sábado, 5 de setembro de 2020
Sector da sardinha revoltado com tantas restrições
«Os pescadores da sardinha e armadores da Figueira sentem revolta pelas condicionantes impostas a Portugal pela União Europeia, permitindo que este ano, apenas pesquem 12 mil toneladas, quando a quantidade de biomassa actualmente existente ultrapassa as maiores expectativas. Num estudo efectuado, já este ano, pelo Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO) e pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), constatou-se que, só entre o Golfo de Cádis e Viana, havia 385 mil toneladas de biomassa. A comunidade não compreende como é que, em 2014 por exemplo, com 177 mil toneladas de biomassa podiam pescar 55 mil toneladas e em 2020, com 385 mil, apenas lhes é permitido cerca de 12 mil.»
Deus perdoa... tudo?
Anselmo Crespo, jornalista
"A expressão, recorrentemente usada entre os católicos, serve, normalmente, para expiar os pecados dos crentes e será, porventura, uma das suas maiores provas de fé. Mas repetir várias vezes, para dentro, que "Deus perdoa", resolve tudo?
Uma crise, quando chega, afeta todos. Uns mais do que outros, é verdade, mas, seguramente, a Igreja não é uma exceção. Seja pela diminuição das receitas - mais conhecidas por esmolas -, seja pelos encargos adicionais que uma pandemia acarreta a qualquer instituição. Mas não só a Igreja não é uma instituição qualquer, como, certamente, o Santuário de Fátima não tem qualquer justificação para despedir trabalhadores.
Fátima é aquilo a que, em linguagem popular, se pode chamar uma mina de ouro. Em muitos casos, o ouro é literal, tantas são as ofertas que o Santuário tem recebido dos fiéis ao longo dos anos, as heranças e os bens em espécie que vão avolumando o património num valor que, sendo incalculável, nunca foi verdadeiramente revelado.
E este é um dos aspetos mais negativos e perniciosos na atuação da Igreja: a opacidade. Quem fizer uma pesquisa rápida no Google à procura de informação sobre as contas do Santuário de Fátima tem de recuar 14 anos para encontrar alguma coisa. E o que encontra é curto. É como se os fiéis - e os não crentes, já agora - não tivessem direito a conhecer os números. Pior, é como se a Igreja gozasse de um privilégio divino que a desobriga de prestar contas ao comum dos mortais e só a Deus tivesse de confessar o que fatura e onde gasta o dinheiro.
Os privilégios da Igreja são, precisamente, o segundo fator que torna esta reestruturação no Santuário de Fátima ainda mais incompreensível. As regalias e as isenções fiscais garantidas pela concordata deviam, em consciência, obrigar a Igreja Católica a um outro sentido de responsabilidade para com o país e a sociedade. Despedir 100 trabalhadores num universo de 400 (com rescisões, não renovações ou de qualquer outra forma), quando se "fatura" milhões livres de impostos todos os anos e se tem tanto património é, no mínimo, ultrajante. E dificilmente encontrará explicação na Bíblia.
Para a hierarquia da Igreja, no acerto de contas final com Deus, pode até ficar tudo perdoado. Mas, pelo caminho, cerca de 100 pessoas - que não têm sindicatos nem comissões de trabalhadores para as defender - perderam o emprego. Há famílias que vão passar pior a partir de agora e tudo isso era desnecessário. Bastaria, porventura, que a Igreja fosse coerente com a doutrina que apregoa aos outros, todos os domingos, e desse o exemplo. Porque, se não o começar a fazer rapidamente, o número de fiéis vai continuar a diminuir e a "crise económica" será o menor dos problemas."
Mudo?..
Foto de António Agostinho |
É esta a estimativa dos prejuízos. Contudo, podem "ser mais"...
«A direcção da SIT já sabe que o telhado, com telhas de amianto, será uma das partes mais caras da reabilitação do imóvel. E também sabe que existe uma cláusula que isenta as seguradoras de assumirem os custos da remoção do fibrocimento, que representa mais de 50 por cento do orçamento daquela parcela da obra.
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
Festa do Avante já começou...
Obras na baixa: tudo vai correr. A falta de pedra vai acabar «em breve»...
A requalificação da Baixa figueirense, é público e notório, tem sido um calvário, principalmente para os comerciantes com estabelecimentos na zona.
Alguns, há muito, que estão desesperados. Já faliu o empreiteiro, já houve mudança de empreiteiro e estamos em pandemia (o covid tem costas larguíssimas).
Tudo aconteceu. Até o inaudito: intervenção foi condicionada pela alegada descoberta de uma nova galeria subterrânea, identificada por arqueólogos, numa zona da cidade em que proliferam antigos ramais e cisternas de águas, referenciados em estudos desde os finais do século XIX.
Quem não tem culpa, seguramente, é a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nesta, como em todas as obras actualmente em curso (e as que vai concursar...)...
Recuemos a 26 de Maio de 2018. Na opinião do PSD da Figueira da Foz, esta obra é exemplificativo da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."
