segunda-feira, 20 de julho de 2020

OBRAS NA FIGUEIRA (viver aqui, litoral próspero de outros tempos, significa não ter tradição do exercício da cidadania, de lutas, muito menos manifestações. Aqui, registo um desfile de Abril. Quanto ao 1º de Maio: são sempre os mesmos, a reboque dos sindicalistas resistentes)

"O mais difícil é trazer novos residentes para a baixa da cidade. Só com pessoas a morar na zona histórica da Figueira da Foz é que podemos revitalizar o comércio, os serviços e justificar investimentos elevados nos espaços públicos. Sem residentes em permanência todas as obras estão condenadas a fracassar na tentativa de trazer novos espaços comerciais e mais consumidores a esta zona.
Compatibilizar o uso do carro, o seu parqueamento temporário (para ir às compras) e de longa duração (residentes), com a exiguidade do espaço é fundamental para atrair uma parte dos potenciais residentes. É um trabalho exigente que mexe com velhos hábitos e obriga a uma alocação eficiente do espaço, inovado nas soluções. Necessariamente que a tónica deverá ser incentivar a mobilidade pedonal, melhorando substancialmente passeios e o espaço público. E isso, digo-o eu em tom provocatório, exige técnicos de fora capazes de mudanças substanciais na melhoria das acessibilidades. Esse é um problema crónico na Figueira: mau planeamento e execução defecitária da infra-estrutura urbana, desde os passeios que continuam a ser estreitos e feitos à medida do carro, ignorando as necessidades do peão, até à má gestão do património arbóreo.
As recentes obras de milhões de euros não vão revitalizar significativamente a baixa. Alguns aspetos são tão caricatos, como o “promontório” em frente à Caixa Geral de Depósitos, que nos levam a pensar que não há um plano estratégico e estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia. Objetivamente a revitalização da baixa passa por todo um esforço de compreensão detalhada das causas e soluções para o abandono de tantos edifícios e espaços comerciais, e depois aplicando políticas coerentes de dinamização desse património.
Falta ainda muito mais diálogo com quem aí vive e trabalha. As obras e mudanças têm que ser apropriadas pela população. Não se pretende que haja unanimismo, mas somente uma construção muito mais participada do que se deseja aí empreender. Esse trabalho está por fazer."

Via Diário as Beiras

O choque com a realidade

O que interessa debater na Figueira: "... estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia"

João Vaz, hoje na sua crónica do Diário as Beiras.
"... estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia"
Este, é o verdadeiro problema que interessava debater. Na revitalização da baixa, na requalificação de Buarcos e na requalificação do Cabedelo. Citando de novo João Vaz: "falta ainda muito mais diálogo com quem aí vive e trabalha. As obras e mudanças têm que ser apropriadas pela população. Não se pretende que haja unanimismo, mas somente uma construção muito mais participada do que se deseja aí empreender. Esse trabalho está por fazer."
É o que está a acontecer no Cabedelo.
Via SOS CABEDELO fica, mais uma vez, a pergunta:

A luta pela restrição ao pensamento único ...

A luta continua a mesma de sempre: contra os mentores (ao longo dos tempos têm sido muitos) das imbecilidades que nos qurem impingir.
Provavelmente, se tivessem mais poder, teriam já utilizado a bota da repressão.
Há quem se julgue (e esteja convencido de ser) um tutor iluminado, que tudo pode determinar.
Foi sempre assim. Não é de hoje. Nem de ontem. E vai continuar a ser também amanhã.
Quem não luta pela liberdade à restrição do pensamento único não os pode menosprezar. Ao longo dos anos mostraram ser perigosos radicais fanáticos.

A transferência de Cristina Ferreira e o capitalismo subsídio-dependente


"A Plural Entertainment, empresa de produção audiovisual detida pela Media Capital, dona da TVI e da Rádio Comercial, entrou em lay-off em Abril, situação que se prolongou por dois meses. Escusado será dizer que, durante esse período de tempo, foram os contribuintes portugueses quem garantiu os salários dos trabalhadores da Plural – que perderam, em média, 30% dos seus rendimentos – a que acrescem 3,3 milhões de euros do pacote de 15 milhões que o governo destinou para apoiar a comunicação social com compra antecipada de publicidade.
Temos, então, uma empresa privada, a Media Capital, duplamente apoiada pelo Estado, cuja actividade directamente relacionada com a empresa sujeita ao regime de lay-off, a Plural, se manteve,
"Os bancos que receberam auxílio financeiro do Estado ficaram sujeitos a tetos salariais. Mas ninguém parece incomodado com contratações milionárias por empresas de media que ainda há pouco reclamavam e receberam auxílios públicos."

