sexta-feira, 7 de julho de 2023

Primeira reunião de câmara de Julho realiza-se hoje

A primeira das duas reuniões de câmara ordinárias do mês de Julho realiza-se hoje, pelas 17H00, no salão nobre dos paços do concelho. 
Um dos assuntos da Ordem de Trabalhos é a abertura do período de discussão pública referente à proposta de delimitação da unidade de execução do prolongamento do Vale das Abadias e respetivos termos de referência. A agenda inclui, igualmente, a alienação de lotes de terreno, através de hasta pública, e aprovação das condições de venda na área de expansão do Parque Industrial e Empresarial da Figueira da Foz. 
Nota de rodapé.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

"... para voltar a ter mais marchas locais, garantindo qualidade e tranquilidade na sua preparação, é possível ir mais longe, eventualmente contemplando um júri composto por personalidades de fora do Concelho"...

 Via Diário as Beiras

Na Figueira o ambiente tem meses, semanas, dias, horas e minutos...

"Executivo camarário tem aludido ao impacte ambiental dos eventos musicais realizados na Praia do Relógio. Há estudos que sustentam que colocam em causa a biodiversidade.
Tiago Castelo Branco, responsável máximo da produtora MOT, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que a empresa quer continuar a realizar os festivais na Praia do Relógio. “Não queremos sair da Figueira da Foz, porque existe uma ligação umbilical entre o “RFM Somnii” e a cidade”, afiançou. Não obstante, ressalvou o empresário figueirense: “Se houver uma decisão superior que impeça a realização dos festivais, respeitála-emos”.
Acerca do impacte ambiental dos festivais, Tiago Castelo Branco garantiu que os eventos “realizam-se na zona de praia e não na antepraia”. E acrescentou: “Fazemos uma vedação para evitar que as pessoas possam circular na zona da antepraia. A zona onde estamos é onde a câmara faz a limpeza”Segundo o empresário, citando um estúdio da Universidade do Minho, em 2019, o “RFM Somnii” injetou 12 milhões de euros na economia local."

Bandeira Azul: cerimónia simbólica no concelho da Figeuira da Foz tem lugar no Cabedelo


Jardim Municipal e Praia do Relógio durante os meses de Verão vão ter pólos da Biblioteca Municipal

 Via Campeão das Províncias


Para ler melhor clicar na imagem.

𝗘𝘂𝗴𝗲́𝗻𝗶𝗼 𝗟𝗶𝘀𝗯𝗼𝗮 𝗲𝗻𝗰𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗱𝗮𝘀 «𝟱𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗟𝗲𝗶𝘁𝘂𝗿𝗮»

"O Município da Figueira da Foz promove hoje, dia 06 de julho, pelas 21h30, no Museu Municipal Santos Rocha, na sala onde se encontra patente a exposição «João Reis 1889 – 1982 A Intuição da pintura», mais uma sessão do projeto de incentivo e promoção da leitura «5as de Leitura», que terá como convidado Eugénio Lisboa, um “homem com uma carreira multifacetada, dedicada à crítica literária, à escrita, à docência, à diplomacia e à gestão”.

Eugénio Lisboa publicou recentemente as suas memórias, sob o título global Acta Est Fabula, e é colaborador regular no Jornal de Letras e na revista LER.
A sessão, que tem entrada livre, contudo sujeita à lotação da sala, será moderada pela crítica literária e professora Teresa Carvalho."

quarta-feira, 5 de julho de 2023

“Tenho umas multazinhas que gostava que fossem apanhadas pela amnistia”...

