quinta-feira, 13 de julho de 2023

“Queremos as ruas mais democráticas e mais equidade nos meios de transporte”


Na edição de hoje, o Diário as Beiras dedica duas páginas  ao tema "peão num tabuleiro onde o carro é rei".
"Antes da massificação do automóvel, as ruas das cidades eram dos peões, dos ciclistas e dos transportes coletivos de passageiros. Aos poucos, porém, o carro foi conquistando espaço.
Neste momento, no entanto, assiste-se a uma mudança de paradigma, através da construção de zonas pedonais e de lazer, ciclovias e desincentivo à utilização do carro, sobretudo no centro das cidades, a favor dos transportes colectivos de passageiros e dos meios de mobilidade suave e amiga do ambiente. Contudo, em Portugal, nem nos passeios os peões estão a salvo dos automobilistas, que os utilizam como parques de estacionamento ilegais."

Confesso que tenho dúvidas se, na Figueira, nos últimos 40 anos, o poder político planeou o futuro da cidade e do concelho nalgum sector. 
Usando da minha bonomia, admitindo que pensarem algumas vezes nisso, o que ficou no terreno, no que à circulação urbana diz respeito, mostra que decidiram sempre (ou quase sempre) tendo como foco a circulação do automóvel.
Quem percorre todos os dias a cidade, a pé ou de bicicleta, sente na pele que os que utilizam o carro tratam os peões e os ciclistas como cidadãos de segunda. 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Uma foto que poderia ser quase intemporal... (2)

Vinagretas, via Campeão das Provincias

Nota.

A postagem a que se refere a Vinagreta, pode ser vista clicando aqui.

Se a cidade da Figueira estivesse localizada a sul do Rio Mondego continuaríamos a adiar o inevitável? (2)

 Via Diário as Beiras

Não percam mais tempo, nem brinquem com coisas muito sérias. 
Tudo está estudado, tudo foi dito, mas nada, até agora, se cumpriu. 
Será que o PS governamental e local, em Agosto de 2021, se limitou a fazer propaganda política, explorando os medos das pessoas?
Recorde-se: a 12 de Agosto, a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass), é a mais indicada, e será realizada. 
“Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse na altura à agência Lusa o Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes.
“Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de 12 de Agosto de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avaliou quatro soluções distintas de transposição de areias e concluiu, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.

Aquele areal da Praia da Figueira...

 Via Diário as Beiras

PS: hecatombe política em S. Pedro (2)

No passado, dia 8 do do corrente, OUTRA MARGEM foi o primeiro espaço a noticiar a hecatombe política que tinha acontecido na noite anterior.
O Campeão das Províncias, na sua edição digital de ontem, pegou no assunto. 
Segundo o Campeão das Províncias "a reunião do passsado dia 7 do corrente decorreu com algumas surpresas para o Executivo. Francisco Curado, até sexta-feira presidente da Assembleia de Freguesia, ter-se-á demitido da Assembleia após a eleição da nova mesa, cuja presidência foi confiada a João Moreira, engenheiro civil e antigo comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Outras desistências obrigaram a lista a procurar até à última suplente, Lígia Calhau, que irá tomar posse na próxima reunião de Assembleia de Freguesia."

terça-feira, 11 de julho de 2023

Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia": talvez, a última peixeira da minha Aldeia

Na foto: Maria Graça Fernades
A Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia" é a das últimas, se não mesmo a última,  das peixeiras da minha Aldeia. 

Neste momento, é a única que continua a vender porta a porta.

Vende de tudo o que é produto do mar: sardinha, carapau, polvo, caranguejo da pedra, percebes (percebos, como ela lhe chama...), navalheiras, raia, robalo, tainha - eu sei lá que mais?

É uma das figuras mais extrovertidas, simpáticas e típicas da Aldeia.

Tem "o coração ao pé da boca". Por vezes, chega a ser bastante desbocada. Contudo, sempre com graça e com simpatia. Diz os maiores palavrões, mas de forma espontânea e natural.

A Maria Graça Fernandes, para os amigos e amigas a "Graça Polícia", como  mulherão que continua a ser, em dias de festa sempre gostou de dar nas vistas.

Na Festa de S. Pedro costuma apresentar-se da forma mais cuidada e aprimorada que conheço.

E aqui é que está a genuína singularidade da Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia".

Num tempo em mudança constante, que contrasta com a vida de há 40 anos, em que quase tudo mudou de forma notável, mas por vezes imprevista, em que ganhámos em comodidades, mas perdemos em "beleza espiritual", na Aldeia ainda existe a Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia".

E ainda bem. Traz-nos algo especial e único: o traje regional, tão rico, vistoso e interessante, com  adornos e cores, praticamente desaparecido, ou, pelo menos, raramente visto.

