domingo, 16 de janeiro de 2022

Se “Chicão” morrer, morre de pé

«No país engravatado todo o ano e que se assoa à gravata por engano — como escrevia Alexandre O’Neill —, uma grande parte de comentadores decidiu tornar equivalente Francisco Rodrigues dos Santos a André Ventura depois do debate desta semana. 
É grave: ignoraram tudo o que Rodrigues dos Santos disse a Ventura, desqualificaram a defesa que fez do papel dos valores da democracia cristã contra a direita “xenófoba” e “racista” e decidiram confundir tudo, provando que o que às vezes mais importa ao debate político não são as ideias, mas a forma. Se Francisco Rodrigues dos Santos tivesse falado mais baixinho, talvez os comentadores percebessem. Mas o presidente do CDS fala alto e é bruto. 

Ainda bem que “Chicão” mudou. Por muito que o CDS tenha sido, desde que Francisco Rodrigues dos Santos assumiu a liderança, um partido sem rumo e as sondagens mostrem que o CDS está em coma induzido, é de elogiar que “Chicão” tenha sido capaz de mostrar as diferenças entre um partido fundador da democracia e outro xenófobo, racista e populista. Se o CDS morrer a 30 de Janeiro, morre de pé.»

Os 118 anos de vida do SIT foram comemorados de forma diferente...

 Via Diário de Coimbra

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sábado, 15 de janeiro de 2022

O que nós andámos para aqui chegar!

 Para ver e ouvir o vídeo, clicar aqui.

"Ruído interno", um filme em exibição no PSD Figueira desde 2007...

RECORDEMOS OS RESULTADOS PARA A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2005.
PRESIDENTE DA CÂMARA:
PPD/PSD - António Batista Duarte da Silva com MAIORIA ABSOLUTA.
(PPD/PSD - 15428 votos, 47,93%, 5 mandatos
PS - 10666 votos, 33,14%, 4 mandatos).

Junho de 2007. Uma proposta da oposição minoritária, foi aprovada por 5 votos favoráveis (PS e Pereira Coelho) e 3 contra (Lídio Lopes, Teresa Machado e Duarte Silva. José Elísio esteve ausente da sessão).
Declarações:
Duarte Silva – «é legal», mas é «demonstração pública de falta de confiança no presidente da câmara».
Vítor Sarmento - “a câmara e mais concretamente o presidente, não tem sabido encontrar as melhores soluções”.
António Tavares – “é um procedimento normal em democracia», que pretende “dar maior operacionalidade a algumas matérias em que a câmara demonstrou ser pouco operacional e passar a colocar em cima da mesa muitos do assuntos que estavam subtraídos à competência da câmara”.
Paz Cardoso – “não está em causa a confiança no senhor", mas “antes podermos colaborar para melhores soluções, mais eficácia, maior rapidez”.
Pereira Coelho - “no final da votação, o autarca do PSD justificou o seu voto contra, recordando a Duarte Silva as palavras que utilizou quando lhe retirou os pelouros, “a quebra de confiança política”. Faço minhas as suas palavras, a falta de confiança é a mesma que passou a existir desde aquele dia. Há uma estrondosa falta de organização e de capacidade de gestão de que resultam prejuízos enormíssimos para a câmara”.
Lídio Lopes (em seu nome e no de Teresa Machado, garantindo que também «em nome de José Elísio», que ficou de aparecer mais tarde, mas até ao final da sessão não compareceu)- estamos contra a proposta do PS, por ser “uma questão eminentemente política, pelo alcance, pelas motivações e pelo enquadramento político”.  “É desacreditação do presidente, desconfiança para exercer o interesse público e não aceitamos, porque confiamos no presidente”.

