quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Santana, PS, PSD e o futuro próximo da Figueira


Presumo que, na Figueira,  já toda a gente percebeu que a eleição de Santana Lopes, com a consequente derrota de Carlos Monteiro e de todos os outros candidatos autárquicos nas eleições realizadas em Setembro de 2021, fechou um ciclo de 12 anos de gestão municipalista/"socialista", e deu início a uma nova etapa na gestão autárquica do nosso concelho.

Termina, porém, aqui o consenso. 

Para uns será Santana Lopes que, dos Paços do Município, não resistirá à tentação de pastorear e controlar a direita, em especial o PSD.

Para outros, Santana a eternizar-se no poder autárquico figueirense até 2034, será um empecilho que impedirá uma regeneração da direita - leia-se PS e, em especial, o PSD.

A manter-se por cá, Santana, nos próximos anos, veremos adiada a gestação de uma corrente liberal, agora muito na moda. 

A bem da verdade, na Figueira que ainda ontem homenageou Fernandes Tomás, grosso modo, essa corrente não existe. 

Existem alguns profissionais da política, ou com aspirações a tal, com ideias, mas sem iniciativa, nem capacidade de organização e trabalho.

Dito isto, todos sabemos que é impossível construir uma casa a querer iniciá-la pelo telhado.

Antes, é preciso levar o debate ao seio dos partidos figueirenses. 

Partidos esses que, diga-se, andam, há muito, distantes dos cidadãos cujos interesses, em última instância, deviam defender. E têm andado, por culpa fundamentalmente dos próprios eleitores, que vêm a política como algo de pouco recomendável e se afastam, deixando-a, muitas vezes, a cargo de pessoal pouco qualificado.

No PS e no PSD, pelo menos pelo que dá para ver de fora, nada está a mudar. 

Parece que, face ao decorrer dos acontecimentos, que não há cansaço nem a sensação de "deja vu". 

É por isso que o que se vier a passar proximamente no interior do PS e do PSD é importante, não só para a Figueira, como igualmente e também para os figueirenses.

Ontem, a Figueira da Foz homenageou Manuel Fernandes Tomás

 Via Município da Figueira da Foz

Jorge Pelicano, no encerramento do Ciclo de Cinema - Homenagem a Realizadores Figueirenses

 Via Diário as Beiras

«As obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano»

Via Município da Figueira da Foz
Reunião com Infraestruturas de Portugal – Ponte Edgar Cardoso

"Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e o Vereador Manuel Domingues reuniram, na manhã de 24 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com elementos da Infraestruturas de Portugal- Dr. Serrano Gordo (Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo); Dr. Nuno Gama (Gestor Regional); Eng.º Rafael Sá Vedra (Diretor Unidade); Dr. Manuel Rodrigues (Diretor de Relacionamento Institucional Central) e Técnicos Superiores da Câmara.

Foi transmitido pela IP que a empreitada obteve o visto do Tribunal de Contas, no passado dia 1 de agosto. Assim, as obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano. O executivo camarário tinha solicitado esta reunião, para se inteirar das diferentes fases da empreitada em causa e suas implicações. A empreitada terá um prazo de execução de 18 meses e com valor estimado a rondar os 17 milhões de euros. 

No decurso da reunião foram explicitadas as especificidades da obra, cujo sistema de tirantes (24 tirantes) está, atualmente, desatualizado, exigindo a sua total substituição e não reparação, situação que obrigará – como já foi anunciado - a um duradouro e incómodo condicionamento do tráfego. Este foi, naturalmente, o  assunto mais abordado na reunião, depois da detalhada exposição feita, pelos responsáveis da IP,  aguardando-se por parte da empresa executante - Mota Engil- o plano de trabalhos, para que seja pormenorizadamente analisado, com a necessária seriedade, pelo executivo, sobretudo no que respeita ao período da noite e  tendo em conta, sobretudo a localização do Hospital e também, noutro plano, o funcionamento e atividade das empresas e os períodos da maior afluência turística.

Por parte da IP, houve o compromisso de acautelar junto do IMT as devidas alternativas, nomeadamente a utilização da A17, com regime de não pagamento de portagem no troço que vai ser alternativo à circulação na Ponte Edgar Cardoso."

