemente, "o vereador do PS Daniel Azenha foi convidado para o cargo de adjunto do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia."
"O autarca da oposição aceitou o convite."
Entretanto, "Daniel Azenha vai continuar a desempenhar as funções de vereador."

Em Abril de 2019, João Ataíde foi convidado para Secretário de Estado do Ambiente e aceitou.
Começou por suspender funções na presidência da Câmara da Figueira da Foz.
Poucos dias depois, porém, foi obrigado a renunciar ao mandato autárquico.

A decisão, como foi referido na altura, foi política. As obras e os dossiês da autarquia com relação directa à pasta do Ambiente estarão na origem da opção pela renúncia.
Não se tratando de uma ilegalidade, a renúncia prendeu-se com a incompatibilidade política com que poderia deparar-se o novo membro do Governo.

Com a renúncia, João Ataíde passou a não poder regressar à presidência da Câmara da Figueira da Foz, nesse mandato.
Como sabemos, com a ida para Lisboa de João Ataíde, a autarquia figueirense passou a ser  presidida por Carlos Monteiro, antigo vice-presidente da edilidade que, na altura, acumulava a liderança do PS local.

O que têm a dizer os políticos figueirenses, sobre Daniel Azenha passar a ser adjunto do secretário de Estado da Juventude e do Desporto e, continuar ao mesmo tempo, a desempenhar as funções de vereador na Câmara da Figueira da Foz.
Todos sabemos que não é uma ilegalidade. Mas, poderá vir a surgir alguma incompatibilidade política...

Ser autarca e, ao mesmo tempo, fazer parte de um Governo será assim tão normal no resto do País?
Não me peçam para opinar sobre este assunto.
Como ouvi um dia Agostinho da Silva dizer numa entrevista, "o grande feito do Camões foi contar o que se passava na Ilha dos Amores e não tirar conclusão nenhuma."

Documentário da produtora figueirense Timelapse-Media distinguido

“Buarcos – The Unridden Ones” vence prémio em festival internacional

Delegação de competências no presidente da câmara

 Via Diário as Beiras

"Primeiro de Agosto, primeiro de inverno"

Nunca nos habituamos à dor causado pela falta de algo ou de alguém.
Esse sentimento de perda tem nome: chama-se nostalgia.
Todos temos nostalgia de algo ou de alguém.
Hoje, é dia 1 de Agosto. 
Na minha Aldeia os antigos costumavam dizer: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Sinto nostalgia, não da frase, mas de quem me dizia essa frase. Principalmente da minha avó Rosa Maia e da minha Mãe.
Naqueles anos da minha juventude, o mês de Agosto vinha fresco, com dias de chuva e muito vento.  A temperatura refrescava. Cheirava a fim de verão, a fim de férias e a mudança.

Hoje, dei comigo, atavicamente, a pensar como os que me antecederam: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Há alguns anos que já não faço praia. Limito-me, para apanhar sol, aos passeios de bicicleta, às caminhadas e às esplanadas junto ao mar. 
Portanto, o tempo em que sentia ser o tempo de começar a arrumar a toalha de praia e começar a despedir-me dos vestígios de sal, do sol e do cheiro da areia, já não existe: porém, são recordações sensoriais ainda bem vivas na minha memória.
A recordação que tenho dos verões  da minha vida, são sobretudo isso: sensações, imagens, sons, cheiros, odores, sabores, texturas. Uma corrida junto ao mar pela areia molhada. Uma futebolada na Praia do Hospital - os banistas eram poucos e havia muito espaço - e depois um mergulho rápido para refrescar.

Nesta altura do ano, temos a possibilidade de retomar um imaginário enraizado no passado e saboreá-lo novamente - apesar do clima estar a mudar aceleradamente: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Esse  imaginário, nesta fase já avançada da minha vida, é a possibilidade de recordar e brincar com as vivências e as imagens que foram ficando acumuladas desde criança.
Quando isso deixar de acontecer, sentirei que algo terminou e então, sim, sentirei o peso de ser  velho e as suas consequências.
Até agora, em cada verão que finda, sinto apenas que foi mais um verão perdido da minha infância e juventude. 

