segunda-feira, 16 de maio de 2022

Município vai atribuir distinções honoríficas no 24 de Junho

 Via Diário as Beiras

Recorde-se.

«O Município da Figueira da Foz homenageou a figueirense Teresa Coimbra, antiga professora e deputada da Assembleia da República, em Outubro de 2020, com a Medalha de Mérito Técnico/Científico em Prata Dourada, numa cerimónia realizada no Auditório Municipal

Dia Internacional dos Museus vai ser assinalado quarta-feira

Via Diário as Beiras

Instalação de um polo da Universidade de Coimbra: Santana Lopes procura soluções...

 Via Diário as Beiras

Já nem o "sindicato do voto" funciona no PSD?

"85 874este é o universo de militantes do PSD, mas apenas cerca de 50% decidiram regularizar as suas quotas para conseguir votar."

Mosteiro de Seiça: obras estão suspensas

Com um investimento total estimado em 2.924.933,33 euros, a intervenção é cofinanciada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a 85%.

«As obras do Mosteiro de Seiça foram suspensas, na semana passada e por um período de dois meses, a pedido do empreiteiro, alegando indefinições por parte da Direção Regional da Cultura (DRC), avançou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes. O autarca, em declarações aos jornalistas, no passado dia 11 co corrente, mostrou-se “preocupado”.

“Temos o prazo (para concluir as obras) até 31 de dezembro de 2023”, frisou o presidente da câmara.»

domingo, 15 de maio de 2022

"Estas duas candidaturas não têm força para mobilizar o PSD"

JOSÉ RIBAU ESTEVES, PRESIDENTE DA CÂMARA DE AVEIRO, chegou a ponderar avançar com uma candidatura à liderança do PSD por entender que o partido precisa de uma profunda mudança e reforma. 
Desistiu por achar que seria preciso mais tempo e mais trabalho. 
Ainda não decidiu se apoiará Jorge Moreira da Silva e garante que tudo está dependente de uma conversa que deverá realizar-se na próxima semana. Em relação a Luís Montenegro, não perdoa nas críticas. 
"Já ouvi muitos dizerem que as eleições do PSD não estão a ter muita notoriedade por causa da guerra. 
Falso. Não estão a mobilizar os militantes porque não há projetos mobilizadores."
Nota de rodapé.
A procissão ainda não saiu do adro. Os conselheiros nacionais do PSD aprovaram  a marcação de eleições diretas do PSD para o próximo dia 28 de maio de 2022. 
O 40.º Congresso do PSD irá realizar-se cinco semanas depois das eleições diretas, ou seja, nos dias 1, 2 e 3 de julho, no Coliseu do Porto. 
Isto é muito capaz de ainda ficar equiparado a uma assembleia-geral do Benfica, no tempo de Vale e Azevedo, ou a uma assembleia-geral do Sporting, no tempo de Bruno de Carvalho.
Pelo andar da carruagem já dá para ver que, até ao próximo dia 28,  os sociais-democratas vão desmultiplicar-se em declarações e ameaças que vão encher muitas páginas de jornais.

Agência Portuguesa do Ambiente apoia pedra para reforçar protecção na praia da Costa Nova!

 Via Jornal de Notícias

A FIGUEIRA vista por um redactor de «O Século» em 1893

Via jornal barca nova, edição nº. 14, datada de 10 de Fevereiro de 1978

PARA LER MELHOR CLICAR NA IMAGEM

sábado, 14 de maio de 2022

"Um teatro restaurado e vivo"

 Via Diário as Beiras

E m Junho há Festa da Sardinha

 Via Diário as Beiras

Fernando Sobral (1960-2022)

Israel...

Daqui


Vídeo sacado daqui.
Em tempo.
Via blog Estátua de Sal, podem ler um texto, que já é de 2021. Por duas razões:
a) Pela sua atualidade tendo em conta o assassínio recente por Israel de uma jornalista e o ataque subsequente ao próprio funeral da vitima; 
b) o facto de, provavelmente, se fosse hoje, o Publico não o publicaria, devido à histeria reinante na comunicação social censurando tudo o que possa “beliscar” a imagem dos EUA e dos seus “protegidos”.

Os assadores de sardinhas devem regressar às ruas? (6)

 Via Diário as Beiras


Tudo calado em redor do assunto...

