segunda-feira, 3 de agosto de 2020
O Zeca e os seus intérpretes
"É infelizmente habitual ouvir-se gente a fazer “versões” de canções do Zeca, versões nas quais, ou por mera preguiça para aprender as melodias, copiar as letras sem calinadas, tentar reproduzir as harmonias originais sem tentar “melhorar”… avacalham metodicamente a obra do José Afonso.
Depois há uma meia dúzia de gente com talento, que pega nessas canções e as recria mexendo nas harmonias e nos arranjos instrumentais, mas respeitando -como é devido! - o espírito da obra original e o seu autor.
Esta versão que aqui proponho faz parte de uma terceira via para cantar o Zeca: a daqueles e daquelas que tentam reproduzir fielmente o original, sem “inventar” e dando o seu melhor.
Exceptuando os primeiros, a todos os outros as canções do Zeca recompensam… fazendo aparecer o melhor dos intérpretes. Por vezes de uma forma inesperada, como esta antiga e belíssima versão de “Menino de Oiro”, gravada por um ainda jovem Trio Odemira.
Decididamente, é de ouvir!"
Via O Cantigueiro, a quem saudamos pelo regresso.
domingo, 2 de agosto de 2020
Por onde anda o Patriarca e Senador do PS figueirense Fernando Cardoso e os outros notáveis locais?
Imagem via O Sítio dos Desenhos |
Para ter poder, basta, por vezes, um acaso encaminhar o poder até nós.
Em 1985, aconteceu comigo. Fiz parte de uma lista que ganhou as primeiras eleições na minha freguesia.
O problema para quem anda na política, surge quando é necessário exercer domínio sobre o poder que o poder exerce sobre quem o possui.
Foi o que fiz em 1989.
É aqui que se distinguem os verdadeiros homens de poder.
Que são: os que dominam o poder quando o conquistam e não se deixam embriagar pelo poder.
O PS, na Figueira, neste momento, não tem políticos capazes de exercer o poder.
Passso a explicar: o PS, no actual momento, pelo que tem demonstrado no último mês, não tem políticos capazes de dominar o poder que julgam que possuem.
Todos os militantes, simpatizantes ou votantes do Partido Socialista deviam levar isto em conta nas próximas eleições.
Acima de tudo isto está a dignificação da Figueira e de Portugal: um estado de direito.
Na Figueira, quem tem sido fraco com os fortes, tem legitimidade moral para ser arrogante e pretensamente forte com os "fracos"?..
Na Figueira, existem prédios em ruínas, há décadas, em algumas das zonas mais valorizadas da cidade.
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
O edifício o Trabalho, é o exemplo, mais do que acabado, do que resulta das megalomanias dos autarcas figueirenses de ontem, de hoje e, presumivelmente de amanhã.
“Na minha opinião, aquele edifício nunca devia ter sido construído. Não se trata apenas de um problemas estético, que retirou harmonia, trata-se de uma questão funcional, porque criou problemas de insolação, por causa do ensombramento que ele projeta nos outros edifício”, opinava nas BEIRAS de 29 de Dezembro de 2017, Daniel Santos. O especialista apontou, por outro lado, os problemas de funcionalidade, com o aumento do tráfego automóvel e a falta de estacionamento na zona, que “não tem capacidade para suportar a carga decorrente da ocupação do edifício”. Concluindo, defendeu: “a construção daquele imóvel contribuiu para retirar entidade ao Bairro Novo".
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
O edifício o Trabalho, é o exemplo, mais do que acabado, do que resulta das megalomanias dos autarcas figueirenses de ontem, de hoje e, presumivelmente de amanhã.
“Na minha opinião, aquele edifício nunca devia ter sido construído. Não se trata apenas de um problemas estético, que retirou harmonia, trata-se de uma questão funcional, porque criou problemas de insolação, por causa do ensombramento que ele projeta nos outros edifício”, opinava nas BEIRAS de 29 de Dezembro de 2017, Daniel Santos. O especialista apontou, por outro lado, os problemas de funcionalidade, com o aumento do tráfego automóvel e a falta de estacionamento na zona, que “não tem capacidade para suportar a carga decorrente da ocupação do edifício”. Concluindo, defendeu: “a construção daquele imóvel contribuiu para retirar entidade ao Bairro Novo".