Por isso, a passagem de mais um "primeiro de Agosto, primeiro de inverno", como sentimento de perda que tem nome e se chama nostalgia, até agora, ainda não existe.
Continuo a sentir nostalgia, não da frase, mas de quem me dizia essa frase. Principalmente da minha avó Rosa Maia e da minha Mãe.
O verão não envelhece.
A seguir a este verão vem o outouno, depois o inverno, a primavera e a seguir novamente outro verão.
Há sempre lugar para a renovação. 
Até nas nossas vidas.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Evolução na continuidade: a nova "velha" classe política...

 Diário as Beiras

Assistência aos veraneantes reforçada com a colaboração dos Bombeiros Voluntários

Via Diário as Beiras

"Foi apresentado ontem o dispositivo de vigilância das praias urbanas em bicicleta pelos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (BVFF). As duas equipas, de dois elementos cada uma, num total de 25, circulando em sentidos opostos, trabalham por turnos em regime de voluntariado. Este serviço de apoio aos banhistas, entre a Praia do Forte e o Cabo Mondego, realiza-se há 20 anos, ao sábado e ao domingo, das 09H00 às 18H00. Este ano, é prestado até ao dia 3 de setembro. Esta ação de voluntariado apenas foi interrompida durante a pandemia. As bicicletas estão equipadas com material de primeiros-socorros e de trauma e um extintor. Em caso de necessidade, é acionado o serviço de ambulância ou de combate a fogos. Os bombeiros que se voluntariaram para este serviço trabalham por turnos, sem deixarem de cumprir os horários no quartel."

A russa Alina Korneeva vence a edição mais importante de sempre do Figueira da Foz Ladies

Via Município da Figueira da Foz

Na foto, Alina Korneeva, vencedora de singulares e e Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal

"A russa Alina Korneeva sagrou-se, este domingo, campeã do Figueira da Foz Ladies Open, torneio de 100.000 dólares." Este foi "o troféu mais importante da carreira profissional da atleta e proporcionou-lhe uma subida de mais de 100 lugares no ranking."

Esta foi a sétima e mais importante edição da prova, que foi organizada pelo Tennis Club da Figueira da Foz com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e do Município da Figueira da Foz.

domingo, 30 de julho de 2023

Nesta Europa o Povo não conta: nem para o golpe de misericórdia somos ouvidos...

Ana Sá Lopes, hoje no Público:

A plebe tem que ser mais pobre, os bancos merecem os lucros

Chistine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
"Já estivemos à beira da implosão da zona euro e, na época, o BCE percebeu o risco que corria. Que não entenda agora que uma população empobrecida vai engrossar o descontentamento, é uma tragédia.

Dois deputados europeus do PS, Margarida Marques e Pedro Marques, fizeram uma excursão a Frankfurt para sensibilizar o Banco Central Europeu para travar a subida de juros. Não conseguiram nada nem era esperado que tivessem qualquer sucesso: a independência do Banco Central Europeu que nos governa está nos tratados. O BCE decide exclusivamente o que quer e não responde perante ninguém. Foi assim que os países europeus acharam que devia ser – a Alemanha só aceitaria o euro se estivesse desenhado à imagem e semelhança do marco alemão e o BCE fosse o Bundesbank."

Uma réstea de esperança

"Poucos terão a grandeza de dobrar a própria história; mas cada um de nós pode trabalhar para mudar uma pequena porção dos acontecimentos, e no total de todos esses atos estará escrita a história desta geração” — Bobby / Robert F. Kennedy.  Do discurso que ele fez pela primeira vez ao União Nacional dos Estudantes Sul-Africanos na Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, em 6 de junho de 1966 antes do seu assassinato pelo FBI e CIA. Não há nenhum politico americano actual que tenha a integridade e a decência de Bobby.

Via With bubbles

Na Figueira, há leitores para os blogues

Na Figueira, houve um altura em que existiram dezenas de blogues. 
Alguns de nível, diga-se, em abono da verdade.
Esses blogues eram “clicados”, todos os dias, por milhares de figueirenses.
O peso da opinião da blogosfera figueirense, assinada e responsável, tinha peso na opinião pública.

