sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

É o meu voto

Embora saiba que pode correr o risco de não contribuir para eleger um deputado, o meu voto tem significado e tem destino. De facto, o meu voto vai contar, mesmo que não decida. É uma  gota de água no meio de um imenso oceano. Todavia, a ausência seria notada. Por mim, como é evidente. 

A democracia é frágil, mas é preciosa. Tem de ser regada, preservada e estimada. O meu voto será por convicção. Não será um acto frio, nem um voto táctico. 

A CDU vai ter o meu voto. Voto CDU para que não se perca a possibilidade de o PS continuar a dialogar à esquerda. Voto CDU por agradecimento, reconhecimento e justiça. Se a direita ganhar no próximo domingo não será justo face às circunstâncias e ao bom que foi feito. Portugal cresceu nos últimos seis anos acima da média europeia. E foi um governo com o apoio parlamentar da CDU (e o BE) que virou a página de uma sociedade que vivia com crispação e austeridade, e cometeu o feito de colocar, pela primeira vez na história, o país com um défice zero.

A CDU vai ter o meu voto. É apenas um voto. Entrego-o com humildade. Todavia,  com convicção. 

Significa também o meu reconhecimento pelo que o PCP tem feito nos últimos 100 anos na luta pela democracia e pelos humildes - nos quais me incluo - do meu País.

Ricardo Silva, vereador PSD, acusa Santana Lopes de governar por "impulsos", "sem estratégia, objectivos e muito menos ideias firmes"...

 Via Diário as Beiras


Se tal for possível...

 Via Diário de Coimbra

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Para que tem servido o voto útil?


Acabei de ouvir Rui Rio, no final de uma arruada no Porto, afirmar para animar as hostes,  "que quem quiser mudar de governo o voto útil é no PSD"!.. 
Isto vai agravar-se até domingo. Vamos continuar a ser massacrados. Suportados em sondagens eleitorais que se atropelam, com resultados para todos os gostos, os órgãos de Comunicação Social procuram-nos fazer crer que o mais importante é quem ganha e quem fica em terceiro lugar. 
Esta estratégia comunicacional tem fim em vista: beneficiar o poderoso bloco central de interesses (PS ou PSD sozinhos ou juntos), procurando fazer-nos esquecer o que todos aprendemos em 2015: não é a força política que tem mais votos nas eleições que, por isso, ganha o direito a indicar o primeiro-ministro. 
As eleições servem para eleger a Assembleia da República - os 230 deputados que a constituem. Serão estes, de acordo com a correlação de forças final, a definir quem vai, ou não, para o Governo. Este facto deita por terra a questão do chamado "voto útil" no PS ou no PSD, que tem perpetuado estes partidos nos governos.  

Legislativas 2022: nós, os pobres, não podemos desperdiçar a oportunidade de o continuar a ser...

Nós, os pobres, não podemos desperdiçar a oportunidade de o continuar a ser...
Temos de estar sempre atentos às oportunidades (e necessidades...) de mercado, mesmo neste tempo de crise.

Aprende a ser a pobre. Se não sabes, inscreva-te num curso de formação especialmente dirigido a pobrezinhos propriamente ditos.

Ficam umas dicas: não deixes o teu filho querer iPods e iPhones e outras porcarias dessas. Nunca tenhas um mercedez à porta quando vives com o rendimento mínimo.

Um pobre e uma agulha não são melhores que um camelo. Não desejes nada, nem dignidade, que assim não sofres. Os pobres são ricos em amor, para quê quererem ser doutores, engenheiros, teres um SNS em condições para te tratar se chegares a velho ou adoeceres antes disso. Para que queres o acesso à educação? Isso só te vai dar conhecimentos, abrir horizontes com ideias parvas sobre o futuro.

Vê o Big Brother e permanece em paz com a natureza e o Espirito Santo... 

No domingo, preferencialmente vota no Chega. Vá lá, podes votar IL, CDS ou PSD. Nunca PS ou BE. E, sobretudo, CDU...

Se fingirmos que isto é a sério, pode ser tenhamos, quando Deus (e o Rio o permitir) direito a desconto no IRS?

Caraças: quando é que vamos deixar de ser otários?

O que ainda vai valendo, é que, por enquanto, a maioria o é na base do voluntariado...

