segunda-feira, 9 de agosto de 2021
Listas para as póximas autárquicas...
O problema da fixação dos jovens no concelho passa pelo problema da habitação e por outros tão ou mais graves: qualidade do emprego, salários e estabilidade laboral...
Fica a sugestão. A "mercearia" figueirense pode continuar a crescer... Na Figueira, se há sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia: depois da ocupação terra, ainda temos o rio e o mar. "Já existem supermercados flutuantes"... |
Embora possam ter outros negócios, a maior parte da fortuna veio do negócio de mercearia, que esmaga margens dos industriais, dos agricultores, dos pescadores, etc., que para eles trabalham.
domingo, 8 de agosto de 2021
Assim, isto não passa de propaganda...
Mais sincero que isto é impossível: "Santana só faz contrato de arrendamento de uma casa na Figueira, se ganhar as eleições"...
... ou, então, uma (mais uma) jogada de mestre: pode estar aqui o embrião de um movimento de apelo ao voto em Santana nas próximas autárquicas, liderado por uma ou duas dúzias de corajosos propietários de casas para arrendar qa Figueira!..
Via Correio da Manhã
Ordenação das forças políticas e Grupo de Cidadãos Eleitores no Boletim de Voto das próximas Eleições Autárquicas
Para ficar a saber o lugar na lista em quem quer votar na Figueira, clique aqui...
Um pôr do sol no Cabedelo de um dia 8 de Agosto do final da década de 60 do século passado
Em finais dos 60 do século passado, ao ir pela muralha até ao Cabedelo, mais precisamente para a Praia dos Blocos velhos, a norte da Gala, mais ou menos onde agora está a portaria do Porto de Pesca, tínhamos de passar pela ponte do Buquete...
Um dia, ainda eu era adolescente, o quer dizer que já lá vão muitos anos, depois de fazer esse percurso, que deveria ter dois quilómetros, sentei-me no areal do deserto que então era o Cabedelo, para apreciar o pôr-do-sol.
A praia estava vazia. Os pouco veraneantes que então frequentavam o Cabedelo já tinham abalado. Naquele fim de tarde dum dia 8 de Agosto, algures pelo final da década de 60 do século passado, talvez 1969, o vento frio e algo desagradável não conseguia levantar as areias, consistentes como açúcar mascavado, que ficaram à mostra pela baixa-mar.
De repente, o horizonte tornou-se carregado e opaco. A linha que, no horizonte, separa o céu e o mar ficou invisível.
Não consegui prever o que estava para acontecer. Também não demorou muito para ficar a saber: de repente começou a cair do céu uma chuva quente que me apanhou em cheio. Naquele tempo o Cabedelo era um deserto. Fiquei encharcado até aos ossos.
Há coisas que, não desejando que se repitam, para que se não percam definitivamente da nossa memória, convém que fiquem escritas.
Jornais e blogues
Desde há quase 20 anos que leio blogues. Vou continuar a ler.
Há jornais onde se escreve muito bem. E há jornais onde se escreve muito mal.
Há blogues onde se escreve muito bem. E há blogues onde se escreve muito mal.
Uma coisa descobri nos blogues: há quem escreva muito melhor do que eu pensava.
Há escritos nos blogues que nunca teria possibilidade de ler nos jornais.
Aprecio a coragem. Gosto do pluralismo. A variedade fascina-me. A inteligência atrai-me.
Vou continuar a ler jornais. E vou continuar a ler blogues.
sábado, 7 de agosto de 2021
Porque tive de criar o OUTRA MARGEM, há mais de 15 anos...
Nas fotos, eu e o eng. António Albuquerque numa amena e salutar conversa, quando no Cabedelo existia espaço para o convívio e para o diálogo inteligente e esclaredor. |
Andam por aí candidatos a políticos, que vivem no mundo da fantasia da pequena política figueirense, que me acham com caparacidade para, perversamente, criar um "universo paralelo".
Isto, no mínimo, é rídiculo.
Deveria sentir-me honrado com a importância que me dão e que, de todo, não mereço.
Presumo, porém, que explicção para este eqívoco é simples de dar e de entender: o "concelho real" adora esses políticos; o tal "universo paralelo", criado por mim, não tem por eles a mesma imoderada estima.
Já estou habituado. São muitos anos a "virar frangos". Não há candidato a político que, tarde ou cedo, não venha com isto. Não há candidato a político que entre a adulação da gente que o rodeia e o exercício da crítica, não prefira que o "concelho real" seja o da adulação.
De resto, costuma acontecer que à medida que a distância aumenta entre o "concelho real" e o "universo paralelo", mais "real", para o político, se torna o "concelho real" e mais "paralelo" o "universo paralelo".
Não admira que estes candidatos a políticos se convençam que a sua corte de apaguinuados acríticos, são a única e autêntica realidade e que o mundo cá de fora não passa de uma fantasia, fabricada por um inimigo (eu...) que tem «ódios de estimaçã».
Esta gente, na sua infinita capacidade de auto-ilusão, leva a coisa mais longe. A existência do "universo paralelo" é a prova que vivemos numa "semidemocracia".
Por exemplo, se eu não publico o que era seu desejo, simplesmente porque tenho opinião própria, "estou a fazer campanha ao lado" de certos partidos. Por outras palavras, não "faço campanha" ao lado deles.
Este facciosismo nunca me pareceu aceitável. Por isso, se tenho opinião livre, o que me permite introduzir o "país real" no "universo paralelo" e remover o "semi" da semidemocracia, tive de criar o OUTRA MARGEM há mais de 15 anos.
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
Cabedelo piroso e soturno: "que fizemos para merecer isto?".
Mais do que uma queixa, um lamento, uma surpresa, é um protesto.
Quando algo desagradável nos toca a nós, todos achamos que não merecemos.
Estamos formatados e vivemos para as coisas boas - numa palavra para a felicidade.
Achamos que Deus nos deve uma vida feliz, onde só têm de acontecer coisas positivas. Contudo, algum de nós se lhe tocasse o euromilhões (é para isso que jogamos...) se questionaria de onde tinha vindo tanta sorte?
O corpo já teve melhores dias, rebentou um cano em casa, avariou o motor do portão electrico da garagem, a arca frigorífica deu o berro, tivemos furos seguidos na bicicleta, demos um toque na parede ao estacionar o carro, apanhámos uma diarreia (não a mental, que essa é crónica...), temos um novo Cabedelo piroso e soturno: "que fizemos para merecer isto?".
Logo nós, que não merecíamos. Logo nós, sempre tão bons rapazes e raparigas...