sexta-feira, 11 de setembro de 2020

𝐏𝐚ç𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐢𝐨𝐫𝐜𝐚 - 𝐅𝐢𝐠𝐮𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐫𝐞𝐜𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐞 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫!

Comunicado do PSD FIGUEIRA 

«Os Figueirenses foram surpreendidos com a Sentença dos 6 milhões de euros do “Paço de Maiorca” e da gravidade que representa para o desenvolvimento do concelho.
O Dr. Carlos Monteiro e o executivo PS é o fio condutor deste ESCÂNDALO! 
Foi eleito em 2009 foi para resolver os problemas aos Figueirenses.... não para criar mais problemas!!
O valor de 6 milhões de euros a pagar, vai hipotecar o futuro da Figueira da Foz. O PS tomou decisões sobre este negócio afirmando sempre que tinha soluções, para o qual, afinal, não tinham solução! Se o PS era contra este processo devia ter parado o mesmo logo que tomou posse em 2009, a exemplo do que fez com o projecto do “Parque Desportivo de Buarcos” (onde pagou uma indemnização à empresa construtora para parar). 
Tinha legitimidade democrática para isso. Não foi essa a opção, pois o então Presidente Dr João Ataide e seu executivo expressaram publicamente que tinham solução para o “Paço de Maiorca”, por isso permitiram que o negócio avançasse. 
Em Outubro de 2011 (dois anos após a tomada de posse), depois de terem sido investidos 4,2 milhões de euros e faltando 1 milhão de euros para terminar, executivo Socialista entendeu PARAR a obra.... deixando o Paço ao abandono até hoje! 
Muitos milhões vai custar para recuperar!! Entretanto, e perante os ALERTAS do PSD, sempre o PS e seu executivo respondiam que tinham soluções e interessados no negócio. 
A Sentença do Supremo Tribunal de Justiça, incide sobre decisões tomadas pelo PS e o seu executivo. Chegamos a esta Sentença pois o executivo PS nunca quis negociar uma solução em tempo útil, originando um problema GRAVE. A este tipo de procedimento chamamos “gestão danosa”, desperdício de recursos e desleixo do executivo PS! 
A posição do PS, ao chumbar a proposta de auditoria ao processo “Paço de Maiorca” em Dezembro 2019, só provou que estão de consciência pesada! 
Ainda está a tempo de mandar fazer uma Auditoria independente ao caso “PAÇO de MAIORCA”. “Quem não deve, não teme”, tem medo?, prefere a mentira e calúnia para desviar as atenções às suas RESPONSABILIDADES.»

11 de Setembro de 1973 - 11 de Setembro de 2020

 

Registe-se o esforço

 Via Diário as Beiras

Em tempo.
Paulo Pinto: portanto, a solução era óbvia...

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

O drama e a dignidade de Né Ladeiras

Via Luís Osório

1.


Escrevo este postal do dia enquanto oiço “Sonho Azul”.

Né Ladeiras canta que “trocava a vida toda pela vida deste amor, meu sonho azul” e eu penso que a vida é, muitas e muitas vezes, inclemente, cruel, cega.

2.
Né Ladeiras é um nome importante da história da música portuguesa. De uma família de artistas assumiu muito jovem protagonismo na Brigada Vítor Jara e na Banda do Casaco. Colaborou com os Trovante e os Heróis do Mar e a sua carreira a solo fez o seu nome resistir até hoje.

Né Ladeiras.

Não me parece que haja alguém da minha geração, ou das gerações anteriores, que não saiba quem é ou que não tenha ouvido falar.

3.
Há menos de uma semana, Né Ladeiras apelou na sua página de facebook.

Não tinha emprego e não tem dinheiro ou forma de continuar a pagar as suas contas.

Um problema nas cordas vocais impediu-a de continuar a cantar e hoje e, apesar de todas as tentativas, teve a coragem de denunciar a quase impossibilidade de uma mulher com 60 anos conseguir ter um emprego.

Trabalhou num museu em Torres Novas num restaurante a fazer o que lhe pediam, em duas empresas de limpeza e duas pastelarias. Ao fim de poucas semanas agradeceram-lhe, mas outra pessoa, quarenta anos mais nova, acaba por ocupar o seu lugar,

4.
Né Ladeiras teve a coragem de usar a sua página de facebook para nos dizer: olhem, não consigo mais. Ajudam-me?

Fê-lo mantendo a sua dignidade – “Não quero nenhum coitadismo, nenhuma pena”

Mantendo a esperança – “Quero viver e sentir que valeram a pena todos este revezes”.

Contando de si sem complacências ou paninhos quentes – “Tenho procurado trabalho, sim, porque mil vezes viver dele do que ser dependente da ajuda de outros. Não falo por orgulho, mas dignidade”.

