sexta-feira, 12 de março de 2021
Há aqui qualquer coisa de difícil compreensão...
Importante, é tentar descobrir as semelhanças...
No decorrer da minha já longa vida, vivi várias campanhas eleitorais autárquicas na Figueira. Aprendi muitas coisas. Entre elas, algo que considero essencial: mais importante do que tentar perceber as diferenças, é mais eficaz ir à cata das semelhanças.
Mais do que necesssário, é imprescendível mudar. Há coisas a mudar na Figueira - muitas e significativas. A começar pelo interior das máquinas partidárias.
O desgosto com a política local é hoje dominante. O que deveria fazer pensar muita boa gente com responsabilidades no assunto: há uma espécie de enfado pelos partidos que roça o antidemocrático, pois o Povo acaba a colocar todos no mesmo saco.
Há falta de memória e de conhecimento. Associando a escassez de trabalho de estudo do passado, perfeitamente visível em certos políticos no activo e em jornalistas, torna-se difícil suscitar a curiosidade para tentar perceber o que tem mudado na Figueira.
Nos tempos mais recentes os protagonistas políticos propuseram algo diferente aos eleitores, que pudesse ser entendido pelo comum do cidadão eleitor?
Em 2017, Ataíde e Tenreiro, como é normal, tinham visões diferentes sobre o passado recente da Figueira, mas diferiam muito no que propunham aos figueirenses?
Espero que em 2021 não seja assim. No mínimo, exige-se a Monteiro e a Machado que, além de terem uma visão diferenciada sobre o passado recente da Figueira, consigam mostrar com a clareza necessária para o Povo entender, o que os distingue no presente e, sobretudo, as soluções políticas que têm para melhorar o futuro.
Existir, a partir de Outubro próximo, uma oposição acutilante, actuante e eficaz, seria sintoma de boa saúde democrática e um dos factores decisivos para assegurar uma boa gestão da autarquia figeirense.
Uma oposição acutilante, actuante e eficaz, seria mais importante do que o consenso ou os "pactos dos interesses (alguns particulares, outros de grupos...) do regime".
Uma boa oposição, é fundamental pois pode passar por aí uma futura alternativa. Mas, para isso o poder no activo não pode apostar, por todos os meios, na morte do contraditório.
quinta-feira, 11 de março de 2021
Mistérios figueirinhas...
Hoje, via Diário as Beiras:
"O ex-presidente socialista da Câmara Municipal da Figueira da Foz José Manuel Leite, de 82 anos, garantiu que Carlos Monteiro (PS), presidente da autarquia figueirense, é o candidato que ele apoia. Assim sendo, esclareceu, não apoia a candidatura de Pedro Machado (PSD), apesar de lhe manifestar “amizade”, lhe reconhecer “honestidade” e “democraticidade” e salientar a “capacidade do candidato”, frisando, ainda, que o apoia “como indivíduo”, mas não como candidato."
Em nota de imprensa, datada de hoje, 11/03/2021,
Alguém percebe alguma coisa disto?
Para memória futura: "Maio é o “mês D” para a recarga da zona situada a sul do quinto molhe"....
Via Diário de Coimbra: Agência Portuguesa do Ambiente assumiu erosão costeira como a "principal preocupação"
Tudo isto não passa duma "ganda" paródia: "quando o Presidente da República te convida para ires ao palácio debater ideias, metes o fatinho e vais"...
Imagem sacada daqui |
Cada um sabe do seu mercado eleitor.
25 de Abril, Sempre! Muros por pintar, Nunca Mais!
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o artista de arte urbana afirmou que o painel representa um “desafio maior” do que aquele que pintou na marginal buarcosense, dedicado à preservação dos oceanos.
quarta-feira, 10 de março de 2021
Até o "padre" ajudou...
Foto via Diário as Beiras |
Entre estes apoiantes, a candidatura destaca a presença de José Manuel Leite, Pastor da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, que foi o primeiro presidente da Câmara da Figueira da Foz eleito após o 25 de Abril (pelo PS).
Leirura recomendada para quem gosta de histórias de "animais políticos"...