Mas, esta, já lá vão mais de 2 anos, é a opinião do PSD Figueira. Como sabem, tudo está a decorrer bem na Figueira e no concelho, seja em que sector for. Por vezes, aparecem é imprevistos. Por exemplo, esta obra teve um deles. Vejamos o que está hoje no Diário as Beiras. Segundo o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, o empreiteiro tem tido dificuldade em encontrar pedra, porque as pedreiras reduziram a exploração por causa da crise sanitária e, no verão, devido às férias. “Vamos perceber como é que a situação evolui em setembro”, disse ainda o edil.
Têm sido muitas contrariedades. À margem da falta de material, ainda conforme o que disse o mesmo Carlos Monteiro, as obras “estão a decorrer a bom ritmo”. De acordo com as previsões do presidente da câmara, a empreitada, que incide em duas praças e 14 ruas, deverá ficar concluída no primeiro semestre de 2021.
Mais uma para «breve», portanto. Outubro de 2021 está porta.
O senhor António Carvalho, um dos mais antigos, entre os cerca de 10 comerciantes instalados na rua dos Combatentes, e dos mais afectados pelas obras tem de ter mais cuidadinho. Dizer ao jornal que “isto está a ultrapassar os limites da compreensão. Os prejuízos são grandes e o pó e o cheiro a esgotos são incomodativos”, pode desagradar ao executivo. Olhe que quem se mete com o PS leva. Portanto, há que aguentar com o atraso das obras (que já vai longo) e com o pó. Alguém tem culpa de não haver pedra para acabar a obra?
Por outro lado, o senhor Armando Loureiro, “com uma pastelaria na rua dos Combatentes, num cruzamento, ou seja, numa zona onde confluem várias frentes de obra, também não tem dada de afirmar que está cada vez mais insatisfeito”. Se não tivesse instalado a pastelaria na rua dos Combatentes, num cruzamento, ou seja, numa zona onde confluem várias frentes de obra, não teria sido tão prejudicado.
Com a excelente prestação do executivo da câmara isto está «para breve». Felizmente, os empreiteiros “estão a trabalhar muito bem”.
Tudo vai correr bem. Também em Outubro de 2021.
Temos povo. Faltam empresários...
Portugal tem um povo generoso: sem se chatear muito com isso (querem apostar que nas próximas eleições vai continuar a votar nos do costume...), vai pagar 1,2 milhões de devedores milionários. Só um, fez um calote de 904 milhões de euros!
Com um povo assim, que pena Portugal não ter homens e empresários como Carlos Santos Silva! Homens e empresários dinâmicos, empreendedores de excepção, fabulosos mesmo. Seres humanos especiais, com uma qualidade cada vez mais rara: amigos do seu amigo.
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
Mário Esteves: devido à pandemia, “desde março, a restauração está a atravessar uma crise sem precedentes”
Há qualquer coisa que não bate bem. Ontem, no Diário as Beiras: "Figueira da Foz: Hotelaria e restauração faziam balanço positivo".
A bem dos superiores interesses do concelho...
Via Diário as Beiras
Rui Pedro, um dos pioneiros da Rádio na Figueira, faleceu
No dia 5 de Dezembro de 1985, com estúdios improvisados no Posto de Turismo de Buarcos, nasceu o Clube de Rádio da Figueira da Foz.
Mesmo sem condições técnicas passou a emitir regularmente das 21 às 24 horas, em 106 MHZ.Foram fundadores da estação José Aroso Francisco, Rui Pedro, Manuel Adelino Pinto e Alexandre Coelho. A emissão abriu com a "Canção da Figueira", um tema composto por Carlos Nóbrega e Sousa e letra de António de Sousa Freitas, na voz da cantora Maria Clara.
Encerrou com a "Marcha doVapor", oficialmente o hino da Figueira da Foz, um trecho musical assinado por Manuel Dias Soares com letra de António Pereira Correia, também na voz da cantora portuense, Maria Clara.
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Via Município da Figueira da Foz
15 de setembro de 2019: Batel "Sal do Mondego” volta a navegar.
"Realizou-se ontem à tarde a "Recriação da travessia da Morraceira para Vila Verde", a bordo do batel "Sal do Mondego", um passeio inaugural que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, do vereador da Cultura, Nuno Gonçalves, do presidente da Junta de Vila Verde, Victor Alemão, e diversos convidados.
A iniciativa, promovida pelo Grupo Recreativo Vilaverdense, em parceria com o Município da Figueira da Foz e a Junta de Vila Verde, realizou-se no âmbito do projeto «À (re)descoberta do cofo e sua arte», vencedor da 3ª Edição do Programa EDP Tradições, e que tem como objetivo recuperar a arte de execução do cofo, que costumava ser usado pelos barqueiros e por todos os marnotos do salgado da Figueira da Foz.
O batel "Sal do Modego", réplica construída no início do século XXI, foi recentemente recuperado pela Junta de Vila Verde, a quem foi cedido por deliberação de câmara de 9 de setembro de 2019, aprovada por unanimidade.
Esta foi a primeira de muitas "viagens" previstas realizar pelo "Sal do Mondego", e o retomar dos passeios fluviais - em tempos considerada uma ocupação acessória do batel do sal - embarcação fluvial apelidada pelos estudiosos como tradicional do rio Mondego, celebrizada por Ramalho Ortigão na sua obra “As Farpas".
Habitualmente tripulados por dois homens, os batéis do sal, que navegaram até finais da década de 1980, percorriam todo o salgado da Figueira da Foz, transportando sal e por vezes areia."