5.
Mora em Coimbra.

Deu-nos muito...

compreendo-a e antecipo que poderia acontecer comigo. Que poderia acontecer com qualquer um de nós.

Ver-me sem nada. Ver-me com uma mão à frente e outra atrás como o meu pai quando ficou doente.

Recordo bem, tinha pouco mais de vinte anos. De repente, vi o meu pai ter de viver em função da solidariedade de amigos ou da Santa Casa da Misericórdia. E fazê-lo com uma dignidade imensa. Nunca o admirei tanto como nesses anos de carência absoluta.

Impossível, também por isso, ficar indiferente ao apelo de Né Ladeiras. À sua dignidade, à sua coragem, à sua esperança.

E no seu exemplo abraçar os ”velhos” de 60 anos que parecem já ser vistos como mortos para quem tem o poder de empregar.

Pessoas que se sentem novas, mas que todos os dias se confrontam com o olhar dos outros, com a arrogância dos outros, com a recusa dos outros.

És velha.
Estás gasta.
Não tens energia.
Já te olhaste ao espelho?

Não dizem desta maneira, mas é isso que lhes dizem sem necessidade de usar palavras.

Não interessa o que fizeram, o que são, o que poderiam aportar.

É triste e não vem nas notícias, mas nem por isso é menos importante.

Puxo para trás o “Sonho Azul” e vou escutá-lo em silêncio. Como uma oração que dedico aos que, como ela, vivem numa encruzilhada que estavam longe de merecer.

Os efeitos de Ana Gomes

«...só o facto de haver uma candidata socialista, por oficiosa que seja, é suficiente para virar a campanha de pernas para o ar. Nem tanto por causa do resultado final (é provável que o actual presidente seja reeleito e talvez por margem folgada), mas porque o debate deixa de ser exclusivamente entre o presidente que representa a moderação do centro político e os insurgentes (estejam eles à Esquerda ou à Direita).»

Vamos pagar caro o preço da arrogância e da fanfarronice...

Quando, um dia, a tenda do circo estiver desmontada, veremos que não estamos apenas perante o maior embuste na história da Figueira, cujos autores foram quem esteve ao leme da autarquia desde 2009, mas que estamos perante o maior desastre financeiro ocorrido no município figueirense.

Maior ainda que o deixado por Santana Lopes...

O povo, um dia, vai perceber todo o embuste que tem sido a gestão da autarquia de 2009 para cá e o desastre em que está a ficar o concelho.

Peço desculpa por não dizer coisas bonitas. Mas, por aqui, bonita é a verdade.

A benevolência da tolerância

«Com uma imprensa cada vez menos livre e financeiramente de rastos, o mundo convertido ao processo digital, o futuro das novas gerações é assegurar que estes não se esgotem como um outro qualquer recurso natural. A sociedade plastificou-se. O problema que enfrentamos pós-covid-19 não será seguramente apenas uma crise de saúde pública ou uma crise económica profunda. É mais grave do que isso e expõe uma realidade que ninguém ligava patavina: o respeito pelos valores mais básicos – a democracia.»

Não há carnaval em 2021

Foto Pedro Agostinho Cruz

"Os corsos carnavalescos de Estarreja, Ovar, Mealhada, Figueira da Foz e Torres Vedras não vão realizar-se em 2021, devido à de covid-19, anunciou ontem a Rede de Cidades de Carnaval da Região Centro."

Notícias da actividade da Câmara: assim, de uma penada, 15 + 10 postos foram colocados em risco...

1

«A Câmara da Figueira da Foz vai proceder à posse administrativa do Cabedelo nos próximos dias, apurou o DIÁRIO AS BEIRAS. 
Seguir-se-á demolição do equipamento. 
A medida é sustentada pela decisão favorável do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, na sequência da contestação apresentada pelo município à providência cautelar accionada pelo concessionário, a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. 
A actual área será reduzida para cerca de metade, para dar espaço a uma zona de fruição pública. 
De acordo com o projecto da autarquia, a parte restante será para construir um novo e moderno parque de campismo, vocacionado para surfistas.» 
Isto no inverno. No verão são mais.