Santana Lopes, "e o PSD da Figueira funcionar como ajudante de campo do PS, como fez o Bloco [de Esquerda] durante a campanha [eleitoral das Eleições Autárquicas]"

Via Diário as Beiras
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, admite a possibilidade de a Universidade de Coimbra (UC) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) poderem vir a partilhar as instalações do Sítio das Artes. 
Todavia, ressalvou o autarca, tudo dependerá do espaço que a instituição de ensino superior vier a utilizar naquele imóvel municipal.
Indagado sobre a possibilidade de o IEFP poder vir a recorrer à justiça, para contestar a decisão da câmara, e, com isso, atrasar a instalação da UC no Sítio das Artes, onde também funcionou a extinta Universidade Internacional, Pedro Santana Lopes respondeu assim, em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, que será publicada em breve: “Eu não aconselhava a fazer isso, porque a câmara também tem os seus meios. (…) Se o Estado quiser meterse com a câmara, podese meter, mas eu tenho meios jurídicos e legais para fazer face a isso”.
“O que me custa é o PSD da Figueira funcionar como ajudante de campo do PS, como fez o Bloco [de Esquerda] durante a campanha [eleitoral das Eleições Autárquicas]. Isso é que me custa. Que o PS se doa, ainda compreendo, porque era quem estava no poder” - Santana Lopes no Diário as Beiras, edição de hoje. 
A (in)direta dirigida ao PSD tem relação com a nota de imprensa enviada pelo vereador do partido, Ricardo Silva, na qual defende a prorrogação do prazo inicialmente dado ao IEFP, até 31 de dezembro de 2022, que antecipa a proposta que apresentará em sede de reunião de câmara. A proposta tem em conta atrasos eventualmente gerados pela pandemia. 

O conhecimento do passado é uma ferramenta essencial para, no presente, identificar e travar os indícios do Mal

«27 de janeiro, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, recordamos o período mais negro da História recente da Europa homenageando os milhões de vítimas do nazismo, assim como os salvadores que, com riscos pessoais e familiares, conduzidos pelos valores da solidariedade e do humanismo, procuraram que alguns dos perseguidos escapassem à sanha persecutória e homicida.»

Coisas importantes e que podem passar sem darmos por elas: sondagens, manipulação autorizada...

A Estatística é, por vezes, a resposta para a imprevisibilidade que o nosso mundo apresenta. Contudo, o modelo estatístico não deixa de ser um argumento ou de apresentar uma verdade e um discurso. 
Na área da política, os estudos e as sondagens que têm por base a estatística, apresentam uma proposta de previsão. Por isso, são muitas vezes alvo de polémica no espaço público. 
A fiabilidade destes estudos podem ser questionados. 
A publicação destes dados influenciam o comportamento eleitoral e as escolhas dos eleitores. 
Serão estes resultados manipulados com objectivos concretos? 
"No espaço de uma semana António Costa passou de estar a três deputados da maioria absoluta, com a esquerda em maioria no Parlamento, segundo sondagem da Pitagórica, para o homem que vai atrás de Rui Rio com a direita em maioria no hemiciclo, segundo uma tracking poll num universo de 180 eleitores, apresentada por uma televisão - a CNN Portugal, ex TVI24, como se de uma sondagem se tratasse, com a imprensa com agenda, onde a fronteira entre jornalismo e comentariado não existe, prontamente a dar eco do feito, e com mobilização geral dos milhares de perfis nas redes a fazerem alarde da boa nova. Assim se inventa uma dinâmica de vitória e se manipula uma parte do eleitorado, dos indecisos aos abstencionistas."

Como se manipulam umas eleições. Capítulo II

"Nestas tracking poll apresentadas como sondagens, e nas sondagens elas próprias, as percentagens são atiradas ao monte para os ecrãs das televisões e entram pela casa das pessoas dentro sem haver uma tradução em número de deputados eleitos por círculo eleitoral, como se de um círculo nacional se tratasse e como se a contagem fosse feita a partir do monte de votos arregimentado. Em quantos deputados se traduzem os "por cento" dos gráficos de barras que metem o Chega e o Ilusão Liberal à frente da CDU e do Bloco de Esquerda, sendo que há partidos que não vão eleger na grande maioria dos círculos e sendo que, por exemplo, nas últimas legislativas a CDU teve 19 000 votos no círculo de Braga, sem eleger qualquer deputado, contra os 3 000 que permitiram eleger João Cotrim de Figueiredo em Lisboa?"

Pedro Nuno Santos em Aveiro.

 "A dignidade do trabalho e o Estado Social são a nossa casa comum".

Legislativas 2022: estamos na ponta final e continua a incerteza...

Falta um dia para a campanha eleitoral chegar ao fim. 
Em plena nova vaga de pandemia, com cada vez mais portugueses a testar positivo à covid-19, a fase final das legislativas de 2022 ficou marcada por episódios invulgares, como o protagonismo dos animais de estimação, em vez da séria reflexão sobre o conteúdos dos programas, diálogo construtivo sobre propostas para os problemas dos cidadãos (trabalho com condições,  impostos e SNS).