As coisas já não andavam bem, mas começou aqui o espectáculo público de um presidente de câmara a ser queimado em fogo lento e da desagregação interna de um partido. Que dura até aos dias de hoje.
Quem tenha estado atento ao que se passou na política figueirense nos últimos 15 anos, deu facilmente conta que existiu (e existe) um clima de de divisão, de confrontação, de hostilidade dentro do PSD Figueira, desde 2009, que não foi (nem é) normal. 
No processo das eleições autárquicas que tiveram o pior desfecho de sempre para o PSD na Figueira,  que desembocou nos resultados eleirorais de 26 de Setembro último, a realidade ultrapasssou a ficção.

Em Agosto de 2009, Duarte Silva tinha uma vida complicada como presidente de câmara da Figueira da Foz, ao ponto de ter retirado pelouros ao então vereador José Elísio. “José Elísio ficou sem os pelouros que detinha – entre outras funções a responsabilidades das colectividades e ambiente – por solicitação do presidente, devido a determinadas posições políticas que o autarca tem tomou, entre as quais a de  ir ser candidato independente pela junta de Lavos.”
Aquilo foi uma trapalhada total. Segundo os jornais da época, o presidente da edilidade garantia que não pediu a devolução de pelouros nenhum. «Ele (José Elísio) é que se disponibilizou para os entregar, dentro de uma conversa que tivemos», disse Duarte Silva ao Diário de Coimbra. Duarte Silva, recordou que, «de uma forma geral, todos os vereadores sempre me disseram que os pelouros estavam à minha disposição e nessa conversa ele prontificou-se a entregarmos».
O presidente Duarte Silva chamou a si próprio os pelouros até aqui entregues a José Elísio, até porque  já não faltava muito tempo para o mandato terminar.
Recorde-se, que antes, já tinham sido retirados os pelouros ao vereador Paulo Pereira Coelho.

Apesar de toda a controvérsia existente no PSD Figueira em 2009, “Manuela Ferreira Leite convidou pessoalmente Duarte Silva a recandidatar-se”.
Os militantes e dirigentes do PSD Figueira ficaram divididos. Seria difícil a Duarte Silva dizer que não. Mas, isso, não desagradaria a todos.
Na altura, “ouviram-se fortes críticas a Duarte Silva. Entre os dirigentes houve quem tivesse primado pela veemência ao defender que o independente eleito para dois mandatos consecutivos nas listas do partido não era o melhor candidato."
O que se veio a provar, com a vitória de João Ataíde e do PS. A falta de obra para mostrar ao eleitorado era o principal pecado apontado ao presidente.
Havia um enorme descontentamento em relação à gestão das opções pessoais do eng. Duarte Silva. E esse descontentamento acabou por verificar-se através da própria criação do Movimento Figueira 100%. Na altura, o eng. Daniel Santos era o coordenador do Conselho de Opinião do PSD Figueira.
Em 2009, apesar da contestação interna, Duarte Silva acabou por ir a votos,  por no entender da Concelhia e da Distrital do PSD, “ser o único candidato que podia levar o partido à vitória”. Como obra feita Duarte Silva apresentava: "a futura ponte da Gala, a modernização dos equipamentos do porto de pesca, o prolongamento do molhe Norte, a futura plataforma logística e as obras no porto comercial", tudo obras da responsabilidade do Governo Central.

Desde então o PSD Figueira ficou arredado do poder autárquico figueirense. Duarte Silva perdeu em 2009, Miguel Almeida em 2013, Carlos Tenreiro em 2017 e Pedro Machado em 2021.
A "cola" que poderá unir a família social democrata figueirense é o acesso ao poder e a distribuição dos lugares.
Portanto, organizem-se...
Imagem via Diário as Beiras

"O porto comercial deve ser mudado para a margem sul?" (continuação...)

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé.

Quase há 21 anos, precisamente na edição de 18 de Junho de 2001, na coluna que escrevia todas as semanas, o responsável pelo OUTRA MARGEM, publicou então no jornal Linha do Oeste a seguinte crónica: "Curiosidades marginais (III): Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização".
Para ler, basta clicar aqui.

