quarta-feira, 10 de março de 2021

Esta nossa barra: vamos continuar a correr atrás do prejuízo...

Tal com este blogue previu há anos (tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu. A pesca está a definhar - tudo nos está a ser levado...), o porto da Figueira da Foz está a passar por graves dificuldades devido à falta de condições de navegabilidade. O assoreamento da barra quase paralisou a pesca porque os barcos não conseguem sair. O porto comercial também regista uma quebra de actividade.
A resposta imediata (que não a medida de fundo), passa pela realização de dragagens. Os operadores garantem que este ano não foram feitas a tempo, em particular as dragagens preventivas que deveriam ter acontecido no fim do verão.
A Figueira da Foz tem, neste momento, três dragas a retirar areia, mas os operadores dizem que agora apenas se está a remediar o erro cometido no fim do verão.
Os cálculos da administração portuária apontam para que, desde novembro, tenha duplicado a quantidade de sendimentos que é preciso retirar para garantir as condições de acesso ao porto.
Ontem, o presidente da organização de produtores de peixe Centro Litoral, António Miguel Lé, e o empresário do sector portuário Paulo Mariano reuniram-se nas instalações da Docapesca da Figueira da Foz, com a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho. 
O estado da barra, que tem afeactado as actividades ligadas à pesca e ao porto comercial fez parte da agenda.  Os responsável públicos, segundo o que se pode ler na edição de hoje do Diário as Beiras,  "garantiram aos interlocutores que estão empenhados em repor a segurança marítima."
Nesta reunião, participaram também a presidente da Administração do Porto da Figueira da Foz, Fátima Alves, elementos do gabinete do ministro do Mar (Ricardo Serrão Santos), o director geral da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, José Simão, e altos responsáveis da administração da Docapesca.
No final do encontro, António Miguel Lé afirmou aos jornalistas, "que as três dragas que estão a operar junto à barra da Figueira da Foz só darão o seu trabalho por concluído quando estiverem repostas as quotas que permitam navegar em segurança."
Ficou igualmente definido que as partes voltarão a reunir-se no próximo dia 30, “para se fazer o ponto de situação”.
Questionado acerca do actual estado da barra para as embarcações de pesca, o armador e dirigente figueirense disse que “a situação é muito má”. E explicou porquê: "Temos um porto  com falta de água [devido ao assoreamento]”. 
O canal de acesso aos portos de pesca e comercial soma uma quantidade anormal de dias em que está condicionado ou fechado, devido, sobretudo, ao excesso de areia e, também, à agitação marítima"

De harmonia com o Diário as Beiras, António Miguel Lé,  saiu “relativamente satisfeito” da reunião, acrescentando: “É ver para crer”. Não obstante, ressalvou: “Em relação ao meu ministério [das Pescas], estou totalmente satisfeito, porque são pessoas empenhadas e interessadas”
“Saio desta reunião satisfeito, porque, pela parte da secretária de Estado (Teresa Coelho), há um empenhamento fortíssimo para se solucionar, de vez, este problema”, disse, por seu lado, Paulo Mariano.
“Penso que conseguimos demonstrar a grandeza do porto à administração portuária. Esperemos que o Ministério do Ambiente também se conjugue, para que todos os interesses se transformem no interesse supremo do Porto da Figueira da Foz, para evitar constrangimentos futuros”.
Apesar das tentativas, até à hora do fecho da edição de ontem, o Diário as Beiras, não conseguiu "recolher declarações de Fátima Alves, nem dos restantes participante na reunião." 

terça-feira, 9 de março de 2021

Bromance...