Mas o título do Dinheiro Vivo resume todo o programa geral...
"O mercado de trabalho encontra no arranque deste ano os melhores indicadores de participação em mais de uma década e desde que o país atravessou a crise das dívidas soberanas. Nunca houve tantos a trabalhar, e tanto, com os segundos empregos a dispararem para um máximo de sempre e as semanas de trabalho a alongarem-se novamente após os cortes de horários trazidos pela pandemia.
Mas o mercado está também a esgotar a mão-de-obra disponível. Em tese, seria razão para um impulso maior nos salários, que não está a acontecer, segundo indicam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta semana.
A média salarial total dos trabalhadores por conta de outrem chegou ao final do primeiro trimestre nos 1258 euros brutos mensais, numa subida de 2,2% face ao mesmo período do ano passado e num ritmo que estagna face à dinâmica registada em dezembro de 2021, ficando abaixo do crescimento que se registava nos restantes meses de 2021. Esta evolução representa já uma perda de poder de compra de 2% face à subida da inflação, nos cálculos do INE.
A perda real de salário é, no entanto, maior quando se considera apenas os salários sem subsídios de férias e de Natal. Sem estes, a média salarial limitou-se a crescer 1,7%, para ficar em 1127 euros brutos. Em termos reais, calcula o INE, o salário médio ficou a valer menos 2,5% do que há um ano devido à subida de preços.
Os 1,7% de crescimento representam um desacelerar face aos 2,3% de subida de dezembro e também relativamente às restantes variações observadas ao longo do último ano. Em março de 2021, a média salarial crescia 3,8%, ainda que em parte influenciada pela perda de emprego ocorrida entre os salários mais baixos nos piores momentos da pandemia.
Se a evolução salarial moderou a velocidade, a inflação acelerou, com crescentes reivindicações de maiores aumentos, nomeadamente, entre as forças sindicais. Mas o próprio mercado de trabalho sugeriria maiores impulsos nas remunerações."

As voltas que a vida dá: Rendeiro sem dinheiro acaba enforcado na cadeia...

"...um poderoso fraco"

Nota de rodapé.

"Não sinto qualquer regozijo pela morte de João Rendeiro, como não sentiria pela morte de Salgado.

Preferia muito mais que ressarcissem os lesados do BPP, ou do BES, mesmo sendo o BPP o banco dos ricos; isso não pode ser um estigma, e que no caso de Rendeiro cumprisse a pena a que tinha sido condenado, em Portugal.
Agora já me faz uma enorme coceira no couro cabeludo, ver aquela cambada de hipócritas que sempre o bajulou, Júdice, Balsemão, Marcelo, Cavaco, … aliviados com a sua morte, e com ar consternado.
Tanto se tapam todos com a mesma manta, como esfregam as mãos de contentes quando um deles fina, ao tornar-se um empecilho nas suas vidas, por saber demais."

Uma foto que recorda 10 anos da minha vida (1973/1983) e que aproveito para falar da "faina maior"