Na nossa zona - o litoral - isso ainda é mais perceptível. Foi aqui que as modas nos "obrigaram" a vestir indumenárias uniformes, banais, se não mesmo ridículas.

Trajes que recordam o passado, como o que a Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia", faz gala em apresentar em dias de festa, sumiram-se praticamente nos dias de hoje dos olhares dos Aldeões.

A Aldeia, para além da Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia", sempre teve - e continua a ter - das mulheres mais bonitas de Portugal. 

(Ainda que assim não fosse, jamais me veriam a dizer o contrário.)

Além da sua encatadora e proverbial beleza, a sua inteligência e a sua maneira ladina de estar na vida, o que já não é pouco, a mulher da Aldeia poderia, mesmo que fosse só em dias de festa, apresentar algo mais transcendente e digno de registo.

A mulher tradicional da Cova e Gala foi sempre uma mulher de armas. Era ela quem governava a casa, educava os filhos, comprava tudo o que o seu homem precisava - as roupas, o calçado, os bonés. Era ela quem, "portas a dentro" trazia a casa num brinquinho onde a limpeza e o asseio, apesar da pobreza, eram imprescindíveis e o seu orgulho.

Todas as semanas, de preferência ao sábado, "a casa levava volta". O soalho era varrido, lavado e esfregado com sabão amarelo e mãos hábeis e desembaraçadas. As panelas de cobre eram esfregadas com areia e sumo de limão, até ficararem polidas e da cor do ouro, para irem ocupar de novo o seu lugar nas prateleiras forradas a papel ou jornais.

A mulher na minha Aldeia sempre foi profundamente religiosa e crente. Contudo, era de uma ingénua superstição que a levava a acreditar naquilo que lhe diziam as bruxas. 

Se tinha algum problema na vida, era normal mandar pôr as cartas e rezar o responso a St. António. Ainda hoje, apesar do avanço cultural das mulheres da minha Aldeia, as pitonisas continuam a ter clientela na Aldeia.

É esse mundo e essa vivência, que entretanto se perdeu na minha Aldeia, que me recorda a Maria Graça Fernandes, a "Graça Polícia", tavez a última peixeira da minha Aldeia.

Se a cidade da Figueira estivesse localizada a sul do Rio Mondego continuaríamos a adiar o inevitável?


 Via Diário as Beiras

Não percam mais tempo, nem brinquem com coisas muito sérias. 
Tudo está estudado, tudo foi dito, mas nada, até agora, se cumpriu. 
Será que o PS governamental e local, em Agosto de 2021, se limitou a fazer propaganda política, explorando os medos das pessoas?
Recorde-se: a 12 de Agosto, a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass), é a mais indicada, e será realizada. 
“Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse na altura à agência Lusa o Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes.
“Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de 12 de Agosto de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avaliou quatro soluções distintas de transposição de areias e concluiu, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.

Plataforma de gestão da taxa municipal turística

 Via Diário as Beiras

"...maioria absoluta, com 66% dos votos"

 Via Diário as Beiras


segunda-feira, 10 de julho de 2023

Estatuto dos Bombeiros Sapadores ou Bombeiros Municipais

Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal da Figueira Foz, emite um comunicado na página do facebook do Município figueirense.
"Temos manifestado a nossa estupefação, para não dizer indignação, pelo atraso da solução do problema criado com o estatuto dos Bombeiros Sapadores ou Bombeiros Municipais.
Recorde-se que a situação nasceu de um parecer das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR´s), juntamente com a Inspeção Geral de Finanças e com a Direção Geral das Autarquias Locais, que consideraram não poderem ser pagas horas extraordinárias a esses elementos.

Esta decisão, vinculativa, representou uma diminuição de rendimento, em média, para cada um dos elementos, de cerca de 150 a 200 euros. Desde essa altura, e já lá vai mais de meio ano, o Governo comprometeu-se a encontrar a dita solução. Primeiro, o interlocutor foi o Ministério da Administração Interna, através da secretária de Estado da Proteção Civil, depois passou para o secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel, o qual até em visita a este concelho, em sessão realizada no Salão Nobre do Município, no dia 13 de abril do corrente ano, se comprometeu a rapidamente enviar o processo para a Associação Nacional de Municípios (ANM) para parecer final.

Desde aí, o processo tem andado de Herodes para Pilatos e as pessoas naturalmente desesperam. A última informação que tivemos foi que se encontraria novamente do lado da secretaria de Estado da Proteção Civil, e que estava em vias de conclusão, para ser remetido para o secretário de Estado Carlos Miguel e depois para o Ministério das Finanças, e ainda para Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). É absolutamente incompreensível.

Fazemos um apelo público, ainda mais nesta altura do ano em que é imprescindível o trabalho destes profissionais, para sair imediatamente a solução equitativa para este golpe que foi dado na situação pessoal, profissional e familiar dos Bombeiros Sapadores."