OBRAS DO CABEDELO: ESPERA-SE QUE MÁRIO SILVA SEJA TRATADO COM A DIGNIDADE QUE A SUA MEMÓRIA JUSTIFICA E MERECE


"- MOMENTO DE REFLEXÃO:
- VIOLAÇÃO DE DIREITOS DE AUTOR.
- QUIMADEIRA (ARTISTA PLÁSTICO) AUTOR DE "TRIBUTO A MÁRIO SILVA".
- A INDIGNAÇÃO PELO DESRESPEITO E FALTA DE PALAVRA, COM QUE ME CONVENCERAM NUMA REUNIÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ.. QUE SERIA CONSULTADO PARA UMA SOLUÇÃO SOBRE A POSSÍVEL DESLOCALIZAÇÃO DO MONUMENTO PROJECTADO E CONCEBIDO POR MIM.
- ESTANDO EU ATÉ ESTE MOMENTO NA EXPECTATIVA DE QUE AINDA PODEREI SER CHAMADO COMO PARTE DA SOLUÇÃO E, NÃO PARTE DO PROBLEMA...
- TRISTEMENTE LAMENTO ESTA SITUAÇÃO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS.
- A BEM DA CULTURA, DA MEMÓRIA, DA DEMOCRACIA E DO RESPEITO!
- CULTURA É MEMÓRIA, PARA QUE A CULTURA NÃO MORRA - QUIMADEIRA."
«...foi um dos maiores artistas portugueses do século XX e um espírito livre. Um artista excêntrico, obstinado, anárquico e contestatário. Nunca obedeceu a qualquer corrente. Assumiu um estilo independente e, não obstante, “conseguiu vingar” - o que, neste país, é obra! 
Desde novembro de 2002, que na praia do Cabedelo, está perpetuado o nome do falecido Mário Silva, um artista plástico de referência, culturalmente inserido na geração de 1960, que pautou a sua carreira por uma acção cultural, humorística e literária de contestação e crítica à sociedade. 
“Foi uma homenagem que o encheu de orgulho, pois foi na Figueira que aprendeu a amar", afirmou o pintor um dia à comunicação social. E o seu busto em bronze, da autoria do escultor Agustín Casillas, lá continuou até 9 de Dezembro de 2020. Foi uma homenagem feita ainda em vida ao artista – Mário Silva tinha na altura 73 anos - à sua rebeldia e mestria. A propósito: o que vai acontecer à praceta depois de concluídas as chamadas obras de requalificação (mais de destruição...) do Cabedelo?»

Esta nossa barra!..

Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra... Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

Curiosidades marginais : Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização (2)

Via Diário as Beiras

Quiaios, coutada socialista...

As leis, aqui, são mais terra a terra e fáceis de ajustar às circunstâncias... Mas, onde ficou, por parte do PS Figueira, o respeito pela ética republicana?
Via Diário as Beiras

À ESPECIAL ATENÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ

Imagem via Jornal de Notícias


Em tempo.
29 de Setembro de 2020.
«A regeneração urbana do Cabedelo será complementada com uma linha de transporte de passageiros e bicicletas fluvial entre as duas margens, assegurada por uma embarcação eléctrica. 
Mas será que estará disponível quando as obras terminarem? 
“Estamos a tratar disso com a rapidez que podemos e a lentidão que os 500 mil euros (preço do barco) nos abriga”, respondeu Carlos Monteiro.»
Fim de citação.

Ex-líder do PS da Figueira da Foz condenado a prisão efectiva


«Uma inspecção a cargo da Segurança Social remeteu para a possibilidade de prática de ilícitos envolvendo vários arguidos.

Para o presidente de um colectivo de juízes, João António Ferreira, a conduta dos arguidos é "incompatível com elementares regras de gestão".

Segundo o advogado José Manuel Ferreira da Silva, é impraticável a alteração da qualificação jurídica e não estão preenchidos os elementos do tipo objetivo e subjectivo de ilícito do crime de furto qualificado, motivos por que o defensor de António Paredes deverá recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra

segunda-feira, 8 de março de 2021

Na Figueira é carnaval todos os dias, mas as eleições autárquicas de outubro próximo são um assunto sério...


O recorte da esquerda, foi retirado da edição do Diário as Beiras da passada sexta-feira. O da direita, foi obtido via edição do Diário de Coimbra de ontem.
Que fique claro, para evitar equívocos como os acima.
Não sou especialista em análise política. Porém, considero-me "batido" nestas andanças. Serei, porventura, um pedacito ingénuo...
Dito isto. Acho que terá havido aqui alguma precipitação de alguém: terá sido demasiado cedo que o Pedro Machado perguntou ao Matos e à Ana com quem eles vão dançar em Outubro?..
E, pelo menos com a Ana, o Pedro, em Abril de 2019, até ficou bem na fotografia:

DIA DA MULHER


Esta foto dos anos 50 do século passado, do Dr. Doutor Gilberto Branco Vasco, mostra uma Mulher, que poderia ser a minha Mãe, pois retrata o que foi a sua vida até ao último dia: uma vida de “trabalhos”.