Brasil: quando os golpistas estão no governo

«A Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de empresários que trocaram mensagens num grupo de WhatsApp, em que se mostravam a favor de um golpe de Estado caso o ex-Presidente Lula da Silva ganhe as eleições presidenciais. O ministro da Justiça e o vice-presidente criticaram a operação.
“Prefiro golpe do que a volta do PT (Partido dos Trabalhadores). Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu um empresário identificado como José Koury num grupo de WhatsApp. Esta é uma de várias mensagens divulgadas na semana passada pelo site Metrópoles, de empresários que defenderam um golpe de Estado em caso de vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil. Na terça-feira, a Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de oito empresários envolvidos na troca de mensagens.
As ordens de busca e apreensão de possíveis provas foram ordenadas por Alexandre de Moraes, magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com um comunicado da Polícia Federal, os mandados de busca foram realizados por 35 agentes, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
A ação policial foi criticada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários, por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais num grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, afirmou em declarações à Folha de S. Paulo.
De acordo com o mesmo jornal, o próprio Presidente Jair Bolsonaro questionou as medidas adotadas num almoço reservado em São Paulo, argumentando ser desproporcional o bloqueio de contas bancárias dos empresários envolvidos.»

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Mundo grotesco!..

Via Meditação na Pastelaria

LIZ TRUSS DIZ-SE PRONTA A CARREGAR NO BOTÃO DA BOMBA NUCLEAR E É APLAUDIDA! 
Está preparada. Mesmo que isso significasse um extermínio global. É dever de um  primeiro-ministro. Ela está preparada...

Dois pesos e duas medidas

José Manuel Barata-Feyo, Provedor do Leitor do Público, sobre o facto de o jornal ter ignorado um comunicado da Amnistia Internacional, que acusa a Ucrânia de violar direitos humanos.
«A invasão da Ucrânia pela Federação Russa é condenada pela generalidade dos portugueses. Isso é uma coisa. Outra, completamente distinta, é o PÚBLICO escamotear informações relevantes aos seus leitores, actuando como se fosse um prolongamento da Presidência e do Exército ucranianos ou como se a opinião pública precisasse de filtros paternalistas para formar o seu juízo sobre o que está a acontecer nesta guerra. Na opinião do provedor, o PÚBLICO, neste caso, feriu a sua credibilidade.» 

Eleições em Angola. "A maioria dos eleitores já nasceu em tempo de paz"

«Pela primeira vez, a maioria dos eleitores já nasceu em tempo de paz. O receio de uma guerra, do regresso da guerra, já não pesa tanto sobre o eleitorado angolano, como vimos nos anteriores escrutínios".
A pobreza e o desemprego, assinalou ainda António Mateus, são "os principais tópicos sobre a mesa"

A vegetação do areal urbano... (3)

 Via Diário as Beiras

Qatar, o Mundial da Vergonha

António Araújo
«No próximo dia 21 de Novembro, às quatro da tarde em ponto, hora local, um esférico denominado Al Rihla ("A Jornada"), fabricado pela marca Adidas, com uma cobertura de poliuretano texturizado e 20 gomos, será colocado no centro de um grande rectângulo de relva. Em seu redor, um estádio com 60 mil lugares sentados, projectado pela firma alemã AS+P, querendo "AS" dizer Albert Speer, o filho do arquitecto de Hitler. A empresa holandesa que forneceu os relvados dos últimos três Mundiais de Futebol recusou-se a colaborar neste torneio após ter sabido que só na construção dos estádios já pereceram mais de 6750 trabalhadores, todos oriundos da Índia, do Bangladesh, do Nepal e do Sri Lanka. Nenhum cidadão do Qatar, país anfitrião, morreu na edificação das infraestruturas que irão receber o Mundial da Vergonha.»

Para continuar a ler, clicar aqui.

Na Figueira, «o dia de hoje é um dia muito especial: é a data em que neste país ocorre a efeméride da revolução de 24 de Agosto de 1820…»

 Via Diário as Beiras

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A vegetação do areal urbano... (2)

Via Diário as Beiras

Quem ganha com a subida das taxas de juro?

«...  o aumento dos juros não é uma má notícia para todos. O sector bancário, por exemplo, é um dos principais beneficiários deste processo.»

Já não há amianto nos espaços de apoio ao HDFF

 Via Diário as Beiras

Dia do Artista

 Via Diário as Beiras

Optimismo: Governo diz que "Parque Natural da Serra da Estrela vai ficar melhor do que estava"!..