Marcelo Rebelo de Sousa, que auto-confinou por vontade presidencial em Março de 2020, havia meia centena de casos e menos de uma mão de mortos, e que logo no desconfinamento andou de norte a sul do país a ver se a água das praias estava boa de sal, enquanto bebia imperais em alegres cavaqueiras grupais e partilhava bolas de Berlim com putos que lhe apareciam pela frente, depois de ter salvo duas jovens de morrerem afogadas com água pelo joelho; Marcelo Rebelo de Sousa que "não é especialista em regras sanitárias", depois de ter apelado a muitos milhares na Feira do Livro de Lisboa e na Fórmula 1 no Algarve, enquanto perorava sobre a "percepção negativa" que as pessoas têm da Festa do Avante!, Marcelo Rebelo de Sousa que explicou a todos os portugueses como haviam de contornar as restrições do Natal, que tanto se "empenhara" em salvar, para logo a seguir fazer uma visita de campanha eleitoral a um lar de idosos, sem saber o resultado de um dos milhentos testes Covid que já fez desde que a pandemia deu à costa, com as televisões a passarem imagens da urgência do hospital de Setúbal a rebentar pelas costuras, com doentes arrumados pelo chão onde havia espaço, e do hospital de Torres Vedras, com ambulâncias com cinco horas de fila de espera, enquanto aproveitava para passar um ralhete aos portugueses por não levarem o confinamento a sério; Marcelo Rebelo de Sousa, depois de toda a pressão que fez sobre o Governo para um segundo confinamento, com encerramento das escolas, no dia em que toma posse para novo mandato presidencial vai a assapar para o Porto para um passeio pelo bairro do Cerco, perante a estupefacção os portugueses confinados, incrédulos nas janelas e varandas, rodeado por uma multidão de jornalistas e por outros mais afoitos que viram aqui o sinal de partida para o que aí vem. A seguir vamos todos salvar a Páscoa."
O Dia da Mulher aconteceu há dois dias...
"Lei da Paridade, aprovada em 2006, não se aplica a nível local aos cargos executivos, seja para presidente de câmara ou para presidente de junta de freguesia."
Esta nossa barra: vamos continuar a correr atrás do prejuízo...
A Figueira da Foz tem, neste momento, três dragas a retirar areia, mas os operadores dizem que agora apenas se está a remediar o erro cometido no fim do verão.
Os cálculos da administração portuária apontam para que, desde novembro, tenha duplicado a quantidade de sendimentos que é preciso retirar para garantir as condições de acesso ao porto.
Ontem, o presidente da organização de produtores de peixe Centro Litoral, António Miguel Lé, e o empresário do sector portuário Paulo Mariano reuniram-se nas instalações da Docapesca da Figueira da Foz, com a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho.
O estado da barra, que tem afeactado as actividades ligadas à pesca e ao porto comercial fez parte da agenda. Os responsável públicos, segundo o que se pode ler na edição de hoje do Diário as Beiras, "garantiram aos interlocutores que estão empenhados em repor a segurança marítima."
Nesta reunião, participaram também a presidente da Administração do Porto da Figueira da Foz, Fátima Alves, elementos do gabinete do ministro do Mar (Ricardo Serrão Santos), o director geral da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, José Simão, e altos responsáveis da administração da Docapesca.
No final do encontro, António Miguel Lé afirmou aos jornalistas, "que as três dragas que estão a operar junto à barra da Figueira da Foz só darão o seu trabalho por concluído quando estiverem repostas as quotas que permitam navegar em segurança."
Ficou igualmente definido que as partes voltarão a reunir-se no próximo dia 30, “para se fazer o ponto de situação”.
Questionado acerca do actual estado da barra para as embarcações de pesca, o armador e dirigente figueirense disse que “a situação é muito má”. E explicou porquê: "Temos um porto com falta de água [devido ao assoreamento]”.
O canal de acesso aos portos de pesca e comercial soma uma quantidade anormal de dias em que está condicionado ou fechado, devido, sobretudo, ao excesso de areia e, também, à agitação marítima".
De harmonia com o Diário as Beiras, António Miguel Lé, saiu “relativamente satisfeito” da reunião, acrescentando: “É ver para crer”. Não obstante, ressalvou: “Em relação ao meu ministério [das Pescas], estou totalmente satisfeito, porque são pessoas empenhadas e interessadas”.
“Saio desta reunião satisfeito, porque, pela parte da secretária de Estado (Teresa Coelho), há um empenhamento fortíssimo para se solucionar, de vez, este problema”, disse, por seu lado, Paulo Mariano.
“Penso que conseguimos demonstrar a grandeza do porto à administração portuária. Esperemos que o Ministério do Ambiente também se conjugue, para que todos os interesses se transformem no interesse supremo do Porto da Figueira da Foz, para evitar constrangimentos futuros”.
Apesar das tentativas, até à hora do fecho da edição de ontem, o Diário as Beiras, não conseguiu "recolher declarações de Fátima Alves, nem dos restantes participante na reunião."