2

«A concessão do posto da BP, na principal entrada da cidade, junto à estação de comboios, com renovação anual desde 2012, termina a 31 de dezembro. 
A vereadora Ana Carvalho garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que a autarquia só renovará a licença se a empresa demonstrar que vai realizar obras para a instalação noutra zona da cidade e durante o prazo da empreitada. Caso contrário, terá de cessar a actividade no final do ano. 
Contudo, apenas uma pequena parcela do terreno onde está instalado o posto da BP pertence ao município.
A maior parte é da empresa. “A autarquia ainda não decidiu se vai adquirir a área privada”, afirmou Ana Carvalho. 
Questionada sobre o que a câmara pretende fazer naquela zona, admitiu que poderá ser um espaço verde. 
Uma coisa é certa, garantiu: “Ali, não haverá uma estação de serviço nem construção [de habitações]”
Quem está apreensivo com o futuro do posto de combustíveis da BP é o concessionário, de longa data, que, segundo afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS, ainda não foi informado pela multinacional, receando perder a concessão. 
Se este cenário se confirmar, ficarão sem emprego 10 pessoas

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Piscina Mar: nem daqui a 100 anos, por este andar...


Na sessão da Assembleia Municipal re
alizada nesse dia, uma  sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar. 

A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. 
Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. 
Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira: Vânia Baptista e Carla Eduarda. 

A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que, na altura, "mexeu" com o presidente Ataíde. 
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. 
Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão, desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

Não foi necessário esperar 50 anos. 
3 chegaram e sobraram, para constatar a ineficácia da câmara municipal da Figueira da Foz, também na gestão deste assunto...
Estamos num beco sem saída?
Para ler a crónica completa de Silvina Queiroz, clicar aqui.

Figueira à noite

Olho para as fotos do Pedro Agostinho Cruzcomo descrições narrativas. Esta, é a descrição narrativa de uma emoção imperfeita: do que a Figueira é. E do enorme potencial que a Figueira poderia desenvolver...

As jotas partidárias


A recém-eleita direcção da Concelhia da Figueira da Foz do PSD, liderada por Gonçalo Raposeiro Faria, nesta notícia veiculada pelo Diário as Beiras, não apresenta uma ideia ou medida política para ultrapassar as dificuldades existentes no concelho: limita-se a reclamar mais lugares para os jovens social-democratas nas listas que o PSD apresentará às Eleições Autárquicas, em 2021

É isto que preocupa os jotas dos partidos do «arco do poder»: a conquista dos lugares.

Todos sabemos que o que dita leis nos partidos figueirenses é a defesa fanática dos interesses (e ambições pessoais dos dirigentes locais) do partido.

Pertencer a uma jota partidária, hoje, a meu ver, é um dos piores indícios curriculares para quem se queira abalançar numa carreira política.

Ou melhor: deveria ser. Porém, não é. Para os partidos, não é. Afinal os jotas são a matilha que há-de continuar a comer o rebanho dos eleitores nas gerações próximas.

A formação que o jota, em regra, «bebe» da sua organização partidária, baseia-se no carreirismo assente numa estranha ideia de políticos profissionais. 

A «formação» começa com o confronto imediato com a trapaça eleitoral e com o espírito mercantilista ao serviço das vaidades e ambição mesquinhas de cada um. 

A racionalidade, o altruísmo, a missão de servir e não servir-se, o sentido de cidadania dos políticos, que tanta falta faz à Figueira, é um bem cada vez mais escasso na política local e nacional.

O importante é a satisfação da vacuidade pessoal e a conquista do lugar que dá acesso ao objectivo principal: o tacho.

Abertura do ano lectivo está à porta

Via Diário as Beiras
«O novo e atípico ano lectivo terá muitas novidades, todas elas em torno de medidas e normas que visam minimizar o risco de infestação pelo novo coronavírus. O desdobramento das turmas, que não pode afectar os conteúdos programáticos nem as actividades extra curriculares, poderá ser uma das opções para reduzir a concentração de alunos. 
Se as escolas optarem por dois turnos, um de manhã e outro de tarde, os alunos do primeiro poderão levar as refeições escolares para casa. 
Os transportes escolares são outra das preocupações das famílias, escolas e autarquias. O concurso para aquele serviço, que inclui transportes públicos, foi lançado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. As normas de segurança sanitária a adoptar estão a ser debatidas com as transportadoras. 
Realiza-se amanhã, no Centro de Artes e Espectáculos, uma reunião que juntará representantes da autarquia, das escolas e da autoridade de saúde local, tendo na agenda medidas sanitárias para os estabelecimentos de ensino. 
Acerca do ano lectivo atípico que se avizinha, o vereador da Educação e Formação Profissional Nuno Gonçalves afirmou que o encara “como um enorme desafio, mas com uma confiança que advém da extraordinária relação entre os directores [dos estabelecimentos de ensino] e os responsáveis municipais”
Acrescentou ainda: a transferência de competências, da Administração Central para as autarquias, “permite ao município estar mais próximo da realidade e resolver assuntos de forma mais célere”

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Vicente Jorge Silva (1945-2020)

Morreu Vicente Jorge Silva.
O autor do editorial Geração Rasca? publicado a 6 de Maio de 1994, sobre a contestação às provas globais lançou o debate sobre toda uma geração. 
Foi jornalista, quis ser cineasta, experimentou ser político. 
O primeiro director do PÚBLICO morreu na madrugada desta terça-feira. O corpo estará em câmara ardente a partir das 18h nas Capelas Exequiais da Basílica da Estrela, em Lisboa.