Eis o capitalismo subsídio-dependente em todo o seu esplendor! Um capitalismo parasitário, que coloca trabalhadores em lay-off sem necessidade de o fazer, colocando o ónus no Estado, que tem empresas e famílias verdadeiramente aflitas para acudir, e que estende a mão, qual sem-abrigo, para receber do Estado uma quantia astronómica, praticamente igual à que passará a entregar anualmente à apresentadora, para não falar das acções e outras regalias que a mesma receberá. Lembrem-se disto quando a verdadeira crise chegar, lá para o final do Verão, e vos disserem que andaram a viver acima das vossas possibilidades. A narrativa é e será sempre a mesma."

Isto está mesmo atrasado (DATA DE APROVAÇÃO: 30-12-2019; DATA DE INÍCIO: 01-04-2020)

DESIGNAÇÃO DO PROJETO: ARU Cabedelo – 2ª Fase – Proteção e Reabilitação Costeira e Dunar
CÓDIGO DO PROJETO: POSEUR-02-1809-FC-000073
OBJETIVO PRINCIPAL: Promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos
REGIÃO DE INTERVENÇÃO: Região Centro
ENTIDADE BENEFICIÁRIA: Município da Figueira da Foz
DATA DE APROVAÇÃO: 30-12-2019
DATA DE INÍCIO: 01-04-2020
DATA DE CONCLUSÃO: 30-06-2021
CUSTO TOTAL ELEGÍVEL: 2.284.101,60 €
APOIO FINANCEIRO DA UNIÃO EUROPEIA: Fundo de Coesão - 1.713.076,20 €
APOIO FINANCEIRO PÚBLICO NACIONAL/REGIONAL: 571.025,40 €
OBJETIVOS, ATIVIDADES E RESULTADOS ESPERADOS/ATINGIDOS:
A operação consiste na proteção e reabilitação costeira e dunar, prevista na 2ª Fase da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Cabedelo, entre a zona sul da Praia do Cabedelo e a praia do Cabedelinho, numa extensão de 1200 m de costa, frente dunar esta que se encontra em situação de risco e erosão acentuada.
Esta operação consiste na realização das seguintes intervenções:
1. Praia do Cabedelo: - Reposição do cordão dunar, através da deposição de sedimentos recolhidos das praias do Cabedelinho, Sobre esta modelação ondulada serão construídos passadiços em madeira de modo a evitar o pisoteio e a formação do cordão dunar.
- Instalação de regeneradores dunares constituídos por um conjunto de estacaria vegetal (paliçadas)
- Colocação de placas e painéis sinalizadores de caráter orientativo assim como também informações didáticas sobre as dunas, a sua formação e comunidades florísticas mais representativas.

2. Praia do Cabedelinho: Renaturalização através da plantação de misturas dunares de fácil implantação, assim como colocação de passadiços de madeira sobreelevados entre os locais de estacionamento e a praia.

domingo, 19 de julho de 2020

"Polémica sobre parque de campismo na Figueira da Foz ameaça acabar em tribunal"...

BE e o Cabedelo: os tiros no pé de um partido "zero" à esquerda...



E que não venha ninguém com a ideia de um ódio de estimação ao BE, pois isso seria mais um disparate. Foi um tiro no pé. Onde estão as lebres Rui Curado da Silva?  Pólvora seca não as apanha...
A existir um ódio de estimação, que não existe, pois eu não sei o que é o ódio, seria primeiro a outras forças político-partidárias.
Com o BE existiu, de facto, uma tentativa de aproximação: até tive um convite para ser candidato por esta força a S. Pedro, que eu não aceitei.
Desde o surgimento do BE, topei logo a arrogância intelectual dos seus membros principais (excluo o Miguel Portas),  gente muito bem colocada profissional e socialmente, que gosta de ostentar  os mesmos vícios ideológicos que pululam por outros partidos políticos.
O objectivo é chegar ao poder. O que se passou a seguir às autárquicas de 2017, em S. Julião e Buarcos, fala por si...

"Posse administrativa", disse o presidente Monteiro!...

Recorde-se uma postagem do SOS CABEDELO de 21 de Julho de 2017
"Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo.
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.

O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".

O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."