Curiosidades marginais : Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização

Citação de parte uma crónica Marginal de  António Agostinho, datada de 18 de Junho de 2001, publicada no jornal Linha do Oeste.

"Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto comercial na margem norte é um factor condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.

Duas razões simples:
1º. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro da ponte da Figueira.
2º.  Principalmente no inverno, os navios acostados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda dos navios à barra da Figueira."

Ao longo dos anos aconteceram erros (por exemplo, o acrescento dos 400 metros no molhe norte) períodos mortos, avanços, recuos, estudos e mais estudos técnicos, ilusões, desencantos, mentiras, mas, nas últimas dezenas de anos, apesar de tudo, avançou-se desde o cais de madeira obsoleto e podre, o chamado Trapiche, apenas equipado com uma grua a vapor, tempos esses aliás ainda presentes na nossa memória.
Pena foi o cais comercial ter morto e enterrado as memoráveis regatas de outros tempos.
Também por isso, não teria ficado melhor na margem sul o cais comercial?

Ao longo dos quase 15 anos que já leva este blogue, fizemos algumas publicações sobre esta temática, que podem ser conferidas consultando o OUTRA MARGEM
Esta semana, esta temática vai ser abordada por vários no Diário as Beiras.
Como é um assunto fulcral para o desenvolvimento planeado do nosso concelho, iremos ficar atentos.
Fica a crónica hoje publicdada no Diário as Beiras, pelo cronista residente das segundas-feiras João Vaz.


"Os lambe-botas enxameiam as organizações"

«Os chefes medíocres mediocrizam toda a sua equipa.

Quem faz assédio é sempre medíocre.»

Para ver o vídeo, clicar aqui.

Os milhões da Europa roubados com autorização do Estado...


«A "bazuca" da União Europeia está a caminho de Portugal, mas o passado dos fundos comunitários revela um histórico de fraudes. Recorde os casos do Fundo Social Europeu.»
Para recordar, clicar aqui.

Duas coisas que toda a gente sabe...

1. - a ignorância é muito atrevida.
2. - a inteligência não traz felicidade.

domingo, 7 de março de 2021

Autárquicas 2021: segundo ponto da situação na Figueira...

Os motores estão a aquecer e a pressão psicológica e política aumenta...
«PS exige “demissão imediata” de Pedro Machado da presidência da Turismo Centro...
Questionado sobre se se irá manter como presidente da Turismo do Centro durante a campanha, Pedro Machado realçou que “os presidentes de Câmara também são titulares de cargos públicos e não abandonam [o cargo] para serem candidatos”.
“Só tomarei posição sobre isso depois de ser formalmente apresentado como candidato”, acrescentou.»
PS: é a isto que se deixam reduzir? 
Tentar gerar pânico, medo e histeria no pessoal político?..

Autárquicas 2021: primeiro ponto da situação na Figueira...

Os motores estão a aquecer: hoje o PSD reage ao ataque do PS e defende presidente do Turismo do Centro.
Imagem sacada daqui

Numa altura em que começam a aparecer  os candidatos autárquicos, subsistem ainda algumas duvidas.

Machado (PSD), Monteiro (PS) e Chaves (CDS-PP), (aparentemente) estão garantidos. 

Santana, continua a andar por aí, mas não aceita ser candidato onde o considerem "para-quedista" (não há bela sem senão...). Portanto, agarrem-no (por onde o Paulo Pereira Coelho, que agora assina nas redes com outro nome...) se não vai para Coimbra, Sintra (onde também costuma veranear), Cascais, Torres Vedras, Seixal, Lisboa, Almada, sei lá as paletes de convites que já recebeu!.. - Lisboa, porém, já apostou noutras Moedas.

Quanto ao resto: CDU - talvez Silvina (ou Nelson, ou Baião....).

BE: quiçá Rui. 

Chega?

Em todas as épocas há pessoas que não pensam como as outras, ou seja, que não pensam como os que não pensam” Marguerite Yourcenar (1903-1987)


Via Pedro Agostinho Cruz

Cabedelinho...