No fundo, é isto: Portugal, um 
Estado laico vai amnistiar infractores a propósito da visita de um líder religioso.
Um Estado laico promove oficialmente a separação entre Estado e religião. A partir da ideia de laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as demais. O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião.
"O tema da amnistia a jovens, no âmbito da vinda do Papa Francisco a Lisboa na Jornada Mundial da Juventude, tem gerado polémica, por ter limite de idade até aos 30 anos. 
Ontem no Parlamento, o Governo admitiu estar disponível para fazer mudanças à proposta inicial apresentada e também D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, acabou por admitir que seria positivo que o perdão concedido não dependesse da idade. “Vou fazer uma declaração de interesses. A mim era muito bom que não tivesse limitação de idade, porque tenho umas ‘multazinhas’ que gostava que fossem apanhadas pela amnistia. Estou a falar assim de coração aberto”, sustentou o bispo, que preside à JMJ. D. Américo Aguiar apelou aos deputados para que se concentrem em que o essencial na questão da aplicação de amnistias a propósito da visita do Papa a Portugal “é o ato de misericórdia e perdão”. 
 “Não sou especialista nem constitucionalista, nem jurista, e não posso fazer comentários (…) Peço que não percam aquilo que é essencial, que é este gesto de misericórdia para com quem falhou na sua vida”, afirmou Américo Aguiar aos jornalistas, no final de uma visita a duas fábricas de mobiliário em Paredes, no distrito do Porto."

"Palácio Sotto Maior: um encontro com a História, a família, o amor e a amizade"

Via Diário de Coimbra 
"Depois do sucesso de 2018/19, a Sociedade Figueira Praia e a Pó de Saber – Cultura e Património voltam a dinamizar a iniciativa “A Figueira vai ao Palácio”. O programa teve início a 1 de julho e prolonga-se até 31 de agosto, com visitas diárias entre as 10h00 e as 18h00, de terça-feira a domingo, sendo as manhãs de sexta-feira reservadas às famílias, com um programa pensado para o público infantojuvenil. As entradas custam cinco euros e crianças até aos 12 anos (inclusive) não pagam. Durante as visitas, a antropóloga figueirense Frederica Jordão aborda não apenas a história da família, da construção e das singularidades do palácio, mas também da própria Figueira da Foz como destino turístico."

"... seria também necessário fomentar o aspeto competitivo das marchas, o orgulho da freguesia na sua representação, tendo como exemplo o que acontece nas marchas de Santo António, em Lisboa"...

 Via Diário as Beiras

Residentes e comerciantes ficam sem estacionamento grátis em Buarcos

Via Diário as Beiras

"Os residentes e os comerciantes da rua 5 de Outubro, em Buarcos, ficaram sem os lugares de estacionamento reservados e grátis no parque da parte inferior das muralhas. A autarquia, no âmbito do contrato de concessão a uma empresa privada, em 2020, que entrou em vigor a 15 de junho deste ano, não acautelou este direito que havia concedido."


É tudo tão simples: bastava que fosse cumprida a Constituição da República Portuguesa

Santana Lopes no seu mural do facebook.
Passo a citar.
"PS do presente e do futuro 
Hoje não saí, por motivos pessoais. Estive bastante tempo, à tarde e agora, a ver os diferentes canais televisivos. Bendita Pátria: quase só se vê o presente líder do PS e, hoje, especialmente, o suposto futuro líder dos socialistas. À tarde, era Pedro Nuno Santos a cumprimentar, a dizer adeus, a dar abraços, a sair, a entrar, sentado, de pé, parado ou a andar.
Já tive muitas vezes situações parecidas, não sou de invejas. A questão é o tempo de antena: PS do presente, PS do futuro. O líder do PSD e os líderes de outros partidos - alguns- tinham direito a uns segundos. Sem esses segundos, não seríamos uma democracia. Assim, seremos.
Muito intermitente, mas seremos."
Santana Lopes continua um civilizado polemista. Sempre com cuidado no que escreve.  Habitualmente, não afronta ninguém com escritos Argumentum ad Hominem.
Ponto negativo: eventualmente, desta maneira, a meu ver, pode perder alguma autenticidade que reprime. Mas, em política, quem tem ambições, não pode ter tudo.