Conforme se pode ficar a saber pelos livros, o bacalhau tem uma longa história à mesa dos portugueses. Existem  notícias de campanhas nos bancos da Terra Nova ainda no Século XVI. Contudo, foi entre os anos 30 e 70 do século XX que a presença portuguesa foi mais numerosa e importante para a economia do nosso País. 
O número de navios portugueses envolvidos nesta actividade na Terra Nova foi reduzida ao longo da história e só durante o século XX, com a Campanha do Bacalhau criada pelo Estado Novo, foi possível assistir ao nascimento de uma frota verdadeiramente importante.
Ao longo de séculos o bacalhau, seco ou salgado, tem sido presença à mesa dos portugueses. Muito desse bacalhau importado.  
O Estado Novo pensou e pôs em prática uma política que beneficiava os armadores assegurando o financiamento, o fornecimento de mão-de-obra e outras facilidades que maximizaram os lucros e fizeram crescer a frota envolvida nesta pesca. Se no princípio do século XX havia pouco mais de uma dezena de navios na Terra Nova, esse número cresceu nos anos cinquenta até ultrapassar as 70 unidades.
Álvaro Garrido, no seu livro  "Henrique Tenreiro — «patrão das pescas» e guardião do Estado Novo", coloca uma questão importante sobre essa figura "exaltante" que foi  Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro, homem de acção, influências e poderes e uma das personagens mais detestadas e lisonjeadas do salazarismo": "importa perguntar donde lhe vinha a legitimidade política para actuar como autêntico chefe e patriarca do mundo marítimo e ao mesmo tempo como guardião do próprio Estado Novo. Foi essa legitimidade conquistada, delegada por Salazar ou terá resultado de ambas as coisas?"
"Henrique Tenreiro nunca  foi ministro, secretário ou subsecretário de Estado. Menos ainda «delfim» de Salazar. Excedeu, porém, o poder e a influência da esmagadora maioria daqueles que o foram. Na verdade, um simples arrolamento das muitas funções que desempenhou até 1974, seja no sistema político (União Nacional, Assembleia Nacional e Câmara Corporativa), seja nas organizações milicianas do regime (Legião Portuguesa) ou, sobretudo, na administração das pescas, nunca deixará perceber os poderes que alcançou, a extrema influência que exerceu e o modo como teceu e sedimentou, dentro do regime, um subsistema de poder dotado de uma escassa vigilância institucional por parte do chefe do governo.
Até 1974 é Henrique Tenreiro que define "as directrizes da política nacional de pescas, controla e dispõe sobre todas as fontes de financiamento dos programas de renovação das frotas. De 1953 em diante preside ao conselho administrativo do Fundo de Renovação e Apetrechamento da Indústria da Pesca, o célebre FRAIP, donde provém boa parte do financiamento dos programas estatais de renovação das frotas de pesca.
Ao poder financeiro Tenreiro acrescenta extensos poderes de gestão empresarial de um expressivo sector público-corporativo das pescas que, por finais de 1960, engloba trinta «organizações», entre grémios, sociedades mútuas de seguros, cooperativas de aprestos e empresas dependentes da organização corporativa. Desde o tempo da guerra, Tenreiro impõe a concentração de capitais em sociedades de armadores controladas pelos grémios (casos da SNAB e da SNAPA), cria empresas formalmente privadas investidas de funções oficiais de intervenção no abastecimento de pescado (caso da Gel-Mar, criada em 1957), concessionárias, como a Docapesca (1966), e secções especializadas de grémios de vocação empresarial (Serviço de Abastecimento de Peixe ao País, em 1956). 
A Organização das Pescas não era, porém, uma realidade unívoca. Ao poder tutelar de Henrique Tenreiro eximiam-se — sendo até hostis a qualquer interferência sua — os organismos de coordenação económica, Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau e Instituto Português de Conservas de Peixe, ambos territórios de «administração indirecta» do Estado.
Na obsessão de tudo enquadrar de modo a garantir que a «campanha do bacalhau» e o fomento das demais pescarias corressem sem sobressaltos, o Estado delega em Tenreiro uma importante função arbitral que o próprio interpreta de forma expedita e zelosa: cabe-lhe impor a colaboração institucional entre capital e trabalho, vigiar o comportamento de ambos e chamá-los a uma cooperação permanente com os poderes públicos e corporativos."
O "sucesso" do Estado Novo, passa pela acção de Henrique Tenreiro no controle das pescas nacionais.
"Quinto produtor europeu de bacalhau salgado seco em 1938, Portugal torna-se o primeiro produtor mundial vinte anos depois.
Uma cuidadosa representação ideológica da reabilitação da «faina maior» procurará totalizar as imagens do fenómeno e projectá-lo a nível interno e externo.
Nas suas inúmeras intervenções públicas, Tenreiro ostenta o sucesso e a grandeza da obra feita. O sector das pescas pertence-lhe, sendo apresentado como uma das principais realizações da obra de «ressurgimento nacional» conduzida pelo Estado Novo."
Henrique Tenreiro não descurava nada. Calhou-lhe em sorte ser  "o vértice do arrojado esquema de assistência social dos trabalhadores do mar, porventura a mais emblemática realização do Estado Novo em matéria de «colaboração orgânica» entre capital e trabalho. Tenreiro foi vogal da Junta Central das Casas dos Pescadores desde 1938 e presidente da direcção do mesmo organismo de 1946 em diante. Cedo se converteu numa espécie de patriarca dos «trabalhadores do mar», que, em regra, nutriam por ele grande admiração.
O funcionamento da Organização das Pescas obedecia a uma certa circularidade. Os apoios de natureza social colocados à mercê dos pescadores e suas famílias, em particular as diversas vertentes da obra de assistência e o alcance — embora muito reduzido — dos benefícios de previdência, são inequívocos. Ambos excederam as modestas realizações das casas do povo e deixaram até hoje marcas nostálgicas nas comunidades marítimas. Instrumento da política salarial dos armadores e de vigilância do recrutamento dos homens que iam ao bacalhau, as casas dos pescadores procuravam harmonizar as velhas práticas de organização das pescarias artesanais — baseadas em relações de parentesco e na propriedade comum dos meios de produção — com as relações sociais de produção de tipo capitalista dominantes nas pescas do arrasto e do bacalhau.
O esquema de funcionamento desses «organismos de cooperação social», cuidadosamente programado por Teotónio Pereira, Rebelo de Andrade e pelo próprio Salazar, assenta numa lógica paternalista capaz de prevenir a desconfiança e a agitação indómitas das gentes do mar e de reforçar e tutelar essas ancestrais «sociedades-providência» do litoral. Ao próprio Estado são reservadas prerrogativas de enquadramento, fiscalização e repressão dos «marítimos».
Por iniciativa de Tenreiro, a obra assistencial das pescas atinge o paroxismo em 1955, data em que é lançado ao mar o «novo Gil Eannes». O serviço permanente de assistência aos pescadores portugueses nos «bancos» da Terra Nova garantido pelo moderno navio-hospital comporta uma dimensão material, «moral» e religiosa, não raro extensiva a frotas de países estrangeiros.
Ícone da grandeza da obra social das pescas, o Gil Eannes projecta além-fronteiras a pretensa superioridade moral do regime de Salazar."

A hora dos especialistas que sabem aproveitar "ondas" está de novo a bater-lhes à porta...

"Com a sexta vaga Covid a rebentar, talvez seja hora de trocar os virologistas por surfistas."