E se a resolução do caso do Parque de Campismo tiver de passar pela receita que foi dada ao Sweel e à Surfingfigueira: indemnização e alternativa de local?
Recorde-se, via Diário as Beiras:

"O pagamento de 80 mil euros de indemnização, pela autarquia, ao concessionário de um restaurante do Cabedelo abre uma nova via para a progressão da primeira fase da requalificação da Praia do Cabedelo. A solução permite concluir a nova estrada, que esbarrou no muro do estabelecimento.
Por outro lado, as licenças de outros concessionários estão a acabar e a autarquia assegura condições a quem quiser dar continuidade à atividade noutro local do Cabedelo. Tudo para libertar espaço para a nova praça, que implicará, também, a demolição parcial do parque de campismo. Aquele equipamento turístico, contudo, não deverá sobreviver à segunda fase da requalificação daquela zona de praia.
A alteração ao traçado da via rodoviária, que implica demolir o restaurante, foi considerada “mais uma trapalhada do executivo, por parte de quem conduziu o processo na altura”, pelo vereador do PSD Ricardo Silva. “Quando o restaurante foi construído, ainda não havia projeto para o Cabedelo”, esclareceu a vice-presidente da autarquia, Ana Carvalho."


~

Via Diário as Beiras:
"O executivo camarário chegou a acordo com mais um concessionário do Cabedelo. O município já pagou 132 mil euros de indemnizações, no âmbito da primeira fase da requalificação daquela zona da margem sul da cidade. A câmara aprovou o pagamento de sete mil euros pela demolição de um armazém de apoio a um café. A autarquia já havia chegado a acordo com um restaurante, para ser demolido, mediante o pagamento de 80 mil euros, e com uma escola de surf, pagando 45 mil euros, que será relocalizada noutra zona do CabedeloCarlos Tenreiro, vereador eleito pelo PSD, questionou a necessidade das indemnizações, uma vez que os concessionários estavam a trabalhar com licenças precárias da administração portuária. Contudo, o autarca da oposição mostrou compreensão, dado que, justificou, as actividades dos concessionários são afectadas pelas obras. 
O presidente da câmara, Carlos Monteiro, esclareceu que as indemnizações resultaram do acordo da autarquia com os concessionários, por indicação da administração do porto, à época, proprietária das zonas concessionadas. O vereador do PSD, Ricardo Silva, também questionou a maioria socialista sobre as obras. Acerca do parque de campismo, ainda sem acordo, o edil adiantou que pediu informação adicional ao porto. E admitiu que, se o município tiver prejuízos por falta de acordo em tempo útil, poderá vir a exigir ao concessionário ser ressarcido."

Eleições para a Distrital do PS: João Portugal foi batido por Nuno Moita...

Foto via Bruno Paixão
Nuno Moita, presidente da Câmara Municipal de Condeixa, é o novo presidente da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, ao vencer as eleições com 62% dos votos (1.570 votos) contra 38% (971 votos) obtidos pelo seu opositor João Portugal.

Em declarações ao TERRAS DE SICÓ, o sucessor de Pedro Coimbra realçou a elevada participação no acto eleitoral, “com os militantes socialistas a responderem à chamada num tempo complicado que vivemos”. “É um sinal de vitalidade do PS”.

Sublinhando a “imensa honra em ser presidente da Federação e suceder a nomes como Pedro Coimbra, Fausto Coreia, Luís Parreirão ou Vítor Batista”, Nuno Moita promete agora “trabalho, trabalho e trabalho”, para “fazer do PS ganhador nas próximas eleições autárquicas ao nível do que herdei”. As eleições do Outono do próximo ano são “o principal objectivo político” dos novos dirigentes.

Admira-me que não haja já postais com esta vista...

sábado, 18 de julho de 2020

A faixa litoral a sul do Mondego, entre o rio e campo de futebol...

Em toda a costa figueirense, apenas uma pequena parte se mantinha razoavelmente incólume à pressão e especulação urbanísticas induzidas pelo turismo. 
Refiro-me, à faixa litoral a sul do Mondego, entre o Cabedelo e o Campo de futebol.
É ainda possível por aí fazer férias em comunhão com a Natureza e frequentar boas praias, sem os inconvenientes das urbanizações selvagens. 
Por conhecermos o triste destino da restante costa figueirense, devemos manter-nos atentos e vigilantes. 
Recordo que o Cabedelo nunca teve Bandeira Azul.  E bem. É o único pedaço de Paraíso imaculado  da costa figueirense  que ainda nos resta.