Um dia, ja lá vão muitos anos, Freitas do Amaral, numa entrevista ao suplemento "Unica", do Expresso, disse o seguinte.
«Durante anos acreditei que era possível pôr em prática uma política social de combate à pobreza e às desigualdades, a partir de partidos de centro-direita, como penso que era o CDS, via doutrina social da Igreja. Foi isso que mudou: ao fim de 20 anos, cheguei à conclusão de que não é possível fazer uma política audaciosa a partir de partidos centro-direita, pelas suas ligações umbilicais aos grandes interesses económicos. Esses partidos vivem financeiramente dos contributos dos grandes interesses económicos.»
Outra citação, esta de Lenine: "Um jornal pode ser muito mais que um jornal. Pode ser, sobretudo, um organizador colectivo."  
Nos dias de hoje, mudando a palavra jornal para televisão, a citação de Lenine continua mais actual do que nunca.
Pedro Santana Lopes já foi primeiro-ministro de Portugal.
Teve um ministro que tratava da comunicção social chamado Morais Sarmento.
Na altura, como agora, o órgão executivo da República não escolhia responsáveis pelas áreas de programa e de informação, mas escolheu as administrações que efectuaram as escolhas dos responsáveis pelas áreas de programa e de informação.

Nesta matéria, bastava aos governos democráticos que estão no poder, desde 1978, cumprirem e fazerem cumprir a Constituição, pois está tudo claro na Constituição da República Portuguesa. A saber.
Art 2º: A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa”
(...)
Art. 38º: “Artigo 38.º (Liberdade de imprensa e meios de comunicação social)
1. É garantida a liberdade de imprensa.
(…)
6. A estrutura e o funcionamento dos meios de comunicação social do sector público devem salvaguardar a sua independência perante o Governo, a Administração e os demais poderes públicos, bem como assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião.
7. As estações emissoras de radiodifusão e de radiotelevisão só podem funcionar mediante licença, a conferir por concurso público, nos termos da lei.

Portanto: cumpra-se a Constituição.
Se for cumprida a Constituição, "o futuro claro, tem muito futuro."
O passado, apesar de já lá ir, é para continuar a ser lembrado.
“Quem não conhece o passado tem dificuldade em perceber o presente". “Quem não conhece a História está condenado a repeti-la”.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Quem não conhecer que o compre...

«Uma "visão descomplexada" na Saúde sem influência ideológica», disse Montenegro. E com a naturalidade e descontração naturalmente imbuída  por uma enorne carga ideológica contra o Serviço Nacional de Saúde.
Escusado será dizer que, para Montenegro, as virtudes estão todas  no sector privado... 

"Trazer de volta a competição pode ser positivo"

 Via Diário as Beiras


... "falta de nadadores-salvadores é um problema nacional" ...

 Via Diário as Beiras


S. Pedro da Cova e Gala: Santana novamente mordomo em 2024

Foto António Agostinho

Via Diário as Beiras

"Santana Lopes e Jorge Aniceto, presidentes da Câmara da Figueira da Foz e da Junta de São Pedro, voltaram a assumir a organização das Festas de S. Pedro, contando, para a edição de 2024, com um grupo de mordomos mais alargado. Este ano, os autarcas assumiram a comissão por falta de voluntários, mas, perante a apoteótica reação dos populaares, repetem em 2024."

Os problemas do Serviço Nacional de Saúde e a memória que me levou a Durão Barroso