João Oliveira: defesa eficaz, meio campo sólido e ataque rápido

João Oliveira, na estreia como substituto do secretário-geral comunista, não foi de modas: no debate com Rui Rio apresentou uma eficaz defesa em linha, um meio campo sólido e um ataque rápido.
Conseguiu passar a ideia de que entre PS e PSD não há grandes diferenças.
“O dr. Rui Rio disse a frase do debate – «se eu estivesse no lugar de António Costa tinha também recusado tudo o que PCP pediu». 
Se as pessoas estão descontentes com o PS, porque não lhes resolveu os problemas e estavam a achar que iam encontrar no PSD a alternativa, tem aqui a resposta mais clara possível”.

Governar à Guterres

Via Ladrões de Bicicletas

«No debate com Rui Rio, António Costa disse que, caso fosse necessário, iria "governar à Guterres". É um estranho figurino político de que se orgulhar.  Devem ser saudades daquele tempo de grande elevação democrática em que bastava ao Partido Socialista  subornar um deputado da oposição às claras para aprovar um Orçamento de Estado. Ter de negociar políticas concretas com outros partidos, como entre 2015 e 2019, é uma grande maçada.

Já para nem falar do conteúdo: as privatizações, as decisões calamitosas de integração económica e monetária com cujas consequências contamos até hoje, um posicionamento sobre o aborto que custou mais dez anos de calvário para as mulheres portuguesas. 

Haja desfaçatez. Mas, avaliando a situação, deve ser para um expediente semelhante para que António Costa se prepara. Só isso explica a soberba de agitar um Orçamento de Estado que acabou de ser chumbado e dizer que é o mesmo que voltará a apresentar depois das eleições, apesar de nenhuma sondagem lhe dar maioria absoluta. 

Talvez pense que alguns dos novos parceiros potenciais se irão vender mais barato do que uma bola de queijo Limiano. Para nossa infelicidade, talvez não esteja enganado.»

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

E o vencedor do debate é...

O momento do debate, foi quando Costa disse (já tinha ouvido - e não há muito...):

«... não houve nos últimos 20 anos um crescimento económico nacional tão expressivo como o registado entre os anos de 2015 e 2019, mas que essa conjuntura não foi bastante para o PSD votar a favor de propostas como o aumento do salário mínimo, a redução do passe dos transportes, a gratuitidade dos manuais escolares, a redução do IVA da electricidade (apesar do anúncio do PSD de que iria votar a favor) ou até a redução do IRC para as pequenas e médias empresas – medida que, curiosamente, o PSD resolveu incluir no seu programa eleitoral.»
Os ideólogos que se limitam a defender o que estiver a dar no eixo Washinghton-Bruxelas continuam interventivos. 
Portanto, a Geringonça 2 continua muito difícil. Sinais de autocrítica sobre os impasses de desenvolvimento que essa estratégia gerou não se vislumbram. 
Mas isso sou eu - que não voto PS nem PSD - e que estou farto da demagogia euro-atlanticista destes partidos. 
E ainda mais dos seus autores, que só vêm a terreiro para contribuir para que uma maioria de esquerda não seja possível em Portugal... 
José Miguel Júdice: "Rio não serve para primeiro-ministro porque não vai conseguir fazer aquilo a que se propõe". Rio "não serve para primeiro-ministro", mas não deve demitir-se "se perder as eleições".

