sábado, 1 de abril de 2023

Travessia do Mondego...

Recentemente na Figueira, a "palavra dada não foi palavra honrada"Em 27 e 28 do corrente mês a ponte Edgar Cardoso encerrou totalmente sem cumprimento da promessa governamental de portagens gratuitas. Contudo, quando acontecer o próximo encerramento da ponte Edgar Cardoso, "a partir de 25 de Abril próximo, o sistema estará a funcionar em contínuo e em permanência".
Não vai haver helicóptero nem teleférico, porém as ligações fluviais entre as Freguesias de S. Pedro e Buarcos e São Julião, separadas pelo estuário do maior rio nascido em Portugal, sofrem alterações: a partir de amanhã vai sulcar as águas do Mondego um barco com capacidade para transportar cerca de 221 passageiros, 40 automóveis e 68 veículos de duas rodas, em cada viagem, a fim de reforçar a oferta já conhecida...
Como todos sabemos, a Ponte Edgar Cardoso esteve totalmente encerrada ao trânsito nas noites de 27 para 28 e de 28 para 29 deste mês (de segunda para terça-feira e de terça para quarta-feira), entre as 20h30 e as 6h30, o que causou enormes  transtornos no quotidiano das pessoas do concelho e não só. 
A interdição, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), decorreu de trabalhos de reabilitação e reforço da estrutura.
"O Governo tinha garantido que as obras da Ponte Edgar Cardoso não começariam sem a alternativa da portagem gratuita estar a funcionar". O que, no entanto, não aconteceu.
Com a "falta de cumprimento da palavra dada pelas autoridades de Lisboa", o barco eléctrico que está a fazer a travessia do Mondego, desde o passado dia 25 de Março, e o autocarro camarário que a partir do cais sul distribuiu os trabalhadores pelas empresas, foi a resposta encontrada para as necessidades.

Perante este cenário, porque a partir de 25 de Abril próximo vão ocorrer outros encerramentos totais, teve que ser tomada uma medida de fundo. A solução está econtrada: na foto, nas costas do responsável pelo OUTRA MARGEM, pode ver-se no leito do rio o navio (em manobras de habituação ao meio ambiente), que a partir de amanhã vai operar no estuário do Mondego, para facilitar, ainda mais, a ligação entre as duas margens. 
"Esta nova solução é uma mais valia na oferta das alternativas à Ponte da Figueira.  A freguesia de S. Pedro é muito grande, tem vários equipamentos fundamentais para todo o concelho", disse ao OUTRA MARGEM a Dona Joaquina Timótea, uma conhecida figueirense, manifestamente entusiasmada com a solução encontrada. 
Contudo, "embora compreendendo a necessidade das obras, não aceita de bom grado o incomodo que vai demorar anos." Todavia, ficou mais aliviada quando lhe demos a novidade, pois "o incomodo vai ser fortemente atenuado por esta alternativa".

Esta nova possibilidade de atravessamento do Mondego, que visa descongestionar o trânsito na Ponte Edgar Cardoso, fica a dever-se a um empresário visionário que, aproveitando fundos do PRR, lobrigou uma oportunidade de negócio, ao ver o enorme potencial que foram as viagens experimentais do "Carlos Simão", que se realizaram no sábado, dia 25, e no domingo, dia 26, ainda no decorrer do mês de Fevereio do corrente ano.
Segundo  o que conseguimos apurar junto do investidor (que, para já, solicitou anonimato), a travessia por barco contempla automóveis, motos, bicicletas, trotinetes, skates, patins com rodas e de gelo, pranchas de surf e outros veículos, nomeadamente carroças e carros de bois, "apresenta um mercado potencial de 10500 veículos", dos quais pode vir a ser possível captar, "ao dia útil, entre 0,8% e 3,75%"
Feitas as contas, na pior das hipóteses, serão milhares de veículos anuais.
Importante ainda referir, que o cliente, no decorrer da travessia entre São Julião e São Pedro, ou vice-versa, dispõe de seviço de bar, sauna, manicure, barbeiro e cabeleireiro, quiosque, cinema (exibição de curtas-metragens) e wifi, pois o barco encontra-se dotado de todas estas mais valias.
À hora em que falámos com o mais que ousado e visionário empreendedor, ainda estavam em estudo os preços a praticar em cada viagem.