Aprendam com quem sabe: tivessem ido à Festa do Avante!...

Imagem via Diário as Beiras

O que esperar dos "Odoricos" do século 20?

Depois de 46 anos de democracia, esperava que o poder local fosse uma escola de democracia e um viveiro de políticos honestos, competentes e empenhados com o bem comum. A proximidade em relação aos cidadãos, o fato de estar em causa a resolução de problemas das localidades, a proximidade entre eleitos e eleitores, são factores que me levaram a pensar que isso seria possível.

Como escrevi em 15 de Setembro de 2006 (já lá vão quase 14 anos), «com a “Revolução dos Cravos”, o poder local passou a ser encarado de outra maneira. As populações desejaram que, nas autarquias, o poder político se aproximasse dos cidadãos.

Muitos de nós, nos primeiros anos após o 25 de Abril de 1974, chegámos a acreditar que passaria por aí o incremento de uma cultura política de cidadania activa, capaz de neutralizar a cultura de submissão e de autoritarismo.

Para se ter transformado este desejo em realidade, teria sido condição inadiável, que o novo país democrático tivesse descentralizado e regionalizado o poder político e administrativo. O que não aconteceu.»


Como sabemos, até na Aldeia, as regras do jogo foram pervertidas. Em vez de escolas de democracia e de boas  políticas, postas em prática por políticos preocupados com a sua Terra e o seu povo, as autarquias  transformaram-se em pequenas ditaduras e em escolas de velhacaria. Onde deveria haver transparência, temos opacidade; onde deveria haver apelo à participação do povo,  passou a existir pressão para que as pessoas não coloquem questões ou exerçam o seu dever de cidadania; onde deveria haver espaço para o debate passou a imperar o despotismo e a vontade imperiosa do mando absoluto e arbitrário.


É mais fácil perverter a democracia numa pequena autarquia do que numa autarquia de uma capital ou no governo de um país. Numa pequena autarquia, todos os cidadãos estão ao alcance do poder. Exigia-se, por isso que os autarcas tivessem sido criados numa boa escola democrática e, assim, resistirem à tentação de não condicionar a liberdade de cada cidadão. 

Um autarca de um pequeno concelho e ou de uma Aldeia tem muito poder: pode mandar multar, complicar uma licença, retirar um subsídio, cortar nas ajudas de custo de um funcionário, facilitar um transporte para uma ida ao "Preço Certo".

É fácil instalar a cultura do medo. A auto censura faz o resto: leva muitos, incluindo a oposição, a remeter-se a uma postura de silêncio. 

A um autarca sem valores e escrúpulos,  é relativamente fácil transformar os funcionários de uma câmara na sua tropa de choque. Aos que não são do seu partido, cria mecanismos para que se abstenham de opinar  e de participar em actividades políticas.


As fragilidades da comunicação social, podem ser aproveitadas para transformar esses órgãos  de comunicação social em veículos informativos oficiosos.

Se os donos da comunicação social, tiverem empresas que podem lucrar com encomendas feitas pelas autarquias é ainda mais fácil tê-los do lado do poder. 

Um pequeno concelho em Portugal, no século 20, em vez de ser uma escola para o exercício da cidadania democrática,  pode fazer lembrar Sucupira e a telenovela brasileira «O Bem-Amado»,  escrita por Dias Gomes.

Perdida a articulação da democracia participativa com a democracia representativa, o poder local afastou-se dos cidadãos.

O poder local, em vez de neutralizar a distância dos cidadãos em relação ao poder central, acabou por reproduzi-la. Agora, é o que sabemos. Oportunistas de todos os matizes proliferam em muitas autarquias.

O que esperar então do poder local?

À luz deste diagnóstico, continuo a acreditar que o futuro do poder local continua a passar pela democracia participativa. A força e a legitimidade que ela conferiria ao poder local, seriam as armas mais eficazes para mobilizar a seu favor o poder central. Mas, será que isso, no país real que temos, irá alguma vez acontecer?

Por diversos factores, a maioria dos cidadãos, sejam de esquerda ou de direita, têm a liberdade de opinião, de pensamento e de acção, condicionada.

Que o mesmo é dizer: a democracia e o exercício da cidadania também estão condicionadas.

A decisão está tomada...


Ana Gomes é candidata a Presidente da República