Obras de reforço da segurança rodoviária na 109

Via Diário as Beiras

"A Infraestruturas de Portugal consignou a obra de reforço da segurança rodoviária na EN109, entre os concelhos da Figueira da Foz e Cantanhede, por 1,2 milhões de euros. O troço da EN109 a intervencionar desenvolve-se entre os quilómetros 101 e 116, no início da Variante de Tavarede. 
A obra tem um prazo de execução de 300 dias e envolve a reformulação dos vários cruzamentos existentes ao longo deste lanço com quinze quilómetros, a beneficiação do pavimento, a substituição e reforço da sinalização e equipamentos de segurança e a melhoria da capacidade de drenagem da estrada. 
A concretização desta empreitada irá assegurar importantes melhorias ao nível das condições de circulação, acessibilidade e segurança da EN109. 
A Infraestruturas de Portugal tem vindo a executar um conjunto de intervenções de benefi ciação da EN109, tendo concluído, em junho do ano passado, a obra de reabilitação do troço com cerca de 15,5 quilómetros, entre a Figueira da Foz e Pombal. No conjunto das duas empreitadas, a empresa pública investe mais de quatro milhões de euros na beneficiação de 30,5 quilómetros de via, visando a melhoria das condições de mobilidade e segurança dos milhares de automobilistas e peões que diariamente utilizam a EN109.
Estas obras há muito que são reclamadas por autarcas figueirenses. Entretanto, o atual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, colocou a segurança rodoviária no troço da EN109 que atravessa o norte do concelho como uma das suas prioridades, devido aos constantes acidentes, alguns com gravidade, que ali ocorrem, sobretudo nos cruzamentos."

Debate do centrão e a manutenção do "sistema": se Rio ganhar, "entrego-lhe a chave", disse Costa

No passado dia 10, escrevi numa postagem no OUTRA MARGEM: "os especialistas em comunicação política sabem que uma campanha se faz sobretudo para a imagem. Fonte principal de informação dos cidadãos, é muitas vezes em função do que passa a televisão que se pode decidir um voto. É hoje perfeitamente aceite que a principal fonte de informação dos cidadãos é a televisão".

Decorreram poucas horas sobre o debate que colocou frente a frente António Costa e Rui Rio e a citação que fiz não podia estar mais actual. O frente a frente entre as primeiras figuras do PS e do PSD foi a constatação de algo que costumamos ouvir, mas que poucos sabem definir: o sistema.
Não o sistema da cassete do Ventura: "O Rendimento Mínimo". "Os ciganos". "Os polícias que são agredidos todos os dias". "Os ciganos". "O salário dos políticos". "Os ciganos". "Andamos todos a trabalhar para pagar a quem não quer fazer nada". "Os ciganos". "Os refugiados de telemóvel na mão". "Os ciganos". "A corrupção". "Os ciganos". "A castração química". "Os ciganos". "O número de deputados". "Os ciganos". "A pena de morte". "Os ciganos", mas o verdadeiro sistema.

Desde logo: se todos os debates duraram 25 minutos, porque é que este mereceu tratamento especial e se prolongou por 1 hora, 18 minutos e 31 segundos?
António Costa ou Rui Rio, herdeiros políticos de dois partidos que governam Portugal há mais de 40 anos, têm alguma coisa de diferente, inovadora, ou melhor, como propostas de governação para apresentar?
António Costa são mehores políticos e melhores governantes?
Na minha opinião, não.
Foi assim, porque as televisões podem. Foi assim, porque o sistema determina que não pode ser de outra maneira. Foi asssim, porque o sistema não permite que haja alternativa ao centrão. Foi assim, porque a manutenção deste sistema bi-partidário depende deste "status quo".

Isto é o sistema, que não é mais que a manutenção da "ditadura" dos poderosos, para que tudo se mantenha na mesma.
Fundamental para o sistema instalado, é preservar os interesses das  clientelas comuns ao PS e ao PSD.
Numa  democracia a sério, todos (até aqueles cujo objectivo é atentar contra  a democracia) teriam, à partida, as mesmas armas, condições e oportunidades. 
O privilégio, isto é, as vantagens concedidas a alguém, em detrimento, desfavor e com prejuízo de outros, é a negação da democracia.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Naval...

 Via Diário de Coimbra

Figueira da Foz tem a água mais cara e Arganil a mais barata do distrito

"Se vive no distrito de Coimbra e quer pagar menos água, saiba que os municípios onde a fatura é mais barata são os de Arganil e Cantanhede. No extremo oposto está a Figueira da Foz e Condeixa. As diferenças entre concelhos, nas contas anuais, chegam quase aos 200 euros"...

Finalmente, um debate...