Não conseguimos apurar com toda a certeza, no entanto, esta inovadora solução para a travessia do Mondego poderá, eventualmente, ter o dedo do Presidente da Câmara da Figueira da Foz na sua génese. Todos nos lembramos do golpe de asa, que foi o difícil processo de construção do Túnel do Marquês, uma revolucionária ideia de Santana Lopes, inaugurado em 25 de Abril de 2007, hoje um "património quase colectivo", uma daquelas "obras que fizeram bem a Lisboa e fizeram bem às pessoas, que é para isso que a política serve".
A importância da obra é, agora, "um dado adquirido""As pessoas já não se lembram", mas "se não houvesse o túnel, hoje em dia, todas as manhãs, o trânsito, que já passava na altura as portagens de Carcavelos, já devia ir no Estoril ou em Cascais".

sexta-feira, 31 de março de 2023

Os três deputados do PSD eleitos pelo círculo de Coimbra questionam o Governo sobre a isenção de portagens para os utentes que circulem na auto-estrada durante os períodos de corte de trânsito da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz


«...as obras na Ponte da Figueira da Foz tiveram início há alguns meses e, durante a última semana, a travessia já esteve encerrada duas noites, entre as 20h30 e as 6h30, obrigando quem tinha necessidade de atravessar o Mondego a circular pelas A14 e A17, por as alternativas à auto-estrada serem manifestamente insuficientes. 
“Aos utentes empurrados pelas obras para auto.estrada foi exigido o pagamento de portagem na A17"

31.03.1974 - últimas palavras para Marcelo Caetano

Via Entre as brumas da memória

"Quinze dias antes tinha falhado o golpe das Caldas, três semanas mais tarde terminaria a ditadura. No dia 31 de Março de 1974, teve lugar um Sporting – Benfica que viria a ficar célebre e não só porque os visitantes venceram por 3-5.

Num texto publicado em 1978, MC comenta: «Quando o alto-falante anunciou que eu me achava no camarote principal, a assistência calculada em 80.000 espectadores como que movida por uma mola oculta, levantou-se a tributar-me quente e demorada ovação que a TV transmitiu a todo o Pais. Isso foi interpretado como repúdio por aventuras militares.»

E é verdade – confirmo eu que lá estava. Houve vaias e muitas, sim, mas não na bancada onde eu me encontrava. À minha volta, só o grupo de amigos em que me integrava e, umas filas mais abaixo, Vasco Pulido Valente e Filomena Mónica, assistíamos, perplexos, ao entusiasmo generalizado.

Guardo a memória fotográfica desse momento e tive-o bem presente, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril. Estou certa de que muitos daqueles que nesse dia me rodeavam também tinham estado no estádio de Alvalade. Que tinham então aplaudido Caetano e que bateram palmas quando saiu do Carmo num blindado. As multidões gostam de vencedores, não de vencidos."
 

Como votariam os portugueses se tivessem de ir às urnas?


PS e PSD têm exatamente a mesma percentagem de intenções de voto - 30% -, sendo que os socialistas, em relação ao estudo anterior de dezembro de 2022, registam uma queda de 7 pontos nas intenções, ao contrário do PSD que sobe um ponto. 
Segue-se o Chega, com 13%, uma subida de 4 pontos percentuais, estatisticamente significativa. Mais atrás surge, sem alterações face a dezembro, a CDU (5%) e o BE (5%, mas desceu dois pontos), a Iniciativa Liberal (4%, sobe dois pontos), o PAN (2%, desce um ponto), o CDS-PP (2%) e o Livre (1%).
Contas feitas, se o PSD se coligasse com o Chega chegaria à maioria. Cenário que não seria possível se se juntasse à IL. À esquerda, se houvesse uma tentativa de recuperar a geringonça, não seria bem sucedida. Juntos PS, BE e PCP não vão além de 40%.

Temos um gigantesco problema na Habitação

"Governo mantém medidas, mas ajusta devolutos e alojamento local".

Nota de rodapé.

«...devido a “incompatibilidades com a direcção”»

 Via Diário as Beiras

Políticos de outro nível precisam-se na Figueira...

Foto daqui
Santana Lopes, goste-se, ou deteste-se, é competente no que faz. 

Em 2021, ao vir para o deserto político figueirense fazer uma difícil travessia, mais do que encontrar um poleiro mediático, que faz sempre jeito, sabia que viria confrontar-se com vários problemas herdados do passado recente. 

Um dos quais, a herança de suceder àquele antecessor no cargo de Presidente de Câmara. O cargo de Presidente de Câmara, exige trabalho, criatividade, dedicação, rasgo, contenção, poder de encaixe, responsabilidade, carácter, conhecimento, concentração e firmeza na assunção e no propósito. 

Habituado a ser apontado candidato a tudo, até a Presidente da República em 2026 (mal seria era se não tivesse nenhuma candidatura à vista...), Santana sabe que não pode falhar na Figueira. Santana sabe, também, que um presidente de câmara competente, tal como aconteceu com Jorge Sampaio, encaixa no imaginário dos eleitores para PR, no seu caso, em especial da direita portuguesa e, quiçá, um pouco mais aquém e mais além.