A ministra Mariana Vieira da Silva veio garantir que a partir de Setembro concretizar-se-á "
um plano de recuperação e revitalização que deixará a Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava".
A ministra garante que a a "valorização, a recuperação e o desenvolvimento, além do que já existia, é uma prioridade deste Governo" para os territórios afetados pelo incêndio na serra da Estrela e anunciou que será declarado o estado de calamidade na região da serra da Estrela. 
As garantias da ministra foram comunicadas aos jornalistas no fim de um encontro entre ministros e presidentes de câmara, realizado em Manteigas, após o qual anunciou que seria decretado o Estado de Calamidade naquela região, afectada por incêndios que duraram uma semana.
Antes de avançar com medidas, Mariana Vieira da Silva considerou que "é fundamental" perceber a dimensão dos estragos causados pelo fogo, que lavrou durante 11 dias na serra da Estrela, contando com as reativações, após uma semana inteira a fogo, que destruiu 25 mil hectares de floresta. 
"Nos próximos 15 dias, vamos fazer o levantamento de todos os danos e prejuízos", disse Mariana Vieira da Silva. 
"Queremos saber como estão os solos, onde é preciso intervir, saber como estão as bacias hidrográficas", explicou a ministra. "Um prazo muito curto que responde a esta situação de emergência e calamidade", disse. 
A inventariação vai contar com a participação de vários organismos públicos. Após a conclusão do levantamento, serão apresentadas "medidas, ao abrigo do Estado de calamidade", que a ministra anunciou e "será decretado pelo Conselho de Ministros", para poder "responder melhor e o mais urgente possível a estes territórios". 
Mariana Vieira da Silva deixou uma mensagem de optimismo, sublinhando que a partir de setembro haverá um terceiro momento, "muito importante", um "plano de recuperação e revitalização que deixará o Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava". Segundo a ministra, trata-se de "um projeto ambicioso" que vai reunir várias instituições.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Precariedade é sobre-exploração

Carvalho
da Silva
"A precariedade no trabalho é uma grave doença social, económica e cultural. Todas as dimensões da vida das pessoas/trabalhadores, e por consequência das famílias, são atingidas negativamente por ela. São imensas as áreas e temas de estudo que o comprovam.

Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças profundas na divisão social do trabalho; alterações estruturais e organizacionais nas empresas e serviços e nas estratégias de gestão; fragmentação da produção e das tarefas inerentes a cada atividade; impactos fortes de tecnologias inovadoras; surgimento de comunicação instantânea passível de múltiplas utilizações nos processos de produção de serviços e bens; existência de novos instrumentos de trabalho; financeirização da economia e do trabalho criando a ilusão de acesso fácil ao crédito e secundarização do salário; convergência dramática entre o individualismo e o consumo. Novas formas de organização e de prestação do trabalho tiveram de ser consideradas. Todavia, a precariedade, no fundamental, não decorre de imperativos inerentes às complexidades daquelas mudanças.

Argumenta-se que as empresas agora vivem de projetos de curta duração, que tudo é volátil. Mas, há instrumentos de gestão e possibilidades de readaptação de atividades muito mais eficazes que no passado. Quanto à volatilidade do emprego, repare-se que, quer no setor privado, quer no público, são imensos os postos de trabalho permanentes por onde passam trA precariedade no trabalho é, em grande medida, um conjunto de mecanismos de sobre-exploração. Enfraquecidas as representações coletivas dos trabalhadores e bloqueada a negociação coletiva, o cutelo do arbítrio mercantil pesa sobre toda a regulamentação. A normatividade laboral é instrumentalizada. Em vez de se proibir o que é ilegal, criam-se enquadramentos jurídicos que normalizam as formas de trabalho atípico. O resultado é sempre pior retribuição do trabalho e perda ampla de direitos e formações.

Ao contrário do que se tenta impingir aos jovens, a precariedade é uma velharia que imperou durante séculos, relançada em força com o incremento do neoliberalismo nos anos 70/80 do século passado. Faz parte dos instrumentos mais requintados da "economia que mata".

Modernos são: i) o direito à segurança no emprego como princípio estruturante da universalização do direito ao trabalho e a sua consagração constitucional; ii) "o reconhecimento de que o direito ao trabalho tem uma dimensão humana, de realização pessoal e como tal subtrai-se da arbitrária disponibilidade do empregador" (Filipe Lamelas e Pedro Rita, in Trabalho Digno.colabor.pt); iii) o Direito do Trabalho, que tem por função primeira a proteção do elemento mais frágil na relação de trabalho - o trabalhador - e não a de promover políticas económica e de emprego neoliberais; iv) o objetivo do pleno emprego para, com a riqueza existente, se criarem milhões e milhões de postos de trabalho úteis e com perenidade, nomeadamente nas áreas da educação, da saúde, da recuperação ambiental; v) a Agenda do Trabalho Digno da OIT; vi) o direito dos jovens a terem salários dignos e a organizarem família.

Salvo situações excecionais, os vínculos relativos a novas formas de o organizar e prestar o trabalho, podem ser sempre estáveis ou precários. São escolhas políticas que se fazem em cada contexto. O Governo, se tem verdadeira preocupação com os impactos da precariedade, enfoque o seu esforço na promoção da segurança no emprego." 

A vegetação do areal urbano...

 Via Diário as Beiras