Figueira da Foz, 10 de julho de 2023
Pedro Santana Lopes
Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Santana gosta de "estar junto das pessoas"

 Via Diário as Beiras


A precariedade da vida e da memória

Vendedor de algodão doce
Vivemos num País precário. 
A quase todos os níveis. 
A começar, desde logo, pela precariedade laboral.
Contudo, quem é que já parou para pensar e se questionou: por que existimos, o que andamos por cá a fazer e por que estamos aqui neste momento? 
Quem é que já se interrogou: qual é a finalidade de andar por aqui? 
Qual é meu desígnio mais importante? 

Se calhar muitos de nós. 
Se calhar poucos. Não sei. 
E quantos de nós estão em paz, com eles e com a natureza, para terem disponiblidade para reflectir sobre estas questões? 
Porventura, ainda menos de nós. Não sei. Mas sei que Luís Osório é um dos que pensa e reflecte sobre o tema. 

 "...a maioria de nós não será lembrada. 
Não teremos festas de homenagem, nomes de rua ou notícias nos jornais. Seremos poeira e, quando muito, estaremos no coração de uns quantos. 
Não mais do que uma ou duas gerações, se tanto. Mesmo nos que serão pasto de memória, nos que a morte será noticiada e o nome valorizado em tabuletas municipais, mesmo os mais conhecidos, ao fim das mesmas uma ou duas gerações, morrerão no que têm de humano. Na forma como amaram, na forma como olhavam na intimidade, na forma como eram maldosos ou altruístas. 
Nelas ficará apenas um nome, não o que realmente foram."

sábado, 8 de julho de 2023

Portugal perdeu um grande Homem

Morreu José Mattoso, uma das maiores referências no estudo da História de Portugal.

PS: hecatombe política em S. Pedro


"São Pedro, mais qualidade de vida", era a promessa desta lista em 7 de Setembro de 2021.
Em 8 de Julho de 2023 a situação é a seguinte: mantém-se em funções o executivo da Junta de Freguesia de São Pedro, composto por Jorge Aniceto, Helena Pereira e Carla Alves.
Francisco Curado, até ontem presidente da Assembleia de Freguesia, renunciou em 7/7/23. Carolina Baptista, renunciou em 5/7/23. António Salgueiro, renunciou em 17/6/23. Óscar Forte, renunciou em 5/7/23. Andreia Manjolinha, renunciou em 12/6/23. Ana Maria Fernandes, renunciou em 27/6/23. Sónia Dias, renunciou em 29/6/23. Bruna Espada, renunciou em 6/7/23. Ana Borges, renunciou em 6/723.

A partir de ontem, dia 7 de Julho de 2023, o PS, na Assembleia de Freguesia de São Pedro, ficou a ficar representado pelos seguintes elementos: João Moreira, António José Pata, Sérgio Marques, Nelson Gafanhão e a suplente Lígia Calhau (toma posse na próxima AF).
De registar, que o único elemento da Lista PS que concorreu às autárquicas de S. Pedro, em Setembro de 2021, que resta em condições processuais e legais de tomar posse, se houver mais alguma renúncia, é o histórico antigo presidente Carlos Simão
Como sabemos, infelizmente, por razões de saúde do antigo autarca, isso dificilmente poderia acontecer.

Na reunião de ontem à noite, foi eleita a nova mesa da Assembleia de Fregusia que ficou assim constitída: Presidente, João Moreira. Secretários: Sérgio Marques e António José Pata.

Olga Brás substituiu Santana Lopes, ausente por motivos de saúde, na condução dos trabalhos

 Via Diário as Beiras

Sindicato vê condições de entendimento entre Estado e Casino da Figueira da Foz

«“Aquilo que é mais satisfatório para nós desta reunião é que a empresa [disse] que não está nada em risco relativamente à concessão do casino”, afirmou António Baião, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restauração, Turismo e Similares do Centro, no final de uma reunião com o conselho de administração da concessionária, cujas salas de jogo e máquinas empregam cerca de 80 pessoas.
Os trabalhadores, segundo o líder, “estavam preocupados” com uma eventual suspensão da actividade até à nova concessão, que continua nas mãos da SFP, entrar em vigor, a 01 de janeiro de 2025. Por outro lado, também as obras previstas para o complexo, no centro da Figueira da Foz, “não deverão afectar o seu funcionamento”, deixando de estarem em causa – acredita António Baião – os salários dos trabalhadores, “que já foram muito prejudicados durante a pandemia” da covid-19. 
“A Sociedade Figueira Praia avançou com uma providência cautelar em tribunal, porque não quer pagar os valores [cerca de sete milhões de euros] que o Governo exige” pela concessão, referiu o coordenador do sindicato. Na sua antevisão, “vai de certeza chegar-se a um acordo”, pois às partes “não interessa que o casino feche”, deixando os 80 trabalhadores sem rendimentos.»