Segundo Rui Rio, António Costa está na iminência de perder as eleições. Estranha afirmação, vinda de alguém que anda há anos a desvalorizar e a gozar com as sondagens, que são, literalmente, o único indicador de que dispôs para chegar a uma conclusão destas. Ou será que, quando lhe são favoráveis, se tornam credíveis?

Rio estava a fazer uma campanha inteligente. O clima entre o PS e os ex-parceiros da "geringonça", facilitou-lhe a vida.
Entretanto, as sondagens começaram a encurtar a distância entre PS e PSD, com o PSD a ultrapassar o PS em algumas. O que fez Rui Rio? Esqueceu-se da estratégia que o levou até ali, encheu-se de ar e até se apresentou como vencedor antecipado.

Para quem é tão experiente nestas andanças, o líder do PSD devia saber que o excesso de confiança para efeitos de show-off  tem um enorme potencial para dar barraca. Mas o cheiro a poder enebria, de tal forma que até Luís Montenegro apareceu ao lado de Rio em campanha. 

É o que temos: Rio não mudou continua o que sempre foi para quem o conhece nos bastidoresCosta, acabou a tornar a valorizar a importância da negociação e esqueceu o sonho da maioria absoluta. Rio, nesta ponta final da campanha ainda vai buscar a humildade e esquecer que já tinha as eleições no papo.
Quem ousaria pensar que, Costa e Rio, dois políticos tão experientes, poderiam ser tão ingénuos?

A poucos dias das eleições, ninguém sabe quem vai ganhar.
Chegámos aqui com responsabilidades repartidas entre as várias esquerdas. Sobretudo do PS, que recusou um acordo de legislatura em 2019, passou o tempo a convergir preferencialmente com o PSD e pelas fracas concessões que estava disposto a fazer à sua esquerda em 2022 (leis laborais, ordenado mínimo, SNS).
Progósticos só no fim. 
Perante todos os cenários, eleitorais e pós-eleitorais, depois de domingo, neste momento, o que se vislumbra é  mesmo a incerteza.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Figueira TV publica vídeos com os candidatos às legislativas do próximo domingo

Para as eleições legislativas que se realizam no próximo domingo, a Figueira TV decidiu criar um espaço de igualdade de oportunidade para todas as 17 candidaturas por Coimbra. A esse espaço chamaram: FALAR A TODOS OS FIGUEIRENSES - Legislativas'22.

Fica o vídeo com o candidato da CDU, Manuel Pires da Rocha. Os outros videos podem ser vistos clicando aqui.

A cidade que fomos: quem se lembra do Visconde de Vila Verde? (2)

 Via jornal barca nova, edição de 17 de Novembro de 1977

Defende a internalização da Figueira Domus?

 Via Diário as Beiras

Existe a esperança de o batel poder vir a ser viabilizado? Empresários estudam navegabilidade do Mondego entre Coimbra e Figueira da Foz...

Todos os rios do nosso País têm barcos tradicionais a navegar. O Mondego e a Figueira da Foz são a excepção...
Segundo o Notícias de Coimbra, «a Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) reuniu com o presidente do município da Figueira da Foz para discutir a possibilidade de tornar navegável o rio Mondego, entre Coimbra e a Figueira da Foz.»
A reunião decorreu na sexta-feira, entre a direção da NERC e o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, refere a associação empresarial num comunicado hoje divulgado.»

Legislativas 2022: sondagens...

Ponto da situação.
Empate, por enquanto, técnico. E ao que dizem: absoluto.
Emigrar, yes. Não emigrar, yes.
As pessoas não são estranhas. Simplesmente, por vezes são complexas e atreitas a complicar.
Decidem por instintos. Refugiam-se em  sentimentos complexos. Deixam vir à tona os medos íntimos - mesmo os interiores. Vão ao  âmago.  Chegam ás vísceras.
As pessoas não são estranhas. Por vezes, simplesmente, entranham-se nas próprias entranhas.
Ainda temos 4 dias. Pode ser que ainda passe...
Mas todos sabemos o que aconteceu com a coca-cola: “primeiro estranhou-se. Depois, entranhou-se.”
E por cá anda há quase 100 anos...