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse ontem em Beja algo que agrada a Luís Montenegro: que o Governo não tem nenhuma "obsessão ideológica" que o impeça de recorrer ao setor privado, quando entende ser adequado, nem para "diminuir" o setor público.
O ministro foi confrontado, no final de um dia no distrito de Beja, no âmbito da iniciativa Saúde Aberta, com palavras dos líderes do PSD e do Bloco de Esquerda sobre o caso de uma grávida que foi transferida, no domingo, do Hospital de Santa Maria para uma maternidade privada.
Luís Montenegro, do PSD, acusou o Governo de ter uma "visão estatizante e centralista" da forma de gerir o SNS, apesar de estar "mais próximo" do que defende o seu partido, enquanto Mariana Mortágua instou o ministro a "decidir se está ao lado de Luís Montenegro" ou "se está ao lado do SNS".
"Não temos nenhuma obsessão ideológica que nos impeça de recorrer ao setor privado quando isso é adequado e também não temos nenhuma obsessão ideológica para diminuir ou amesquinhar o setor público e reconhecemos a importância que o SNS teve ao longo destas décadas", atirou Manuel Pizarro, no Hospital de Beja, onde fez o balanço do dia passado no distrito no âmbito da iniciativa Saúde Aberta.
Para contextualizar a afirmação, Pizarro frisou que está "do lado das pessoas" e que apenas pretende "assegurar que Portugal continua a ser um excelente país para se engravidar" e proteger a saúde das futuras mães, "como o SNS garantiu nestes quase 50 anos de democracia".
"Para o fazer temos de fortalecer os serviços públicos do SNS. Aliás, é isso que estamos a fazer em Santa Maria. Porque o que vamos fazer é uma remodelação profunda do bloco de partos que vai transformá-lo no mais moderno e no maior bloco de partos do país", destacou o governante.
Questionado, também, sobre a intenção anunciada pela Ordem dos Médicos de enviar um colégio da especialidade para perceber se estão garantidas as condições de segurança no serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria, o ministro assumiu que "todos os contributos de diferentes instituições são bem-vindos".
Há quem não goste, mas costumo olhar para passado para tentar entender o presente. Em 3 de Julho de 2004, estava já assumido que Durão Barroso ia para a presidência da Comissão Europeia. 
O PSD entendeu ter legitimidade para nomear o novo primeiro-ministro, tudo com a conivência e, a bem, da estabilidade política no país e do próprio Jorge Sampaio. O que aconteceu. Para a sucessão foi escolhido Santana Lopes.
Nos dois anos que governou Durão Barroso iniciou a gestão privada de hospitais públicos de uma forma abrangente, vulgarmente conhecida como Hospitais S.A.
Na altura, mesmo quem era a favor da gestão privada e tenha reconhecido mérito nos resultados obtidos por esta medida, reconhecia ao mesmo tempo, que a dívida às farmácias e hospitais ascendia a 700 milhões de euros, com acréscimo no ano de 2003 de 87 %. 
Por pressão dos lobbies, Durão Barroso resistiu à introdução dos genéricos de uma forma massiva, e até admitiu a hipótese que a auto-medicação pouparia ao Estado cerca de 10% dos custos.

Na altura, existiam muitas questões no ar, nomeadamente ficou por responder se o SNS - como serviço público, com tratamento constitucional, devia prevalecer, ou não, sobre os interesses das autoridades investidas ou travestidas de neutralidade e de eficiência técnica e social.
Com a entrega, sistemática e sempre crescente, de serviços de saúde a "entidades administrativas independentes", o Estado (a Administração da Saúde) apenas passou a desempenhar uma função reguladora - Estado mínimo regulador - abdicando de realizar actividades que lhe estavam primacialmente incumbidas, de forma a promover e garantir o direito à protecção da saúde.
A resposta a esta questão passou por um longo caminho que, estamos a sentir agora, não contribuiu para termos um sistema de saúde transversal e eficiente.
O que aconteceu com a esta transmissão de direitos - a transformação da natureza jurídica de alguns dos hospitais em sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos, pretendia alcançar uma crescente autonomia de gestão dos hospitais, em moldes mais próximos da realidade empresarial, estabelecendo-se simultaneamente a separação da função de prestador de cuidados de saúde da função de financiador público do Serviço Nacional de Saúde, ficando assegurado o carácter geral, universal e tendencialmente gratuito do Serviço Nacional de Saúde.
Hoje estamos numa encruzilhada que não augura nada de bom.
O hospital público é uma empresa? 
O hospital público presta um serviço público às populações? 
O hospital público vai desaparecer e dar lugar a instituições de outra natureza? 
O cidadão (ou melhor: o doente, colocado no centro dos discursos)  esteve no centro do debate e no centro das decisões?