Zeca Afonso, Sempre
Drones a voar sobre pessoas?..
Imagem via Diário de Coimbra
Regulamento n.º 1093/2016
Artigo 11.º
Restrições à operação ou voo de RPAS
1 — Uma RPA não pode voar: a) Nas áreas definidas no Anexo ao presente Regulamento como sendo proibidas; b) Sobre concentrações de pessoas ao ar livre, entendendo -se como tal mais do que 12 pessoas, salvo se expressamente autorizado pela ANAC.
Regulamento n.º 1093/2016
Artigo 11.º
Restrições à operação ou voo de RPAS
1 — Uma RPA não pode voar: a) Nas áreas definidas no Anexo ao presente Regulamento como sendo proibidas; b) Sobre concentrações de pessoas ao ar livre, entendendo -se como tal mais do que 12 pessoas, salvo se expressamente autorizado pela ANAC.
Ana Carvalho, vice-presidente da câmara municipal da Figueira da Foz ao jornal Diário de Coimbra, edição do dia 1 de Agosto de 2020:
«A autarca sustenta que, "quando vier a decisão (do tribunal) já não daremos prazo nenhum aos campistas. Quem está, está e o que estiver lá dentro, paciência".»
Isto, se necessário fosse, elucida da qualidade democrática de quem faz parte de um executivo camarário há longos anos no concelho da Figueira da Foz.
A uma decisão judicial (recorde-se à senhora vereadora e vice-presidente, mais uma vez, que "o Estado corresponde a uma comunidade de cidadãos politicamente organizada, mas também a uma estrutura organizada de poder e acção — que se manifesta através de órgãos, serviços, relações de autoridade. Tal estrutura organizada destina‑se a garantir a convivência ordenada entre os cidadãos e manter a segurança jurídica. O Estado consegue fazê‑lo porque regula vinculativamente a conduta da comunidade, ou seja, cria normas e impõe a conduta prescrita, inclusivamente a si próprio. Neste sentido, a estrutura organizativa a que chamamos Estado deve obediência ao direito — isto é, cria direito e vincula‑se a ele —, não sendo outro o sentido da expressão «Estado de direito») a senhora vereadora e vice-presidente, responde com propaganda política, interesse politiqueiro e tentativas de intimidação.
A opinião pública até pode ser manipulável, imatura e sem qualidade, sucesptível de ser afectada por quem está habituado a seguir por critérios de manipulação rasteira e óbvia. Numa palavra: medíocre. Mas, o Tribunal não fuciona assim.
Lamentavelmente, isto reflecte a qualidade dos políticos que elegemos na Figueira da Foz.
Isto, se necessário fosse, elucida da qualidade democrática de quem faz parte de um executivo camarário há longos anos no concelho da Figueira da Foz.
A uma decisão judicial (recorde-se à senhora vereadora e vice-presidente, mais uma vez, que "o Estado corresponde a uma comunidade de cidadãos politicamente organizada, mas também a uma estrutura organizada de poder e acção — que se manifesta através de órgãos, serviços, relações de autoridade. Tal estrutura organizada destina‑se a garantir a convivência ordenada entre os cidadãos e manter a segurança jurídica. O Estado consegue fazê‑lo porque regula vinculativamente a conduta da comunidade, ou seja, cria normas e impõe a conduta prescrita, inclusivamente a si próprio. Neste sentido, a estrutura organizativa a que chamamos Estado deve obediência ao direito — isto é, cria direito e vincula‑se a ele —, não sendo outro o sentido da expressão «Estado de direito») a senhora vereadora e vice-presidente, responde com propaganda política, interesse politiqueiro e tentativas de intimidação.
A opinião pública até pode ser manipulável, imatura e sem qualidade, sucesptível de ser afectada por quem está habituado a seguir por critérios de manipulação rasteira e óbvia. Numa palavra: medíocre. Mas, o Tribunal não fuciona assim.