LEGISLATIVAS 2022: IMAGENS DA CAMPANHA ELEITORAL

Estamos a dois do fecho do período oficial de campanha eleitoral para as eleições de domingo. Ficam aqui algumas das frases que já marcaram esse tempo.
Imagem via Correio da Manhã
Maria João Marques, via jornal Público: 
«A campanha do PS parece um daqueles manuais de auto-ajuda, ao estilo “como perder eleições em dez passos”».
Carlos Coelho, especialista sobre a dinâmica de campanha, via Diário de Notícias: 
“Rio passou de contabilista a humorista e o gato transformou-o em político”.
António Costa Pinto, especialista sobre a dinâmica de campanha: 
“Pedir maioria absoluta foi erro, mas não tem importância porque até o PS sabe que não a terá”.
Rui Rio,  Presidente do PSD: 
“António Costa está na iminência de perder as eleições. Por aquilo que fez na política ao longo de toda a sua vida (...) podia perdê-las com dignidade.” 
António Costa,  Secretário-Geral do PS: 
“A falta de clareza não está aqui, está mesmo no nosso adversário. Cada um deve responder pelo seu programa, tudo às claras. Não deve haver gato escondido.” 
Manuel Carvalho, Director do jornal Público: 
"Rui Rio construiu uma face de “paz e amor” e ocultou a sua natureza intransigente, intolerante e conflituosa. O sucesso poupou-o à amargura e ao ressentimento. Coisa breve, porque, se Rui Rio tem um mérito, é o de não esconder o que é. O Rui Rio sorridente e com gatinhos acabará na primeira contrariedade."

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Se não fossemos tão tolinhos Rio estaria em maus lençóis...

Em entrevista à CNN Portugal Santana Lopes admite regresso ao PSD: "Eu pertenço lá"...

«O antigo presidente do partido deixa a porta aberta, e até já sabe como quer regressar. Pelo meio, deixa recados ao Presidente da República.
Depois de romper com o PSD há cerca de três anos, na sequência de ter perdido as eleições para a presidência do partido para Rui Rio, Pedro Santana Lopes diz não estar arrependido: "Houve uma ligação que acabou". Ainda assim, em entrevista à CNN Portugal (que pode ser vista, clicando aqui), o actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz não coloca de parte um eventual regresso aos sociais-democratas.
"Gosto muito do PPD/PSD, nunca deixei de gostar", afirmou, num estilo bem caraterístico de se referir ao partido.
Questionado sobre quando foi a última vez que falou com Rui Rio, refere que foi ainda antes do Congresso do PSD, ao qual acabou por não ir: "Podia ter ido, podia ter estado na linha da frente, até podia ter falado".
Confessando "dois amores" (Aliança e PSD), Santana Lopes admite assim um regresso ao PSD: "Há uma pessoa que quer muito, que é a Conceição Monteiro. Acho que é provável, eu sou de lá, eu pertenço lá. Gosto de voar sozinho, mas sei qual é o meu bando".
Sobre o regresso e o seu momento, diz que é algo que não tem claro, mas garante que, quando acontecer, será pela mesma porta por onde saiu, sem "palmas, assobios ou festas".
A acontecer, diz, esse regresso não estará nunca relacionado com uma eventual aproximação do PSD ao poder.
Afirmando-se como alguém que sempre foi contra o bloco central, Pedro Santana Lopes diz que há um desgaste do actual Governo, antes de deixar um elogio a António Costa: "Não vou dizer que foi um herói, mas gerir um país num processo de pandemia é dificílimo", afirma, notando que poderia existir no primeiro-ministro um maior desgaste.
Mas o autarca coloca o ónus no Presidente da República, que na altura da dissolução do Parlamento foi "categórico", postura que, para Santana Lopes, deve manter a partir das eleições, sob pena de Portugal não conseguir encontrar solução governativa.É por isso que Santana Lopes vê como forte um entendimento de PS e PSD, algo que coloca como dependente de Marcelo Rebelo de Sousa, que, a partir de 31 de janeiro deve procurar fomentar uma solução de governo.
"António Costa já disse tudo e o seu contrário, está muito errático. Hoje já está disposto ao diálogo com toda a gente", vinca, dizendo que não faz sentido as posições tomadas por PS, PCP e Bloco de Esquerda.
Por isso mesmo, Santana Lopes diz que a solução mais viável poderá mesmo ser um entendimento ao centro. O ex-adversário de Rui Rio vê no actual presidente do PSD alguém capaz de vencer as eleições: "Tem um bom programa, tem-no exposto, os portugueses sabem que é uma pessoa séria".
"Ele pode vencer as eleições. É o único que aprendeu que o grande problema de Portugal é a economia e o crescimento", aponta, dizendo que Rui Rio tem a mensagem correta, antes de confessar ainda não ter decidido o sentido de voto.»