A partir de Durão Barroso o hospital passou a ser encarado uma empresa como qualquer outra empresa, pelo menos em muitos aspectos, devendo, portanto, recorrer aos métodos, técnicas e instrumentos próprios da gestão empresarial. 
A legislação desta Reforma falava em ganhos em saúde: isto não era aproximar-se da essência e da finalidade de uma empresa?
Isto é: o lucro.
Aconteceu o que tinha que acontecer: os gestores dos hospitais, transformados em sociedades anónimas, os dirigentes dos que continuaram a pertencer ao Sector Público Administrativo, ou dos que forem objecto de negociações do tipo parceria público-privada, procuraram conquistar determinados mercados para que a sua "empresa" obtivesse "ganhos".
E como ficámos nós os utentes perante esta nova realidade?
Convém não esquecer que o que está em causa é um produto que podemos chamar de saúde. O povo diz  que a saúde não tem preço. É uma realidade. Para o  doente/utente - sei por experência própria - no momento em que está a precisar de cuidados de saúde, aquilo que menos o preocupa é se o hospital tem  gestão empresarial ou gestão tradicional. O que doente/utente  pretende é ser bem atendido e não esperar meses a fio por uma consulta ou por uma intervenção cirúrgica sem recorrer aos subsistemas privados de saúde.
Sabemos quem assume o tratamento dos doentes mais caros: o SNS, que o mesmo é dizer, o orçamento de estado para a saúde.
Os hospitais S.A., foram considerados há 20 anos uma lufada de ar fresco na saúde em Portugal, em termos de custos e em termos de operacionalidade, mas ninguém se preocupou em quanto isso aumentou o custo para o utente e para o SNS.
Ficaram com a "carne".  Por exemplo, um doente com uma operação delicada que demore 6 horas ocupa um bloco operatório durante 8 a 10 horas. Ao desviar esse doente para o SNS, o mesmo bloco fica livre para nas mesmas 10 horas se efectuarem, 8 a 10 intervenções ligeiras. E assim se conseguiram alguns números.

Depois de Durão Barroso Portugal continuou com governos do Partido Social-Democrata e do Partido Socialista, chefiados por Santana Lopes, António Guterres, José Sócrates, Passos Coelho/Paulo Portas e  António Costa. 
Apesar de António Costa encher a boca  com o SNS, o seu primeiro ministro das Finanças, Mário Centeno, revelou menos carinho e disponibilidade. 
E aconteceu a pandemia e uma negociação curiosa: a  determinação do preço por doente Covid, que o SNS teve de pagar ao sector privado da Saúde.
Esse "negócio" permitiu ultrapassar o incomodo sofrido pelo sector privado da Saúde, quando, em Março de 2020, decidiu fechar as portas aos doentes Covid (por serem caros demais). Um vexame que transbordou para os partidos à direita no Parlamento, que se mostraram incapazes de justificar o injustificável, se não com o facto de o sector privado não querer perder dinheiro, revelando uma total falta de responsabilidade social.
O silêncio à direita, porém, deu lugar a outra táctica. 
Primeiro, pediu-se um reforço de verbas para o SNS, colando-se às críticas à esquerda sobre os esforços orçamentais insuficientes (devido à política de contenção orçamental do ministro das Finanças). Depois, sublinhou-se que o SNS não era capaz de dar conta do recado, havendo urgência em contratar o sector privado para fazer o papel do SNS. 
E de uma penada, o problema inicial do sector privado ficou resolvido.
Para quem está atento (infelizmente poucos), tornou-se ainda mais descarada a distância que vai entre as designações programáticas dos partidos, as afirmações fáceis de campanha e aquilo que se passa na realidade governativa.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

"A importância da adopção de comportamentos de segurança balnear"

"... no topo está o respeito pelas indicações dos nadadores-salvadores e pela sinalização das praias."