Quem tem resposta a estas perguntas sobre o Cabedelo?
1. Alguém sabe, se a câmara muncipal da Figueira da Foz tomar posse administrativa do Parque de Campismo Foz do Mondego, o que vai acontecer aos trabalhadores que prestam serviço na estrutura, alguns há dezenas de anos?
2. Sabem porque se instalou o Parque de Campismo no Cabedelo há 32 anos? 
3. Sabem o impacto que ao longo desses 32 anos os campistas tiveram no pequeno comércio da Cova e Gala?
Nota: (eu sei por conhecimento próprio ao longo de 10 anos. Entre 1994 e 2003). 
4. Sabem o que seria o Cabedelo no inverno sem a presença dos campistas? 
5. Sabem  que antes do campismo ordenado, já havia campismo selvagem no Cabedelo? 
6. Sabem que entre a comunidade campista e os surfistas sempre houve uma camaradagem sã e um convívio fraterno? 
7. Sabem que há determinadas partes do território concelhio, onde não existem só as casas de férias, os futuros hotéis ou hostéis, os futuros campos de golfe, os bronzes das gajas boas, mas a essência, que não é o visível, mas o essencial?
8. Em Dezembro de 2017, no decorrer de uma Assembleia Municipal, Cristopher Oliveira, do BE, disse que o assunto ainda não foi debatido no partido
Alguém sabe se o BE já debateu a problemática do Cabedelo?
9Na edição de hoje do jornal AS Beiras, de 7 de Dezembro de 2017, pode ler-se que a "Junta de São Pedro recebeu várias manifestações de interesse para a instalação de um hostel e bangalôs no espaço do campismo... " Para quem afirma que o Cabedelo vai ser devolvido à Cova e Gala, para começo de conversa, não está nada mal.
Alguém sabe quem é que, em nome da Cova e Gala, vai receber o Cabedelo devolvido?

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (7)

"Poderia começar por falar do projeto de requalificação do Cabedelo que deu origem à atribuição de fundos europeus, mas as alterações aos planos de intervenção já foram tantas que não faz sentido falar do início de tudo. E aqui questiono: com o desvirtuar do projeto inicial, será que o dinheiro que está para vir da europa pode ser utilizado para esta nova realidade? Poderia falar da primeira ou da segunda fase da obra em curso, mas para isso teria que falar no muro de betão e das indeminizações atribuídas a vários proprietários de negócios existentes no cabedelo para abrir caminho e “despachar” a obra. Poderia também falar no “sonho” que era tornar aquela praia do lado sul do concelho numa “Tróia”, mas para esse efeito teria que opinar sobre grandes hotéis e campos de golfe. Poderia falar da falta de acessos à praia, dos passadiços destruídos, da falta de limpeza do areal e da inexistência de uns balneários, mas estes pormenores não contam para quem está no topo do edifício dos paços do concelho. Mas o que hoje interessa é a tomada de posse administrativa do Parque de Campismo. O que interessa é acabar com o campismo. Recorde-se, porém: os seus proprietários vieram há 32 anos ordenar o que estava desordenado. Apesar de precisar de uma nova imagem (nunca ninguém disse o contrário) neste momento ainda é a zona do Cabedelo mais organizada. Basta, no local, olhar em redor. Ao dia de hoje faltam precisamente 15 dias para o executivo da Câmara Municipal tomar o parque de campismo como seu e pergunto: o que vão dizer ao Raúl, à Albertina, à Sónia, ao Robalo, ao Carlos, à Graça, à Celestina, ao Fabrício, ao Gonçalo, à Denise, à Telma, à Nelia, à Lena, ao José e ao Paulino? São estas as pessoas que vão perder o emprego. Não têm nada para lhes dizer? Além de quererem avançar no auge da época balnear. Depois de dois anos de verdadeiros “atropelos” na obra de requalifi cação e parafraseando António José seguro “qual é a pressa?” ou então tal como Jorge Coelho referiu, “quem se mete com o PS leva”? Se concordo? Com toda a indignação digo que não. Só consigo dizer, mais do que um espaço, estamos a falar de pessoas. As que lá trabalham só querem uma coisa. Deixem-nas trabalhar!"
Via Diário as Beiras

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (6)