Entretanto, alguns autores desses blogues morreram. 
Lembro o Doutor Luís de Melo Biscaia e o Engenheiro Saraiva Santos. 
Outros, como porventura criaram os blogues por alguma agenda conjuntural -  política, pessoal ou outra - desmotivaram-se e desistiram.
Sobraram poucos blogues figueirenses a publicar com alguma regularidade.
No caso do OUTRA MARGEM, apenas porque gosto de escrever e ter um arquivo para memória futura.
Como nunca tive agenda, por cá continuo.
 
Na Figueira, depois da moda dos blogues, que aconteceu nos primeiros anos do século XXI, seguiu-se a moda de ser contra os blogues.
OUTRA MARGEM, que apareceu em 25 de Abril de 2006, começou a ser atacado desde o primeiro dia. Sobre o seu autor, nestes quase 18 anos foi dito do pior.
Porém, traquejado pelo percurso da vida por cá ando. 

Sempre me admirou e impressionou, o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia, totalmente desfazado do tempo actual, composto de tanta ambição e ganância. É nesse velho homem do mar da minha Aldeia, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma.

As críticas, vindas de figuras institucionais, que o mesmo é dizer, instaladas confortavelmente no sistema e sem vontade de mudar, sempre me pareceram um muito bom sinal.
No entanto, nunca se devem afastar as críticas de ânimo leve, pois podem ser sinais de alerta.

Os blogues podem ser  vistos de muita maneira. 
Por exemplo, como um meio de mandar bitaites, um confessionário público ou uma tertúlia entre amigos e não há nada de mal nisso, nem isso quer dizer que estes blogues sejam maus. 
Há blogues óptimos a mandar bocas, blogues excelentes a abordar pequenas histórias do quotidiano pessoal e blogues interessantes a conversar com outros blogues.
Para ver melhor a imagem, clicar em cima

Creio, porém, que isto ficou resolvido com o aparecimento das novas redes sociais, principalmente o facebook que se tornou um esgoto a céu aberto, onde vale tudo, até perfis falsos e outras coisas bem piores.
Reduzir os blogues a isto era condená-los ao efémero. E há blogues que se assumiram como um suporte para experiências literárias que à partida os editores nunca publicariam.
Estou-me a recordar de um caso concreto na Figueira: o escritor Pedro Rodrigues.
Outros, como penso ser o caso deste OUTRA MARGEM, enveredaram por ser um arquivo de fácil consulta e uma nova forma de media.

Houve acusações várias aos blogues. No mundo do jornalismo, a página web pessoal ("blog") foi apontada como o "assassino" dos media tradicionais. 
A meu ver, longe disso. Os blogues são algo de muito diferente. Longe de substituirem jornais e revistas, os melhores blogues - e há blogues muito bons - tornaram-se guias dos media, apontando fontes invulgares e comentando notícias conhecidas. Assumiram mesmo o papel de novos mediadores para o público informado. 

Numa cidade que já teve seis semanários, hoje praticamente sem media local - o que existe é uma ou duas páginas em jornais sediados em Coimbra -  o défice de liberdade de expressão poderia ser atenuado pelos blogues.
Mas, para isso os blogues teriam de assumir-se como uma fonte excepcional de cruzamento e concentração de informação, de exploração de factos menos conhecidos e refutação de notícias dúbias. 

Mas, isso dá muito trabalho, chatices e incomódos vários, incompreensões da esquerda à direita e prejuízos de vária ordem - até a nível pessoal - a quem ainda se dedica à função.
Na Figueira, as críticas à escrita dos blogues, têm a mesma consitência que as críticas à boçalidade nos telejornais.
No fundo, querem apenas fundamentar ataques a algo que não pode ser controlado pelo poder, por ser um espaçao democratizado e acessível a todos, e não apenas a voz de alguns iluminados e poderosos. 
O resto dos ataques aos blogues explica-se por questões de classe social, veículadas por grupos que têm uma noção de  cultura que contribui para o efeito.
Vivemos numa cidade, onde para ganhar inimigos basta não ser hipócita e dizer o que pensa ser a verdade.