Ciclovia do Mondego), obra que o executivo do PS, em 2017, lançou a concurso (era ano eleições) "sem que houvesse uma verificação e discussão do projecto!", foi adjucicada "em Janeiro de 2018 por 600 mil euros, com o prazo de execução 300 dias, o que levaria a sua conclusão para janeiro de 2019). No decorrer da obra, verificaram-se paragens por erros e omissões do projecto.
No decorrer da obra, verificaram-se paragens por erros e omissões do projecto.
Entretanto, a empreitada deste troço da ciclovia, inaugurado a 22 de setembro de 2020, custou mais de 900 mil euros, tendo-se registado uma derrapagem orçamental e no prazo de execução que atingiu cerca de um terço do custo total e largos meses de atraso: a derrapagem atingiu mais de 50% do custo inicial (mais de 365 mil euros ao contrato inicial).
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS (edição de hoje), sobre a obra o presidente da câmara, Carlos Monteiro, afirmou:
“Até chegar à fase de obra, o processo não foi acompanhado por mim”.
A obra fora lançada pelo seu antecessor João Ataíde, entretanto falecido.
Carlos Monteiro, está na Câmara desde Outubro de 2009. Até Abril de 2018, ocupou, quase sempre, o cargo de vice do falecido João Ataíde. Foi vereador de diversos pelouros, entre eles o das das Obras Municipais.
Mas, por estranho que pareça, acredito que o actual presidente da câmara não tenha acompanhado "até ter chegado à fase de obra, o processo da ciclovia do Mondego".
Na edição de 19 de Abril de 2019 do Diário as Beiras (tenho o jornal guardado, pois entendi que valia a pena ler e guardar a entrevista para memória futura), Carlos Monteiro, presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz, em substituição de João Ataíde, que foi obrigado a renunciar ao ir para Secretário de Estado do Ambiente, disse a dado passo, quando o jornalista lhe colocou a questão, "já definiu as prioridades?".
"As prioridades já estavam definidas. Foram definidas quando fizemos o programa eleitoral e quando apresentámos o orçamento."
Esta, é a chamada conversa da treta e para "encher chouriços".
Um presidente de câmara já com tantos anos de exercício político, apesar de ascendido ao cargo por sucessão, tem o dever de conhecer os assuntos, ter ideias, propostas e assumi-las com frontalidade e coerência política.
Assim, a leitura política possível é – uma vez mais – a de que o Carlos Monteiro continua a cultivar o seguidismo na administração do concelho de que é presidente há quase 2 anos.
Vai continuara a encarar as críticas como sempre o fez: como delito de opinião. Vai continuar a preferir a fidelidade acrítica à competência.
E vai continuar a não tolerar e a lida mal com a irreverência.
Nada de novo.