Lamentavelmente, isto reflecte a qualidade dos políticos que elegemos na Figueira da Foz.
sábado, 1 de agosto de 2020
Adeus velha Europa... 4
Via Diário as Beiras
«...é necessário encontrar uma solução que mitigue a falta de utilidade que aquela privilegiada praça vive nos dias de hoje. Na minha opinião o Rio assume-se como o caminho de futuro daquele espaço. A cidade da Figueira da Foz vive praticamente alheia às virtudes doo Rio.
Excluindo a rampa de acesso da Marina e a praia do Forte, que têm utilidades bem explícitas, o Rio só pode ser usufruído de forma tranquila junto às instalações do Ginásio Clube Figueirense na Fontela, não havendo na cidade qualquer infraestrutura de relevo no principal canal do Rio. É por demais premente resolver este problema, sendo envolvências da Praça Europa o lugar por onde deveremos começar.
Tomemos a reabilitação da Ribeira das Naus em Lisboa como exemplo, um espaço que no passado possuía margens bastante similares aquelas que encontramos no nosso Rio. Hoje, impõem-se como um espaço de contemplação e usufruto do Rio Tejo, com um aspeto limpo e coberto por um extenso relvado.
Também nas proximidades se encontra um marco Lisboeta que podia ser adaptado à nossa realidade, o Cais das Colunas, crendo eu que se enquadraria perfeitamente, como forma de celebrar o Rio e a importância singular que aquela “estrada” de água do século XIX teve para o desenvolvimento da nossa cidade. Para mim, a Praça Europa deve-se reabilitar com o rio em mente, preservando o Relógio de Sol e oferecendo aos cidadãos do concelho da Figueira da Foz um novo espaço de lazer.»
«...é necessário encontrar uma solução que mitigue a falta de utilidade que aquela privilegiada praça vive nos dias de hoje. Na minha opinião o Rio assume-se como o caminho de futuro daquele espaço. A cidade da Figueira da Foz vive praticamente alheia às virtudes doo Rio.
Excluindo a rampa de acesso da Marina e a praia do Forte, que têm utilidades bem explícitas, o Rio só pode ser usufruído de forma tranquila junto às instalações do Ginásio Clube Figueirense na Fontela, não havendo na cidade qualquer infraestrutura de relevo no principal canal do Rio. É por demais premente resolver este problema, sendo envolvências da Praça Europa o lugar por onde deveremos começar.
Tomemos a reabilitação da Ribeira das Naus em Lisboa como exemplo, um espaço que no passado possuía margens bastante similares aquelas que encontramos no nosso Rio. Hoje, impõem-se como um espaço de contemplação e usufruto do Rio Tejo, com um aspeto limpo e coberto por um extenso relvado.
Também nas proximidades se encontra um marco Lisboeta que podia ser adaptado à nossa realidade, o Cais das Colunas, crendo eu que se enquadraria perfeitamente, como forma de celebrar o Rio e a importância singular que aquela “estrada” de água do século XIX teve para o desenvolvimento da nossa cidade. Para mim, a Praça Europa deve-se reabilitar com o rio em mente, preservando o Relógio de Sol e oferecendo aos cidadãos do concelho da Figueira da Foz um novo espaço de lazer.»
A propósito de amianto...
Recordo uma postagem OUTRA MARGEM do dia 20 de setembro de 2019.
Os covagalenses andam a respirar pó de amianto. O assunto foi denunciado em reunião de câmara.
Hoje, no Diário as Beiras:
Os covagalenses andam a respirar pó de amianto. O assunto foi denunciado em reunião de câmara.
Hoje, no Diário as Beiras:
De aberração em aberração, chegamos aos mamarrachos...
Via Luís Pena |
Não há aqui qualquer coisa de estranho?..
Não é apenas pela degradação das condições económicas e sociais dos seus habitantes, que uma Aldeia fica mais pobre.
A miserável situação de uma Aldeia mede-se, também, provavelmente ainda com mais precisão, pela degradação ética a que chegou.
Quando se perde o respeito por si próprio, perdem-se todos os valores de referência ética. Passa a ser a demagogia e a hipocrisia a dominar as relações sociais e políticas.
Isto, não é nenhum ataque aos políticos da Aldeia. É apenas a constatação de que me sinto entregue à bicharada.
Ou melhor, à hipocrisia.
E a hipocrisia tem cheiro. E começa a ser um fedor insuportável...
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