Tema do areal urbano chegou à Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira

Via Diário as Beiras

"Dois dias após o debate promovido pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, sobre o areal urbano, o tema foi abordado na Assembleia Municipal (AM). A iniciativa partiu das deputadas Célia Morais (PS) e Silvina Queiroz (CDU), com ambas a defenderem a biodiversidade que a vegetação da maior praia urbana da Europa proporciona. 
A deputada municipal socialista justificou que levou o tema à AM porque não quis falar na sessão promovida por Santana Lopes para evitar a politização do debate
Por seu lado, a comunista admitiu que só teve conhecimento da iniciativa do presidente depois da sua realização".

Nota.
Aquilo que o Diário as Beiras informa sobre o que disse a deputada Célia Morais (PS), sublinho que é um argumento como outro qualquer. Vale o que vale: para mim, nada. Quem esteve presente e participou no debate sobre o areal, bastou ver a intervenção do eng. João Vaz para ficar esclarecido
Já a informação veiculda pelo Diário as Beiras sobre a posição da deputada Silvina Queiroz, cidadã por quem tenho o maior respeito e consideração a todos os níveis (político e pessoal), preocupou-me.
Primeiro, estranhei tamanha falta de informação. Numa máquina como é o PCP Figueira, não haver ninguém que desse conta que ia haver um debate sobre o areal da Figueira, o maior desafio que o concelho tem pela frente, e informasse atempadamente a camarada Silvina, único membro que representa os comunistas num órgão autárquico concelhio, não me deixa tranquilo.
Depois, porque a Esquerda defende, desde sempre, os valores do igualitarismo e da solidariedade, com a protecção dos mais fracos e principalmente a ideia básica de que o colectivismo e acção colectiva se torna indispensável para prosseguir e defender esses valores. 
Por isso, sou de esquerda, embora não seja militante do Partido Comunista.
Reconheço, sem nenhuma dificuldade ou hesitação, que em Portugal ao longo de mais de cem anos, quem, de entre todas as forças políticas, lutou por estes objectivos com maior afinco e determinação, foi precisamente o Partido Comunista Portugês e os comunistas portugueses.
Como escrevi no passado dia 21 de Junho passado numa postagem a que dei o título de "NORTE/SUL e a luta contra o egoísmo", a luta dos comunistas não tem cento e poucos anos. Tem milhares de anos. Desde que o mundo é mundo. A meu ver, entronca nos princípios que nos foram legados  pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. 
No convívio com os comunistas aprendi o que é a partilha da esperança.
Álvaro Cunhal escreveu num texto de 1974 «A superioridade moral dos comunistas»: «da própria consciência dos objectivos e da missão histórica do proletariado decorre uma nova concepção da vida e do homem, que se exprime numa nova ética. A intransigência para com a exploração e os exploradores, para com a opressão e os opressores, para com qualquer forma de parasitismo, a indignação perante as injustiças, (…) convertem-se em conceitos morais, necessariamente associados aos objectivos políticos»
Combater o egoísmo e as desigualdades sociais, a exclusão social e a pobreza é para os comunistas, parte da intransigência e indignação com que olham a imoralidade.
Enquanto houver um explorado, haverá sempre alguém que se levanta.
O areal da Praia da Figueira, coloca diante dos nossos olhos a realidade que é o aumento das desigualdades sociais e da pobreza no nosso concelho, entre o norte e o sul. 
A norte, aquele areal é um deserto em constante crescimento.
Nós, a sul, nesta outra margem, somos a matéria prima que alimenta aquele deserto a norte, que não serve a ninguém. Nem ao norte nem ao sul.
É neste quadro e neste contexto que todos temos a obrigação moral de intervir. Os do norte e os do sul do concelho. O SOS Cabedelo. O MOVIMENTO PARQUE VERDE. Os Fóruns intelectuais. Os autarcas da Figueira. E os governantes deste País. Todos. Por isso é que por aqui ando.
Basta olhar para foto que fui sacar ao mural da página do facebook do município, para ver a realidade.