Porém, a vida política local é demasiado fraquinha para treinar um político para ser um futuro candidato a PR. Tanto na situação, como na oposição, é tudo muito atípico, acanhado e ridículo. Na Figueira, a política não é feita por políticos nos fóruns normais, mas nas redes socias, por comentadores instrumentalizados por alguns políticos que andam en passant há 20 anos. Não sendo grande frequentador desses meandros, de vez em quando, por puro divertimento, vou até lá ler um ou outro comentário.

O objectivo é sempre o mesmo: despejar amargura sobre Santana Lopes, aproveitando qualquer "facto político", como foi recentemente o caso do encerramento da ponte Edgar Cardoso, assunto que qualquer um sabe ter a ver com o Governo central, embora se reconheça que as medidas para atenuar os efeitos das obras devem ser “um trabalho colectivo entre todos”

Confesso que me ando a divertir imenso, sobretudo, com a ausência de lucidez de alguns comentários, própria de fanáticos a discutir futebol na tasca, o que pode perturbar pessoas fáceis de ser acometidas por emoções fortes. 

Calunia-se, difama-se, injuria-se, ataca-se a reputação moral. Vale tudo: o que importa é denegrir, causar o maior dano moral e pessoal sobre o alvo a atingir.

A tribo, voluntariamente, alimenta a calúnia por automatismo antropológico.

Quem foge à cartilha e pensa diferente é diabolizado. A inveja, a cobiça e o medo são alimento para os caluniadores e os seus seguidores. Juntando a soberba, a vaidade, a megalomania e a falta de juizinho, temos o caldo perfeito.

Para treinar devidamente um futuro candidato a PR a Figueira precisa mesmo é de políticos locais no activo com outro nível. 

Estamos tramados...

quinta-feira, 30 de março de 2023

Um texto a merecer leitura atenta

 

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Lutas salariais desavergonhadas

«O Governo anunciou um novo conjunto de medidas de apoio "às famílias mais vulneráveis e às empresas". No que se refere às famílias (vergonhosamente já temos um milhão e setenta mil famílias com direito a esse "excecional" apoio de um euro por dia), são pequeníssimas "esmolas", algumas delas apenas promessas incertas. Sendo uma resposta insuficiente e tardia, ela só existe porque há um crescendo da luta social. Todavia, a necessidade do aumento dos salários continua ausente dos discursos ministeriais e, sem esse aumento, nos setores privado e público, não se resolvem as carências com que os portugueses se debatem. 
... constatando este percurso e ao observar a desfaçatez dos argumentos de banqueiros, de grupos empresariais e do Governo, afirmou que, "contra esta desvergonha, os trabalhadores só têm um caminho a seguir: desenvolverem lutas salariais desavergonhadas". Este tem de ser o caminho. O alojamento, a restauração, os serviços de limpeza e de segurança (e até parte da agricultura), pelas suas caraterísticas limitadoras do crescimento da produtividade, dificilmente incrementarão a melhoria dos salários. O Governo coloca sistemáticos condicionalismos orçamentais, as "contas certas", a justificar a contínua perda salarial dos trabalhadores da Administração Pública. As atuais dinâmicas de emigração e de imigração são causa e efeito de baixos salários.»

Morreu José Duarte, o Homem que me ensinou a gostar de jazz

Esta quinta-feira morreu José Duarte, critico e promotor do jazz em Portugal. 
Tinha 84 anos. Realizava o conhecido "5 minutos de jazz", na Antena 1 e deixa um intenso legado e vazio nesta área musical.
"Cinco Minutos de Jazz" é o programa diário – de segunda a sexta – mais antigo da Rádio portuguesa.
A primeira emissão foi em 21 de Fevereiro 1966.
Desde 1993 na Antena 1, tem como objectivo divulgar música jazz de todos os estilos e de todos os anos.
Jazz de New Orleans, swing dos anos 30, bebop dos anos 40, hard bop dos anos 50, estilos que coabitam até com o free jazz.
Querem saber mais sobre uma vida e carreira dedicada à música? Cliquem aqui.
Para mim , foi quem me ensinou a gostar de jazz.
Obrigado José Duarte.

"... a Figueira da Foz, dispõe de um tecido empresarial, capaz de fazer face às necessidades de quem nos visita"

 Via Diário as Beiras

Cabo Mondego: Santana admite que Câmara pode desistir se aparecer um privado

 Via Diário as Beiras

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Misericórdia-Obra da Figueira afectada pela conjuntura

 Via Diário as Beiras

Pagamento de portagens na 17 durante encerramento da Edgar Cardoso está a dar polémica

 Via Diário as Beiras