"Decisão 22: o frente a frente entre Rui Rio e João Oliveira na íntegra".

Ver aqui...

In Memoriam

"Partiu o nosso Diretor, Celso Fernandes de Morais.
Um dia muito triste no mundo dos Bombeiros da Figueira da Foz".

Carnaval, meteorologia e pandemia...

A Câmara de Mira decidiu, pelo segundo ano consecutivo, cancelar as festividades alusivas ao Carnaval devido à pandemia de Covid-19.
Já na Figueira, a autarquia mantém as datas do Carnaval. A notícia pode ser lida na edição de hoje do Diário as Beiras.
"Se o evento não for cancelado por causa da pandemia, realizar-se-á nos dias 27 de Fevereiro e 1 de março, na avenida do Brasil." 
"Os participantes já estão a preparar-se para os desfiles. Está confirmada a participação de cinco grupos e das três escolas de samba do concelho - A Rainha, Unidos do Mato Grosso e Novo Império - , com os respetivos carros alegóricos." 
Adelino Vaz, presidente da direção da Associação do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, disse ainda que "os reis, uma figura nacional e outra local, à semelhança da última edição do Carnaval, em 2020, serão convidados pela ACBFF, não se realizando, pois, a eleição do “monarca” do concelho, como aconteceu noutras edições."
Entretanto, "foi aprovado um reforço da verba transferida pelo município para a organização do Carnaval, de 60 mil para 75 mil euros, como vinha solicitando a ACBFF, para fazer face às despesas e à melhoria da qualidade do evento. O preço da entrada deverá manter-se nos quatro euros".
Na Figueira é (quase) sempre carnaval. Ainda sou do tempo em que o carnaval era contemplado como devia ser: por exemplo, em 2013, 100 mil euros, cem, 20 mil contos em moeda antiga, foi quanto a Figueira Grande Turismo contribuiu para a brincadeira...
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Porém, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre duas coisas: os fenómenos meteorológicos e a pandemia.
Todos sabemos o essencial - que é quase nada - sobre a pandemia. Sobre os fenómenos meteorológicos idem. No Verão costuma estar calor e não chover; na Primavera costuma estar ameno e, às vezes, chover; no Outono, o normal é estar ameno e, frequentemente, chover; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
A meteorologia, tal como a pandemia, são coisas imprevistas e traiçoeiras.
Já tivemos carnavais anulados na Figueira por uma e outra razão. 
Portanto, cuidem-se...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Santana continua determinado: “Chumbem o que chumbarem, estamos cá para trabalhar pela Figueira da Foz”

 Via Diário de Coimbra

O PS e as eleições antecipadas: CAIU A MÁSCARA

E deixou a nu os truques orçamentais, com verbas anunciadas aos sete ventos que acabam por não ser executadas. O exemplo dos cuidadores informais calou fundo. 
E não deixou ninguém indiferente.

Uma iniciativa iliberal

«Na IL chamam o nome bonito de “liberdade” à prosaica ausência de intervenção estatal na economia e na sociedade... 
Via Jornal Público


Qualquer pessoa efetivamente liberal (é o que me considero) entende que a Liberdade não é um conceito teórico. Concretiza-se na existência prática da possibilidade de escolha. A pobreza reduz os graus de liberdade de quem nela vive. 

O mais caricatural na IL, no entanto, é um partido alegadamente liberal ter, como bandeiras políticas, propostas para a despesa pública: pôr os contribuintes a pagar a educação e a saúde privada dos que assim quiserem. Para a IL, o Estado que faça o favor de ficar ausente em várias áreas importantes. Porém, esse mesmo Estado deve pagar os colégios e as consultas médicas privadas de quem não tem dinheiro para tal, mas não gosta da escola pública nem do SNS. Mais um bocadinho e inventam um voucher-comida para termos acesso uma vez por ano a um restaurante com estrela Michelin — a expensas dos contribuintes, que agora só lá vai quem pode pagar. E a alimentação não fica atrás da saúde e educação.»