"Agosto de 1808, desembarcam no Cabedelo as tropas do General Wellesley, que nos veio ajudar a expulsar os invasores franceses. Em 1919, é lançado à água o famoso navio “Cabo da Roca” construído nos estaleiros do Cabedelo. Já na década de 90, é também no Cabedelo onde se realiza pela primeira vez em Portugal uma etapa do Circuito Mundial de Surf. Todos estes motivos históricos para além do facto desta praia ser o tal diamante em bruto com um imenso potencial quer turístico quer desportivo ainda por explorar, apesar de já ser uma das preferidas dos figueirenses, turistas e surfistas, levaram a que o município a olhasse de maneira especial, definindo uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) aprovada em 2015. Na análise prévia à delimitação foi levado em conta: o estado de degradação e abandono dos estaleiros navais que, como todos nos lembramos, tinham um impacto negativo na imagem da própria cidade da Figueira; um parque de campismo “residencial” pouco qualificado e localizado em área muito sensível; estacionamento caótico e na frente marítima; destruição progressiva do cordão dunar. Definiram-se como princípios base para projetos de valorização do Cabedelo: libertar a zona mais sensível entre os 2 molhes da ocupação privada e degradada do parque de campismo qualificando-a; reforçar o cordão dunar afastando a presença automóvel da zona mais frágil; promover o surf; integrar e qualifi car os edifícios existentes; qualifi car as acessibilidades rodoviárias e por modos suaves. Os projetos foram aprovados, as obras iniciadas, alguns edifícios degradados demolidos, faltando apenas terminar a zona do parque de campismo. Já se notam melhorias significativas! Tirando algum interesse meramente pessoal, tenho muitas dúvidas que algum figueirense queira genuinamente manter o parque de campismo naquele local do domínio público marítimo. Por outro lado, desde 2015 que a Federação de Campismo sabe da intensão do município de intervencionar o espaço após o limite da sua concessão que terminou já em abril de 2018 e sabe que tem de o libertar. Portanto, face ao tempo decorrido, não obstante de todas as tentativas vãs para chegar a acordo, o município exercerá o seu direito e dever de continuar a obra agora suspensa."
Via Diário as Beiras

Porque hoje é sábado...


Vídeo sacado daqui

Cada cidadão vale um voto

Um concelho, mesmo mal governado, incapaz de assegurar aquilo que poderíamos designar por serviços autárquicos mínimos,  pode, ainda assim,  contribuir para dar de comer a muita gente. 
Há muitos licenciamentos por fazer. Zonas ambientais que necessitam ser protegidas do despertar da ganância de empreendedores menos escrupulosos. Ainda há dunas suficientes para lá serem plantados bares e restaurantes como se fossem  cogumelos. Há equipamentos  que podem ser “nacionalizados” para serem entregues a empresários. Há, ainda, licenças por atribuir de obras questionáveis. Há muito amiguismo por recompensar...




Daqui por ano, teremos eleições autárquicas. Em democracia, cada cidadão vale um voto. Seria fundamental que esse princípio fosse respeitado pelos candidatos. Por exemplo, que em vez de se apresentarem rodeados de empresários ou doutores ilustres, apresentassem ideias.
Mas, o que vai acontecer, é mais do mesmo: as candidaturas do arco do poder, em vez de ideias, vão apresentar campanhas obscenas, que custam rios de dinheiro para não se discutir nada. 
E, o povo, mais uma vez, vai embarcar.

Lágrimas por Mexia

Tudo bons rapazes

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Coisas do arco da velha (3)

No passado dia 10 do corrente, conforme a imagem demonstra, deixámos o alerta: "esta árvore com dezenas de anos, repentinamente, parece ter secado..."
Na próxima reunião da CMFF a relizar na próxima segunda-feira, dia 20, o assunto vai fazer parte da ordem dos trabalhos.
“1.1.3 - PROPOSTA DOS VEREADORES DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, CARLOS TENREIRO E MIGUEL BABO – MAUS TRATOS INFLIGIDOS NUMA ÁRVORE LOCALIZADA NA RUA 5 DE OUTUBRO, FIGUEIRA DA FOZ, QUE LEVOU À SUA MORTE – APROVAR EM MINUTA.”
Carlos Tenreiro, na sua página na internet, considera "inadmissível a forma como as árvores continuam a ser (mal) tratadas, seja no decurso de obras publicas ou particulares que se realizam no concelho."
E acrescenta: "o caso em apreço, contudo, reveste contornos mais graves, pois não se trata dum “mero” abate, mas antes dum envenenamento (informação dos serviços da CMFF que se deslocaram ao local) duma árvore com décadas de existência, saudável e de porte significativo que secou num curto período de tempo(as fotos em anexo falam por si)."
Vamos ver se o "caso em apreço" tem desenvolvimentos....